S.W.A. 1 - As Mentiras De Uma...

By LuisaRibeiro7

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O que significa mentir? Para o estudante do último ano de direito, Alex Bernoulli, é um ato totalmente ab... More

Sinopse & Apresentação
Book Trailer
Prólogo
Capítulo 2 - A Novata
Capítulo 3 - Confiança
Capítulo 4 - Convite
Capítulo 5 - O Almoço
Capítulo 6 - Sequestro?
Capítulo 7 - Novo Alvo
Capítulo 8 - O Estranho Parte 1
Capítulo 8 - O Estranho Parte 2
Capítulo 9 - Lembranças De Um Passado
Capítulo 10 - Distração/Missão
Capítulo 11 - Surpreendente
Capítulo 12 - Muito Próximos
Capítulo 13 - Voltando a Treinar
Capítulo 14 - Interrogatório
Capítulo 15 - Distrações
Capítulo 16 - Começando a Viver
Capítulo 17 - Decisão
Capítulo 18 - Karaoke
Capítulo 19 - Karaokê parte 2
Capítulo 20 - Cuidado
Capítulo 21 - Eu Sou Melhor Que Você
Capítulo 22 - Eu Posso Explicar
Capítulo 23 - Você é de Outro Planeta
Capítulo 24 - Quem é Você?
Capítulo 25 - Agora Estraguei Tudo... De Novo
Capítulo 26 - Um pedido de desculpas
Capítulo 27 - Primeira Vez
Capítulo 28 - O Que Aconteceu Ontem?
Capítulo 29 - Ferrou!
Capítulo 30 - Como fazê-lo desistir?
Capítulo 31 - O pedido
Indicações Mais Que Perfeitas
Capítulo 32 - Aquela Noite
Capítulo 33 - 4 Verdades
Capítulo 34 - Revelações
Capítulo 35 - Nada está bem
Capitulo 36 - Grávida?
Capitulo 37 - Fugir
Capítulo 38 - Lucy
Capítulo 39 - Lucy Parte 2
Capítulo 40 - Novas Decisões
Capítulo 41 - Treinando
Capítulo 42 - Novo Plano
Capítulo 43 - Mudando de Lado
Capítulo 44 - Caçando
Capítulo 45 - Eu Desisto
Capítulo 46 - Minha Única Família
Capitulo 47 - Invasão (PENÚLTIMO CAPÍTULO)
Capítulo 48 - O Ataque (ÚLTIMO CAPÍTULO)
Grupo do Whatsapp
LIVRO 2
Livro Dois Disponível

Capítulo 1 - Nova Missão

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By LuisaRibeiro7



Nataly


Estava de volta aquele inferno, ouvia os gritos desesperados, sentia dor, sentia a raiva, e via tudo àquilo sem poder fazer nada, escondida em um compartimento do carro. Não podia chorar e nem pedir por socorro, não podia ser vista, eu tinha prometido isso a ela.

De repente estou na sala do meu pai, encolhida na cadeira, ele andava de um lado para o outro, estava muito nervoso, acho que comigo. Eu era uma garotinha de 10 anos assustada com todos aqueles brutamontes engravatados tentando arrancar informações de mim, mas eu não falava, tinha medo do homem que agora tentava acalmar meu pai e enquanto me olhava com um ódio penetrante.

O cenário mudou novamente e estou na sala da minha tia, ela estava horrorizada e eu não sabia se acreditava em mim ou não, mas o meu pai com certeza não, pois ele gritava muito.

Agora estou numa sala vazia, mas ouço vozes, uma em especial chama a minha atenção, uma que diz que iria acabar comigo e que esse pesadelo nunca teria fim.

Seu rosto ensanguentado com aquele sorriso diabólico aparece para mim e quando aponta aquela arma e puxa o gatilho, o som estridente do meu celular me desperta.

Esses pesadelos têm sido mais constantes atualmente do que a dez anos atrás.

Acho que tudo piora quando é aniversário da morte da minha mãe.

Nunca tive uma vida convencional para uma jovem de apenas vinte anos. Em vez de aprender a andar de bicicleta, por exemplo, quando tinha dez anos eu aprendi a atirar. Não me julguem, okay?! Não sou uma assassina ou coisa do tipo, quer dizer, depende muito do seu ponto de vista e de que lado você está...

