•Charles Leclerc
23 de junho de 2023
Espanha, Barcelona
-Charles Leclerc!!! Avisa que é ele! O próximo campeão mundial! -Victoria desce do carro gritando e eu vou recebê-la com um sorriso no rosto.
Ela vem até mim e me abraça, tira seu capacete e me parabeniza.
-Parabéns monegato! Pegou primeiro lugar! -ela diz sorridente.
-Obrigado, e parabéns pra você também! Hoje o pódio é nosso.
-Obrigada! -ela agradece e volta para a garagem junto comigo.
Hoje era domingo e a corrida tinha sido incrível, eu larguei em primeiro e mantive minha posição até o fim da corrida. Victoria também, largou em terceiro e manteve a posição.
Ela entra sorridente na garagem e vai agradecendo a cada um dos que a parabeniza, com um sorriso no rosto e o carisma da jovem.
-Hoje vamos sair! -ela grita para mim andando para dentro.
Não respondo e apenas a observo sumir da minha vista com um sorriso bobo no rosto.
Depois de tantos dias separados e sentindo a tortura de ver a garota me odiando, ver ela feliz e conversando tão naturalmente comigo desse jeito, é uma sensação muito boa! Sinto que finalmente estamos em sintonia novamente, nunca imaginaria que Arthur pudesse dar alguma conselho que prestasse. Mas realmente ter tentando uma reaproximação com ela foi essencial, eu devia ter feito isso desde o início. Devia ter avisado ela sobre tudo que estava acontecendo.
Mas agora já foi, não adianta querer mudar as coisas que já aconteceram, o importante é que nós estamos de boa novamente.
Vou por onde ela entrou e entro na nossa famosa salinha de descanso, quem estava conosco era George Russel que dessa vez tinha pego segundo lugar. Victoria está sentada em sua cadeira vendo a reprise e conversando com Russel.
-Você é uma praga mesmo! -a garota dizia de bom humor vendo as imagens na tela -Tentei te ultrapassar umas duas vezes.
-Fazer o que! -ele diz dando de ombros e rindo da cara da mais nova.
Assim que entro ele vem até mim e me parabeniza, eu o agradeço e fico em pé de frente para os dois. Com as câmeras nos filmando na pequena sala nós começamos a conversar sobre a corrida e alguns pontos da pista que foram decisivos para o resultado final.
-O que pretendem fazer depois? -Russel pergunta despretensioso tomando seu energético mosnter na latinha colorida.
-Ficar muito bebada. -Victoria diz alegre.
-E você já pode beber? -Russel faz piada com sua idade e ela lhe dá o dedo do meio arrancando risadas.
-Quer vir conosco? Curtir um pouco? -eu pergunto para ele.
-Não, vou curtir a noite de outro jeito hoje, Carmem reservou um bom restaurante. -ele diz com um sorriso ladino.
Eu concordo e continuamos conversando banalidades até dar a hora da cerimônia.
Tudo se passa de maneira alegre e descontraída.
Eu sigo com Victoria para a área das entrevistas para nos falarmos com alguns repórteres, eles se mostravam ansiosos por nossa presença e para ter um momento com a gente. Esse reconhecimento sempre me deixa feliz.
-Boa noite Charles! -um deles diz me entregando o microfone.
-Boa noite. -dou um sorriso gentil.
-Gostaria primeiramente de parabenizar pelo primeiro lugar... -eu agradeço e ele continua -Queria pedir para você listar as suas cinco melhores corridas até agora.
-Um... com certeza a de Mônaco vem em primeiro lugar. -digo e ele solta uma risada compreendendo - Em segundo acredito que Austrália tenha sido uma boa corrida, Miami. -conto nos dedos tentando lembras das pistas de cada uma -Em Imola e essa.
-Boas, realmente corridas muito boas, e o que você pode nos dizer sobre a equipe desse ano? Em relação ao ano passado com certeza vemos uma evolução.
