O Vilão

Av FeyreArcheron15

70K 7K 8.7K

Amélia Archeron sempre foi o orgulho dos seus pais. Filha dos grão-senhores da corte noturna, portando um pod... Mer

Avisos!
Cast!
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Leiam por favor!
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Aviso!!!
Capítulo 41
Respondam por favor!!!
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Link do vídeo do tik tok!
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Aparência do Horus!!!
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Instagram!!!
Capítulo 66
Horus e Reina!!!
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Leiam por favor!
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Aviso!
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Próxima fic!!!
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 91
Capítulo 92
Capítulo 93
Capítulo 94
Capítulo 95

Capítulo 88

284 41 67
Av FeyreArcheron15

Autora on:

Não foi difícil para Aleksander achar a construção pequena no meio de uma floresta deserta.

Ele estava no continente, nas proximidades de Rask, mas se perguntava o que Cassandra fazia ali.

Se ele tinha sentido ela, significava que a fêmea não estava morta, mas tinha passado horas desacordada e isso não era do seu feitio.

A construção era pequena, parecia uma pequena sala no meio do nada, ele supõe que deve ser exatamente isso.

Era feita de pedras escuras, com nada além de uma porta de aço.

Sem janelas ou entradas de ar.

Ele se aproximou, seu poder sentia Cassandra ali, Aleksander tinha uma vaga ideia do que poderia estar acontecendo.

Mas não acreditou que ela pudesse estar ali.

Até que ouviu um grito, seguido por vocês desconexas.

E ele reconheceu a voz que sibilou com puro ódio.

Era Cassandra.

Ele não precisou de mais para ir ao encontro dela.

                                 {...}

Cassandra ergueu o olhar quando viu um vulto próximo, sua visão estava embaçada e por isso ela não o reconheceu de primeira.

Mas aqueles cabelos brancos eram irreconhecíveis para ela.

Ela suspirou aliviada, seus olhos cheios de lágrimas quando conseguiu focar sua visão o suficiente para encarar Aleksander.

Vestido com um couro negro, como se estivesse pronto para uma batalha.

Ele estava ali...por ela?

Ele parecia confuso, olhando para Guenlock e Cérbero.

Até que seus olhos pousaram nela.

Ele arregalou os olhos, surpreso ao vê-la ali, presa em uma parede e sangrando, os rasgos em suas asas estavam terríveis, ela sabia.

Guenlock e Cérbero pareciam estar vendo um pesadelo, bem em frente a eles.

Mas quando Aleksander se aproximou, ainda encarando ela, os monstros atravessaram, sumindo dali em um piscar de olhos.

O macho foi em sua direção, ele a soltou com um estalar de dedos, sua magia destruindo os arpões que prendiam suas asas.

Quando se viu solta e com os pés no chão,  a tontura voltou a atingir ela com força e Cassandra tombou para a frente, fechando os olhos quando sentiu a dor se alastrar por seu corpo.

Aleksander a amparou, ele tinha a respiração acelerada e parecia preocupado, embora não tivesse dito nada.

Mas ele agiu, um brilho dourado irradiou de sua mão e bastou um mero toque dele em seu braço para que os ferimentos dela se fechassem como se nunca tivessem existido.

Nem mesmo uma cicatriz.

Mas a dor que sentiu a tinha enfraquecido e ser curada de forma tão abrupta fez o cansaço em seu corpo ser dobrado.

Ela caiu na inconsciência um segundo depois.

E Aleksander voltou a si, lembrando que ela estava viva e que ele não a tinha matado.

Ele viu o ferimento no ombro dela, não sangrava, mas estava roxo e ele sabia que tinha feito aquilo.

Porque era isso que ele fazia.

Machucava qualquer um que se aproximasse demais dele.

Primeiro Kieran.

Depois Amélia.

E agora Cassandra, que quase morreu pelas mãos dos monstros que ele tinha libertado.

Os mesmos que tinham assassinado sua parceira.

