Antes de começarem a ler, quero que vocês prestem atenção na numeração do capítulo.
O wattpad desorganizou a ordem, do 9 pulou para o 19, aí voltou para o 10 e ainda está desorganizado, já editei diversas vezes mas não adianta, atualiza e depois volta a como estava. Do 9 ao 36 está fora da ordem correta, então peço que olhem a numeração para não pegar spoiler e nem se perderem na história. Desde já, agradeço! 🥰
"Ser seu ou ser sincero?"
Caio Souza.
Mais cedo...
Assim que vejo que a conversa da Mariana e da Carolinne acabou, levanto da cama indo tomar um banho para relaxar os nervos do corpo e tentar esquecer aquela diaba. O que estava se tornando uma missão extremamente impossível.
Saio do banheiro e troco de roupa. Desço as escadas devagar e vejo a Carol jogada no sofá, como de costume.
— Bom dia. — passo por ela já indo direto para a porta.
— Ja vai ir atrás da Mariana? — suspiro pra não me estressar.
— Não sei c tu tá ligada, mas eu trabalho. — pisco pra ela que revira os olhos. Abro a porta e saio em seguida.
Ajeito a pistola na cintura e saio de casa acendendo um baseado e colocando na boca. Vou para a rua 7 e vejo que a obra tá quase do mesmo jeito do começo da semana.
— Faz favor. — chamo o pedreiro que me olha engolindo seco e vindo na calada. — qual foi? Não falei que era pra adiantar a porra do serviço? — me estressar com esses caras era fácil fácil, enrolam porque ganham por dia.
— Hoje mesmo terminamos o reboco, patrão. — ele me olha firme e concordo com a cabeça saindo dali sem falar muito.
Era domingo, mas coloquei nego pra trabalhar.
Pagando bem, que mal tem.
Volto pro começo da rua e desço pra boca. Fico batendo uma brisa com os caras ali e dou umas dicas pra não demorar muito cortando as drogas.
— Jogo hoje ás seis, vai colar? — Md me pergunta dando um trago no baseado. Tinha só dois anos que tava aqui com nóis, mas tava ganhando intimidade fácil, moleque era responsa demais.
— Lógico po, o melhor zagueiro do time não pode ficar de fora ne? — me gabo e eles começam com as gastações.
Corto logo a onda deles e boto pra trabalhar. Desço pro campo ouvindo aquele bom pagode e uns caras assando carne.
— Oi amor. — ouço a voz enjoada da Hellen e me viro vendo a loira siliconada me olhar sorrindo.
— Eai. — faço pouco caso termindo de chegar no campo vendo os moleque mais novo jogar.
— Porra, vai me faltar com atenção mesmo, Coringa? — passa a mão no meu peito me fazendo parar de andar e suspirar fundo tirando suas mãos de mim.
— Nunca te dei atenção, maluca! — corto seu barato vendo ela se irritar.
— Tá de gastação né? — cruza os braços.
— Loira azeda na área. — ouço a voz da minha irmã e vejo a Hellen revirar os olhos.
Gostei do apelido.
— Ineveja mata. — A azeda responde e quem se irrita agora sou eu.
— A última coisa que a minha irmã vai ter de tu é inveja, parceira. — solto a fumaça do baseado na sua cara. — mete o pé daqui azeda.
Ela passa por mim esbarrando propositalmente no meu ombro, me fazendo segurar seu pulso com força.
Não dá pra dar moral pra feia, elas comecam a se achar bonita.
— Da próxima vez que você pensar em esbarrar a merda desse ombro em mim denovo, eu faço você ficar sem. — ela me olhava com medo e concordando rapidamente com a cabeça saindo. — Tá fazendo o que aqui Carolinne? — cruzo os braços olhando pra sua cara de sinica.
— Eu quem te pergunto isso, Caio. Você não ia trabalhar? — debocha rindo.
Essa menina ainda vai levar uma surra feia por causa desse deboche idiota, e nem vai ser eu que vai bater.
Antes de responder ela, Lucas chega a abraçando por trás me fazendo estranhar a aproximadamente dos dois.
— Veio ver o pai jogar né, gata?
Gata?
