Para sempre você.

By 80smanuella

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- Sempre foi, e sempre será você, branca. Uma história que se passa na Rocinha, Rio de Janeiro. Repleta de po... More

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Fim.

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By 80smanuella

Antes de começarem a ler, quero que vocês prestem atenção na numeração do capítulo.
O wattpad desorganizou a ordem, do 9 pulou para o 19, aí voltou para o 10 e ainda está desorganizado, já editei diversas vezes mas não adianta, atualiza e depois volta a como estava. Do 9 ao 36 está fora da ordem correta, então peço que olhem a numeração para não pegar spoiler e nem se perderem na história. Desde já, agradeço! 🥰

"O meu melhor amigo é o meu amor"

Mariana Lima.

Abro os olhos lentamente sentindo uma respiração pesada na minha nuca. Raciocínio e vejo que eu estava abraçada com o Caio.

Merda.

Eu transei com meu melhor amigo de infância.

Aperto os olhos rezando para não passar de um pesadelo, mas não, não era. Tiro suas mãos com delicadeza de volta do meu corpo. Olho para seu rosto que dormia serenamente. E levanto da cama devagar, do jeitinho que vim ao mundo. Vou para o banheiro que tinha no seu quarto e me enfio em baixo do chuveiro, não era intrometimento, era apenas eu me higienizado.

Pego sua toalha e passo por volta do meu corpo depois de tomar um banho rápido. Vou até a pia e lavo minha boca, saio do banheiro vendo ele ainda dormindo. Ou fingindo, suspiro sabendo o quão errado foi isso. Porque só me causou coisas estranhas e vontade de repetir, visto a mesma roupa de ontem e calço meu tênis. Procuro minha jaqueta por todo lado e não acho, mas logo me recordo dela ser jogada na escada, solto uma risada baixa.

— Vai fugir mesmo? — ouço sua vista e fico quieta ainda de costas pra ela. Tiro minha mão da maçaneta e me viro lentamente.

— Não ia fugir. — olho pro chão. — só ia embora, não queria te acordar! — olho para ele que me encarava.

— Achou mesmo que eu estava dormindo?

— Não. — caminho até a cama. — mas se estava acordado, porque não me chamou na hora que levantei?

— Queria ver teu corpo.

— Isso era só pedir. — sorrio subindo na cama.  — Bom dia! — deixo um selinho na boca dele.

Ele sorri de lado e me aperta em seus braços me fazendo cair em cima dele.

— Bom dia, princesa. — sorrio com esse apelido e encho o rosto dele de beijo.

— tenho que ir embora. — apoio minha cabeça no seu peito olhando para seus olhos.

— Vai não.

— Vou! — me levanto me ajeitando. — beijinhos Caic. — mando um beijo pra ele que ri e eu saio do quarto fechando a porta. Tiro meu celular do bolso vendo marcar duas horas da tarde.

Desço as escadas e olho embaixo da mesma caçando minha jaqueta.

— Procurando isso? — Carolinne me pergunta rindo segurando a jaqueta nas mãos. — Sabe, Mari. Quando eu cheguei em casa e vi essa jaqueta jogada na escada, quase surtei achando que era de alguma vagabunda que o Caio poderia ter trazido pra cá. Quase taquei fogo! Mas ai lembrei que tu tava com ela.

Sorrio sem graça indo até ela.

— Obrigada. — ela me olha desconfiada me entregando a jaqueta. — eu real não sei o que te dizer. — ela solta uma risada alta.

— Fala nada não. Acontece! — pisca pra mim dando de ombros. Sorrio passando por ela. — vai ficar pra tomar um cafezinho comigo não? — ironiza rindo.

— Não, obrigada. — rio constrangida saindo da sua casa.

Desço correndo e abro o portão da casa da Dinda.

— Quem morreu? — Minha madrinha pergunta assim que fecho o portão. Ela estava molhando suas plantas.

— É que tô com um pouco de pressa. — passo por ela indo pra porta e lembro que nem dei bença. — Bença madrinha! — volto pro quintal pedindo.

— Deus lhe abençoe, flor. — ela recebe rindo e eu saio de lá entrando na casa e indo pro quarto da Agnes.