"Você não a merecia"

Ele pegou Cassandra nos braços, usando magia para ocultar as asas dela de forma que ninguém mais as tocasse a não ser que ela quisesse.

E então a levou, atravessando de volta para o seu quarto.

Um estalar de dedos foi o suficiente para que ela estivesse limpa, qualquer resquício de poeira ou sangue sumiu do corpo dela.

A fêmea parecia estar em um sonho profundo e ele sabia que provavelmente não acordaria tão cedo.

Mas ainda sim, chamou Horus, que apareceu ao seu lado segundos depois.

- A encontrou - alívio nublou os olhos do macho, que encarou Aleksander em busca de uma resposta.

- Guenlock e Cérbero pegaram ela, eles machucaram as asas dela - Aleksander disse de forma sombria, encarando o horizonte além da sacada.

Pura ódio brilhou nos olhos de Horus.

- O que faremos?

Aleksander o encarou,  os olhos frios e a postura calma demais para alguém com tanto ódio.

- Eles fugiram - ele disse baixo.

Horus entendeu o recado e assentiu, encarando Aleksander de forma fria.

- E quando partiremos?

- Agora - foi o que ele disse, voltando a encarar o céu lá fora - Eles mataram Amélia e machucaram Cassandra, não vão escapar de novo, vamos caça-los.

Horus olhou para Cassandra.
- Chamarei Nestha - ele diz e Aleksander assente.

- Me encontre nos portões da cidade em dez minutos - ele avisa antes que Horus se vá.

Deixando Aleksander ali, ainda olhando para Cassandra, ainda se odiando por permitir que aquilo tivesse acontecido.

Que seu ódio tivesse deixado ele irreconhecível ao ponto de machucar a única pessoa que se ofereceu para estar com ele, mesmo quando ninguém mais queria.

"Você não a merecia"

Não...ele não merecia Amélia mesmo.

E talvez nunca fosse merecer.

                                {...}

Dez minutos depois, Horus encontrou Aleksander nos portões da cidade escavada.

Não seria difícil rastrear os monstros, enquanto esperava o criador tinha feito isso.

Agora só precisavam ir até eles, para fazê-los pagarem pelo que tinham feito.

- Rastreei os dois - Aleksander informa.

- Morte rápida? - Horus disse, desejando que não.

- Não vou torturar eles, mas não terão uma morte rápida, sei exatamente o tipo de sofrimento eterno que irei proporcionar para eles - Aleksander fala.

Horus assente.
- Acha que estão sozinhos?

O criador nega.
- Acredito que os outros saibam de algo e nesse momento devem estar juntos, se esse for o caso, mataremos todos.

Horus assente, se aproximando de Aleksander para tocar em seu ombro.

E então eles atravessam.

O meio.

Os monstros estavam escondidos no meio.

Como se a magia de Aleksander não pudesse alcançar aquele lugar.

- Eles acharam que estariam seguros aqui - Horus diz, ouvindo um bufar de Aleksander.

- Acharam mesmo que o meio seria capaz de barrar meu poder? Eu criei este lugar - é o que ele diz.

- E agora vão morrer - ele diz, seguindo Aleksander pelas arvores mortas e os galhos pontiagudos.

Os monstros nem mesmo sentiriam eles chegando.

Estavam reunidos próximos a um rio com a água tão negra, que não podia ser confundida com outra coisa senão tinta.

Mas Aleksander sabia o motivo da água ser daquela cor.

Quantos corpos já não tinham se perdido ali? Até que começassem a se decompor?

Aleksander inspirou, sentindo o cheiro pútrido adentrar as suas narinas.

E então desfez o feitiço que ocultava ambos.

As criaturas sibilaram assim que viram ele saindo das árvores, algumas deram passos arrastados para trás, mas não tinham para onde correr.

Aleksander sentiu o medo deles, era...esmagador.

- Que olhos arregalados são esses? Achei que tinham gostado de me ver - ele murmurou, girando uma adaga em uma das mãos.

Ao todo haviam sete monstros.

Sete que Aleksander tinha libertado.

