𝐌𝐘 𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃𝐋𝐄𝐒𝐒 - 𝖻�...

By Norswriting

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Joshua Beauchamp, o loiro de olhos azuis que conquistou o mundo a patinar no gelo. Tem uma vida dupla, de di... More

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𖤐‧₊˚.𝑨𝑵𝒀 𝑮𝑨𝑩𝑹𝑰𝑬𝑳𝑳𝒀 」
╰┈➤ 02.03.2023 - sexta-feira

Depois do ensaio que acabou comigo de todas as formas possíveis, aproveitei para tirar um cochilo mas não durou muito porque o meu celular não para de vibrar ao meu lado.

gabrielly, se arruma depois do jantar para a gente ir numa balada.

— saby, você não está cansada!?

— estou mas quero me divertir e você vem comigo! Não tem outras opções.

Ir numa balada com a Sabina e a mesma coisa que ir sozinha, ela sempre encontra o ficante premium dela e me abandona no meio das pessoas.

Aproveitei para me levantar e cozinhei macarrão para o jantar, fiquei a olhar alguns comentários e vi dezenas de boatos acerca de mim e do Joshua mas como raios as pessoas conseguem criar tantas teorias com base numa foto!?

Tomei um banho quente e procurei por um vestido para usar, acabei escolhendo um que tem cor de vinho e brilho, ele tem um decote o peito mas não é exagerado, é de alças e acaba antes dos joelhos.
Coloquei meia calça transparente e uma bota preta no pé.

Peguei a minha bolsa e coloquei lá dentro a minha carteira, chaves e o celular eu mantive na minha mão para ligar para a Sabina.

— pronta para beijar várias bocas? - ela perguntou. - porque eu só vou beijar uma.

— está toda apaixonadinha né Sabina hidalgo?!

— ele é perfeito, Any. - ela segurou no meu braço e me puxou para a zona das bebidas. - oh, aquele é bonito para você.

— eu prefiro loiros.

— de olhos azuis né, de preferência com uma filha. - ela provocou e eu revirei os olhos, levei o copo aos meus lábios e olhei em volta. -

Pegar vários numa noite não é legal porque é o tipo de coisa que acaba por sair em pagina de fofoca mas sinceramente não tem nada mais interessante para fazer por aqui.

Sabina me puxou para dançar e eu não tive escolha tal como eu referi mais cedo.

— você é uma gatinha sabia? - um cara totalmente desconhecido falou segurando na minha cintura e eu passei os braços em volta dos seus ombros. -

Fechei os meus olhos quando os nossos rostos ficaram mais próximos e tentei me deixar levar pelo calor do momento mas não consigo me divertir a beijar desconhecidos.

Assim que ele partiu para outra eu fui pegar outra bebida e me sentei num sofá apenas curtindo a música e a vodka.

Sinto que se passaram umas duas horas e tudo o que eu fiz foi tomar duas vodkas, beijar um estranho e dançar várias vezes.

— Gabrielly, não é comum te encontrar por aqui.

Me virei para trás vendo ryle parado me olhando e então bufei de irritação pela sua presença, ia tentar me afastar mas ele segurou no meu braço me impedindo de sair.

— calma querida. - ele pegou na minha cintura e me guiou até à pista de dança. - estava se divertindo a beijar outros caras à pouco, porque não me beija a mim?

— porque você é um idiota.

— não magoe os meus sentimentos querida. - ele pediu e eu revirei os olhos. -

— Ta, já chega. - tentei afastá-lo mas ele encostou mais os nossos corpos. - Ryle, por favor.

— é assim tão difícil para você entender que eu te amo?

— ninguém ama alguém assim! Se voce me amasse não fazia metade do que fez e ainda faz. Isso é apenas obsessão.

— não ultrapasse os limites gabrielly. - ele me arrastou para o piso de cima e me empurrou contra a parede. - caso contrário eu irei te castigar por não ser uma boa garota.

— por favor me solta. - pedi sentindo o meu estômago revirar. - por favor.

Quanto mais eu pedia para ele me deixar ir, com mais força ele me apertava até que entrámos num quarto.