— Aqui normalmente quem chega assim correndo é o foragido do Lucas! — Morena me zoa e eu reviro os olhos.

Me jogo na cama processando os acontecimentos.

— Fiz uma merda.

— Eu já até imagino o que foi? — ela se senta na cama me olhando. — Deu?

— Dei. — ela da um grito batendo palma. — Para maluca!

— C a r a l h o.

Diz pausadamente indignada.

— Qual foi Agnes, larga de onda. — empurro seu ombro me sentando na cama.

— É que eu realmente não sei o que dizer.

— Eu sei que foi errado...— ela me para me olhando brava.

— Errado não! — nega. — Amiga! Vocês eram grudados quando novos, esse sentimento só está se ampliando, agora então que vai aumentar!

— O que? Não, não.

— Mariana, vai dar namoro. Isso eu aposto com qualquer um. — diz convencida e eu solto uma risada alta.

— So o dia que eu perder todo o resto de juízo que eu ainda tenho.

Rimos e ficamos conversando altos papos, não demorou tanto e eu piquei o pé pra casa. Ao chegar estranhei vendo uma carta na caixinha do correio, cheguei arrepiar ao lembrar da primeira vez e última que recebi uma carta.

Pego e entro pra dentro de casa, tranco a porta e abro a carta rapidamente suspirando aliviada por não ser nada suicida. E sim um aviso da universidade para confirmar quantos convidados eu levaria.

— É, Mariana. Será que vai ter alguém pra bater pelo menos duas palmas para você?!

Me pergunto dando uma risada da trágica vida que eu levo.

Me jogo no sofá pegando o celular e fazendo cinco convintes para assistir a minha formatura, Dona Vilma, Madrinha, Agnes, Carol e Lucas.

Assim que termino, envio no WhatsApp para os cincos e vou até o contanto do Caio, ligando para ele.

— Sentiu saudades? — ouço um monte de barulho de fundo e chego afastar o celular um pouco do ouvido.

— Você tá a onde, Coringa?

— Tô no campo, branca. — responde calmo. — tô batendo um baba aqui com os moleque! É alguma coisa?

— A noite você pode vir aqui? Quero conversar uma coisa com você. — peço e ele fica quieto. Me dá até um medo de receber um não, emocionada.

— Posso. — sorrio aliviada. — a noite tô aí, beijos gata.

— Beijos! — desligo o celular e sorrio feliz.

Infelizmente. Meus sorrisos mais sinceros são quando estou com ele. Caio me faz um bem imenso, que eu mal consigo explicar.

Vou para meu quarto e tiro minhas roupa que já fedia. Tomo um banho novamente, so que dessa vez demorado e assim que acabo, saio de toalha e me troco rápido, passando um hidratante corporal e desodorante.

Eu vestia uma pijama não muito curto, dá barbie. Pijama que eu tenho deis dos meus 12 anos, ganhei da minha mãe, não quero me desfazer dele nunquinha.

Penteio meu cabelo e amarro em um coque alto. Vou para a sala e me deito no sofá mexendo no celular. Minutos depois ouço baterem na porta e dou um pulo do sofá, vou até o olheiro da porta e vejo o Caio parado segurando uma caixa de pizza com uma mão e a outra nas costas.

Abro a porta e sorrio vendo ele todo bonitinho.

— Olha só Mariana, não sei se tu ainda gosta dessa porra. Mas eu espero que sim, rodei os mercados do Leblon todo pra ver se eu achava. — ele tira as mãos das costas e me entrega uma sacola.

Abro rapidamente vendo meu chocolate preferido de todo o mundo. Galak branco.

— Meu Deus, você lembra. — sorrio boba e surpresa. Não imaginaria.

— Não é de hoje que te conheço. — pisca pra mim entrando.

— Muito obrigada, Caio. — tranco a porta indo até ele. —  De coração! — abraço ele assim que ele larga a caixa de pizza. — vamos comer agora, tô varada de fome. — me afasto abrindo a caixa de pizza. Ouço sua risada atrás de mim e sorrio.

×××

Música do início do capítulo:
VELHA INFÂNCIA — MARISA MONTE

Mariana quando vê o Caio:

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