Para sempre você.

By 80smanuella

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- Sempre foi, e sempre será você, branca. Uma história que se passa na Rocinha, Rio de Janeiro. Repleta de po... More

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By 80smanuella

Antes de começarem a ler, quero que vocês prestem atenção na numeração do capítulo.
O wattpad desorganizou a ordem, do 9 pulou para o 19, aí voltou para o 10 e ainda está desorganizado, já editei diversas vezes mas não adianta, atualiza e depois volta a como estava. Do 9 ao 36 está fora da ordem correta, então peço que olhem a numeração para não pegar spoiler e nem se perderem na história. Desde já, agradeço! 🥰

"Ser seu ou ser sincero?"

Caio Souza.

Mais cedo...

Assim que vejo que a conversa da Mariana e da Carolinne acabou, levanto da cama indo tomar um banho para relaxar os nervos do corpo e tentar esquecer aquela diaba. O que estava se tornando uma missão extremamente impossível.

Saio do banheiro e troco de roupa. Desço as escadas devagar e vejo a Carol jogada no sofá, como de costume.

— Bom dia. — passo por ela já indo direto para a porta.

— Ja vai ir atrás da Mariana? — suspiro pra não me estressar.

— Não sei c tu tá ligada, mas eu trabalho. — pisco pra ela que revira os olhos. Abro a porta e saio em seguida.

Ajeito a pistola na cintura e saio de casa acendendo um baseado e colocando na boca. Vou para a rua 7 e vejo que a obra tá quase do mesmo jeito do começo da semana.

— Faz favor. — chamo o pedreiro que me olha engolindo seco e vindo na calada. — qual foi? Não falei que era pra adiantar a porra do serviço? — me estressar com esses caras era fácil fácil, enrolam porque ganham por dia.

— Hoje mesmo terminamos o reboco, patrão. — ele me olha firme e concordo com a cabeça saindo dali sem falar muito.

Era domingo, mas coloquei nego pra trabalhar.
Pagando bem, que mal tem.

Volto pro começo da rua e desço pra boca. Fico batendo uma brisa com os caras ali e dou umas dicas pra não demorar muito cortando as drogas.

— Jogo hoje ás seis, vai colar? — Md me pergunta dando um trago no baseado. Tinha só dois anos que tava aqui com nóis, mas tava ganhando intimidade fácil, moleque era responsa demais.

— Lógico po, o melhor zagueiro do time não pode ficar de fora ne? — me gabo e eles começam com as gastações.

Corto logo a onda deles e boto pra trabalhar. Desço pro campo ouvindo aquele bom pagode e uns caras assando carne.

— Oi amor. — ouço a voz enjoada da Hellen e me viro vendo a loira siliconada me olhar sorrindo.

— Eai. — faço pouco caso termindo de chegar no campo vendo os moleque mais novo jogar.

— Porra, vai me faltar com atenção mesmo, Coringa? — passa a mão no meu peito me fazendo parar de andar e suspirar fundo tirando suas mãos de mim.

— Nunca te dei atenção, maluca! — corto seu barato vendo ela se irritar.

— Tá de gastação né? — cruza os braços.

— Loira azeda na área. — ouço a voz da minha irmã e vejo a Hellen revirar os olhos.

Gostei do apelido.

— Ineveja mata. — A azeda responde e quem se irrita agora sou eu.

— A última coisa que a minha irmã vai ter de tu é inveja, parceira. — solto a fumaça do baseado na sua cara. — mete o pé daqui azeda.

Ela passa por mim esbarrando propositalmente no meu ombro, me fazendo segurar seu pulso com força.

Não dá pra dar moral pra feia, elas comecam a se achar bonita.

— Da próxima vez que você pensar em esbarrar a merda desse ombro em mim denovo, eu faço você ficar sem. — ela me olhava com medo e concordando rapidamente com a cabeça saindo. — Tá fazendo o que aqui Carolinne? — cruzo os braços olhando pra sua cara de sinica.

— Eu quem te pergunto isso, Caio. Você não ia trabalhar? — debocha rindo.

Essa menina ainda vai levar uma surra feia por causa desse deboche idiota, e nem vai ser eu que vai bater.

Antes de responder ela, Lucas chega a abraçando por trás me fazendo estranhar a aproximadamente dos dois.