Meu celular toca novamente — Merda — é uma chamada de urgência do meu chefe/líder/superior, também conhecido, em casos remotos, como meu pai.

— Hora de trabalhar!! — levanto da cama e faço minha higiene pessoal colocando meu uniforme. Saio pelo corredor dos dormitórios, que é feito por hierarquia, e o encontro vazio. O que é compreensível devido a hora. Não havia nem soado o alarme para troca de turnos.

Diferente de outras agências como FBI, nós, da S.W.A., vivemos aqui e a maioria não tem família, pelo menos a geração X, também chamada de protocolo TEFA, da qual faço parte. Todos dessa geração foram recrutados de lugares pobres em conflitos, ou de ruas dos países aliados, aos doze anos e desde então vivem aqui, exceto por mim, pois estou aqui desde que nasci.

Apesar de fazer parte da turma mais nova, carrego uma grande responsabilidade nas minhas costas. Dentro da Central, onde atuo, sou conhecida pela numeração 003, sendo submetida somente ao poder do Agente 001 Anthony Walter e da Agente 002 Katia Bernoulli, uma velha amiga da minha mãe. Abaixo de mim estão os líderes das sedes dos países aliados, e logo depois, todos os outros milhares de agentes. Claro que metade deles não acredita que eu tenha um verdadeiro potencial para um dia liderar a todos, mas não podem fazer muito quanto a isso... Já que a responsabilidade dessa agência seja, digamos assim, familiar.

Ando até a sala de reuniões no andar da sala oval, onde também estão as salas dos dois superiores da Central, e encontro uma bancada de agentes com placas indicando seus nomes e países que representam. Nunca os vi, mas tenho quase certeza de que são os líderes das sedes mundiais. O que pode significar um grande problema. Pois, todos saírem de seus postos ao mesmo tempo é algo meio arriscado.

São três da manhã!!!

O que de tão importante está acontecendo que não pode esperar até o início do expediente?

— Bom dia Agente Nataly Walter! — Ouço a voz do Presidente dos Estados Unidos da América. Merda! — Desculpe acorda-la tão cedo, mas o assunto que temos que tratar é de estremo sigilo.

— Bom dia senhores. Desculpe meu atraso — Eu falo. Se esse cara tá aqui pode apostar que tem coisa muito ruim acontecendo.

— Não tem problema! Vamos direto ao assunto. — Anthony Começa.

— Bem como sabe, desde o ocorrido em 13 de maio há dez anos atrás — Katia para de falar para me analisar, mas com a cara que fiz ela quase desistiu de continuar — Bom desde a morte da sua mãe, Agente Nataly e o desaparecimento do assassino... — Agora ela que fez uma cara esquisita. Era engraçado como ela era a única que nunca pronunciava o nome dele, não que fosse uma coisa de que todos falavam, mas ela nunca, nunquinha mesmo, falava o nome dele — Então desde daquela época que viemos monitorando qualquer movimento dele.

— Entendo, mas ele desapareceu que nem fumaça durante todos esses anos e nunca obtivemos uma resposta....

— Até agora! — Anthony me interrompeu.

Como assim até agora? Eu tinha esperanças de que ele já estivesse morto.

— Mauricio Bernoulli foi visto próximo à Cornell University. — Indaga um homem no final da mesa retangular daquela sala.

Isso não é bom. Nem um pouco bom. Odeio fantasmas do passado, odeio como não consigo controla-los. E odeio me sentir fraca ou vulnerável.

— Essa é a faculdade de Alex! — Katia falou num tom falho, que eu sabia que significava desespero.

Droga! Esse é o filho da Katia, o menino tem mais ou menos a minha idade, e o sonho dela e da minha mãe sempre foi de que vivêssemos juntos, e o dos nossos pais era que nos tornássemos os melhores agentes para liderar a S.W.A. um dia. Mas o destino foi cruel com todos, e acabamos em mundos totalmente diferentes. Kátia decidiu que ele não participaria disso, pois ele não aguentaria saber quem era o pai de verdade. Mas no fundo nem ela queria saber. Ele nem sabe da minha existência. Mas eu sei que, mesmo com uma mãe ausente, devido ao suposto trabalho de empresária que ela tem, ele teve e ainda tem uma vida feliz e normal. Ele pelo menos frequentou uma escola e agora está numa faculdade.

