Capítulo 17

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Autora on:

Aleksander observava o prédio a sua frente.

As ruas estavam vazias, com pouca iluminação e ele não tinha medo de ser visto.

Tinha se certificado disso, usando um feitiço de ocultação.

Ele não planejava estar ali, escondido nas sombras e observando um prédio de três andares.

Mas quando sentiu Amélia, ele não pôde evitar de ver o que estava acontecendo.

Estava tomando uma taça de vinho e aproveitando os últimos momentos que teria sozinho, quando sentiu algo, uma pressão leve no peito.

Ele sabia o que era.

Achava que Amélia estava em perigo.

Mas não.

Ela tinha simplesmente dormido com alguém.

Ele estava em frente a esse prédio há duas horas, e mesmo que odiasse admitir, se segurou para não ir até lá.

Uma porta se abre e sua atenção é atraída para a fêmea que sai do edifício.

Amélia estava com os cabelos soltos, que voavam levemente com a brisa fria da noite.

Ela usava uma camisa social que chegava ao meio de suas coxas e andava rapidamente.

Caminhou alguns metros antes de atravessar, deixando Aleksander ali, com os olhos novamente cravados no prédio.

Ele sabia exatamente em qual andar o apartamento do feérico ficava.

Por isso estalou os dedos.

Uma sombra se materializou ao seu lado.

Ele não tirou os olhos do prédio quando a criatura se curvou para ele.

- Meu senhor, o que deseja?

- Preciso que me faça um favor - Ele disse, a voz fria.

- O que quiser, meu senhor - Ele responde.

Aleksander sorriu, um sorrisinho cruel.

                          {...}

Amélia on:

Me espreguicei na cama, soltando um suspiro quando senti algo quente em minha pele e abri os olhos.

O sol batia em meu rosto, eu xinguei baixinho, tinha esquecido de fechar as cortinas quando entre sorrateiramente na noite passada.

Mas, graças a mãe eu consegui dormir bem, na verdade, dormi demais.

Já devia estar perto do almoço.

Custei a me levantar, e quando o fiz, tomei um banho rápido e vesti uma roupa.

Me olhei no espelho, estava usando uma calça, cujo tecido era leve e folgado, se apertando na cintura e nos tornozelos, a blusa de mangas seguindo o mesmo padrão, o da corte noturna.

A roupa era de um tom azul escuro.

Calcei sandálias e sai do quarto.

Encontrei minha mãe, tia Elain e tia Nestha na sala, estavam conversando algo que não prestei atenção.

Tia Elain foi a primeira a me ver, sorrindo para mim.

- Bom dia querida.

Sorri levemente, sentando ao lado da minha mãe no sofá.

- Bom dia, que horas são?

Minha mãe me cutucou.
- São onze horas, o que deu em você para dormir tanto?

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