Hope Not - Liskook

By LalizBaby

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[CONCLUÍDA] A vida dos Idols é cercada de fama, fãs e restrições. Umas delas é o fato deles não poderem namor... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6 🔞
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22 🔞
Capítulo 23 - Parte 1
Capítulo 23 - Parte 2
Capítulo 24 - Parte 1
Capítulo 24 - Parte 2
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28 - A descoberta
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32 - O baile
Capítulo 33 - O fim
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37 - Seus olhos dizem...
Capítulo 38
Epílogo
Agradecimentos
Capítulo Extra - Bem-vinda ao mundo, Angel
Aviso de Especial
Especial - Capítulo 1
Especial - Capítulo 2
Especial - Capítulo 3
Especial - Capítulo 4
Especial - Capítulo 5
Especial - Capítulo 6
Especial - Capítulo 7
Especial - Capítulo 8
Especial - Capítulo 9 🔞
Especial - Capítulo 10
Especial - Capítulo 11
Especial - Capítulo 12
Especial - Capítulo 14
Especial - Capítulo 15
Especial - Capítulo 16

Especial - Capítulo 13

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By LalizBaby

*Aviso*

Oi gente! Quanto tempo, hein?

Desculpem a demora pra atualizar, mas só nesse feriado conseguir encontrar um tempo pra escrever e conseguir postar algo novo e bom pra vocês.

Bom, espero que vocês não desistam das fics. Trouxe Hope Not primeiro por que ela estava mais tempo sem att, mas vou tentar atualizar o mais rápido possível Lies pra vocês por que eu sei que estão ansiosos para saber os próximos capítulos dela.

Só não garanto que seja amanhã ou depois, como já falei no mural há um tempo atrás, estou muito atarefada com trabalho e outras coisas, mas não se preocupem que todas as fics irão ser finalizadas.

No mais, desejo uma ótima leitura a quem quiser e puder ler. Trouxe um cap grandinho pra vocês, espero que gostem.

Boa leitura, meu amores. Beijinhos

- Autora.

💜

No capítulo anterior

- Preciso falar com vocês – exclamou assim que viu os Jeon em sua frente.

- Se você veio aqui nos ameaçar... – Jungkook começou tomando a frente de Lisa, protegendo-a, mas foi interrompido.

- Não é comigo que você tem que se preocupar, Jungkook – ela disse – E sim com o Doyun por que ele sim tem planos.

- Como assim? – Lisa perguntou, confusa – O Doyun está preso, Tzuyu.

Jungkook ficou em alerta.

- O Doyun pediu minha ajuda para te sequestrar, Lisa – Tzuyu avisou de uma só vez – E dessa vez ele não quer ficar com você. Ele quer te matar.

Lisa e Jungkook arregalaram os olhos falando em uníssono: – O quê?

No capítulo de hoje...

💜

Casa dos Jeon

- Eu acho bom você começar a explicar essa história direitinho, Tzuyu porque se essa for mais uma das suas armações... – Jungkook ameaçou enquanto olhava desconfiado para Tzuyu.

- Não é nenhuma armação, Jeon – Tzuyu retrucou – Eu vim aqui por que estou muito preocupada com a proporção que as coisas tomaram – ela fez uma pausa e continuou olhando com firmeza para Jungkook – Eu achei que com o tempo e com a cadeia o Doyun poderia ter parado de alimentar essa obsessão estranha que ele tem pela Lisa, mas parece que só piora.

- Você também não é melhor do que ele, Tzuyu – Lisa rebateu – Você, assim como ele, nos fez muito mal.

- Eu sei, mas eu quero reparar o meu erro – Tzuyu murmurou – Eu quero ajudar vocês a escaparem do Doyun.

- Então comece a falar – Jungkook exigiu sem paciência – Sem charadas e nada subtendido. Diga tudo o que precisamos saber para nos preparar.

Tzuyu assentiu.

