Autora on:
Aleksander observava o prédio a sua frente.
As ruas estavam vazias, com pouca iluminação e ele não tinha medo de ser visto.
Tinha se certificado disso, usando um feitiço de ocultação.
Ele não planejava estar ali, escondido nas sombras e observando um prédio de três andares.
Mas quando sentiu Amélia, ele não pôde evitar de ver o que estava acontecendo.
Estava tomando uma taça de vinho e aproveitando os últimos momentos que teria sozinho, quando sentiu algo, uma pressão leve no peito.
Ele sabia o que era.
Achava que Amélia estava em perigo.
Mas não.
Ela tinha simplesmente dormido com alguém.
Ele estava em frente a esse prédio há duas horas, e mesmo que odiasse admitir, se segurou para não ir até lá.
Uma porta se abre e sua atenção é atraída para a fêmea que sai do edifício.
Amélia estava com os cabelos soltos, que voavam levemente com a brisa fria da noite.
Ela usava uma camisa social que chegava ao meio de suas coxas e andava rapidamente.
Caminhou alguns metros antes de atravessar, deixando Aleksander ali, com os olhos novamente cravados no prédio.
Ele sabia exatamente em qual andar o apartamento do feérico ficava.
Por isso estalou os dedos.
Uma sombra se materializou ao seu lado.
Ele não tirou os olhos do prédio quando a criatura se curvou para ele.
- Meu senhor, o que deseja?
- Preciso que me faça um favor - Ele disse, a voz fria.
- O que quiser, meu senhor - Ele responde.
Aleksander sorriu, um sorrisinho cruel.
{...}
Amélia on:
Me espreguicei na cama, soltando um suspiro quando senti algo quente em minha pele e abri os olhos.
O sol batia em meu rosto, eu xinguei baixinho, tinha esquecido de fechar as cortinas quando entre sorrateiramente na noite passada.
Mas, graças a mãe eu consegui dormir bem, na verdade, dormi demais.
Já devia estar perto do almoço.
Custei a me levantar, e quando o fiz, tomei um banho rápido e vesti uma roupa.
Me olhei no espelho, estava usando uma calça, cujo tecido era leve e folgado, se apertando na cintura e nos tornozelos, a blusa de mangas seguindo o mesmo padrão, o da corte noturna.
A roupa era de um tom azul escuro.
Calcei sandálias e sai do quarto.
Encontrei minha mãe, tia Elain e tia Nestha na sala, estavam conversando algo que não prestei atenção.
Tia Elain foi a primeira a me ver, sorrindo para mim.
- Bom dia querida.
Sorri levemente, sentando ao lado da minha mãe no sofá.
- Bom dia, que horas são?
Minha mãe me cutucou.
- São onze horas, o que deu em você para dormir tanto?
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O Vilão
FantasyAmélia Archeron sempre foi o orgulho dos seus pais. Filha dos grão-senhores da corte noturna, portando um poder fora do normal e com um coração que mal cabia em seu peito, ela recebia sorrisos aonde passava. Sua vida e a de todos da corte noturna es...