— por favor. - pedi deixando as minhas lágrimas cair enquanto ele passava a mão pela minha perna e subia o meu vestido. - Ryle... me deixa sair por favor.

Ele levou a mão à minha boca para que eu me calasse e me jogou contra a cama em seguida.

— Por favor. - implorei novamente e ele atacou os meus lábios, tentei me afastar mas os seus braços me
prendem contra a cama. - Ryle.

Falei desesperada sentindo uma tontura forte e ele sorriu satisfeito.

— a vodka estava legal? Não estava diferente?

Merda...

— Ryle, por favor. - pedi num soluço e quando ele encostou as nossas bocas eu dei uma mordida forte no seu lábio e dei com o joelho no seu membro. -

Ryle não conseguiu se levantar mas jogou uma jarra no chão e vários vidros acertaram no meu braço mas eu não tive tempo sequer para pensar.

Peguei a minha bolsa e tentei ir até o piso debaixo o mais depressa possível.
Procurei pela Sabina apenas com o olhar mas não a achei então peguei no meu celular, o primeiro contacto que surgiu foi o do Joshua, não quero incomodar numa sexta feira de noite, ele tem uma filha para cuidar...

"pode me ligar sempre que precisar"
"você não precisa passar por isso sozinha"

Suspirei pesadamente e me tranquei numa cabine do banheiro sentindo o meu peito mais acelerado.

Oi, está tudo bem?

— você está ocupado? - perguntei em meio de desespero. -

não, aconteceu alguma coisa?

— você consegue vir me buscar? - fechei os olhos e deixei o meu corpo escorrer pela parede até ficar sentada no chão. -

— onde você está? Me envia a localização por mensagem?

— Ta bom, obrigada...

— não vou demorar.

— eu estou no banheiro... - avisei e ele se despediu dizendo que não demora mais do que quinze minutos, desligamos a ligação e eu me agachei na privada. -

Não consigo vomitar de jeito nenhum mas me sinto maldisposta pelo que Ryle colocou na minha bebida.

— Gabrielly?

Destranquei a porta ao escutar a voz do Joshua e então ele se agachou na minha frente, desviou os meus cabelos e segurou no meu queixo.

— Ei, eu estou aqui. - ele sussurrou. - o que aconteceu? - Joshua perguntou segurando no meu braço e olhou para mim novamente. -

— eu não sabia a quem ligar. - falei baixo sem forças para mais do que isso. -

— está tudo bem, se essa é a sua preocupação, a minha mãe está em casa com a Kiara, estávamos assistindo filmes e ela adormeceu faz tempo. - ele acariciou o meu braço e logo após segurou no meu corpo com os seus braços e nos levantámos. - oh, abre os olhos por favor.

Tentei abrir os olhos mas sinto que ele está carregando todo o peso do meu corpo.

— você já vomitou? - neguei com a cabeça e então ele voltou a agachar-se comigo, abraçou o meu corpo por trás e deu um beijo na minha cabeça. - você precisa vomitar.

— não consigo. - falei entre lágrimas e ele apertou mais o meu corpo contra o seu. -

— vamos lá gabrielly. - ele subiu o toque para o meu pescoço e puxou os meus cabelos para trás. - assim que vomitar saímos daqui.

Sinto que isso foi uma motivação então me inclinei e comecei a colocar tudo para fora enquanto ele acariciava as minhas costas.

Me levantei com a sua ajuda e passei água no rosto, ia pegar na minha bolsa quando começou tudo a girar e a voz dele ficou distante.

— não faz mal. - Joshua sussurrou segurando o meu corpo no colo. - você vai ficar bem, eu prometo.

Senti o ar fresco no meu corpo e em seguida Joshua me sentou no carro, deu a volta e se sentou também.

— calma. - ele pediu segurando no meu braço e colocou uma bandana em volta do ferimento. - não chora, você está segura agora.

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𖤐‧₊˚.𝑱𝑶𝑺𝑯 𝑩𝑬𝑨𝑼𝑪𝑯𝑨𝑴𝑷 」
╰┈➤ 02.03.2023 - sexta-feira

Assim que ela falou pela segunda vez no outro lado do celular eu percebi que tinha algo errado, eu só não consigo entender como alguém é capaz de fazer isso com ela.

