Para sempre você.

By 80smanuella

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- Sempre foi, e sempre será você, branca. Uma história que se passa na Rocinha, Rio de Janeiro. Repleta de po... More

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Fim.

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By 80smanuella

Mariana Lima.

Abro os olhos devagar me acostumando com a claridade, vendo todos dormindo, menos o meu noivo que nem deitado estava. Me levanto com cuidado, sem acordar ninguém e subo para o quarto escovando os dentes. Saio vendo o Caio entrar na ponta do pé.

— O que... — ele faz um sinal de calada e passa por mim indo para o banheiro e voltando com três espumas de barbear na mão — Caio. — seguro o riso vendo o que ele estava pensando em fazer.

— Vai ajudar?

— Vai voltar numa boa comigo? — questiono cruzando os braços e ele coça a nuca rindo.

— Bora logo, Mariana. — fala saindo e eu rio negando.

Desço as escadas na ponta do pé junto com ele. Caio me entrega as espumas e sai pra fora voltando com uma planta.

— Vamos começar com a Carolinne, que tem o sono mais pesado. — fala baixo e eu concordo. Entramos na sala vendo todos dormindo, me abaixo sacudindo o vidro e passando um pouco no rosto dela, longe dos olhos. — Posso usar teu batom? — olho pra ele, vendo ele tirar uma batom liquido vermelho matte do bolso. Concordo com a cabeça e ele se abaixa fazendo desenhos nos rostos dos quatros, enquanto eu passava a espuma no cabelo ou por cima do desenho junto com ele.

Acabamos, vendo a situação ridícula dos nossos amigos, não deixamos de tirar uma bela foto.

— Agora é esperar acordar. — Caio cruza os braços todo risonho. E acabo pensando em uma ideia, saio de perto dele indo para o quarto que a Agnes e o Matias dorme, abro a porta e pego a caixinha de som dele e conecto no meu celular.

Após conectar saio do quarto com a caixa e o celular na mão, pesquiso a música que eu queria e assim que encontro, aumento o volume fazendo "fazendinha" do mundo Bita tocar, acordando os quatro.

— Mano, que palhaçada é essa? — Lucas é o primeiro a falar assim que acorda. Ele vira para o lado, se assustando com a cara dos outros me fazendo cair na risada junto com o Caio.

— Não acredito nisso, não... — Agnes se senta no colchão passando a mão no rosto e tirando o excesso de espuma. — quantos anos vocês dois tem?

— Três, no máximo. — Carolinne responde se levantando com certa dificuldade por conta da barriga. — Dois ridículos.

Matias se levanta calado, indo para os fundos e voltando com um balde, se aproxima devagar me fazendo se esquivar.

— Viadagem, caralho. — ele vem até nois dois fazendo eu e o Caio correr para os fundos e ele vir atrás, jogando um balde d'água gelado em nossas costas.

— Puta merda. — resmungo me arrepiando. — foi o Caio, não eu. — me defendo empurrando seu ombro.

— Tô ligado na tua, branquela. — mostro língua pra ele. — criançona.

— Vai ter volta. — Lucas fala entrando na área externa da casa junto com as duas, limpando o rosto com uma toalha.

— Ih meu mano, o batom que eu passei foi logo aqueles matte. — Caio fala caindo na risada vendo o Lucas morrer de passar a toalha na cara.

— Vocês são muito atentados. — Agnes fala brava e eu dou risada olhando para a Carolinne.

— Gravidoida ficou tão brava que chegou mijar na roupa. — Matias fala rindo e eu olho para ela que tinha as pernas molhadas.

— Amor, o banheiro não tá longe não. — Lucas, Caio e Matias dão risada enquanto nós três estávamos em completo choque.

— Vai nascer. — Carol grita passando a mão na barriga ja no desespero.

— O que? Mas não tá na hora ainda.

— Então avisa eles, Lucas. Não eu! — Corro para dentro pegando as coisas dela, ouço passos atrás de mim vendo a Agnes me ajudar a pegas as malas.

— O Matias já foi ligando o jatinho. Precisamos voltar para o Rio. — concordo descendo com as coisas.

Desço vendo ela gritando de dor me fazendo olhar para a minha barriga minúscula, já imaginando a dor que eu também vou sentir.

Ela entra no jatinho ao lado do irmão, arrumo suas coisas e desço pegando as minhas e as do Caio. Lucas e Agnes pega o resto, fechando a casa e entrando, fazendo o Matias pilotar.

— Não sei se vou aguentar esperar chegar. Tá doendo demais... — Carol geme chorando. — porra, Md. Jatinho não tem acelerador não?

Mesmo sendo um momento extremamente sério, seguro o riso do seu desespero.

Fomos a viagem toda acalmando ela, assim que chegamos na rocinha, desço do jatinho correndo e pegando meu carro. Com ajuda dos três, eles colocam a Carol no carro, me fazendo dirigir até o hospital ouvindo ela gritar de dor.

Assim que chegamos, já levaram ela direto para a sala de parto me fazendo ficar angustiada do lado de fora.

— Dona Vilma e Fátima já está a caminho com Agnes e Md. — Caio fala suspirando.

— Vai dar tudo certo. — me sento do lado dele. — já já nossos sobrinhos vão estar aqui com a gente. — Seguro sua mão, apoiando meu rosto no seu ombro.

— Nossa afilhada, Maite. — concordo sorrindo. — Nosso filho, vai se chamar como?

— Acha que é um menino?

— Uhum...

— Não sei, temos muito tempo para pensar ainda. — respondo com dúvida.

— Cadê eles? — ouço a voz da Dona Vilma e viro vendo os quatro entrando no corredor.

— Sala de parto. — respondo vendo ela concordar. — não lavaram o rosto? — seguro o riso vendo os desenhos de palhaços ainda na cara deles.

Me lembrando que a Carol ia dar luz com a cara pintada.

— Droga. — Md passa a mão na cara. — esqueci de tirar essa porra.

— Olha a boca, menino. — Madrinha adverte ele.

— Foi mal aí sogra.

Ficamos em silêncio. E horas depois o Lucas aparece no corredor, fazendo todos nós se levantar ansiosos.

— Meus filhos nasceram. — sorri com lágrimas nos olhos sendo abraçado pela Dona Vilma. — o médico explicou, que por eles terem nascido de quase oito meses, que são prematuros. Vão ter que ficar na incubadora!

— Mas vai dar tudo certo, filho. Já deu! — Dona Vilma fala fazendo todos nós concordarmos.

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Carolinne parindo os gêmeos com a cara desenhada:

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