Antes de começarem a ler, quero que vocês prestem atenção na numeração do capítulo.
O wattpad desorganizou a ordem, do 9 pulou para o 19, aí voltou para o 10 e ainda está desorganizado, já editei diversas vezes mas não adianta, atualiza e depois volta a como estava. Do 9 ao 36 está fora da ordem correta, então peço que olhem a numeração para não pegar spoiler e nem se perderem na história. Desde já, agradeço! 🥰
"Não tô com tempo pra arrependimentos"
Mariana Lima
Entro dentro da casa da Dinda e me jogo no sofá, ela não estava em casa. Mas consegui entrar com a chave reserva. Estava me sentindo deslocada, como se aqui não fosse mais o meu lugar, que eu estaria querendo entrar onde não me cabia mais.
Minutos depois refletindo sobre a vida, pego meu celular e vejo uma mensagem de um número desconhecido, entro na conversa e vejo que é o Caio, ou melhor, Coringa.
Assim que eu respondo, ele nem responde mais nada de volta. Fico no mesmo lugar, jogada com preguiça da vida. Uns cinco minutos depois, batem na porta, parecendo que vai derrubar tudo.
Abro e vejo ele escorado na parede, não digo nada e ele entra de uma vez. Mal educado.
— O que quer? — pergunto com zero paciência, e ele fica calado, sem jeito. Respiro fundo e fecho a porta, passo por ele e me sento no sofá novamente.
— Sei que tô sendo grosso com você desde ontem. — assume e eu olho pra ele surpresa. — não foi minha intenção.
Desculpa mais esfarrapada. "Não foi minha intenção".
— Tá. — dou de ombros mostrando indiferença.
Eu sabia que sendo recíproca nesse afastamento dele, ele iria abaixar a guarda. Então, vou agir como ele apartir de agora.
— Vai no aniversário? — pergunta e eu olho para ele levantando uma sobrancelha.
— Para chegar na porta da sua casa e ser barrada? — ironizo. — não, obrigada!
— Estou te convidando, Mari.
— Pra você é Mariana. — pisco para ele. Imitando o que ele havia me dito mais cedo, e ele sorri de lado.
— Te espero lá, Carol vai gostar de te ver. — diz saindo e nem dá tempo falar nada, ele sai me deixando sozinha. Saio logo atrás e entro no meu carro.
Saio do morro e vou até uma loja de uma conhecida minha. Pesquiso o Instagram da Carol, acho e já sigo mandando uma mensagem de parabéns. Vejo suas fotos e vou na intuição de acertar sua numeração. Vejo seus looks e compro um cropped de couro e um short saia. Embrulho pra presente e saio dali voltando pro morro, mas antes passo no posto de gasolina para abastecer.
Termino e volto pra casa. Entro vendo a Dinda organizando umas coisas na cozinha.
— Achei que a Agnes estava com você. Liguei pra ela e ela não me atendeu! — fala e eu nego.
— Ela tá no, Coringa. — dou ênfase no nome.
— Coringa? — me pergunta rindo colocando a mão na cintura.
— É o vulgo do Caio! — dou de ombros pegando um copo d'água.
— Isso é para os de fora. Você é próxima dele, chama de Caio mesmo.
— Até chamaria. — coloco o copo na pia. — mas ele me deixou bem claro que não quer que eu o chame de Caio! — solto uma risada sem graça.
— E você liga para esse tipo de coisa que o Caio fala ou pede? — ela da risada.
— Não deveria né? — ela nega.
— Ele está tentando afastar você dele, mas não deixa isso acontecer. — concordo — Ele fez isso uma época com a Agnes. — fico quieta.
Ajudo ela á arrumar as coisas, e almoçamos fora de hora mesmo. Já era três horas, ela sobe dizendo que vai arrumar as coisas lá em cima e eu fico na cozinha arrumando as coisas do almoço.
A porta abre e eu vejo o Lucas passar por ela, assim que ele me vê ele abre um sorriso.
— Colgate! — digo animada ao ver ele e ele solta uma risada. Nos abraçamos carinhosamente e ele me solta.