Sete que tinham o traído.

Sete que morreriam.

Horus estava atrás dele, em total silêncio.

Que não durou muito, pois uma das criaturas fez menção de atacar, correndo em direção ao criador.

Aleksander moveu a mão, atirando a adaga que acertou o centro de sua testa, o macho usou sua magia e seu corpo foi desintegrado sem qualquer esforço.

Outras duas atacaram, o macho moveu uma das mãos em frente ao corpo, primeiro para o lado direito e depois moveu para o lado esquerdo, criando uma lâmina com sua magia.

Aleksander enviou aquela lâmina, que cortou o ar e dividiu ambas as criaturas ao meio.

Seus gritos foram o ultimo som que todos ouviram por longos segundos.

Duas das criaturas tentaram correr, mas Horus interceptou a que tinha como pele uma espécie de casca, semelhante a casca de árvore.

O macho se transformou em sombras, erguendo a criatura no ar que se debateu e chutou.

Mas mas Horus se firmou ao redor dela, espremendo o mesmo que gritou de dor quando sentiu seus ossos serem esmagados.

E então seu corpo se rompeu, se dividindo em diversas partes, caindo no chão como se não fosse nada.

A outra criatura tentou fugir, mas Aleksander estava na frente dele em um segundo e quando o monstro se virou, dando as costas a ele, Aleksander riu.

Sua mão atravessou carne e músculo, a criatura travou antes mesmo de dar um passo a frente.

Cérbero e Guenlock estavam congelados.

Não tinham como sair dali atravessando, não podiam usar magia no meio e sabiam que não tinha para onde fugir.

Eles viram quando a criatura sibilou de dor, sangue negro saindo de sua boca, Aleksander ergueu o olhar atrás da criatura.

E seus olhos estavam fixos nos dois monstros quando ele puxou a mão de volta para si, vendo o corpo da criatura a sua frente se debater antes que ela caísse no chão, sem vida.

Cérbero deu um passo para trás quando viu o que tinha na mão de Aleksander.

A espinha da criatura, coberta de sangue negro que pingava no chão, alguns respingos atigiram o rosto e o cabelo de Aleksander.

Mas ele encarava ambos os monstros, soltando a espinha no chão e se aproximando.

Horus usou suas sombras para paralisar o corpo das duas criaturas restantes.

Ambos sibilaram para Horus.
- Traídor, poderíamos estar aterrorizando as cortes se não fosse por você - Guenlock murmura.

- Vão morrer - Horus diz.

Cérbero olhava para Aleksander, vendo-o encarar ele de volta.

- Eu pensei sobre torturar vocês por semanas inteiras sem descanso - ele começa, vendo a criatura se espantar, ele continua - mas eu estaria desperdiçando meu tempo e não acho que seja punição o suficiente.

O macho se aproxima até estar próximo a Cérbero.
- Então sei para onde mandar vocês - ele diz baixinho.

- Me perdoe, mestre - Cérbero fala,  o medo exalando de seu corpo era como o melhor dos perfumes para Aleksander.

E ele sorriu.
- Eu poderia te matar rapidamente por ter me traído, mas matou Amélia e mesmo que eu queira te destroçar agora, sei que não merece o meu tempo - ele diz, tão baixo que apenas Cérbero ouve.

A criatura tremia levemente, sentindo a magia de Aleksander, tão antiga que ele se encolheria se não estivesse preso pelas sombras de Horus.

- Ela estava tornando-o fraco, tive que eliminar aquela puta feérica - ele diz.

Puro ódio nubla nos olhos de Aleksander, mas ele apenas sorri ainda mais.

- Achou que eu não descobriria? - ele questiona.

- Eu fiz o que precisava ser feito - ele sibila.

Aleksander solta uma risadinha sarcástica.

- Cérbero, seu senso de superioridade é engraçado, eu podia arrancar sua cabeça com minhas mãos agora, mas isso seria dar importância para um lixo como você - Aleksander murmura.