Carolinne revira os olhos tirando as mãos do Lc de volta do pescoço dela e jogando seu cabelao pra trás batendo na cara dele.
— Caralho, essas moscas estão enchendo o saco ultimamente! — sorri de lado. — fica um zumbino chato no ouvido. — coça o ouvido fazendo o Lucas fechar a cara e eu cair na risada.
— Te fude, Carolinne. — Lc empurra seu ombro fraco. — vai trocar de roupa pra nois jogar o próximo jogo, cuzao.
Concordo saindo dali e indo até o barzinho, pegando o uniforme e indo me vestir.
Jogamos o primeiro jogo e ganhamos. Estávamos se aquecendo para o segundo.
— Teu celular tá tocando parceiro. — Lc me olha sorrindo já entregando o celular. — Atende tua mina aí pra nois ir jogar. — da um tapinha no meu ombro e sai indo pro campo.
Atendo e batemos uma conversa rápida. Ela pediu para mim ir lá, fiquei até meio assim, Mariana me chamando pra conversar? É até de se estranhar.
Nem jogo o segundo tempo, menti que tava sentindo uma dor no joelho e sai do campo. Subo correndo pra ir pra casa tomar um banho e ir me arrumar. Assim que acabo, fico meia hora me olhando no espelho para ver se eu estava bonito. O que eu estava, era claro.
Pego minha moto e desço a milhão indo pro Leblon, passo na pizzaria e peço uma pizza de quatro queijos metade frango catupiry, a melhor né, enquanto não ficava pronta rodei os mercados por perto para poder comprar um chocolate branco da Galak para a feia. Sempre foi o favorito dela.
Compro e passo na pizzaria pegando meu pedido, e vou direito pra casa dela.
Bato na porta, e escondo uma mão atrás das costas segurando o simples chocolate, e a outra mão segurava a caixa de pizza.
— Olha só Mariana, não sei se tu ainda gosta dessa porra. Mas eu espero que sim, rodei os mercados do Leblon todo pra ver se eu achava. — exagero um pouco tirando a mão das costas e a entregando a sacola com o Galak.
— Meu Deus, você lembra. — um sorrio perfeito aparece em seus lábios, me fazendo sorrir aliviado.
— Não é de hoje que te conheço. — pisco pra ela e entro na sua casa indo para a cozinha.
— Muito obrigada, Caio. — agradece apos trancar a porta e vir me seguindo. — De coração! — me viro pra ela depois de deixar a pizza na mesa e ela me abraçar fortemente. — vamos comer agora, tô varada de fome. — se afasta abrindo a caixa. Solto uma risada pela sua afobação.
Sentamos na mesa e começamos a comer, sem pegar pratos ou garfo e faca.
— O que queria conversar comigo? — pergunto após morder um pedaço.
— Você tem a ficha limpa, não tem ? — concordo com a cabeça. — O que vai fazer no dia 10 de agosto?
Tento caçar algo que marquei esse dia e falho.
— Nada.
— Hum. — murmura comendo. — Minha formatura vai ser esse dia! — ela me olha seria me fazendo prestar atenção. — queria saber se você aceitaria ser meu par, entrar comigo e enfim.
Fico surpreso pra caralho, pisco diversas vezes para ver se eu ainda não estava deitado na minha cama, sonhando.
— Olha, se você não querer aceitar esta tudo bem. — ela se apressa ao falar me fazendo engolir seco. — eu irei entender, não quero te forçar á nada.
— Quero.
— Caio... Você tem certeza? — me pergunta com dúvida e eu sorrio.
— Lógico que sim, Mariana. — ela sorri aliviada.
— Pode parecer simples. Mas é algo muito significativo pra mim.
— Simples? — coloco o pedaço de pizza no balcão limpando a mão, e a encarando serio. — Mariana tu vai ta realizando teu sonho, se formando. Isso não tem nada de simples não, doida. É maravilhoso. — seus olhos castanhos brilham e ela vem até mim sentando no meu colo e depositando um selinho nos meus lábios.
— Fique assim comigo, pra sempre. — sorrio de lado puxando sua nuca e beijando sua boca.
Mas infelizmente, não respondo nada.
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Música do início do capítulo:
20 LIGAÇÕES — BACU EXU DO BLUES