Secrets

By sweetcabello21

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"Como podemos nós pretender que os outros guardem os nossos segredos se nós próprios os não conseguirmos... More

Prólogo
Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVII
Capítulo XXVIII
Capítulo XXIX
Capítulo XXX
Capítulo XXXI
Capítulo XXXII
Capítulo XXXIII
Capítulo XXXIV
Capítulo XXXV
Capítulo XXXVI
Capítulo XXXVII
Capítulo XXXVIII
Capítulo XXXIX
Capítulo XL
Capítulo XLI
Capítulo XLII
Capítulo XLIII
Capítulo XLIV
Capítulo XLV
Capítulo XLVI
Capítulo XLVII
Capítulo XLVIII
EPÍLOGO

Capítulo XI

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By sweetcabello21

Lauren POV

Acordei sentindo-me sublime como se estivesse no céu. Qual é a definição que você tem de céu? Silêncio, paz ou a harmonia dos anjos. Minha definição nunca foi convencional. O céu é paz, cores vivas, sons de pássaros mesmos que nenhum som seja ouvido, rosas perfumando a sala de uma bela dama enamorada, mas acordar depois de uma noite de sexo com Camila Cabello ao meu lado era o mais perto que podia explanar sobre o que era céu pra mim. Sentia-me tonta, abobalhada e mais viva, seu corpo nu subia e descia em um ritmo calmo, sereno. Camila era um anjo dormindo e uma diaba no sexo.

Eu passei quase toda a noite velando seu sono, sentindo sua respiração me acalentar, espantar meus medos, minha tristeza e meus gritos de culpa. Eu sabia que toda a confusão que me encontrava era minha culpa, mas o menor dos sorrisos dado por ela a mim era uma batalha conquistada. Camila sempre foi meu calcanhar de Aquiles.

O amanhecer tornava-se presente no quarto e eu ansiava como outrora vê-la acordar, cabelos desgrenhados, olhos estreitos, sorriso tímido e certa desorientação, pois sempre detestou acordar cedo.

Meus dedos corriam levemente por suas costas apenas na minha necessidade insana de tocá-la para sentir que não estava sonhando, que não era delírio e que eu não precisaria levantar em uma noite fria em Londres para beber uísque porque a saudade estrangulava meu peito.

Quando sonhava com ela, julgava erroneamente ser um pesadelo, mas era meu coração chorando e gritando febrilmente por ela e para apagar essa dor e afugentar meus medos e fraquezas eu perdia-me no corpo de outras mulheres buscando seu gosto.

Um pequeno sorriso estampava em meu rosto, os longos cabelos negros caiam livremente por seu corpo. Não resisti e aproximei meu nariz de seu corpo, mas antes que chegasse a porta foi aberta e eu vi uma Dinah assustada, envergonhada e triunfante entrar.

Dinah Jane fechou a porta e começou a bater palma e com o barulho Camila acordou.

- Muito bem... - disse triunfante. - Eu sabia que essa baixaria não demoraria.

Camila abriu os olhos rapidamente e olhou assustada para sua amiga e depois para mim como se vasculhasse na lembrança os últimos acontecimentos. Ela cobriu seus seios com o lençol, percebi seu rosto ganhar uma coloração avermelhada.

- Camila esperava mais resistência por sua parte. - negou com a cabeça. - Quanta decepção.

- Cadê o David? - Camila perguntou.

- Está no quarto trocando de roupa. Trouxe-o aqui cedo porque ele não queria ir à escola com a roupa de ontem já que você colocou apenas o pijama na mochila dele... - acusou. - E olha com que cena eu sou presenteada! - exclamou.

- Por favor, não o deixe entrar aqui. - Camila pediu enquanto levantava e recolhia suas roupas do chão.

- Tudo bem mocinha, mas depois conversaremos sério.

- Eu preciso apenas de um banho e um bom café e respondo a todas as perguntas do seu interrogatório. - jogou as roupas em um cesto. Sentia-me invisível, pois Camila conversava como se nada tivesse acontecido entre nós e eu não estivesse naquele ambiente.

