⋆.˚ ᡣ𐭩 𝑱𝑶𝑺𝑯 𝑩𝑬𝑨𝑼𝑪𝑯𝑨𝑴𝑷 」
╰┈➤ 31.12.2023 - sábado
— amor, eu não posso estar lá com você. - segurei nos ombros dela. - mas você está segura sim? É só você falar tudo o que ele já fez para você.
Gabrielly me abraçou com força e eu dei vários beijos na sua cabeça tentando confortá-la.
Foi difícil fazê-la falar especialmente porque tudo o que ela dizia era que não queria arruinar a noite mas eu estou pouco me fodendo para se é véspera de ano novo quando alguém toca na minha namorada.
— vai lá, eu vou estar aqui te esperando.
Tentámos ao máximo ser silenciosos, as sirenes dos carros da polícia estavam desligadas e Ryle ainda estava na festa, isso fez com que o pegassem mesmo antes de verem as câmeras, segundo o policial, já haviam várias denúncias mas nunca conseguiram comprovar algum tipo de agressão.
Claro que os nossos amigos e familiares já sabem o que está acontecendo mas a pedido da gabrielly ficaram todos na "festa", Úrsula e Priscila estão cuidando da Kiara enquanto eu espero que a Any volte.
Cerca de vinte minutos depois, um policial saiu da sala com a gabrielly e a trouxe até mim, deu algumas informações e por fim afirmou que Ryle vai ficar um bom tempo por detrás das grades.
— já passou amor, está tudo bem, você está segura agora.
Eu não sei decifrar se ela está tranquila ou se está em estado de choque, gabrielly não diz nada, apenas olha para mim com os seus olhinhos vermelhos de tanto chorar.
— eu quero a Kiara. - ela falou baixinho e eu sorri fraco por saber que no final de tudo, elas precisam uma da outra. -
Mandei uma mensagem para a minha mãe pedindo para trazer a pequenina para cá e me sentei num pequeno sofá com a gabrielly ao meu lado.
— você quer tomar uma água? - ela negou com a cabeça e a encostou no meu peito. - amo você, muito mesmo.
Gabrielly abraçou o meu corpo e começou a chorar novamente, beijei os seus cabelos com carinho e passei a mão pelas duas costas.
Ela passou por muito estresse no banheiro, assim como passou com a denúncia e certamente não foi fácil falar de tudo o que já aconteceu.
— Mamãe? - Kiara chegou com a Úrsula e veio até nós. -
— a mamãe está um pouquinho nervosa pipoca. - expliquei para ela não ficar preocupada ao ver a gabrielly chorar. - você da um abraço na mamãe?
— claro papai! - Kiara se sentou nas pernas da gabrielly e a abraçou com cuidado. - Kiara ama você mamãe.
— eu também amo você meu amor. - gabrielly falou baixinho entre lágrimas e beijou a cabeça da neném que levou a mão à barriga dela. -
— irmãozinho tá bom né mamãe?
— está sim filha. - any se ajeitou e pousou o pulso magoado sobre o meu colo enquanto eu falo com a Úrsula. -
— tem dói dói ali né mamãe?
— é princesa, mas vai passar rápido, não precisa se preocupar. - any encheu a neném de beijinhos e então a pequenina voltou para perto dos outros com a minha mãe. -
Me levantei com a gabrielly e segurei na cintura dela.
— como você está? - perguntei passando uma das mãos pela sua barriga. - eu quero uma resposta sincera, não a mais fácil.
— Ainda sinto que o meu coração vai saltar pela boca mas estou de alguma forma aliviada, eu só... é difícil lembrar as coisas e falar tudo o que aconteceu.
— é isso que eu quero que você faça, sempre. - desviei a mecha do seu cabelo. - que me diga a verdade mesmo que seja difícil, porque eu estou aqui para você e não é só para quando está tudo bem, sim?
— obrigada por estar comigo. - ela me olhou. - eu sei que não é fácil...
— não é difícil estar com você, meu amor. É das únicas certezas que eu tenho, que quero estar sempre ao seu lado independentemente do momento e da situação.
Dei-lhe um abraço carinhoso e beijei o topo da sua cabeça enquanto balanço o seu corpo nos meus braços.
— vamos voltar? - ela me observou e eu assenti com a cabeça. -
— tem certeza que está bem o suficiente para voltar? - ela afirmou e então fomos para perto dos nossos amigos e família. -
Claro que todos perguntaram como ela está, como correu e esse tipo de questão mas não foram muito chatos, so estavam preocupados mesmo.
— sim filha, senta com a mamãe. - ajudei a pequenina que se encostou no corpo da mãe e abraçou o peixinho, a coitada está só assistindo coisas já que tem soninho e ainda falta um tempo para dar a meia noite, ela está ansiosa para ver os fogos. -
Fui pegar gelo e voltei para perto das duas, me sentei ao lado da gabrielly e ela apoiou o pulso em cima da barriga, pousei o gelo em cima e passei o braço em volta do seu corpo, chegando até à neném e acariciei os seus cabelos.