Gabrielly chorou durante o caminho inteiro para a sua casa mas eu não vou julgá-la, só quero tentar fazer com que ela se sinta melhor.

— cuidado. - pedi tirando a morena do carro e ela se apoiou no meu braço. - olha para mim.

Gabrielly me olhou com os seus olhinhos castanhos repletos de lágrimas e o rosto mais pálido do que o normal.

— respira fundo. - pedi enquanto a levo até o elevador. - vai ficar tudo bem, eu estou aqui com você.

Peguei a chave na bolsa dela e abri a porta, tranquei após entrarmos e sentei a morena no sofá.

— não me sinto bem... - ela me olhou e falou com a voz fraca. -

— eu sei. - me sentei ao seu lado e puxei as suas pernas para o sofá. - aguenta um pouquinho.

Procurei por um kit de primeiros socorros e assim que achei voltei para a sala e peguei no braço dela, tirei a bandana e passei uma compressa com álcool para desinfetar o corte, não preciso sequer perguntar lhe quem fez isso, sozinho eu chego lá.

— fecha os olhos. - pedi levando a mão à sua bochecha. - você está cansada.

— obrigada e me desculpa. - ela sussurrou e eu limpei a lágrima que escorreu pela sua bochecha. -

— não peça desculpas. - pedi e comecei a enfaixar a zona do corte. -

Quando terminei fui na cozinha pegar um copo com água e um remédio para ela, gabrielly tomou e fomos até o seu quarto.

— vai tomar um banho quentinho, vou ficar te esperando.

— pode ir para casa, eu estou bem...

— você está longe de estar bem. - segurei na sua cintura de forma cuidadosa e a puxei para mais perto, encaixei-a no meio das minhas pernas e ela se sentou perto do meu joelho. - quer um abraço?

— hum hum...

Abracei o corpo dela e beijei o seu ombro várias vezes.

— vai tomar banho, voce precisa deitar e descansar depois. - segurei no braço dela e tirei as faixas. - cuidado para não machucar, eu enfaixo de novo depois.

Fiquei deitado na cama esperando a gabrielly, ela não demorou muito tempo e eu não precisei abrir os olhos para saber que está aqui, o aroma de morango não engana ninguém.

Me levantei e sentei a gabrielly no mármore do banheiro, comecei a enfaixar o seu braço enquanto ela resmunga com dor.

— oh, para a cama gabrielly.

— não vou conseguir dormir. - ela me olhou e eu segurei na sua cintura para a levar até à cama. -

— vai sim, deita. - pedi e ela se deitou na cama, sorri fraco e fui desligar a luz mas acendi as leds roxas, saí do seu quarto apenas para pegar gelo para o braço dela não ficar inchado e me deitei ao seu lado, puxei a sua cabeça para o meu peito e ela me abraçou. -

— Josh? - gabrielly me olhou. - fica com a chave? No caso de acontecer algo...

— fico sim. - beijei a sua cabeça e ela voltou a deitar-se. -

Ficámos cerca de vinte minutos nessa posição mas está sendo mais difícil adormecer a gabrielly do que a minha filha.

— porque não consegue dormir? - perguntei e ela se sentou. - tem algo que eu possa fazer para você se sentir melhor?

— você já fez muito josh. - ela esfregou os olhos e se deitou novamente. - posso te abraçar?

— pode. - gabrielly abraçou o meu corpo e fechou os olhos. -

Fiquei a acariciar as suas costas até que ela pegou no sono, me afastei um pouco e deixei um beijo na sua cabeça, peguei a chave reserva dela e guardei no meu bolso, peguei o celular e olhei uma última vez para a morena adormecida, ia virar as costas mas voltei atrás para cobrir o seu corpo com a coberta e então saí.

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𖤐‧₊˚.𝑱𝑶𝑺𝑯 𝑩𝑬𝑨𝑼𝑪𝑯𝑨𝑴𝑷 」
╰┈➤ 03.03.2023 - sábado

— a Any tem dói dói filha, a gente vai fazer companhia para ela sim? Não faz muito barulho para ela poder descansar.

— Ta bom papai. - Kiara sorriu enquanto eu a tirava do carro. -

Abri a porta de casa da morena e pelo silêncio consigo imaginar que ainda esteja a dormir, é cedo também.

