Malfoy Granger: Twins

By cysmicsbr

213K 15.4K 13K

- O quê? Hermione olhava para as duas crianças à sua frente, sua pele estava pálida e sua boca entreaberta. ... More

1• São seus filhos?
2° Sangue-Ruim
3° Sem escrúpulos.
4° Louco
5° Desculpas.
6° Podemos apenas conversar?
7° Sinto muito.
8° Traição, isso é loucura.
9° 7 infernos.
10° Novamente?
11° Granger?
12° Decepção?
13° Senti sua falta.
14° Ele voltou
☡ Question:
15° Eu amo você
16° Narcissa sabe.
17° Narcissa sabe .2
18° Perigo.
19° Perto demais.
20° Férias.
21° Draco.
22° Carta.
23° Desespero
24° A Toca.
25° Casa
26° Lua.
27° Explorando
28° Outra missão
29° Mal-humor.
30° Susto.
31° Mudança de planos.
32° O começo.
33• Hermione
34• Volta as aulas
35• Hogwarts
36• Coração apertado.

37• Fique Longe.

288 24 11
By cysmicsbr

— N-não pode ser.... você não é... – Hermione gaguejava, e se afastava ainda mais. — Você é um deles.

— Hermione, eu não quis... eu não queria. — Draco tentava explicar, mas as lágrimas e a garganta que falhava o impediam.

— Você foi obrigado? — Hermione questionou. — Ele te obrigou?

Draco respirou fundo, assentiu a cabeça e olhou para baixo, ele não conseguia olhar para ela, não conseguia ver o rosto dela cheio de lágrimas e a expressão de desapontamento bem exposta.

— Você vai trabalhar para eles? – Ela perguntou, e ele suspirou.

— Se não fizer, é capaz dele descobrir as crianças, e fazer algo à elas! — Ele se sentou no chão, com a cabeça entre as pernas. — Eu não suportaria se algo acontecesse à eles, ou a você! – Ele abaixou as pernas, pôs as mãos no cabelo, só de pensar naquilo ele sentia agonia, desespero e medo.

Ela se sentou logo atrás dele, o observando com o semblante preocupado, ela não sabia o que mais falar, decidiu ficar alguns minutos em silêncio.

— O que ele mandou você fazer? — Hermione perguntou, quebrando o silêncio e Draco suspirou.

— Hermione, eu não vou te dizer.

— Como eu vou te ajudar se você não diz? – Hermione suspira impaciente. — Tenho certeza que a gente vai pensar em um plano, você não precisa passar por tudo isso sozinho.

— Você já tem problemas demais, tentando sobreviver a ele por todos esses anos. — Draco respondeu, levantando sua cabeça. — Eu não vou te envolver em mais um, ele é ardiloso, maluco, impiedoso e tem bastante poder para derrubar quem quiser... Se para proteger vocês eu tenho que fazer o que ele manda, que seja, eu farei.

Hermione respirou fundo mais uma vez, indo para perto de Draco e olhando nos olhos dele, os olhos azuis acizentados que estavam turvos e avermelhados por causa das lágrimas.

— Você não entende, Granger. — Draco disse ao perceber que ela estava prestes a falar. — Se eu tivesse escolha, nunca faria isso, mas as coisas não são tão simples... Eu sou como uma peça de xadrez em um tabuleiro, posso até ser uma peça essencial mas se não tiver cuidado...

Hermione abaixou seu olhar até encontrar a marca negra no braço dele, ele se encolheu mais.

— Se eu falhar...se eu desobedecer...se mudar a rota... — Ele continuou. — Talvez eu nem esteja mais aqui para ver se ganhamos ou perdemos, ele me mostrou o suficiente com apenas um crucio.

Hermione se lembrou do quanto ele estava debilitado quando foi resgatá-los após o incidente da Toca, do quanto ele desviava do assunto, com toda certeza havia dedo de Voldemort, e agora ela tinha a confirmação.

— Eu estou preso à ele....tudo que eu faço agora não é por lealdade, é por medo do que ele pode fazer com vocês, ou com minha mãe. — Draco pausou por um momento, como se o que ele fosse falar a seguinte doesse, como se estivesse prendendo e ao mesmo tempo lutando para sair. — Eu preciso que fique longe, para sua própria proteção, não podemos deixar ele saber que tivemos uma relação.. Eu venho tentando te afastar, da maneira mais idiota possível, eu venho tentando te proteger.. mas eu sinto que não consigo, todas as vezes que eu te afasto..eu não consigo, por favor Hermione, é uma tortura.

