Fernando Bernardi
Sinto que a Luzia está começando a se sentir mais confiante comigo, mas algo me diz que tem algo por trás.
Agora estou aqui resolvendo um problema, sendo que poderia estar com a Luzia e talvez, só talvez, transando com ela desde o começo.
- Você está bem? - Matias me olha.
- Olha bem para a minha cara se acha que estou bem?
- Ele estava com a Luzia no quarto dela... - Dominic comenta.
- Ih, foi mal. Eu realmente não sabia. - Matias fala, mas sei que ele não se importa.
- Acho que não teve nada, não ouvi nada. - Dominic fala.
- E se quer ouvir os outros transando? - Matias pergunta.
- Não... - Ele dá uma pausa e olho para a parede pensando em algo. - Mas a Luiza...
- Cala a boca! - Quase grito e os dois sorriem.
-Sei não, tá muito estranho. Ela não te odiava até ontem? - Dominic.
-Ela está interessada em saber sobre a morte do pai e é esperta o suficiente para saber que a melhor forma de descobrir é com o Fernando. - Matias.
Fico calada apenas ouvindo as declarações dos homens a minha frente.
-Eu estou querendo ir em uma boate. Já faz uns dias que não como nenhuma mulher. Estou com abstinência já.
-Não tinha uma se humilhando por você esses dias? - Pergunto.
-Só queria ficar com ela e mais nada, agora ela quer um relacionamento e eu estou fora.
-A mulher tem que ser muito mal amada para aceitar essas coisas. Esse tipo de humilhação por causa de pica?! - Matias.
-Nem toda mulher é assim! - Falo pensando na Luiza. - Ainda bem.
-Falando em mulher que se humilha por homem, vocês lembram da Vanessa? - Dominic.
-Sim, infelizmente.-Matias
-Quem? - Pergunto confuso.
-Aquela que ficou com você e depois veio atrás da gente. - Matias.
-Foi pouco específico! - Olho para o meu 01.
-A loira que colocou um silicone gigante nos peitos. - Matias fala e eu ainda olho confuso.
-Aquela que você falou que se arrepende e que depois dela você ficou com um certo nojo de mulheres que parecem com ela. - Dominic.
-Ah, lembrei e eu não fiquei com ela! - Digo.
Só de lembrar me sinto enjoado. Ela era bonita e tinha um corpo legal, mas quando ficou na minha frente e abaixou as calças, subiu um cheiro que não era natural.
Depois que broxei, percebi que ela parecia estar totalmente bêbada e drogada. Além disso, não era só embaixo que estava fedendo, era tudo!
Ainda depois disso, percebi que ela parecia com a minha mãe, foi aí que tudo piorou.
Nunca falei para ninguém o motivo de ter desistido de ficar com ela, só para não expô-la, mas a filha da puta saiu dizendo que transamos e que eu meti mole nela, ainda me apelidou de 'Fezinho fraquinho'.
Odeio tanto essa mulher! Ela me deu um trauma fudido com loiras, não consigo nem olhar do mesmo jeito.
Comentei uma vez, brincando, que não conseguia mais olhar para mulheres loiras. No outro dia, cerca de 93% das mulheres loiras que trabalham comigo apareceram morenas. Rimos bastante, mas isso foi bem estranho.
Decidi fazer uma espécie de celibato e estou há quase 1 ano sem transar, mas simplesmente uma moça chamada Luiza apareceu e não consigo me controlar.
Ainda não bati uma pra ela, mas já quis muito. Não sou um cara religioso, só quis tirar algumas distrações do meu caminho.
Desde que comecei, não quis realmente me envolver com ninguém até chamar a enfermeira para minha casa.
Meu plano era apenas cobrar em dinheiro para ajudá-la, porém, durante o almoço na piscina, algo me deixou completamente fascinado. Não sei ao certo o que foi, mas acredito que possa ser o corpo dela ou mesmo aquela linda tatuagem nas costas que só de pensar já sinto vontade de...
-FERNANDO, DESGRAÇA! - Matias está me sacudindo na cadeira.
-O que foi, cara?! - Levanto levemente, arrumando minha camisa e sentando novamente.
-Gregory está lá embaixo. - Ele senta novamente como se não tivesse me sacudido como um maluco.
-Ele sempre sobe sem avisar, qual é o problema agora?
-Luzia está...
-Manda eles subirem. - Acabei falando mais rápido do que deveria.
Em poucos minutos, a porta se abre revelando Gregory e logo atrás a mulher que com certeza me levará ao inferno e depois ao céu.
Ela usava um vestido vermelho curto sem mangas, com uma abertura no meio dos seios que fazia uma pequena curva um pouco abaixo deles e seguia para o lado direito, parando em sua perna, revelando assim que não havia um short ali. Ela usava um salto preto e uma bolsa vermelha brilhante.
Fiquei tão distraído pensando nela que nem percebi que ela estava ao meu lado se abaixando.
-Limpa aqui, meu bem. - Dá ênfase no final, passando a mão no lado do meu lábio.
Todos os homens começam a rir, inclusive ela.
-Não deveria se preocupar com isso. -Aponto para a boca. - Mas sim com isso. -Aponto para o meu colo. Os homens continuam rindo e ela me olha com um olhar de provocação, algo como "Isso não acaba aqui". Me animo instantaneamente.
-Saiam! - Aponto para a porta.
Gregory, que já estava em pé, sai na frente. Matias logo em seguida. Dominic faz uma cara de safado e sai. E por último, Luiza faz menção de sair, mas eu seguro ela.
-Você não! - Ela me olha e faz a cara de deboche que ela sempre faz.
Todos saem e fecham a porta, ficando apenas eu e ela.
-Acho que o Pedro não merece tudo isso. -Falo e ela revira os olhos.
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Luiza Catarina
-Talvez ele mereça. - Falo, passando a mão no corpo, e vejo ele puxar ar, colocando a mão no vão entre a boca e o nariz.
-Eu mereço? - Ele pergunta, se levantando, e acabo ficando nervosa.
-Não. Até porque... tipo... - Ele chega perto e fico desconcertada.
-Tá nervosa, meu bem? - Fica perto de mim.
-Não! Nem tem motivo. - Viro de costas pra ele. - Pra eu ficar nervosa perto...
-Você fala demais. - Ele pega a parte de trás do meu pescoço, me puxando para ele.
Sem nem pensar direito, ele me beija. Ele pede passagem com a língua e eu cedo.
O beijo não é lento, é como se ele dependesse daquilo pra sobreviver e se não pegasse logo, provavelmente não seguiria em frente.
Ele solta meu pescoço e agarra minha cintura. Por instinto, agarro seu pescoço com as duas mãos.
Corações acelerados, sentindo a eletricidade no ar. O beijo é apaixonado e cheio de desejo. Era claramente uma necessidade, uma necessidade nossa.
Ele desce a mão até minha bunda e dá um leve aperto, me empurrando para a mesa dele. Chegando lá, ele me coloca sentada.
Ele tenta abrir minhas pernas ainda durante o beijo, mas acabo não abrindo por causa do vestido.
Ele tenta de novo, quando não consegue, para o beijo e encosta sua testa na minha.
-Luzia, Luzia, Luzia. - Ele diz pausadamente.
Fico calada, tentando ganhar fôlego.
-Tô achando que não vai ter festa hoje pra você. - Ele diz provocativo.
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Pode contar erros ortográficos.