(Ramon na foto)
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Keylli foi até a porta, e chegando lá, mais uma surpresa.
— Ramon??? – ela arqueou as sobrancelhas.
— Oi amor. – ele a beijou no rosto carinhosamente. — Olha o que eu trouxe pra você.
Ramon entregou-lhe, um buquê de rosas brancas.
— Nossa Ramon, são lindas!
— Não tanto como você.
A moça se derreteu com um sorriso.
— Só que... Não comprei nada pra te dar... – ela abaixou a cabeça envergonhada.
— Sem problemas, princesa. – ele levantou seu queixo e disse com alto teor de romantismo: — Você é meu maior presente.
Keylli suspirou forte. As palavras de Ramon faziam seu coração acelerar.
— Mas e aí, posso entrar? Quero rever sua mãe, seus irmãos...
— O-O-O quê??? – ele assustou-se gaguejando.
— Perguntei se posso entrar Key, algum problema? – estranhou percebendo sua fisionomia de espanto.
— Não, nenhum, é que... Podemos conversar um pouco aqui fora?
— Claro que sim. – Ramon sorriu de um jeito encantador.
Ai meu pai, o que eu faço? Porque o Edu e o Ramon foram ter a mesma ideia?
Keylli estava mesmo muito tensa e tentava disfarçar ao máximo seu nervosismo, afinal Edu e Ramon estavam lá... Por ela!
O casal andava conversando, pelo quintal repleto de árvores altas.
— Por que você não atende minhas ligações, amor? – ele perguntou magoado.
— Ramon, já conversamos sobre isso.
— Conversamos sim, mas não posso ficar tanto tempo sem ouvir sua voz... Por telefone, você não terá problemas.
Keylli não sabia o que dizer. Afinal, o que falaria? Que quer manter distância porque estava confusa quanto aos seus sentimentos? Isso certamente deixaria o rapaz mais magoado ainda, e não era isso que ela queria.
Para sua salvação, ou não, Edu saiu de dentro da casa e sem reconhecer Ramon, foi até eles.
— Keylli! – chamou indo até ela. — Por que está demorando tanto?
O coração da moça gelou ao ouvir a voz do playboy. Ramon reconheceu sua voz e se virou. Quando ficaram frente a frente, ambos rapazes perguntaram juntos: — Você??? O que faz aqui?
— Eu é que te pergunto. – disse Edu com braveza. — Como teve o descaramento de aparecer aqui hoje?
— Isso eu pergunto á você, seu imbecil. Aqui você não é bem vindo. – rebateu Ramon á altura.
Um pouco recomposta do susto, Keylli os interrompeu pedindo: — Meninos, parem! Por favor, não tem necessidade de fazerem esse barraco todo. Estão na minha casa.
— Você lembra daquela matéria de Física, Keylli, sobre a lei da impenetrabilidade, que diz que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo? Então, assim sou eu e esse paspalho aí. - Edu apontou para o rival.
— Edu, para! – pediu a moça tocando em seu peitoral.
— Ah, então você frequentou a escola? Novidade! Pensei que não precisasse estudar, já que a sua vida toda, você vive ás custas de seu pai. – riu Ramon. — Parabéns, ganhou o meu respeito. – ironizou com ar de deboche, batendo palmas.
— Como é que é? – irritou-se o mauricinho. — Repete o que acabou de dizer. – aproximou-se tentando intimidá-lo.
— Não entendeu? – Ramon sorriu erguendo a cabeça, demonstrando que não tinha um pingo de medo dele . — Quer que eu repita palavra por palavra, ou prefere que eu soletre?
Isso foi o suficiente, para começarem os empurrões entre eles.
— Parem, por favor. – implorou a moça entrando no meio deles, deixando seu buquê de flores cair. Só que esse pedido foi em vão.
— Ramon, Edu, parem! – pediu de novo, tentando separá-los do embolo.
De nada adiantaram os seus pedidos, os dois continuaram se atracando com aquela brutalidade masculina.
Sem alternativa, a moça gritou bem alto: — PAREM AGORA!!!