-Acredito que esse ano como em todos os outros, todos estão tentando se superar, mas eu devo destacar com total orgulho o desempenho da minha equipe esse ano! Tudo tem sido incrível e cada um está trabalhando muito bem!
-E sobre a sua nova parceira? Como foi a adaptação? O que acha de Victoria nas pistas?
-Victoria se mostrou uma piloto completamente competente e experiente quando se trata de corridas, nossa adaptação foi muito boa, eu tenho uma certa sorte quanto aos meus parceiros. -digo piscando um dos olhos e me sentindo realmente grato por trabalhar apenas com boas pessoas.
O tanto de fofoca que rola, que em certas equipes a relação dos pilotos é péssima não tá escrito.
-Relamente Victoria tem mostrado um excelente desempenho, você acredita que futuramente ela poderá disputar com você?
-Eu não diria disputar... até porque nós dois já competimos dentro da pista. Mas sim, acredito que futuramente ela terá grandes chances de ganhar um prêmio mundial.
-Ok Charles, muito obrigado pela sua atenção! -ele diz e eu apenas concordo com a cabeça saindo de lá.
Depois da chuva de champanhe e todo aquele momento de prestígio, entrevistas, fotos e autógrafos eu vou correndo para o meu trailer tomar um banho e trocar de roupa.
-Charles! -Victoria me chama e eu olho para trás vendo ela vindo até mim.
-Oi?
-Falei com Kika no telefone, ela disse que já está pronta com Pierre, falei para sairmos e comemorar nosso pódio! -ela diz animada e ofegante, reparo em como suas bochechas estão vermelhas e o canto de suas têmporas tem pequenos fios de cabelo grudados em sua pele suada -Charles? -ela me chama mais uma vez e eu saio do transe.
-Entendi! Vamos sair... -eu digo sorrindo igual um bobo para a garota a minha frente.
-Perfeito! Se arruma e vai pro meu trailer, acho que não vou demorar muito. -ela diz já saindo.
Eu volto o meu caminho e vou direto tomar um banho. Troco de roupa, colocando algo mais descontraído visto que provavelmente iríamos em alguma balada. Me perfumo, penteio meus cabelos e saio do meu trailer seguindo um curto caminho até o de Victoria.
Sinto o celular vibrando no bolso e atendo rapidamente quando leio o nome na tela.
•ligação on
"Consegui." -ele diz e eu sinto o peso do meu peito sendo tirado.
"Como assim?"
"Eu consegui, abri uma investigação contra ela e nós conseguimos acesso aos aparelhos dela, minha equipe conseguiu apagar os arquivos e eu já gerei uma intimação contra ela. Hoje mesmo você pode confrontar ela e acabar com essa farsa." -ele me explica e sinto que posso sair correndo de felicidade.
"Meu Deus, não sei nem o que dizer"
"Pode começar com um obrigado" -ele diz bem humorado do outro lado da linha.
"Claro! Obrigado! Você tem certeza que eu posso falar com ela? O que eu digo?" -eu pergunto ainda não acreditando ser real o fim desse pesadelo.
"Sim! Não precisa dizer nada, apenas envie a intimação que eu te mandei no seu e-mail e avise ela que agora ela não tem mais poder sobre você!"
"Tá, ok"
"Tudo está certo Charles, se ela te confrontar temos como colocá-la na cadeia sem envolver a mídia, não se preocupe e vá curtir! Parabéns pelo pódio."
"Obrigado!"
"Foi um prazer trabalhar pra você! Quando precisar me liga! Tchau!"
"Tchau!"
•ligação off
Sinto meus pulmões esvaziando e se enchendo em uma pequena fração de segundos. Não posso acreditar! O dia estava perfeito de mais pra ser verdade.
Dou três batidinhas na porta e ela logo abre, com um bob pendurado em sua franja e um pincel de maquiagem nas mãos ela me da passagem para entrar.
Me sento no sofá e observo o caos que estava o lugar, sapatos, roupas, secador de cabelo e tudo que se pode imaginar espalhados pelo lugar.