- Vou terminar de ajeitar o David... - explicou, mas antes de sair falou um pouco mais alto. Camila havia entrado no banheiro. - Eu apostei que você levaria dois meses para abrir as pernas pra branquela então nada de comentar esse deslize a Mani ou a Ally, pois não estou a fim de perder quinhentas prata. - Dinah saiu do quarto e eu me senti uma idiota por apenas ter ouvido a conversa e não ter interferido em nada, Camila e eu havíamos transado.

Levantei da cama, vesti minha calcinha e dirigi-me ao banheiro de Camila.

- Que susto garota! - Camila resmungou quando eu abri o Box. - O que ainda faz aqui?

- O que eu faço aqui? - repeti sua pergunta quase gritando. - Nós transamos ontem, não finja que sou uma estranha ou que nada aconteceu. - retruquei enraivecida. Camila massageou as têmporas. Desligou o chuveiro e respondeu.

- Eu sei o que aconteceu ontem e não vou inventar um milhão de desculpas e dizer que me arrependo, que não devia ter acontecido, que foi errado porque seria hipocrisia dizer que eu não quis, mas somos adultas e temos problemas maiores que aquela velha indagação - fez aspas com as mãos. - o que vamos fazer agora? - eu ouvia tudo desacreditada daquelas palavras, aquela Camila prática definitivamente não era a Camila de seis anos atrás. - Você vai continuar com sua vida e eu com a minha com a única diferença que eu terei que viver com o peso da traição... Eu estou noiva do Seth e dormir com você não muda nada em minha vida, foi um ato de fraqueza e arrisco até dizer desejo por um corpo feminino, pois mesmo estando com um homem não nego que o corpo de uma mulher é mais atrativo...

- Então por que você está com ele? - foi à primeira pergunta que consegui pronunciar.

- Eu sinto atração por ele. O Seth me encanta, me acalma, me protege... - rolei os olhos com tanta adjetivação. -, então não significa que deixei de ser lésbica, apenas sou hetero por ele. Mas o ponto discutido aqui não é meus sentimentos pelo Seth e sim essa ideia que você alimentou que depois de ontem eu voltaria correndo para seus braços... - inspirou profundamente. - Talvez eu seja rude com o que vou dizer, mas sua língua não será capaz de apagar em uma noite o que você me fez sentir em seis... - sai correndo do banheiro, meu coração doía a cada palavra dita e eu não aguentava mais ouvir aquelas duas palavras que me infernizava a cada segundo que eu respirava. Eu me sentia uma idiota, uma babaca que foi usada e depois renegada, rejeitada. Vesti minhas roupas o mais rápido que pude e saí daquele quarto que me sufocava.

Cheguei à sala e peguei minha bolsa, vasculhando freneticamente pela chave do meu carro. David saiu da cozinha, baixei meu olhar e enxuguei as lágrimas que teimavam em cair.

- Bom dia, meu amor! - o cumprimentei tentando soar a pessoa mais animada possível.

- Bom dia tia Lauren. - respondeu de boca cheia, pois comia um sanduíche. Engoliu rapidamente o pedaço. - Desculpa... - baixou a cabeça. - Mama diz que é falta de educação falar e comer junto, mas eu posso fazer os dois. - fez um bico e eu tive vontade de apertá-lo e não soltar mais, aquela voz, a mínima coisa direcionada a mim me deixava com mais vida e arrastava qualquer tristeza. - Por que a senhora está aqui tão cedo? - entortou a cara como me analisando.

- Eu vim te deixar um presente mesmo você me dando um bolo ontem. - David pareceu lembrar-se do nosso combinado e começou a abrir e fechar a boca como se procurasse uma explicação.

- Desculpa... - choramingou. - Desculpa tia Lauren, mas é porque... É porque a Gina... A senhora não conhece a Gina e ela... e ela é minha amiga... - baixou a cabeça. - e ela veio passar uns dias com a tia Cheechee - sorri pela forma que ele pronunciou o apelido. - e ela veio com o Seth e ele é meu amigão, meu amigão mesmo e, e eu, e eu esqueci, mas foi... foi porque...

- David! - o chamei. - Tudo bem, eu não estou chateada!