Com esse berro, ambos se assustaram e voltaram seus olhares para ela, que continuou no mesmo tom de voz: — EU AMO O NATAL, CONTO DIA POR DIA PRA CHEGAR ESSA DATA QUE É TÃO ESPECIAL PRA MIM, E OLHA O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO!!!! ESTÃO DESTRUINDO TUDO!
A moça começou a chorar e correu para o meio das muitas árvores que havia por lá.
Diante disso, os rapazes finalmente perceberam que pegaram pesado, mas mesmo assim, não deixaram de trocar farpas.
— A culpa é toda sua seu idiota! É sempre você estragando tudo. – disse Ramon furioso.
— Culpa minha? – apontou para si próprio. — Você que está no lugar errado, na hora errada. – revoltou-se Edu.
— Eu não vou ficar aqui discutindo com você. Vou procurar a Keylli. – Ramon disse decidido.
— Eu vou encontrá-la primeiro e vou levá-la comigo.
— Isso é o que vamos ver.
Ambos entraram por dentro das árvores, gritando pela moça.
— Keylli, onde você está meu amor? – gritou Edu.
— Key, me perdoa. Apareça, por favor. – gritava Ramon.
Essa gritaria toda só não foi ouvida pelos convidados, porque a música estava bem alta, porque se não, uma confusão bem maior estaria formada.
A gritaram, a berraram, a chamaram, a procuraram, mas não se distanciaram um do outro. Nenhum dos dois queria correr o risco de perder a moça de vista. Muitos minutos e minutos depois, a moça finalmente resolveu aparecer.
— Prometem conversar como homens adultos? Sem infantilidade ou briguinhas bestas? – perguntou ela saindo de trás de uma árvore.
— Prometemos. – disse Ramon.
— Ei, não responda por mim. – reclamou Edu.
Keylli revirou os olhos e pensou: "Ai o Edu... Por que ele é sempre tão infantil"?
Ao ver a expressão de descontentamento da jovem, ele resolveu se retratar para não ficar mal na história.
— Tá, tudo bem. I promisse. – levantou a mão esquerda em sinal de juramento.
Ela aproximou-se deles, os olhou por uns segundos e disse ainda meio abalada com tudo o que aconteceu: — Não quero que briguem. Não posso ver vocês desse jeito. Gosto muito dos dois, e tenho consciência de que nunca se darão bem, mas por favor... Respeitem o meu sentimento.
— Tudo bem Key, tem razão. Me perdoa? – pediu Ramon.
A moça retribuiu o pedido com um sorriso.
— Ok, pisamos na bola com você, mas... Uma coisa eu não entendi Keylli. – franziu a testa confuso.
— O que não entendeu, Edu?
— O que esse cara está fazendo aqui? - Edu apontou para Ramon com tamanha indignação.
— O que eu estou fazendo aqui? – surpreendeu-se Ramon. — Para sua informação, a Key me convidou para passar o Natal com ela.
— Como é? Keylli, isso é verdade? – perguntou Edu num tom entristecido.
A moça ficou ruborizada, arregalou os olhos tão surpresa quanto eles e esclareceu:
— Desculpa, mas eu... Não te convidei, Ramon.
— Como não??? – disse Ramon perplexo. — Keylli, você falou com a Letícia.
— Eu não liguei pra você, Ramon. – ela ressaltou.
— E nem pra mim? – quis saber Edu confuso e decepcionado por antecipação.
— Não! Eu juro que não, meninos! Acham que eu sou louca de convidar os dois para virem em minha casa, sabendo que vocês não se dão bem?
— É, tem razão. Mas se não foi você, então quem foi? – quis saber Edu.
— Não faço a menor ideia. – Keylli arfou forte.
Ela desconfiava de Malu, não conseguiu pensar em outra pessoa, mas não queria acusá-la sem provas.
— Isso não teve graça. – reclamou Ramon.
— Não teve mesmo, mas tirando toda essa confusão, saibam que eu gostei muito de ver vocês. – ela sorriu.