— Veio ver o pai jogar né, gata?

Gata?

Carolinne revira os olhos tirando as mãos do Lc de volta do pescoço dela e jogando seu cabelao pra trás batendo na cara dele.

— Caralho, essas moscas estão enchendo o saco ultimamente! — sorri de lado. — fica um zumbino chato no ouvido. — coça o ouvido fazendo o Lucas fechar a cara e eu cair na risada.

— Te fude, Carolinne. — Lc empurra seu ombro fraco. — vai trocar de roupa pra nois jogar o próximo jogo, cuzao.

Concordo saindo dali e indo até o barzinho, pegando o uniforme e indo me vestir.

Jogamos o primeiro jogo e ganhamos. Estávamos se aquecendo para o segundo.

— Teu celular tá tocando parceiro. — Lc me olha sorrindo já entregando o celular. — Atende tua mina aí pra nois ir jogar. — da um tapinha no meu ombro e sai indo pro campo.

Atendo e batemos uma conversa rápida. Ela pediu para mim ir lá, fiquei até meio assim, Mariana me chamando pra conversar? É até de se estranhar.

Nem jogo o segundo tempo, menti que tava sentindo uma dor no joelho e sai do campo. Subo correndo pra ir pra casa tomar um banho e ir me arrumar. Assim que acabo, fico meia hora me olhando no espelho para ver se eu estava bonito. O que eu estava, era claro.

Pego minha moto e desço a milhão indo pro Leblon, passo na pizzaria e peço uma pizza de quatro queijos metade frango catupiry, a melhor né, enquanto não ficava pronta rodei os mercados por perto para poder comprar um chocolate branco da Galak para a feia. Sempre foi o favorito dela.
Compro e passo na pizzaria pegando meu pedido, e vou direito pra casa dela.

Bato na porta, e escondo uma mão atrás das costas segurando o simples chocolate, e a outra mão segurava a caixa de pizza.

— Olha só Mariana, não sei se tu ainda gosta dessa porra. Mas eu espero que sim, rodei os mercados do Leblon todo pra ver se eu achava. — exagero um pouco tirando a mão das costas e a entregando a sacola com o Galak.

— Meu Deus, você lembra. — um sorrio perfeito aparece em seus lábios, me fazendo sorrir aliviado.

— Não é de hoje que te conheço. — pisco pra ela e entro na sua casa indo para a cozinha.

— Muito obrigada, Caio. — agradece apos trancar a porta e vir me seguindo. — De coração! — me viro pra ela depois de deixar a pizza na mesa e ela me abraçar fortemente. — vamos comer agora, tô varada de fome. — se afasta abrindo a caixa. Solto uma risada pela sua afobação.

Sentamos na mesa e começamos a comer, sem pegar pratos ou garfo e faca.

— O que queria conversar comigo? — pergunto após morder um pedaço.

— Você tem a ficha limpa, não tem ? — concordo com a cabeça. — O que vai fazer no dia 10 de agosto?

Tento caçar algo que marquei esse dia e falho.

— Nada.

— Hum. — murmura comendo. — Minha formatura vai ser esse dia! — ela me olha seria me fazendo prestar atenção. — queria saber se você aceitaria ser meu par, entrar comigo e enfim.

Fico surpreso pra caralho, pisco diversas vezes para ver se eu ainda não estava deitado na minha cama, sonhando.

— Olha, se você não querer aceitar esta tudo bem. — ela se apressa ao falar me fazendo engolir seco. — eu irei entender, não quero te forçar á nada.

— Quero.

— Caio... Você tem certeza? — me pergunta com dúvida e eu sorrio.

— Lógico que sim, Mariana. — ela sorri aliviada.

— Pode parecer simples. Mas é algo muito significativo pra mim.

— Simples? — coloco o pedaço de pizza no balcão limpando a mão, e a encarando serio. — Mariana tu vai ta realizando teu sonho, se formando. Isso não tem nada de simples não, doida. É maravilhoso. — seus olhos castanhos brilham e ela vem até mim sentando no meu colo e depositando um selinho nos meus lábios.

— Fique assim comigo, pra sempre. — sorrio de lado puxando sua nuca e beijando sua boca.

Mas infelizmente, não respondo nada.

×××
Música do início do capítulo:
20 LIGAÇÕES — BACU EXU DO BLUES

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