Capítulo 63

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Autora on:

Reina estava na metade de seu livro, ela passou horas lendo já que não tinha nada mais para fazer além disso.

E ela preferia ler do que sair e correr risco de morte.

Ela já corria na verdade.

Aleksander a mataria a qualquer momento, afinal era pra isso que Horus a mantinha ali.

Em algum momento as palavras se tornaram um borrão e Reina cochilou na cama, caindo em um sono tranquilo.

Não por muito tempo.

Sonho on:

Ela conseguia sentir o cheiro do sangue fresco.

Seu sangue.

Era como se estivesse lá novamente, ela sentia tudo.

Sentia o desespero para sobreviver.

Sentia o medo.

Sentia a dor.

A fêmea gemeu ao sentir a dor aguda em seu abdômen.

Ele estava tentando mata-la.

Ele estava tentando matar seu filho.

Ela se recostou em uma árvore, respirando fundo e tentando se acalmar, o desespero crescente em seu peito a impedia de pensar com clareza.

Seu filho, ela precisava salvar seu filho.

Ele não ia tira-lo dela.

Como se soubesse disso a criança chutou.

Ela estava com seis meses de gestação.

O filho era de Baltazar, seu marido, se é que ele pode ser chamado assim, ela preferia chamá-lo de monstro.

Ela não queria nada daquilo.

Ela não queria casar.

Não queria servi-lo.

Ela nunca tinha deitado com um macho antes, ela certamente não queria que sua primeira vez fosse com ele.

Mas ela não teve escolha.

Baltazar era mais velho e mais forte.

Ela não conseguiu impedir e ninguém a ajudaria.

Afinal, ela tinha que manter suas obrigações como esposa dele.

E assim foi por três anos.

Reina poderia suportar isso.

Toda a tortura que ele a causava.

Mas não com um filho.

Ela gritou quando uma mão agarrou seus cabelos e ele a socou com força demais.

A fêmea foi jogada no chão, sua barriga recebeu todo o impacto e ela gritou, sentindo a dor se alastrar por todo o seu corpo.

Seu bebê...

A fêmea chorava no chão, segurando a barriga, como se estivesse segurando seu próprio filho no colo.

- Esse bastardo não vai carregar meu sobrenome - Baltazar rosna.

Reina cospe no chão.

- Ele não é seu, nunca vai ser - ela diz, raiva em seus olhos, embora seus olhos estivessem com lágrimas que escorriam por seu rosto.

- Você é uma puta, vou mostrar para você o que faço com putas do seu tipo - ele agarra seus cabelos, um sorriso sádico no rosto.

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