-Estou quase pronta! Só preciso soltar isso. -ela diz mexendo no cabelo.
Victoria usava um vestido preto que a vestia como uma luva de tão perfeito.
-Acabou! -digo ainda sentado no sofá sem mover um músculo.
-O que? -ela se vira para mim sem entender o que eu disse.
-Acabou Victoria! -eu me levanto e vou até ela -Meu advogado conseguiu, Alexandra não pode mais me ameaçar!
-Não acredito! -ela diz animada e pula em meus braços rodeando os seus em meu pescoço -Charles isso é incrível!
-Sim! -encaixo meu rosto na dobra de seu pescoço sentindo o alívio e a pele quente de Victoria.
-Que alívio! -ela diz ainda abraçada em mim -Como? Você já falou com ela? -ela pergunta se separando afobadamente.
-Eu disse que tudo ia se resolver! Meu advogado conseguiu mexer os pauzinhos dele e tudo deu certo. -digo olhando para ela vendo seus olhos brilhando em empolgação -Não falei com ela ainda, vou esperar para me encontrar com ela. Ela ainda tem as fotos impressas né, preciso a confrontar.
-Você tem certeza? Ainda quer ver ela? -ela pergunta hesitante.
-Não é questão de querer, mas ainda temos que ter uma última conversa, não se preocupe! -eu a tranquilizo e ela abre a boca para falar alguma coisa mas desiste no meio do caminho e termina de se arrumar calçando seus saltos.
-Vamos? -ela me olha sugestiva -Temos duas comemorações para a noite!
-Vamos. -eu a sigo sorridente para fora do trailer sentindo que a noite pode ser ainda melhor.
Victoria entra no carro empolgada e sintoniza seu celular colocando uma música animada que entra pelos meus ouvidos e faz meu corpo todo sentir a sua empolgação.
Ela vai me guiando e a gente chega na balada que Kika tinha escolhido. Desço do carro e com Victoria ao meu lado nós caminhamos até a entrada do lugar, encontrando o casal já com as pulseiras mas esperando por nós dois.
-Estão aqui a muito tempo? -eu pergunto depois dos cumprimentos.
-Não, deve ter uns cinco minutos né amor? -Pierre diz se virando para Kika que concorda.
-Ok então vamos entrar logo! Porque eu preciso me embebedar! -Victoria diz animada seguindo em frente para a moça que ficava na frente da porta.
Nós damos os nossos nomes e ela coloca as pulseirinhas vip em nossos pulsos e nós adentramos o ambiente mal iluminado e tomado pela música.
Subimos um atrás do outro para a área vip da balada e nos instalamos em uma pequena mesa redonda. As duas começam a dançar sentindo a música contagiante e quando um garçom passa Pierre pede uma garrafa de champanhe e Victoria assim que vê vem até o garçom.
-Trás quatro shots de tequila também, por favor! -ela diz alegre para o garçom que acata seu pedido -Vamos começar a noite com todos virando pelo menos um shot!
Eu e Pierre apenas concordamos rindo da garota e voltamos a curtir o ambiente.
-Vocês já estão bem de boa né? -Pierre pergunta alto no meu ouvido pelo som da música.
-Sim, desisti da ideia de só voltar a falar com ela quando tudo se ajeitasse.
-Que bom! Porque essa ideia era péssima! -ele diz rindo -Mas vocês estão juntos ou...
-Não! Apenas amigos novamente. -digo e ele olha desconfiado.
-Aham, amigos... -dou risada de sua reação.
-É sério, vamos dar tempo ao tempo. -digo repetindo a frase da garota.
Acho melhor deixar de fora a parte de que tudo já tinha dado certo. Por enquanto apenas eu e Victoria precisamos saber disso, quando conversarmos com calma sobre o assunto, eu conto para Pierre e todo o resto.
Os shots chegam e as duas ficam animadas assim que veem o líquido transparente no pequeno copo. Todos viramos ao fim da regressiva de Kika e o líquido desce queimando.