- Sem joguinhos dessa vez – Lisa exigiu séria.

💜

Hospital geral de Seul

- Mandy, onde estão os exames do Saeng e dos outros bebês? – a doutora pediu enquanto tirava a temperatura de um dos pequenos – Preciso dar uma olhada pra ver qual deles pode ter alta essa semana.

Após pelo menos um minuto de espera, a doutora olhou para Mandy vendo que a mesma estava bem longe em pensamentos.

- Mandy? – chamou e a enfermeira olhou para si – Tudo bem com você? Parece distraída.

- Me desculpe, doutora Jordana, é que... – Mandy pensou em contar o que havia acontecido mais cedo, mas repensou e decidiu não contar, afinal, o que a doutora tinha a ver com aquilo? – Não é nada. Eu só estava pensando em algumas coisas. Nada importante.

Mandy foi até o arquivo e após pegar os que ela queria, entregou a Jordana os prontuários dos pacientes.

- Hum – a médica murmurou prestando atenção em um dos prontuários – E no que é que você estava pensando? – Perguntou sem tirar os olhos dos papéis, provavelmente estudando os casos de alguns dos bebês.

- Eu... – ela fez uma pausa e continuou com a voz amena tentando soar despreocupada – Queria saber um pouco mais sobre o casamento da senhora com o doutor Sung hee – pediu e viu a médica levantar a cabeça para olhá-la, por isso, emendou: – Não que seja da minha conta, é só que... eu fiquei curiosa em saber mais sobre vocês e o motivo do término do casamento.

- Não precisa se justificar, Mandy – a médica aliviou o clima visto que percebeu a enfermeira tensa – Bom, o que eu posso dizer? O Sung hee e eu nunca fomos compatíveis, é realmente um milagre que tenhamos ficado juntos por tanto tempo, mas a partir do momento em que eu consegui abrir meus olhos e perceber que eu merecia muito mais de um homem, eu decidi pedir o divórcio.

Jordana não contaria a Mandy metade das coisas que havia passado com Sung hee, mas a mais velha sentia uma preocupação genuína da enfermeira então não estava mentindo, apenas omitindo uma realidade tão feia a qual deveria ser mantida no passado, bem enterrado em suas memórias.

- Ele era um bom marido? – Mandy perguntou – A senhora ainda o ama?

Jordana parou o que estava fazendo e olhou para Mandy. Não entendia o motivo das perguntas, mas não sentia Mandy como um tipo de inimiga. A enfermeira era sim, um tanto curiosa, mas nada do que todo ser humano não fosse.

Por isso, respirou fundo e soltou o ar pausadamente.

- Para ser sincera, Mandy, o meu amor pelo Sung Hee acredito que já tenha acabado faz muito tempo. Quando o conheci ele era realmente um homem admirável, mas olhando lá para trás, consigo perceber que ele nunca foi um homem de verdade para mim.

- Como assim? – Mandy inclinou a cabeça levemente, confusa.

- Quando você gosta de alguém, você cuida da pessoa, a protege, é um porto seguro e um lugar de conforto para essa pessoa. Quando o conheci, eu acreditei que ele seria tudo isso para mim. Passamos todas as fases do relacionamento até chegar no casamento e no decorrer percebi o quão diferente nós éramos e que eu realmente merecia mais.

Mandy prestou atenção no que a doutora dizia e percebeu que tinha algo subtendido, mas não soube dizer o quê e não tinha intimidade o suficiente com ela para perguntar diretamente se Jordana já havia sofrido abuso do ex marido.

- Bom, vamos falar sobre coisas boas, né? – a doutora finalizou o assunto e sorriu – Parece de alguns dos nossos pequenos vai poder ir para casa. Pode mandar avisar aos pais para virem buscá-los.

Mandy assentiu e a doutora virou para um dos berços.