— Senti sua falta, ladroninha! — diz e eu bato no seu ombro.
— Não me chama assim, fiquei traumatizada. — falo lembrando de quando roubavamos doce.
— Que nada. — ele nega. — Vai ficar aqui até que dia?
— Sexta que vem. — falo. Uma semana certinha.
— So uma semana? — concordo. — sabe aproveitar não! — nega com a cabeça e eu dou risada. — Amanhã tem baile, vou te levar comigo!
Olha que agora eu fiquei até animada.
— Gostei. — comento. — tava por onde? Fui na sua casa ontem ce não tava.
— São Paulo, resolvendo umas coisas. — concordo.—- Mas bora minha filha, me atualiza da tua vida aí.
Sentamos no sofá e ficamos conversando bastante, até que ele teve que ir embora se arrumar e logo a Agnes entra apressada, subimos para o quarto e ela é a primeira a tomar banho, assim que sai. Ajudo ela a finalizar os lindos cachinhos, quando acabamos entro pro banheiro e tomo um banho rápido.
Coloco um shorts essnce branco, e um body preto tomara que caia. E no pé uma papete branca brilhosa da moleca. Pego a prancha que eu trouxe e dou uma enrolada nas pontas do meu cabelo, me maquio e coloco meus acessórios. Prontinha!
Agnes estava linda, um vestido soltinho vermelho, e uma papete igual a minha nos pés, sua maquiagem estava incrível também.
Descemos e a Dinda já tinha ido na frente junto com a Dona Vilma. Acho que foram dar os últimos ajustes. Eu e Agnes subimos sozinhas á pé conversando. Chegando lá, os mesmo caras estavam do mesmo jeito que mais cedo. Pareciam até estátuas, entramos sem delongas e no quintal não tinha nada, se fosse eu, não desconfiaria nem um pouquinho.
Ao entrar a decoração estava a coisa mais linda. Tinha umas trinta pessoas.
— Acho que não falta mais ninguém! — ouço o Lucas falar.
Agnes se afasta indo cumprimentar algumas pessoas, e mais uma vez me sinto deslocada. Ignoro isso e decido ir curiar a casa, rolo meus olhos por todo lugar, era enorme, bonita e muito bem organizada. Vejo a Dinda e a Dona Vilma e fico conversando ali com elas e com o Lucas que se junta com a gente.
Agnes estava com uma galerinha e logo o Caio se enturmou ali tbm, era até estranho ver ele conversando e rindo com outras pessoas. Parecia tão confortável.
Um dos cão de guardo do Caio, passou no radinho que a Carol havia chegado, todo mundo se posicionou, e assim que ela destrancou a porta, a luz se acendeu e todos começaram a cantar parabéns. Seus olhos brilhavam, e ela sorria desacreditada, parecia estar muito feliz com a surpresa, ela seguiu até a mesa e foi para destras do bolo, quando o parabéns acabou ela asoprou a vela. E o Caio foi até ela com um buquê de flores e a entregou lhe abraçando, foi tão bonito de se ver que uma lágrima saiu do meu olho sem querer.
— Que isso parceira tá sensível é? – Lucas me zoa e eu bato em seu braço. Moleque osado.
Várias pessoas começaram a ir até ela, não demorei e fui também com o presente na mão.
— Meus parabéns, Carol! — abraço ela que me retribui de um jeito carinhoso. — Te desejo as coisas mais lindas desse mundo.
Nos afastamos e eu entrego o presente.
— Muito obrigada, Mari. De coração, que Deus te abençoe muito. — recebe o presente sorrindo. — Senti saudades! — ela pisca pra mim.
— Também senti! — digo sincera e me afasto deixando ela receber seus outros convidados.
Ela partiu o bolo e seu primeiro pedaço foi para o Caio, o segundo para a Vilma e o Lucas insistiu tanto para ter o terceiro que ela deu para ele e a Agnes, rimos da cara dele ao ter que dividir.
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Música do início do capítulo:
O QUE SOBROU - LUIZ LINS