S.W.A. 1 - As Mentiras De Uma...

By LuisaRibeiro7

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O que significa mentir? Para o estudante do último ano de direito, Alex Bernoulli, é um ato totalmente ab... More

Sinopse & Apresentação
Book Trailer
Prólogo
Capítulo 1 - Nova Missão
Capítulo 2 - A Novata
Capítulo 3 - Confiança
Capítulo 4 - Convite
Capítulo 5 - O Almoço
Capítulo 6 - Sequestro?
Capítulo 7 - Novo Alvo
Capítulo 8 - O Estranho Parte 2
Capítulo 9 - Lembranças De Um Passado
Capítulo 10 - Distração/Missão
Capítulo 11 - Surpreendente
Capítulo 12 - Muito Próximos
Capítulo 13 - Voltando a Treinar
Capítulo 14 - Interrogatório
Capítulo 15 - Distrações
Capítulo 16 - Começando a Viver
Capítulo 17 - Decisão
Capítulo 18 - Karaoke
Capítulo 19 - Karaokê parte 2
Capítulo 20 - Cuidado
Capítulo 21 - Eu Sou Melhor Que Você
Capítulo 22 - Eu Posso Explicar
Capítulo 23 - Você é de Outro Planeta
Capítulo 24 - Quem é Você?
Capítulo 25 - Agora Estraguei Tudo... De Novo
Capítulo 26 - Um pedido de desculpas
Capítulo 27 - Primeira Vez
Capítulo 28 - O Que Aconteceu Ontem?
Capítulo 29 - Ferrou!
Capítulo 30 - Como fazê-lo desistir?
Capítulo 31 - O pedido
Indicações Mais Que Perfeitas
Capítulo 32 - Aquela Noite
Capítulo 33 - 4 Verdades
Capítulo 34 - Revelações
Capítulo 35 - Nada está bem
Capitulo 36 - Grávida?
Capitulo 37 - Fugir
Capítulo 38 - Lucy
Capítulo 39 - Lucy Parte 2
Capítulo 40 - Novas Decisões
Capítulo 41 - Treinando
Capítulo 42 - Novo Plano
Capítulo 43 - Mudando de Lado
Capítulo 44 - Caçando
Capítulo 45 - Eu Desisto
Capítulo 46 - Minha Única Família
Capitulo 47 - Invasão (PENÚLTIMO CAPÍTULO)
Capítulo 48 - O Ataque (ÚLTIMO CAPÍTULO)
Grupo do Whatsapp
LIVRO 2
Livro Dois Disponível

Capítulo 8 - O Estranho Parte 1

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By LuisaRibeiro7



Nataly/Lucy


— Alex? Pergunto, vendo-o sentado ao lado da porta do meu apartamento brincando com o celular em sua mão — O que faz aqui?

— Você se esqueceu, não foi? — ele estava visivelmente desapontado e sem graça.

E naquele momento as palavras de Anthony me atingiram em cheio. Ele estava decepcionado comigo, ele tinha confiado em mim e esperado durante horas na minha porta, na esperança de que fosse tudo um engano.

— Eu vou indo, já vi que você está bem. — Ele diz levantando e guardando o celular no bolso.

— Espera! — Digo sem saber como reagir — Você está aqui desde as três? — Ainda estava pasma quando ele acenou afirmando — Eu sinto muito, eu... Meu primo esteve aqui, estava com problemas, e eu nem sabia que ele estava na cidade, e ainda era cedo, então eu fui ajuda-lo, mas esqueci do celular em casa e quando conseguimos sair da delegacia já eram quatro horas, então deixei ele e a namorada, que tinha sido presa, em casa, e vim para cá correndo na esperança de que você estivesse esquecido do nosso passeio, e não tenha ficado chateado comigo. — Falo rapidamente a primeira coisa que vem em minha cabeça e o vejo se espantar.

Eu estava me sentindo estranha por mentir. Como se mentir para ele fosse errado, como se isso me machucasse.

— Eu sinto muito, não estou chateado, eu fiquei aqui só por preocupação. O porteiro disse que você não tinha saído.

— Eu saí pela garagem. — Falo sorrindo aliviada

— Mas, você não tem carro. — Constata o óbvio desconfiado.