- E quanto a você, meu pequeno Saeng – a mulher sorriu acariciando a cabeça do bebê e murmurou baixinho – Logo, logo, vou poder te dar um lar de verdade.

💜

Casa dos Kim

Hajun escutou uma batida em sua porta e após murmurar um "entre", percebeu ser sua mãe, ao vê-la atravessar a porta. Rapidamente ele se sentou na cama por respeito a mais velha.

- Podemos conversar, querido? – Jisoo perguntou no tom carinhoso de sempre.

Hajun assentiu brevemente com a cabeça: – Claro, mãe. Sobre o que quer falar?

- O que houve exatamente entre você e a Yumi? – Jisoo perguntou sem rodeios, porém cautelosa como sempre.

Não queria tocar em algum assunto proibido com o filho, embora o garoto nunca tivesse escondido nada que lhe magoasse dos pais.

- Ah mãe, o mesmo de sempre; ciúmes da Yumi e toda essa impulsividade dela – ele suspirou magoado – Estou cansado de tudo isso.

- Você não gosta mais dela?

- Não é isso, é só que... – Hajun se interrompeu e olhou para a foto em sua cabeceira onde ele e Yumi estavam juntos; felizes – Eu me sinto um idiota pela briga que nós tivemos ontem e pelo que eu li na internet sobre o que ela fez durante essa madrugada toda.

- Meu filho, não sabemos se a Yumi fez realmente o que estão falando dela...

- Mãe, você acha mesmo que a Yumi não foi capaz de fazer aquelas coisas? – Hajun retrucou, cansado – Enquanto eu fiquei aqui que nem um idiota me lamentando achando que poderia ter feito algo para evitar toda a situação da nossa briga de ontem, ela vai e faz toda essa merda – Hajun se levantou começando a arrumar sua mochila.

- Filho, eu sei que a Yumi tem um gênio forte, não nego isso, mas antes de vocês terem um relacionamento, ela sempre foi sua melhor amiga – Jisoo argumentou – Você não acha que seria melhor conversar com ela antes de tirar conclusões precipitadas?

- Eu não quero mais saber da Yumi, mãe.

- Hajun, a Lisa e o Jungkook estão preocupado com a Yumi. E todos nós estamos preocupados também por que as mídias coreanas já estão caindo em cima dela. Se você ver o que estão falando dela você ficaria horrorizado.

- Não, eu não ficaria. Sabe por que, mãe? Como você mesma disse, a Yumi tem um gênio forte. Não foi a primeira e nem a última vez que ela aprontou algo do tipo. É claro que o que ela fez dessa vez ultrapassou todos os limites, mas eu já cansei de ir lá e tentar consertar todas as besteiras que ela faz.

Hajun deu as costas a mãe para entrar no banheiro e ir tomar seu banho, mas Jisoo tocou o ombro do filho fazendo o mesmo se virar para a mãe.

- Querido, é só um pedido que eu te faço – Jisoo olhou significamente para o garoto. Ele ia fazer menção de negar, mas Jisoo continuou – Conversa com ela. Tenta descobrir algo sobre o que aconteceu nessa madrugada, por favor? É o único jeito de tentar tirar ela de um problema muito maior.

- Mãe... – Hajun resmungou – Eu não quero.

- Por favor, filho... – ela pediu novamente olhando para o garoto.

Hajun encarou a mãe e pensou muito em ser firme no "não" que queria dar a ela, mas sabia que a mãe não desistiria e que se preocupava com a garota tão imprudente.

E por mais que negasse e estivesse magoado, Hajun queria questionar Yumi sobre o que tinha acontecido e aquela seria uma oportunidade.

- E então? – Jisoo perguntou.

- Tudo bem, eu faço isso – afirmou o garoto – Antes de ir para a faculdade, eu passo na escola da Yumi e falo com ela, mãe.

Após uma exclamação alegre da mãe, a mulher saiu do quarto do filho deixando ele se arrumar.