— o papai vai preparar panquecas de morango, sim? - Kiara assentiu. - você quer assistir desenho?

— quero a Ny. - ela tirou a chupeta e fez bico para mim enquanto pegava o ursinho. -

— quer ir acordá-la? - perguntei segurando a pequena no colo. - tem que ter cuidado, tá bom meu amor?

— xim papai.

Tivemos visão para a morena deitada na cama debaixo das cobertas ainda adormecida, coloquei a Kiara na cama e a bebé engatinhou para cima da morena e me olhou.

— é no braço, desse lado meu amor. - sussurrei me referindo ao "dói dói" da Any e ela assentiu. -

Me encostei na parede e observei a minha pequenina a dar vários beijinhos no rosto da Any que abriu os olhos e logo passou os braços em volta da bebé que deitou a cabeça no ombro dela.

— dia, bom dia Ny. - Kiara falou manhosa enquanto a gabrielly me olha como se me perguntasse o que estamos fazendo aqui. -

— bom, eu vou preparar panquecas para o café da manhã e você vai tomar um banho quente porque vamos passar o dia juntos.

— mas...

— relaxa, você vai descansar. - ela se levantou com a Kiara no colo e passou a mão pelas costas da mesma que está me olhando com os seus olhinhos de "viu papai?". -

— assistir filmes, titia Ny. - Kiara explicou. -

— ah, certo. - any esfregou os olhos e então colocou a pequenina no chão. - fiquem à vontade, eu vou tomar um banho rápido.

— como você está? - perguntei segurando na mão dela para que não se afaste ainda. -

— estou bem, só me sinto meio fraca mas está tudo bem, obrigada por ter vindo.

— de nada... a Kiara meio que implorou para passar o dia com você.

Ela sorriu fraco e a pequenina agarrou as pernas dela quando ia tentar entrar no banheiro.

— Ny. - Kiara choramingou. - Ny!

— calma, linda. - any se agachou e segurou na mãozinha da minha filha. - o que foi princesa?

— Ny. - Kiara abraçou a morena que retribuiu e beijou a cabeça dela com carinho. - Ny...

— o que você tem filha? - perguntei me agachando também e a pequenina me olhou com os olhinhos cheios de lágrimas e o nariz já vermelho. -

— Ny. - ela repetiu. - comigo.

— a Any vai tomar banho filha, não vai sair. - desviei os caracóis da minha bebé. - você achou que ela ia embora?

Kiara assentiu e voltou a chorar agarrada à morena que me olha um tanto confusa, eu não sei como nem porquê mas Kiara vive falando da gabrielly e quando está perto dela quer sempre ficar no colo e quer sempre a atenção da garota.

— isso são saudades. - falei sincero e a gabrielly se levantou. -

— não, Ny. - Kiara segurava nas pernas dela. -

— tem problema se ela entrar comigo? - gabrielly perguntou e eu olhei para a Kiara. -

— ambas são mulheres, para mim não tem problema. - Kiara também já entrou no banheiro com a minha mãe e nunca teve problema. - desde que ela concorde.

— pode? - Kiara perguntou e eu assenti com a cabeça então as duas entraram no banheiro. -

Confesso que escutar a risada da minha pequena no banheiro enquanto faço panquecas me deixou tranquilo e subitamente mais feliz, eu queria que ela tivesse isso sempre porque sei que faz falta uma figura feminina na sua vida.

— posso entrar?

— pode! - gabrielly consentiu e eu abri a porta tendo visão para as duas sentadas no chão, gabrielly sentada e a Kiara de pé a fazer algo nos cabelos da coitada. -

— as panquecas estão prontas. - avisei e a pequenina segurou no braço da any para ela se levantar. -

— cuidado meu amor. - pedi à pequenina e então a gabrielly se levantou e veio até à cozinha. -

— morango papai! - Kiara apontou para o morango cortado em cima da sua panqueca. -

— sim meu amor. - me sentei e a pequenina quis ficar no colo da gabrielly para comer. -

Não consigo evitar observar as duas, tentei iniciar um assunto mas ambas estão demasiado ocupadas numa conversa sobre vestidos e unicórnios e eu não tenho coragem de interromper.