— Meu primo veio me buscar de carro e me esperou na garagem.

Minhas mentiras estão cada vez melhores, quem vê pensa até que estou dizendo a verdade.

— Quer entrar? — Digo passando por ele e destrancando a porta.

— Não, acho melhor eu ir. — Coça a nuca sem graça.

E mais uma vez as frases de Anthony invadem minha mente "convide-o para uma pizza" "faça-o se sentir importante" "ele terá de ouvir você quando Mauricio aparecer".

— Na verdade eu adoraria que ficasse. — Digo segurando em sua mão quando vira em direção ao elevador — Podemos pedir uma pizza? Quero me redimir por ter-te feito esperar tanto. Por favor?

— Tudo bem! — Diz rindo enquanto o puxo para dentro do apartamento.

Ele analisa minha sala enquanto eu ligo para a pizzaria pedindo os sabores Marguerita e Portuguesa, as preferidas dele e por coincidência um dos meus também.

— Para quem acabou de se mudar, sua casa já está bem arrumada. — Comenta olhando a decoração.

— Sou bem focada quando quero. — Digo ouvindo a voz do outro lado da linha do telefone.

Ficamos um bom tempo para decidir qual filme iriamos assistir, e acabamos optando por uma comédia romântica. Quando vou a cozinha pegar refrigerante para nós, ouço a campainha tocar e logo a porta abrir e fechar.

— Você pagou pela pizza? — Digo voltando para a sala com dois copos e a garrafa de refrigerante.

— Não peguei e bati a porta na cara do entregador.

— Eu é que ia pagar pela pizza, não você. — Finjo indignação.

— Não seja por isso, posso chamar o moço para você. — Neguei e começamos a rir.

Fomos parando aos poucos e nos encaramos por uns bons minutos. Estávamos numa competição de quem cedia primeiro e eu já estava perdendo feio, ruborizei rapidamente, então desviei meu olhar desconversando. A noite foi tranquila, e demos risada com o filme, brincamos e fizemos guerra de pipoca novamente, e eu é que sofreria para limpar tudo.

E mais uma vez Alex me fez sentir estranhamente humana.

Acordei deitada no chão da minha sala enrolada em uma coberta e percebi que estava junta a Alex, com a cabeça em seu peito enquanto ele me abraçava protetoramente. Dormir no ombro do menino e acordar no dia seguinte ao lado dele, soava muito clichê em minha cabeça.

Encaro aquele lindo rosto sereno ao meu lado e acaricio-o. Lembro-me da noite passada, quanto foi divertida e eu nem precisei mentir para ele. Falamos de coisas que não se referiam a vida pessoal, o que foi bom. E por um momento gostaria de apenas ser a Lucy.

O que está acontecendo comigo?

Vejo meu celular tocar e levanto, tirando seu braço cuidadosamente de cima do meu corpo.

— Onde Alex está? — Ouço Diego gritar do outro lado da linha. — Eu não sei onde ele está e o telefone dele está desligado. Você sabe que a gente não pode perder ele de vista.

— Bom dia pra você também. Dá para parar de gritar, vai me deixar surda. — Falo saindo da sala e indo para o quarto para não acordar Alex.

— Que voz de merda é essa?

— Acabei de acordar idiota. — Resmungo.

— Percebe-se pelo seu bom humor matinal.

— Ironia não é o seu forte.

— Está bom não precisa bater. — Diz contornando uma discussão que estava por vir. Já disse que eu sou insuportável pela manhã? Então, eu sou! — Mudando de assunto, você sabe que horas são? Vai se atrasar para a aula.

— Está bem mamãe, já estou indo me arrumar. Ah, e o Alex está aqui não se preocupe.

— Por que o Alex...

— Tchau! — Digo desligando o celular antes que ele possa me bombardear com suas perguntas.

Sigo para o banheiro e começo a me arrumar tranquilamente mesmo sabendo que estava atrasada.

Saio do quarto, já pronta, em direção à cozinha, que exalava um cheiro maravilhoso de bacon, onde encontro um Alex sem camisa, descalço, com cabelo molhado e um avental, que eu nem sabia que eu tinha.

