Para sempre você.

By 80smanuella

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- Sempre foi, e sempre será você, branca. Uma história que se passa na Rocinha, Rio de Janeiro. Repleta de po... More

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Fim.

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By 80smanuella

⚠️ A ordem dos capítulos foi desorganizada pelo o wattpad, peço que antes que comecem a leitura, visualizar a numeração do capítulo. ⚠️

" Ninguém me mete medo, eu sei o meu valor "

Mariana Lima.

Depois do almoço, peguei meu lindo carro e fui para a minha casa, que estava uma completa bagunça. Caio tinha pedido para mim ir morar com ele, mas eu não queria desfazer da casa dos meus pais, nunca me imaginei sair daqui para ir morar em outro lugar.

Coloco uma música no celular e começo a limpar tudo. Só termino umas sete da noite, pego meu celular vendo que não tinha nenhuma mensagem do Coringa.

Do jeito que ali é, ficou emburrado por eu ter dito que estava cedo demais.

Entro pro meu quarto já tirando a roupa e indo para o banheiro tomar meu banho. Após acabar, coloco uma calça de moletom e um cropped, agora a noite estava fresco. Amarro meu cabelo e saio do quarto indo para a sala terminar de assistir minha série.

Ligo a televisão e vejo que estava na globo, passando o jornal e me assusto rapidamente com a notícia que estava passando ao vivo.

"A polícia civil, acaba de fazer uma invasão no morro da Rocinha. Atrás dos traficantes que estão desviando dinheiro do governo do Rio de Janeiro. Infelizmente, houve muita troca de tiro e não sabemos ao certo, quem foram os baleados. Voltaremos logo com mais notícias"

Levanto com tudo deixando tudo ligado, sentindo um aperto enorme no peito e uma sensação de desespero. Saio de casa trancando a porta com as mãos tremendo, entro no carro e saio á milhão indo para a rocinha.

Paro meu carro longe, vendo a fila de viaturas e vans de jornalistas. Corro para o começo do morro vendo tudo fechado, e vários policiais espalhados pelos locais, vapores deitados no chão com a mão na cabeça e fusíveis apontados para eles, olho para eles com atenção, com medo de um dos três estarem nesse meio.

Passo por baixo da fita e ouço um pessoal gritando.

— A senhora, não pode subir. Está tendo uma invasão, por favor se retire! — um policial segura meu braço forte me fazendo se soltar dele brutalmente. Tá maluco é.

— Eu preciso, subir. — dou ênfase no preciso tentando me manter calma. — tenho familiares que mora aí, preciso vê-los.

— Senhora, saia.

— Seu policial. — ouço a voz enjoada da Hellen e me viro vendo ela com cara de cachorro sem dono. — essa mulher, é a fiel do subdono do morro, trabalha aí e comanda as bocas, e fez isso comigo... — Fala alto, chamando atenção de todo mundo. Olho para ela indignada e surpresa vendo ela tirar a peruca e apontar pra mim. — ELA FEZ ISSO COMIGO! — grita chorando e vários repórters começam a tirar foto e gravar a cena ridícula.

— Tá maluca, Garota? — vou pra cima dela e sinto uma mão me puxando para trás, olho por cima do ombro vendo outro policial me algemando. — mas que porra... ela é doida, eu não fiz nada disso não! — me debato nervosa tentando sair das mãos dele.

— Leva ela! — ele me joga nas mãos de outro que não tem nenhum cuidado ao me colocar no caburão da viatura fazendo minha barriga arder ao bater contra a placa do veículo.

Ao entrar, vejo flashs na minha cara, me fazendo tampar meu rosto com medo e vergonha. E de longe, ouço a voz da jornalista que eu havia vido na televisão.

— Acaba de ser presa, agora! A mulher do subdono da rocinha, que comanda as boca' e trabalha com o marido! — a porta bate com força me fazendo assustar e cair na realidade.

Presa.

Começo a me desesperar, mas ao mesmo tempo me mantendo calma, me convencendo que tudo daria certo. E que eu sou inocente.

A viatura liga a sirene e começa a andar.

Rezo baixinho, pedindo proteção para mim e meus meninos, que poderiam estar correndo perigo agora.

Me lembro da Carol, que está grávida. Como deve estar agora diante a tudo isso.

Dona Vilma...

Minutos depois a viatura para, e o caburão é aberto e eu sou puxada para fora brutalmente sendo lpevada para dentro da delegacia.

— Caso, rocinha. — o policial fala para uma moça que concorda assinando alguns papéis e me olhando por canto de olho.

Fico lá parada, a mulher vem até mim com uma chave tirando as algemas.

— Pode se sentar se quiser. — diz calma indo para trás do balcão novamente e eu fico quieta. — por favor, me dê todos os seus pertences!

Coloco a mão no bolso e entrego para ela meu celular e a chave do carro. Ela coloca em um saquinho adesivado e eu me sento chorando.

— Eu tenho direito á uma ligação, não tenho? — pergunto e ela nega com a cara no computador me causando uma raiva imensa.

Olho para os lados vendo poucas pessoas por aqui.

— Como se chama? — pergunta e eu suspiro.

— Mariana. — respondo simples e ela me olha esperando continuidade. — Lima Macedo. — completo e ela agradece.

Fico sentada ali por minutos, que pareciam horas.  O Jornal ainda estava passando, havia uma televisão ali, onde mostrava a reportagem da invasão, contando que, havia acabado.

16 policiais mortos e 10 traficantes.
E cinco feridos.

— Boa noite. — ouço a voz de um homem, ele vai até a mulher e ela entraga um papel para ele. O homem alto me olha firme e limpo as lágrimas dos meus olhos. — Me acompanhe, senhorita, Mariana.

Me levanto o seguindo para uma sala, outro homem fecha a porta assim que entro, e se senta em outra mesa com uma máquina datilográfica em cima. O delegado se senta fazendo menção para eu me sentar também e, assim faço.

— Confesso que me surpreendeu ver que a mulher do subdono do morro é uma mulher como você. — ele cruza as mãos em cima da mesa, me julgando com o olhar me fazendo sentir repulsão dessa situação. — quem vê cara não vê coração!

— Não tenho relação alguma com esse tal subdono. — me defendo, obviamente. Omitindo a verdade. Mas graças á Deus não tinha nada que prove ao contrário. — estava querendo ver a minha madrinha! Que mora lá. Se puxar no meu histórico, vai ver que sempre morei no Leblon e me formei recentemente, tenho uma ótima qualidade de vida e uma boa condição financeira. Acha mesmo que eu me envolveria com alguém que possa colocar a minha vida em risco? — Faço uma cara de sonsa.

— Se você sabe a onde eles estão. Me diga! — pede calmo. Como se não tivesse ouvido nada que eu havia falado.

— Olha só, não fui presa em flagrante. Fui presa porque uma mulher invejosa e soberba, que pode ser facilmente a mulher desse homem, inventou uma mentira para tirar corpo mole. — coloco meu cabelo de lado. — mas só falarei algo agora, com a presença de um advogado, e por favor. Que não seja defensor público, e como você é um homem que conhece bem as leis, sabe que é ilegal prender alguém da forma que me prenderam.

— Você irá responder em liberdade provisória. Deixe seu telefone e endereço na recepção. — aponta com a mão para a porta e eu me levanto calmamente saindo da sala.

Otario do caralho.

×××
M

úsica do início do capítulo:
LIVRE E TRISTE — FILIPE RET

Maratona (2/5)

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