Guenlock estava em um silêncio absoluto, como se aquilo pudesse fazer Aleksander esquecer dele.

O criador continua.
- Irei garantir que esqueçam de vocês, que jamais citem seus nomes e que a existência de vocês nunca seja lembrada - Aleksander diz, se afastando de Guenlock.

Ele ergue a mão, sua magia escorregando de sua palma como sombras e se reunindo próximo as criaturas, formando um círculo cujo interior emite um brilho roxo.

Algo que ele criou há milênios, mas jamais usou.

- O que é isso...? - Cérbero murmura.

- "Isso" é uma criação minha, muito antiga e que nunca foi usada, fico feliz em inaugurar com vocês - ele diz.

- Não...- Guenlock se debate, medo e raiva emanavam dele.

- Viverão em um loop pela eternidade e verão seus piores pesadelos se realizando, não terão paz e nem a morte vai livra-los da minha sentença - Aleksander começa.

Ambas as criaturas se debatem, vendo o portal se aproximar deles.

- E irão se arrepender de terem matado a minha parceira, últimas palavras?

- Ela jamais voltará - Guenlock sibila.

- É aí que se engana - Aleksander sorri - aproveitem o inferno.

E então o portal engole ambas as criaturas, seus gritos de puro terror começam antes mesmo do portal se fechar.

E Aleksander sabe que irão durar por toda a eternidade.

Horus apenas observava.
- E agora? - ele pergunta.

- Agora...irei desfazer algumas injustiças - é o que ele diz.

                               {...}

Cassandra sentiu seus olhos arderem quando abriu os olhos, a luz do sol tomava o quarto e sua visão demorou um pouco a se ajustar.

Um choro baixo é ouvido próximo a ela e a fêmea se ergue do colchão devagar, reconhecendo o lugar que estava.

O quarto de Aleksander.

Antes que saiba quem está no quarto, ela é esmagada por alguém, que a abraça com tanta força que seu ar é tirado.

Ela reconhece sua mãe.

E então alguém abraça ambas, os braços grandes e o abraço de urso eram inconfundíveis para Cassandra.

Cassian.

Ela ri quando ele as tira do chão por um breve segundo e quando solta ambas, Cassandra vê que seus olhos estão vermelhos.

Não só os dele, Nestha também parecia ter chorado há pouco tempo.

Mas agora ambos sorriam.

Nestha toca o rosto dela.
- Eles machucaram você? - ela questiona.

- Machucaram, mas...já passou - a illyriana responde.

- Me perdoe, por não proteger você - Cassian estava se culpando desde a morte de Kieran.

Ele e Nestha se sentiam dois inúteis por não conseguirem proteger Cassandra.

Mas ela não os culpa.

- Vocês não são culpados, ninguém conseguiu se proteger - ela fala.

- Ainda sim, me perdoe - ele diz baixinho.

Ela se aproxima, vendo-o se abaixar e Cassandra deixa um beijo em sua bochecha, em seguida faz o mesmo com sua mãe.

Ela os encara com carinho.
- Tentaram me ajudar, só isso já me dá forças para continuar, mesmo depois de tudo - ela diz baixo, Kieran vem em sua mente e uma súbita vontade de chorar a invade.

Mas Cassandra segura aquela tristeza e empurra para dentro de si.

Ela não podia chorar, ele não gostaria disso.

Nem Amélia gostaria.

- Eu sei que estavam preocupados, mas...posso ficar sozinha agora? eu...preciso de um banho - ela sorri para ambos.

Nestha assente, deixando um beijo em sua testa, Cassian se aproxima e faz o mesmo.

- Amamos você - ele fala - apesar de tudo, estou feliz que esteja conosco.

- Eu também - ela sorri.

Ambos saem do quarto, deixando a fêmea sozinha ali, que se dirige para o banheiro.

Cassandra se encara no grande espelho que tem ali, o feitiço que ocultava suas asas é desfeito e logo ambas estão abertas atrás dela, que encara a pele lisa das asas.