— Principalmente eu, né amor? - disse Ramon. — Porque seu namorado de verdade sou eu. Inclusive, eu acho que pela lógica, devo ficar aqui com você. - ele cruzou os braços encarando a namorada, que não sabia o que dizer.
— Pode até ser, mas eu e a Keylli temos um trato. - Edu rebateu levantando um pouco a voz. — E eu exijo que esse trato seja cumprido até o final.
— Vão mesmo começar de novo? - a moça perguntou desanimada.
— Não minha princesa, desculpa. Sei do seu trato com esse playboy metido e como eu te disse daquela vez, quero ter você só pra mim.
Keylli abaixou a cabeça sem graça e preferiu não responder.
Edu se deu conta, de que a jovem não tinha contado para Ramon, sobre o lance que havia rolado entre eles, e também não disse nada, para não prejudicar a amada.
— Feliz Natal pra vocês! - ela sorriu, mudando de assunto.
Eles também sorriram, e Keylli abraçou primeiro Ramon e depois Edu.
— Ei, por que você o abraçou primeiro? – protestou o playboy.
— Não começa, Edu. – ela riu. — Então... Eu até convidaria vocês para entrarem e passarem o Natal comigo, mas... Sei que não vai dar muito certo.
— É, acho que não daria mesmo muito certo, e também, como você mesma diz, o Natal deve ser comemorado em família.
— Aprendeu hein Ramon. – sorriu Keylli.
— É, então... Acho que vou indo nessa. – disse Ramon conformado. — Tenho que ajudar a Letícia a escrever uma cartinha pro papai Noel. – riu fazendo graça, arrancando risos de Keylli, mas não de Edu.
— Também tô indo, tenho medo do seu Mauro incendiar a casa. – pronunciou-se Edu, percebendo que isso não daria em nada essa noite.
— Então... Até breve meninos. – Keylli disse, morrendo de vontade de pedi-los para ficar, mas isso não era possível e muito menos prudente.
— Até. – Ramon a olhou com os olhos apaixonados. Ele se achava no direito de ficar, pois era o namorado da moça de verdade, mas não queria estragar a noite de sua amada, já que sabia que Edu não aceitaria essa ideia.
— Que esse breve, seja em breve. – sorriu Edu, dando um beijo em sua mão.
Ramon reprovou o gesto, mas preferiu não criar mais polêmica.
Ambos entraram cada um em seus carros, deram partida e foram embora, sobre o olhar confuso de Keylli.
Edu ou Ramon? Os dois estavam tão lindos essa noite... Keylli não sabia mais o que fazer.
Edu vestia uma roupa social. Sua camisa era verde bem clarinha e seus cabelos loiros desalinhados o deixaram pra lá de lindo. Seus olhos azuis, tinham o poder de hipnotizá-la, sem contar com aquele sorriso... Edu sempre abria um belo sorriso e a fazia rir até do que não tinha graça.
Ramon também vestia uma camisa social, branca. Seu perfume a deixou arrebatada, suas palavras a encantavam e faziam seu coração acelerar. O rapaz possuía um romantismo, que deixava Keylli babando por ele. Seus carinhos eram bons e sentia sua sinceridade, só de olhar em seus olhos.
No fundo, ela queria encontrar um homem que possuísse todas as qualidades que admirava em seus pretendentes. Queria Ramon e Edu, juntos em um só.
Agora sozinha, a moça sentou-se aos pés de uma árvore bem alta, rodeada por uma intensa neblina, apertou seu pingente de anjinho, na gargantilha que Edu deu-lhe de presente e desejou:
"Eu só quero um dia, ter certeza dos meus sentimentos e poder fazer a escolha certa. Edu ou Ramon... Acho que... Não vivo sem nenhum dos dois".
E com esse pensamento, Keylli retornou para dentro de casa, para continuar a comemorar o Natal com sua família. Á meia-noite, foi até a sacada de seu quarto, olhou para o céu e reforçou seu pedido, durante a passagem de uma estrela cadente!
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BJINHUS E OBRIGADA POR ACOMPANHAREM MINHA HISTÓRIA <3