Hermione sentia que estava sem palavras, aliás, sem reações. Nesse meio termo, ela havia chorado, enxugado as lágrimas, estava com um aperto no peito enquanto escutava ele falar, os olhos vermelhos e o rosto chocado dela se transformavam em uma mistura de emoções e ao mesmo tempo ela não conseguia pensar em nada.

Relembrando uma das conversas que teve com as crianças repentinamente, Hermione olhou para Draco novamente, respirou fundo.

— Sua missão...— Hermione disse e Draco à encarou novamente. — É matar o Dumbledore, não é?

Draco arregalou seus olhos, é claro que ela sabia, é claro que talvez as crianças tenham contado a ela, eles são do futuro. Em seu pensamento, ele se chamava de burro.

— Ele está tentando te transformar em um assassino. — Hermione disse, olhando para ele ainda. — Isso vai além da marca negra.

Draco deu uma risada baixa, e respondeu ainda com a voz trêmula:

— Aparentemente, ou eu mato alguém, ou entro na fila para ser o próximo morto... Existe mesmo uma escolha? Além de uma ruim, outra pior?

— Nós vamos... — Hermione iria completar, mas Draco a interrompeu.

— Não! Não importa agora se você sabe, não vou deixar você se envolver, eu não vou deixar você arriscar sua vida, não vou deixar ele vir atrás de você.. eu não posso, não importa, eu sei que você é forte, que está lutando contra ele à anos, sei que é teimosa e que também é inteligente, calculista, mas não suportaria isso, não dá, chega. — Draco ficou vermelho, se levantou rapidamente, secou seus olhos. — Só fica longe, por favor, é só o que eu te peço.

Hermione encarou Draco, incrédula.

— Posso até ficar longe, como você pede, mas me impedir de lutar contra o Voldemort você nunca vai conseguir, eu vou lutar e não importa o quão poderoso ele possa ser, Malfoy, ele vai cair. — Hermione cerrou os punhos. — Ele caiu no futuro, ou não teríamos uma família, não estaríamos vivos, ele vai cair e eu vou me certificar disso. — Ela olhou uma ultima vez para Draco. — Você não é o único que está com medo, mas com medo ninguém vence. — E se retirou, com um semblante de raiva e decidida mais do que nunca dar um fim em Lorde Voldemort.

Draco passou alguns minutos tentando raciocinar, até se retirar também e ir direto ao seu dormitório, ele precisava pensar, mais do que tudo, precisava que seu plano desse certo, ele entrou na comunal da Sonserina, a angustia em sua expressão, o nojo que sentia de si mesmo, a marca negra que as vezes queimava debaixo dos panos de sua camisa, ele se sentia um completo infeliz.

Rose estava sentada no sofá da comunal, ela encarou seu pai e viu que ele não estava se sentindo bem, ela tinha permissão somente para trocar de comunal ( com muita insistência ), Rose se levantou e o olhar de Draco pousou nela, na pequena figura que estava encarando o mesmo apreensiva.

— Está tudo bem, pai? — Ela perguntou, encarando os olhos vermelhos — Se o senhor quiser, posso voltar outra hora...

— Não, filha. — Draco se sentou, e Rose se sentou ao lado dele, ela o abraçou, e ali Draco esqueceu que existiam problemas, que Voldemort existia, que eles corriam riscos, o abraço de sua filha parecia um curativo, que curava onde estava quebrado. Ali Draco percebeu que tinha que lutar mais, que precisava se esforçar mais, que não podia perder, que SIM precisava de ajuda, era por eles, por ela, por Scorpius e por Hermione.

Ele se perguntava se quando passou por isso na outra linha do tempo, se teve que aguentar todo esse fardo sozinho, se não teve uma pessoa eu lhe aconselhasse e dissesse que tudo estaria bem logo logo, provavelmente não, mas que por incrível que pareça, se não obteve apoio, ele havia conseguido fazer o que era para ser feito, o futuro não poderia mudar, poderia?

Rose sorriu, e limpou a lagrima que havia acabado de cair no rosto de Draco, que nem ele mesmo havia percebido. Ele não conseguia mais ser do jeito que era, sério e frio, ele não conseguia ser sua pior versão com eles, e nem pensava em ser, eles despertavam seu melhor.

— Obrigado, Rose. — Draco sorriu olhando para ela, ainda com os olhos avermelhados.

— Pelo que, papai? — Ela inclinou a cabeça, confusa, ele sorriu mais uma vez.

— Por ser minha força. — Draco respondeu, acariciando o cabelo de Rose.