E um suspiro aliviado preenche o ambiente, a fêmea sente seus olhos lacrimejarem quando vê que ambas estão totalmente curadas.

E ela sabe quem as curou.

Ocultando-as novamente, Cassandra toma um banho, vestindo uma legging escura e uma camiseta branca, a fêmea sai do banheiro, se aproximando da sacada do quarto e encarando a cidade abaixo.

Aleksander tinha salvado ela.

Mas o que ele faria? Continuaria com seu plano de eliminar Prythian?

Continuaria punindo os grão-senhores?

Ela realmente não sabia.

Nem mesmo sabia o motivo dele ter salvado ela.

Mas ela estava ali, bem, era o que importava.

Alguém bateu na porta de seu quarto e por mais que odiasse admitir, principalmente depois do que ele fez, ela sentiu alívio ao sentir a magia de Aleksander.

A fêmea abriu a porta, vendo-o ali, com uma túnica totalmente branca com listras douradas, os cabelos soltos e a expressão séria.

- Posso entrar? - pergunta, a voz neutra.

- O quarto é seu - ela dá de ombros, dando espaço para que ele entre e fechando a porta em seguida.

O macho para no meio do quarto, se virando para encarar ela.

- Como você está? - ele questiona.

A fêmea arqueia uma sobrancelha.
- O que veio fazer aqui, Aleksander?

Um mínimo sorriso enfeita o rosto dele.
- Não posso visitar uma amiga?

A fêmea bufa.
- Amiga? Somos amigos?

- Quase isso - ele rebate, recebendo um revirar de olhos como resposta.

- Amigos que tentam se matar, ótimo.

Ele parece quase ofendido.
- Eu não estava tentando matar você - diz.

- O corte em meu ombro diz o contrário - ela diz amarga.

Aleksander desvia o olhar para a sacada, se aproximando dela.

Cassandra se aproxima também, ambos lado a lado encarando a cidade abaixo.

- O que veio fazer aqui? - ela murmura.

- Vim ver como está - ele diz solícito.

- Porque?

- Porque é minha amiga Cas, me importo com você - ele a encara, a expressão séria.

- Você só se importa consigo mesmo e com essa vingança - ela diz, mesmo que no fundo saiba que não é a verdade.

- Se eu só me importasse com minha vingança, teria deixado você morrer naquela sala - diz seco.

- É porque sou parceira dele? - ela diz baixinho, sentindo seu peito doer com a mera menção dele.

Kieran...

Aleksander baixa o olhar e parece sentir o mesmo.

- Isso influencia, mas não é só por isso - ele murmura - você tentou me ajudar quando ninguém mais queria, apesar de não sermos amigos, eu me importo com você.

- O que vai fazer agora? Completou sua vingança, vai destruir Prythian? - ela diz, tentando esconder a surpresa que as palavras dele causaram nela.

O macho suspira, cruzando os braços, uma brilho doloroso passa por seus olhos antes que ele responda.

- Não é suficiente - diz baixinho - nada vai ser.

- Então planeja ficar governado Prythian? - ela pergunta.

Ele a encara, ponderando se conta para ela.

Mas ele sabe que Cassandra não iria fazer nada contra ele, não depois que ele falasse.

- Vou desfazer o que fiz - diz por fim.

- Do que está falando? - ela estava confusa.

Os olhos frios por um momento se tornam...tristes.

- Estava certa, eu não merecia Amélia - diz, voltando a olhar para a cidade.

A fêmea engole em seco, lembrando das palavras que disse quando estava com raiva.

Ela se arrepende amargamente.

- Eu...não disse aquilo porque é verdade, você não é nenhum monstro sabe - ela fala, a voz sincera.

Ele ri baixinho.
- Mas não estava errada, eu realmente não a mereço.

- Você merece, Amélia foi feliz ao seu lado - ele parece aborrecido.

- Mas está morta e a culpa é minha - ele trinca a mandíbula.

- Você não matou ela - Cassandra rebate.