Sexy!

— O cheiro está ótimo! — Digo encostada na porta da cozinha.

— Oi — Vira-se assustado — Está aí a muito tempo?

— Não! Acabei de chegar.

— Ah. Espero que não se importe, mas me dei à liberdade de fazer nosso café e roubar uma escova de dente que tinha no armário do banheiro de visitas e também tomei um banho — diz enquanto despeja uma última panqueca em um prato.

— Não sabia que você sabia cozinhar. — Falei surpresa. E eu realmente estava. Afinal ainda haviam coisas que precisaria descobrir que não estavam na ficha dele. Se bem que lá também não falava nada dele ser essa perdição inteira.

Que isso Nataly? Ele é seu protegido e filho da sua superior. Foco!

— Você não sabe muita coisa sobre mim. — Na verdade, eu sei sim, mas vamos fingir que esse ar de misterioso funciona comigo.

— Agora eu estou me perguntando como cantadas tão ruins fazem as meninas ficarem aos seus pés. — Brinquei, rezando para que realmente aquilo não fosse uma cantada.

— Como você pode ver, eu estou solteiro. — Diz abrindo os braços e apontando para si mesmo.

Rimos mais um pouco de suas péssimas piadas e nos sentamos para um café tranquilo, enquanto assistíamos ao noticiário, que narrava um acidente em uma das vias que teríamos de passar para chegar à faculdade.

— Vamos nos atrasar ainda mais. Chegaremos na terceira aula e olhe lá. — Ele estava mesmo preocupado em perder aula. Ele gostava do que fazia. Nerd!

— Pelo menos teremos a desculpa deste acidente. — Digo tentando amenizar o ar sério que exalava pela cozinha.

Terminamos nosso café sem mais nenhuma palavra, pegamos nossas coisas e seguimos para o elevador.

Ao chegarmos ao saguão esbarro em uma muralha humana. Ele tinha um rosto um tanto quanto estranho e familiar. Familiar do tipo bandido mafioso. Reconheço um de longe, principalmente quando eles não conseguem disfarçar que você é o alvo e ficam te encarando enquanto andam na direção oposta.

— Você está bem? — Alex pergunta parando de andar para me observar um pouco mais atrás.

Agora percebo que estou parada encarando o indivíduo enquanto ele espera o elevador.

— Lucy? — Alex insiste, quando eu não lhe respondo e continuo a encarar o estranho que ainda estava e costa esperando pelo elevador.

— Oi? — Me viro para Alex, que sustenta uma cara de preocupado — Eu estou bem, só achei que conhecia aquele homem, mas foi só impressão. — Sorrio fraco, tentando parecer convincente.

— Então podemos ir? — Aceno e o puxo em direção a porta de entrada cumprimentando o porteiro no caminho.

Chegamos à calçada do prédio e Alex caminha em direção ao seu carro que está bem em frente à portaria e desativa o alarme.

Analiso o movimento na rua, está tudo tranquilo. Identifico alguns agentes disfarçados fazendo nossa segurança — O que é irônico, já que eu é que deveria prover a segurança —, uma mãe com sua filha, algumas pessoas no telefone discutindo, umas simplesmente descontraídas, outras fazendo suas corridas matinais e um ou dois carros passando pelo local, o que não posso dizer dos estacionados, não há um local da calçada que não tenha um carro estacionado, isso inclui o do Alex, os de alguns agentes e outros mais.

Olho para trás, o prédio com sua fachada histórica e em cores neutras fazia um contraste na rua de prédios modernos, sua entrada com alguns degraus e sem um jardim ou cercados grandes, faziam lembrar um hotel ou um simples e antigo prédio. Observo o saguão do prédio, a porta da frente estava sempre aberta para qualquer um e havia uma espécie de recepção no saguão onde o porteiro ficava. Mais a fundo estavam os dois elevadores, onde o estranho entra e se vira para frente, me olhando com um controle na mão e um sorriso diabólico nos lábios.

Não preciso de mais que dois segundos para processar o que está para acontecer.

Viro-me para puxar Alex, porém ele já está abrindo a porta do passageiro com um sorriso divertido no rosto, que muda assim que vê minha expressão de apavorada.



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