— você quer ir brincar com o papai? - perguntei não querendo que ela fique no tédio. -
— agora não papai, Kiara tá cansadinha. - ela esfregou os olhos. - acho que Kiara vai dormir um pouquinho, pode?
— pode, quando for a hora dos fogos o papai acorda você, pode ser?
— é papai! - ela puxou a jaqueta da gabrielly e se deitou nas pernas da mesma. - amo você mamãe, amo irmãozinho, amo papai.
— também amamos você. - gabrielly falou por ela e pelo neném. -
— amo você cutuca. - sorri para a pequena e aceitei o copo de vinho que noah me estendeu, não tomei praticamente nada até porque não sou louco de dirigir mais tarde com a minha namorada grávida e a minha filha dentro do carro. -
Gabrielly ficou encostada a mim também a maior parte do tempo mas não dormiu, está apenas a descansar.
— você é muito linda. - falei admirando a minha namorada. -
— você acha? - ela me observou também e levou a mão ao meu rosto, fez um leve carinho na minha bochecha com o polegar e colou os nossos lábios num beijo suave. -
— tenho certeza. - sorri fraco e ela voltou a ficar encostada no meu corpo. -
Conversámos por um tempo até que tirámos mais algumas fotos quando ela se sentiu melhor e agora a missão é acordar a Kiara porque faltam apenas 10 minutos para a meia noite.
— vem cá pipoca. - segurei a neném no colo após a gabrielly vestir a jaqueta nela. - vamos ver os fogos? Falta pouquinho tempo para começar.
— sim papai! - Kiara sorriu animada porém morta de sono e esfregou os olhinhos. -
Fomos até à cobertura já que a maior parte das pessoas saíram e foram para o exterior lá em baixo mesmo.
— vocês são as minhas garotas favoritas. - olhei para as duas. - e esse é o meu garotinho favorito.
Me agachei e dei um beijinho na barriga da gabrielly que sorriu.
— amo você. - gabrielly falou baixinho e deixou um beijo suave no meu pescoço. -
O tempo parecia nunca mais passar, é como se os ponteiros do relógio tivessem ficado parados, Kiara e gabrielly estão deslumbrantes e por isso eu tirei várias fotos das duas e a Priscila tem intenções de tirar várias fotos nossas assim que os fogos começarem.
3...
Eu só desejo que corra tudo bem no parto, que o neném nasça completamente saudável e que a any fique bem.
2...
Só quero que a minha família seja feliz, quero estar ao lado dos meus dois bebés e da minha namorada nos momentos bons e nos momentos ruins, quero priorizar as pessoas que amo.
1...
Vou fazer o que puder para ver esses três com um sorriso no rosto, vou sempre dizer à minha namorada o quanto a amo e o quanto é especial, vou fazer com que a minha pipoca se sinta confiante e importante, vou dar-lhe todo o amor que eu conseguir e vou fazer com que o meu filho se sinta mais do que bem vindo, vou amá-lo incondicionalmente e vou passar os meus dias a admirar a família linda que construí junto com a gabrielly.
— FELIZ ANO NOVO!
Gritámos todos em uníssono e então eu dei um beijo nos lábios da gabrielly, abracei a bebé e de seguida abraçámos os nossos amigos e também os familiares.
Depois de longos momentos de conversa e convívio decidimos que já estava na hora de ir para casa, Kiara está exausta e sendo honesto, eu também estou.
Conseguimos chegar em quarenta minutos, a primeira tarefa foi dar banho na Kiara enquanto a gabrielly está tomando banho também, de seguida deixei a neném com a mãe lá em baixo para comer e fui tomar o meu banho rápido e quente.
Os dois juntos, colocámos a pequenina na cama e ficámos com ela até pegar no sono.
— estou morto. - me joguei na cama enquanto a gabrielly ainda desligava as luzes e então senti o seu toque sobre o meu ombro. -
— eu também. - me virei de barriga para cima e olhei para a minha namorada. -
— puta que pariu, você é muito bonita mesmo.
Ela arqueou uma sobrancelha e em seguida soltou uma risada nasal.
— e você é muito espontâneo Joshua... e lindo também.
Ela se deitou e então eu descansei a cabeça no seu peito, senti o seu toque sobre os meus cabelos e numa questão de segundos as suas unhas já estavam na minha nuca.
— como você está? Além de cansada? - perguntei puxando a coberta. -
— estou bem amor. - ela parecia sincera. - só quero ficar assim com você.
— qualquer coisa troca de posição tá bom baby? - olhei para ela e a mesma assentiu com a cabeça. -
⋆.˚ ᡣ𐭩 𝑱𝑶𝑺𝑯 𝑩𝑬𝑨𝑼𝑪𝑯𝑨𝑴𝑷 」
╰┈➤ 06.01.2024 - sexta-feira
— você acha que isso fica bom aqui?