O champanhe chega também e eu abro servindo a taça de todo mundo. O tempo vai passando e a bebida já começa a fazer eu me sentir mais leve, decido dar uma pausa visto que eu estava dirigindo essa noite e vejo Kika e Pierre trocando flertes e tendo o momento casal do dois e procuro com os olhos por Victoria, que tinha sumido da mesa.
Não vou ficar aqui de vela para esses dois e vou a procura da menina. Ando um pouco e encontro ela conversando com um cara loiro com uma certa proximidade. Não nego que deixei o ciúmes falar um pouco mais alto e fui até ela.
-Estava te procurando. -eu digo chegando atrás dela, e o rapaz a frente me lança um olhar difícil de decifrar.
-Charles! -ela se vira para mim falando já meio mole e sorridente de mais -Esse é Antônio!
Ela se vira de novo para ele e da um sorriso.
-Tudo bem? -levo minha mão em sua direção que apenas da um aperto singelo e um aceno de cabeça.
-Ele é um amigo da família! -diz para mim e se vira para ele de novo -Não acredito que nos encontramos logo aqui! E seu irmão como está?
-Bem, vim visitar ele na verdade. -ele diz sorridente para ela.
-Verdade! Francisco faz faculdade aqui né. -ela diz se lembrando.
-Sim... eu estou com alguns amigos ali, se você quiser vir. -ele convida ela estendendo seu braço.
Antes que Victoria pudesse ter alguma reação eu coloco minhas mãos em sua cintura e ainda atrás dela respondo.
-Na verdade nós estamos com um casal de amigos , inclusive Kika está te chamando. -digo a última parte olhando para a garota.
-Obrigada pelo convite Antônio, foi bom te ver novamente! -ela diz simpática.
-Bom se precisar de uma carona, ou mais tarde quiser vir, nós estamos ali! -ele diz apontando para a pequena mesa cheia de outros garotos que não deviam ter mais de 20 anos.
-Ela veio comigo, e irá voltar comigo, não se preocupe com a carona! -eu digo com um falso sorriso meigo deixando claro que não teria chances de Victoria voltar com ele. O garoto apenas assente sem paciência e sai dando apenas um aceno para Victoria.
-O que foi isso? -ela me pergunta se virando para mim apoiando suas mãos no meu peito e eu continuo com as minhas no mesmo lugar.
-O que? -me faço de desentendido lançando lhe um sorriso.
-"O que?" -ela repete rindo -Essa sua atitude possessiva aí.
- Só estou zelando pelo o que é meu. -digo sem pensar, me sentindo hipnotizado pelos seus olhos castanhos que estavam pintados com o lápis de olho preto deixando seu olhar mais profundo. E foi aí que eu me perdi, me perdi na imensidão deles e senti que podia chegar até a sua alma.
-O que é seu? -ela repete mordendo o lábio de baixo e meu olhar é atraído para sua boca -Agora eu sou sua? -ela diz com certo deboche na voz.
- Você sempre foi, desde o momento em que te vi naquele restaurante eu sabia que você seria minha de algum jeito. -eu confesso para ela e ela da risada.
-Não estou vendo nada aqui. -levanta sua mão direita e mostra o dedo anelar sorrindo -Até que este dedinho não tenha nada, eu não sou de ninguém!
-Você está atrevidinha né? -eu digo vendo em resposta seu rosto se formando um sorriso travesso, e ainda com as mãos atrás dela eu tiro um dos anéis que eu usava, pego uma de suas mãos e coloco o anel em seu dedo -Pronto!
Ela levanta a mão e da risada vendo o anel grande rodeando seu dedo e fica alguns segundos apenas olhando para o anel.
-Não vai dizer nada? -eu digo rindo vendo seu rosto totalmente calado -Consegui finalmente deixar Victoria Senna sem palavras?
Ela não diz nada e me beija!
Ela me beija meus caros! E esse foi O beijo!