- Não?!? - seus olhos saíram de marejados para brilhantes rapidamente.

- Não. - sorri pra ele. - eu te trouxe um presente... - o sorriso de David se alargou. Quando convidei David para o cinema guardei um presente para lhe entregar dentro da minha bolsa, peguei-o e entreguei ao garotinho descabelado que segurava um sanduíche mordido na mão esquerda e uns olhos curiosos para o que retirava da bolsa.

- Pra você. - entreguei.

David pegou o presente, um sorriso estampado no rosto.

- Segura meu sanduíche, não peguei um pratinho e se colocar na mesa Mama me deixa sem sorvete. - fez um bico. Peguei seu sanduíche e fiquei na expectativa para ver o que ele achava do presente. - Se a senhora quiser eu deixo à senhora morder um pedacinho, mas só um pedacinho. - juntou o polegar e o indicador deixando um pequeno espaço entre eles para mostrar o tamanho da mordida que podia dar, gargalhei com a cena.

David rasgou o embrulho e ficou olhando para o presente.

- Não gostou do presente? - perguntei apreensiva.

- Eu gostei, mas é que... - olhou de novo, sorriu nervosamente. - Eu gostei, obrigado tia Lauren!

- Você não gostou. - afirmei.

- Eu gostei. - respondeu nervosamente.

- Diga a verdade, eu não vou brigar com você. - pedi, David me olhou por alguns minutos eu percebi que ele batalhava em me contar ou não o que o afligia.

- Mama disse que não pode reclamar quando ganha um presente. - confessou. - Eu gostei tia Lauren, eu gostei, mas... - olhou de novo para o presente e olhou para os lados como se procurasse alguém, acho que queria se certificar que Camila não estava por perto. - Por que a senhora me deu um gorro usado? - sussurrou. Não tive como me segurar e ri com toda sua inocência e medo de dizer aquilo como se aquela pergunta fosse quase cometer um pecado, Beijei sua cabeça e respondi:

- Eu estava usando esse gorro preto quando conheci sua mãe e ele é muito especial para mim e eu resolvi lhe dar de presente... Ele é velho, mas está limpo e conservado e como ele é especial para mim quis te dá e não se preocupe é unissex.

- O que é unosexi? - arqueou a sobrancelha.

- Unissex. - o corrigi. - Quer dizer que foi feito tanto para meninos quanto para meninas usar. - David sorriu e me abraçou fortemente.

- Obrigado tia Lauren. - o apertei com força desejando que aquele momento perdurasse eternamente, pois era a primeira vez que David me abraça e me permitia retribuir o abraço. Fechei os olhos e aspirei o delicioso cheiro de shampoo de criança que ele tinha. Aquele abraço me deu todas as forças que eu perdi quando ouvi a dura realidade de Camila. Abri meus olhos e pude notar pela primeira vez que Camila estava nos observando do topo da escada e que Dinah no olhava do corredor que dava acesso à cozinha.

David se afastou e pôs o gorro. Babei por ele. Usava um short jeans escuro, um All Star, uma camisa branca do Ramones e para completar o visual aquele gorro o deixava tão meu filho. Camila que me desculpe, mas David nesse momento parece meu filho, apenas me filho.

- Olha mãe! - girou mostrando o visual. Camila beijou seu rosto. - está lindo meu amor! - Olhou para mim e negou com a cabeça. - Você quer transformar meu bebê em uma copia sua... - sussurrou divertidamente.

- Bom, eu tenho que ir! - pronunciei. Beijei o rosto de David. - Tchau!

- Tchau tia Lauren. - abriu os braços e Camila o pôs no colo, senti uma inveja aguda naquele momento.

- Tchau Cabello. Tchau Hansen. - saí antes de esperar a resposta dela. Eu sabia que tinha perdido uma batalha, mas se Camila achava que eu desistiria da guerra, ela estava completamente equivocada. Eu teria minha família de volta e Camila ter dormido era a prova eu que havia provocado uma rachadura em suas defesas, e, eu derrubaria por completo e a tomaria para mim novamente, pois ela pertence a mim, sempre pertenceu e sempre pertencerá.

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Como estamos?

Me encontrem: @harmolylas97

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