— acho amor mas também acho que você deveria se sentar e descansar um pouquinho.
Kiara esta na escola e então eu e a gabrielly estamos a montar o quartinho do Matteo desde cedo.
As coisas que encomendámos chegaram na quarta-feira e a primeira coisa que fizemos foi pintar as paredes, precisámos que ficasse totalmente seco para podermos pendurar as coisas e começar a decorar.
Eu fiz a parte que dizem ser
"chata "primeiro mas confesso que me diverti e acabei por chorar algumas vezes ao pensar que dentro de meses o nosso bebé estará neste quartinho que estamos a preparar com tanto amor.
Mas a gabrielly está subindo na escada e pegando coisas pesadas e ela não deveria fazê-lo.
— baby, faz assim. - segurei nos ombros dela e sentei-a na poltrona. - falta só eu montar essa cómoda, depois eu te pergunto onde você quer as decorações e coloco, sim?
Gabrielly fez uma carinha brava e cruzou os braços.
— não faz essa cara gabrielly, depois você reclama que as costas estão doendo!
— já estou quietinha. - ela apoiou a mão na barriga e ficou me observando. -
Admirei a caminha e em seguida coloquei a mesa de cabeceira ao lado, coloquei em cima um ursinho e ajeitei o tapete.
— esta tão lindo. - gabrielly elogiou com os olhos marejados. - está perfeito.
— está mesmo. - falei emocionado e aceitei o abraço dela. - bom, falta algumas coisas nesse lado.
— baby, faz assim... enquanto eu minto esse troca fraldas, você arruma as roupinhas no guarda roupa.
— amém. - ela me olhou com a cara de sonsa dela por finalmente eu deixar que faça algo. -
Cerca de uma hora depois, ficou tudo pronto.
— eu estou apaixonada por esse quartinho. - ela esfregou os olhos. -
— eu mal posso esperar por termos o nosso neném nos braços. Mas confesso que vou ter saudades de te ver grávida.
— daqui uns dois anos... você mata a saudade. - ela piscou e eu juntei as mãos praticamente rezando. -
Já está decidido que teremos mais um ou dois filhos.
Muitas pessoas podem achar exagerado ter quatro crianças mas eu não acho, a gente ama os nossos filhos, temos condições para os ter e se há coisa que vamos dedicar, é tempo.
Sabemos que temos de abdicar de muitos treinos e muita coisa mas esse é o nosso objetivo e a prioridade são os nossos bebés e o nosso sonho é ter uma família grande e feliz.
O próximo passo foi decorar o brejeiro que já tem o essencial, foi até mais rápido.
De seguida, a gabrielly foi preparar o lanche enquanto eu ajeito as coisas lá fora, a Kiara está tendo atenção que sempre teve mas o bebé também está sempre a ganhar coisas e a ser o tema das conversas então eu e a gabrielly quisemos dar um mimo extra à primogénita.
— meu Deus! Ela vai ficar doida com isso. - gabrielly surgiu do além. -
— precisamos proteger os ouvidos porque ela vai gritar e não é pouco.
— é verdade. - a morena me olhou e então voltámos para dentro de casa. -
Assim que terminámos de lanchar, deu a hora de ir buscar a Kiara na escola, o objetivo era a gabrielly ficar em casa a descansar mas ela quis vir comigo.
— oi papai! Oi mamãe! - Kiara falou animada. -
— Oi pipoca! - segurei-a no colo e a morena pegou na mochila, Kiara deu um abraço na mamãe e deitou a cabeça no meu ombro. - como foi na escolinha?
— foi legal papai! A gente leu uma história sobre mamães e papais! E eu dei comida para as cabras e as ovelhas!
— uh, então foi bom mesmo. - sorri fraco e coloquei a pequena na cadeirinha. -
— peixinho. - Kiara esfregou os olhos e de seguida apontou para o peixe no banco ao lado. -
— toma princesa. - peguei o peixe e dei um beijinho na cabeça dela antes de ir para o meu lugar. -
Kiara conversou com a gente o caminho inteiro e então chegou a hora de a tirar do carro e ir até à casinha.
— É UMA CASA PARA A KIARA! - ela começou a pular e a correr ao redor da casinha feita uma doida. - pode entrar!?
— claro filha. - abri a porta e ela entrou, escutámos apenas um grito alto e então espreitámos a pequenina que observa cada detalhe do interior, desde a pequena cozinha, até à TV falsa, a caminha para os bebés de brincar e outras coisas do tipo. -
Claro que fomos obrigados a dar-lhe o lanche na casinha e ficámos a brincar com ela até escurecer.
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Preparem os corações porque a fanfic está a chegar à reta final mas... tem algo novo vindo aí, irei anunciar no próximo capítulo <3