Foi mais do que desejo, tinha saudade nele e deixou um gostinho de quero mais quando nossas bocas se separaram.
Depois de exatos 29 dias (sim, eu contei) eu finalmente estou sentindo seus lábios junto aos meus novamente. Ela se separa de mim e não me diz nada mas me lança um olhar que seria impossível não entender.
-Vamos embora? -pergunto fazendo piada e ela pega a minha mão negando com a cabeça enquanto solta uma risada gostosa voltado para mesa de Pierre e Kika.
-Onde estavam? -Kika pergunta ainda animada.
-Fomos dar uma volta. -eu respondo e Victoria levanta a mão mostrando o anel e Kika dá um grito boquiaberta.
-Como assim? -ela diz ainda surpresa e Victoria vai até ela empolgada.
-Dar tempo ao tempo né. -Pierre diz no meu ouvido rindo.
-Cala boca. -eu digo pra ele rindo também.
Nós ficamos de resenha curtindo a festa mais um pouco até que as meninas decidem que querem ir embora, pra ser mais exato Victoria estava reclamando de dor nos pés.
-Tchau gente! -eu digo para os dois e Victoria vai dar tchau para Kika.
-Te amo! Tchau! -ela diz rindo e Kika responde rindo também.
Essas duas estavam bebadas e estavam fazendo gracinhas a noite toda o que eu confesso que estava nos tirando boas risadas, eu e Pierre apenas observávamos o show das bonecas.
Elas terminam a eterna despedida e cada um segue seu caminho até o carro. Com a minha mão entrelaçada a de Victoria eu sigo para o carro, o caminho era um pouco longo visto que eu tinha estacionado longe pela falta de vagas.
-Pera aí. -ela diz se agachando e mexendo nos pés.
-Que foi? -pergunto achando graça de sua parada brusca.
-Meu pé! Tá doendo de mais. -ela me olha com olhos de cachorro abandonado e dá um leve sorriso -Me carrega?
-Você sabia que é muito mimada? -pergunto mesmo sabendo que no fim eu iria ceder ao seu pedido, ela faz uma falsa careta de tristeza e eu apenas a seguro em meus braços.
-Obrigada. -ela deixa um beijo rápido na minha bochecha e dá uma risadinha baixa.
A carrego até o carro sem muito esforço, e a deixo no chão apenas para abrir a porta do carro para que ela pudesse entrar, dou a volta e entro também.
Foco um pouco meus pensamentos e penso se estou realmente apto para dirigir e concluo que apesar de não estar na minha completa sanidade eu posso dirigir.
Dirijo com calma e Victoria está na mesma posição que eu a deixei, sua mão agora agarrava a minha em cima da sua perna e o pescoço tombado para o lado denunciava seu cochilo.
Chego no hotel e me certifico de estar com o cartão do quarto, coloco a bolsa dela no meu ombro novamente e a carrego para o seu quarto. Quando chego na porta, faço um malabarismo para conseguir abrir a porta com ela em meus braços e entro no ambiente que estava incrivelmente organizado.
Deito Victoria na cama e ela acorda, ela da um sorrisinho assim que me vê e eu vou tirar seus saltos.
-Você é um cavalheiro sabia? -ela diz meio rouca.
-Eu sei! -digo rindo voltando para ela.
-Você pegou minhas coisas? -ela pergunta passando a mão no meu rosto em carinho e me debruço na cama ao seu lado.
-Peguei. -fecho os olhos sentindo os dedos compridos e quentes de Victoria passeando pelo meu rosto e a outra mão pousada no meu pescoço.
-Amanhã temos muito o que conversar! -ela diz e eu solto uma risada.
-Temos.
-Eu estou feliz sabia?! -ela diz depois de um tempo apenas sentindo a presença um do outro e rindo fraco.
-Eu também estou. -deito minha cabeça em seu peito e sinto suas mãos correndo pelas minhas costas e cabelo.
Deixo o sono me vencer dessa vez, a posição estava tão confortável que eu apenas me entreguei.