Sou tirada dos meus devaneios pela voz de um dos agentes, e percebo que todos olham para mim esperando por uma resposta. Katia sorri. Ela sabe melhor do que ninguém o quanto me distraio fácil.

— Então Agente, o que me diz? — Um dos rapazes na casa dos quarenta sentado a três cadeiras da minha questiona.

— Concorda em sair em campo e assumir a responsabilidade da investigação e proteção de Alex Bernoulli? — Um deles insiste impaciente.

— Como assim? — Eles me olham como se eu tivesse duas cabeças. Ah qual é!? Não se pode mais ter dúvida aqui não?!

— Nataly, vamos mandar alguém para se infiltrar na vida de Alex, para investigar e tomar conta dele, e queremos que este alguém seja você! — Katia falou como se fosse tão fácil quanto explicar para alguém como chegar a uma rua qualquer.

— Por que querem alguém infiltrado na vida de Alex? Ele tem vários seguranças! — Acuso o óbvio.

— Sim, ele tem. Mas você sabe com quem estamos lidando, se esse elemento conseguir manter contato ou infiltrar alguém na vida de Alex, nós podemos perder o controle de tudo. — Agora ela está desesperada. — Por isso decidimos mandar você.

Continuo sem saber o que deveria falar.

— A não ser é claro que não consiga lidar com esse tipo de missão. — Alguém, para quem nem me dou o trabalho de olhar, diz. Como eu tenho um ódio gratuito por esses homens. Quem ele pensa que eu sou? Uma estagiaria? Eles não têm metade do meu talento.

Na verdade, desde pequena, não que eu esteja muito maior agora, eu quero este caso, e todos sabem que ele é bem mais que pessoal para mim. Queria acabar com a vida do desgraçado que acabou com a da pessoa que eu mais amava. Mas confesso que não gosto de trabalhar em campo em casos grandes que são demorados, pois as pessoas acabam pegando uma feição por mim, e no final tenho que "matar" meu personagem da vez, com direito a funeral e tudo. É deprimente saber que tem pessoas chorando em cima de um caixão vazio, onde deveria estar depositado meu corpo. E eu não sou muito fã de contato humano assim não. Prefiro me manter longe e não criar vínculos.

— Sou perfeitamente capaz de lidar com esse tipo de missão, senhor. Mas não saio em campo em missões desse porte, para que eu não tenha nenhum alvo nas costas. Eu tenho que preservar a identidade da futura 001, aliás é para isso que eu venho treinando e não para virar babá e caçar um infiltrado — Ele me encara com desprezo e eu sorrio cinicamente.

— Sabemos disso Agente Nataly Walter, porém você é um dos únicos membros em que podemos confiar uma missão deste porte. E vamos combinar que devido sua idade, será muito mais fácil uma aproximação sua do que de qualquer outro dessa sala. — Anthony diz cortando o clima tenso que se expandia pela sala, após alguns minutos de silêncio. — Ninguém pode saber que ele reapareceu, ou teremos uma crise. Esse assunto não sairá desta sala. Então isso está mais para uma ordem do seu superior do que uma escolha sua.

— Entendo senhor. — Digo repudiando o leve desprezo em sua fala. Até aceito não ser tratada como filha em nenhuma ocasião, mas jogar isso assim na frente de todos comandantes é complicado. — Nesse caso eu aceito a missão.

— Vamos designar alguém para te substituir em suas missões mais simples. Quero total dedicação a esta. — Por que tão sério? Ele sabe que isso o deixa mais velho e ranzinza? — Aqui estão as chaves do apartamento, seus documentos falsos e sua matrícula.

— Espera aí! Matrícula de que?

— Você vai pra faculdade de Direito! É a mesma turma do Alex — Katia fala entregando uma ficha com alguns dados e horários de Alex. E outra com dados da minha nova personagem — Se aproxime dele e não desgrude. Descubra se tem alguém que possa ser um informante e consiga informações para podermos prendê-lo.

— Sim senhora! — Falei olhando o documento com minha foto. Lucy Miller. Esse era o nome no meu novo e temporário documento.


Espero que gostem do primeiro capítulo :) 

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Beijos

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