- O monstro que eu libertei quem matou - responde - agora preciso parar de ser egoísta e fazer com que ela e Kieran sejam felizes.

Cassandra franze o cenho para ele.
- Do que está falando?

- Estou falando, que eu sou perigoso, qualquer um que fique ao meu lado se machuca ou morre e eu não posso deixar isso acontecer de novo - ele se aproxima, ficando na frente dela.

A voz dela está mortalmente baixa e hesitante quando questiona.
- O que vai fazer...?

- Você logo saberá - ele diz - por enquanto quero que saiba que...

O macho se cala, ponderando se deveria continuar ou apenas deixar para lá.

Mas ela o encoraja.
- O que?

Ele sorri.
- Eu quero agradecer, Cas, por ter ficado e tentado me ajudar, mesmo que eu tenha afastado você - diz baixo.

Ela retribui ao seu sorriso.
- Você foi um idiota, mas eu sei que a dor te motivou - responde de forma sincera - também me importo com você.

O sorriso dele se torna suave, fraternal.
- Se as coisas fossem diferentes, se as circunstâncias fossem diferentes...acho que seríamos bons amigos.

Ela sorri suavemente.
- Sim, seríamos, talvez ainda sejamos.

O sorriso dele diminui e ela pode jurar que tristeza nubla os olhos dele.

- Talvez...

- Eu não te agradeci ainda, por ter me salvado - ela diz.

O macho limpa a garganta, surpreso por ela estar agradecendo.

- Não precisa me agradecer - ele diz.

Ela revira os olhos de forma divertida.

- Precisa e eu vou - ela diz - Obrigado, eu estaria morta agora se não fosse por você.

Ele sorri, vendo-a retribuir ao sorriso e então fazer algo que o surpreende profundamente.

Cassandra o abraça.

Aleksander congela por um longo segundo, os olhos arregalados e a expressão congelada em pura surpresa.

Mas, de forma quase instantânea ele passa os braços ao redor dela, antes de encostar o queixo no topo de sua cabeça.

- As coisas voltarão a ser como antes? - ela pergunta, e ele sabe que ela se refere a literalmente tudo o que aconteceu nas últimas semanas.

Ele assente, fechando os olhos.

- Sim, serão como antes.

Ou quase tudo...

















                               




















































* Eai gostaram do cap?

Eu queria fazer o Alek torturando Guenlock e Cérbero até a morte, mas queria mais.

E então mandei eles para o inferno, onde irão sofrer pela eternidade, vendo seus piores pesadelos se tornarem realidade.

Os monstros estão mortos, a vingança de Alek está completa e ele não vai mais destruir Prythian porque percebeu que estava indo contra tudo o que ele e Amélia acreditavam.

Ele está se arrependendo do que fez pq sabe que matou gente inocente e apesar dos grão-senhores merecerem,  o povo de velaris, Nala, Gwyn ou Varian não mereciam.

Guardem isso, ele está vendo o que fez e vai mudar isso de alguma forma, isso é importante para o final dessa fic.

Muito importante.

O momento dele e de Cassy >>>

Seriam ótimos amigos...

Teorias do que o Alek vai fazer?

Vcs tem ideia do que vai ser o plot da mãe? O plot final?

Espero que gostem.

Bjs.

Fortsett å les

You'll Also Like

13K 2K 189
Quando recuperei minha consciência, percebi que me encontrava numa novel... Sendo mais específico, em "Abismo", uma obra de fantasia lançada há mais...
14.7K 542 36
Encontre as melhores capas feitas pelos melhores Capistas. Está obra tem como finalidade divulgar as capas criadas pelos capistas do Projeto @AtelieC...
35.5K 2.9K 59
Filha de Anfitrite e Poseidon, criada como uma mera humana adotada por pais ricos. Maya sempre se sentiu diferente, tinha de tudo porém a vida que l...
48.4K 7.1K 42
Mavis, uma jovem leitora nordestina que vive sua vida difícil em seu estado, a única escapatória são seus amigos com páginas e letras digitadas em ti...