— você acha papai? - ela perguntou com os olhinhos brilhando. -

— acho sim, você é uma princesa muito linda.

— quando pode patinar? Com a Ny e o papai? - Kiara fez bico. -

— talvez na segunda-feira bebé. - ela engatinhou para o meu colo e começou a brincar com o meu cabelo, também já sofri bastante com a sua tentativa de penteados nos meus caracóis. - vamos assistir um filme?

— xim papai!

Any levou a neném para a sala e eu fui atrás delas, me sentei no sofá e como já era de esperar a Kiara ficou entre nós dois, escolhemos o filme e graças a Deus conseguimos pelo menos ver um filme da Barbie ao invés da pequena sereia após muita luta.

— você tem frio princesa? - Any perguntou à pequena que mantém a cabeça encostada na barriga dela. -

— hum hum.

A morena puxou uma coberta para cima dos nossos corpos e passou o braço em volta do corpo da bebé que segura na minha mão enquanto abraça o ursinho.

— pode?

— pode meu amor. - dei-lhe a chupeta e ela colocou na boca, voltou a deitar a cabeça e prestou atenção no filme. -

Ela não está usando mais a chupeta com tanta frequência mas eu não quero força-la a tirar, no tempo certo ela simplesmente não vai pedir mais.

— dói papai. - Kiara esfregou os olhos e enfiou mas a cabeça na barriga da morena. -

— dói o que meu amor?

— a cabeça. - ela levou a mão à nunca e fez bico para mim, cuspindo a chupeta para fora e começando a chorar. -

— você fica com a any? O papai vai comprar um remédio para você tomar, sim?

— xim papai.

Dei o meu melhor para não demorar muito, Any precisa descansar e a Kiara está ficando meio doentinha.

Abri a porta com a chave reserva e a tranquei após entrar, pousei algumas coisas na cómoda e fui até à sala vendo a gabrielly com a bebé no colo, andando de um lado para o outro e dando beijinhos leves na cabeça dela.

— gosto você, Ny.

— eu também gosto de você princesa. - a morena falava com calma enquanto passa a mão pelos fios loiros da pequenina. -

— muito titia. - a minha filha levantou a cabeça. - muito de você.

— eu também gosto, muito, de você. - ela reforçou o muito e deu um beijinho na bochecha dela. -

— mais.

— beijinhos? - Kiara assentiu e a morena encheu a neném de beijos enquanto ela gargalhava. -

— voltei, princesa e... - olhei para a morena. - Ana Gabriela.

— Ana gabielaa? - Kiara perguntou confusa. -

— é o nome que o papai inventou para a titia Any. - expliquei e negou com a cabeça. -

— É Ny. - a pequena corrigiu. - ou titia! Titia Ny! Amiga, amiga Ny!

— bom, você vai tomar o remédio. - falei indo pegar uma colher para colocar o líquido e de seguida levei aquilo à sua boquinha. -

Passámos o resto do dia a assistir filmes infantis e a brincar com a Kiara que graças a Deus já está cansada e isso vai facilitar a minha vida quando a colocar para dormir.

— vamos para casa neném do papai?

— hm... não papai. - Kiara resmungou no colo da gabrielly que está mais para lá do que para ca. -

— o papai e a Any estão cansados, linda. E você também. - passei a mão pela bochecha dela e em seguida olhei para a morena que parece lutar contra o sono. -

— mas papai...

— amorzinho, a gente volta noutro dia, sim? - ela assentiu triste e veio até mim. - da um beijinho à Any?

— xim, pode Ny?

— pode sim anjinho. - Kiara deu um beijo na bochecha da morena e um abraço em seguida. - boa noite, e obrigada por terem vindo.

— vai para a cama dormir, sim? Você está cansada. - pedi e ela se levantou indo com a gente até a porta. - nos vemos... segunda-feira?

Ela assentiu e nos aproximámos mais, dei um beijo na bochecha dela e a mesma sorriu fraco antes que eu me afastasse com a pequenina.

— deram um beijinho papai. - Kiara falou me olhando. - você gosta muito beijinhos é?

— gosto sim princesa.

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