;

Hermione chegou em seu dormitório, ela ainda estava vermelha de raiva, é claro que ela entendia as razões de Draco, mas ao mesmo tempo achava estupido, ele precisava de ajuda, se o problema era Voldemort, o mesmo inimigo que o trio e ele haviam em comum, eles poderiam se ajudar, seria até então melhor, pois Draco agiria como espião e tudo que Voldemort planejasse eles teriam como contra-atacar.

Scorpius observava a frustração de sua mãe, a forma que ela retirava o estresse, o peso de suas costas, xingando mentalmente e escrevendo o que sentia, para não descontar em outras coisas; Ela havia aprendido isso de escrever os sentimentos com sua mãe, e Scorpius havia aprendido isso dela também.

Ele foi até ela, sentou-se do lado da cama, olhou para Hermione e sorriu.

— É o papai, não é? — Ele perguntou, ela assentiu.

— Eu não entendo Scorp, como ele pode ser tão cabeça dura? Eu não estou na pele dele, eu não sei dos problemas que ele enfrenta, eu sei que ele pode estar certo em não querer que eu me envolva, mas eu já estou envolvida, desde o meu primeiro ano, desde que conheci Harry, eu já estou marcada.. Qual a diferença?

— O medo, talvez. — Scorpius disse. — São vidas, mãe; A minha, a da senhora, a da Rose e a dele, o medo de escorregar, acho que em caso de falha, ele quer que a senhora esteja aqui para nos proteger.

Hermione suspirou, levando seu olhar para baixo, ela imaginava isso, mas seria certo? Ele, no caso, estaria pronto para se sacrificar caso fosse necessário? Ela estaria pronta para proteger? E se falhasse também? Estaria tudo por agua abaixo, e de qualquer forma, o que ela faria se perdesse ele? ele achava que era menos importante?

Sempre lutou contra Voldemort, teve pesadelos e noites mal dormidas, sempre ao lado das pessoas que amava, por que agora não podia ser da mesma forma?. Naquele momento, ela pensou e chegou a conclusão de que estava pensando na emoção, e não na razão.

Draco era um comensal, comensais não podiam simplesmente virar as costas ao mestre deles, tinham que servir, ele estava marcado, ele não podia dizer não, ele realmente não tinha escolha, ele achava que não tinha mais solução. As possibilidades eram baixas demais, ele também enfrentava uma luta interna todos os dias, perigo constante todos os dias se não seguir exatamente tudo que Voldemort manda, ele está sendo moldado todos os dias, e não por lealdade, não por sua escolha, mas pela escolha de outras pessoas.

Ela suspirou, ela sabia que ele estava certo em querer deixar ela de fora, ele conhece e sabe de tudo que pode lhe acontecer se um dia Voldemort chegar a descobrir o segredo dos dois, de tudo que ele pode utilizar para que Draco não saia um pé da linha, ele estava se protegendo e protegendo à todos que amava, mas por quê tinha que ser tão difícil?

Já não haviam sofrido o suficiente todos esses anos? Ele, Voldemort, tinha que retornar e estragar tudo novamente?

Scorpius abraçou Hermione, e ela suspirou e respirou se acalmando, ela precisava daquilo, sua cabeça estava tão cheia e o seu dia foi tão cansativo, ela estava exausta, estavam todos exaustos, a guerra se aproximava aos poucos e aos poucos os estragos estavam sendo feitos.

;

Nagini passava pelas pernas de Voldemort se arrastando enquanto Narcissa, Bellatrix e Snape estavam na frente dele, a medida em que ela subia por cima da poltrona onde ele estava sentado, ele estendia a mão para acariciar a cobra.

— Avisem à ele, que ele deve consertar esse armário o mais rápido possível... desta semana não passará, ou haverá consequências... — Voldemort disse, olhando para o rosto de Narcissa.

Continua....

Quanto tempo gente, espero que vocês estejam bem! Se tiver algum erro ortográfico me perdoem :)

Até logo, obrigada por não abandonarem <3

Continue Reading

You'll Also Like

307K 20.7K 80
Nosso caos se transformou em calmaria. Plágio é crime!!
77.8K 4.7K 51
Minha primeira história !Lembrando que tudo que estiver colocado aqui é totalmente ficção
1.8M 110K 91
Pra ela o pai da sua filha era um estranho... até um certo dia
546K 33.4K 66
Apos Sarah Broad voltar a sua cidade natal, sua vida vira de cabeça para baixo quando reencontra o japonês que ela mais odeia no mundo.