E tentar pensar no que diria a Yumi naquele momento. Situações constrangedoras não eram o forte dele e as evitava ao extremo, mas... o que não faria pela mãe, não é mesmo?

💜

Hospital Geral de Seul

- Doutora, eu preciso ir verificar um paciente na ala da oncologia. A senhora se importa se eu for agora? – Mandy perguntou após terminar suas tarefas na pediatria – Prometo que volto logo.

- Pode ir, Mandy. Sem problemas – a médica sorriu para a mais nova – Vou dar um tempinho aqui e quando você voltar, você assume e eu volto para o meu consultório, ok?

- Certo – assentiu e saiu da sala.

A doutora foi ate o balcão onde tinham alguns documentos e enquanto assinava algumas altas no balcão da pediatria, ela percebia que alguns dos bebês faziam barulhinhos brincando com seus pezinhos dentro dos berços.

A médica sorriu com o coração quentinho sabendo que dali alguns meses seu pequeno presente estaria com ela.

Por ter muitos documentos para assinar, a médica se distraiu de costas para a porta de entrada da pediatria. E por isso, ela não percebeu quando Mason entrou na sala e foi até ela.

Ele sorriu ao notar a médica concentrada e para não assustá-la foi até Saeng fazendo cosquinhas em um de seus pezinhos, brincando com o bebê. A gargalhada que o pequeno deu foi suficiente para fazer a doutora se virar sorridente.

- Ei doutora – Mason saudou a médica que foi até ele – Como está?

Assim que a médica parou ao seu lado, o homem passou o braço por suas costas a abraçando de lado e beijou sua testa.

- Estou bem – ela respondeu – Gosto da companhia deles.

- Imagino – ele concordou e voltou a olhar para Saeng que parecia prestar atenção neles – Ele já melhorou bastante do quadro de pneumonia né?

- Sim, bastante. Eu diria que uns 90%, mas é melhor ele continuar tomando a medicação até a última dose para não correr riscos da pneumonia voltar mais forte e resistente ao antibiótico.

- Eu acho tão bonito o modo como você se preocupa com ele, é quase como se fosse a própria mãe dele – Mason comentou admirado.

- Eu só me preocupo como qualquer médica faria, Mason – Jordana argumentou sem graça – Não é nada demais.

- É sim, é lindo de se ver – ele sorriu orgulhoso – Mas vendo você assim com ele eu me pergunto se você já imagina no nosso aqui com a gente.

Jordana sorriu e olhou para ele.

- Já. Na verdade, eu imagino nosso filho desde o momento que descobrir estar grávida de novo – ela contou e saiu do abraço ficando de costas para o enfermeiro – E pode ter certeza que a sensação é completamente diferente de quando eu estava grávida de um filho do Sung Hee.

- E como é a sensação? – Mason se virou para ela.

A médica continuou de costas e quando o tom de voz dela mudou, ele estranhou.

- Não que eu não estivesse me sentindo realizada com a minha última gravidez, mas antes eu não tinha o total apoio que eu tenho agora com você – ele assentiu mesmo que a médica não fosse ver – Mesmo que eu ainda não esteja me sentindo completa – a médica completou baixo.

A mulher não tinha intenção de fazer Mason escutar a última parte, mas ele escutou, pois estava se aproximando dela quando ela finalizou.

Jordana queria contar a Mason sobre a decisão que estava tomando por suas costas. Embora soubesse que Mason, de fato, é uma pessoa incrível, tanto como homem e tanto como profissional, talvez aquela decisão não o agradasse por ser um pouco mais novo que a doutora.

Ou talvez por não amá-la o suficiente.

- O que quer dizer? – Mason indagou, confuso.

Ele não queria pensar bobagens, mas diante de toda a dificuldade que teve durante aqueles anos para conseguir chamar sua doutora para sair, ele ficava com medo de ter cruzado alguma linha proibida com ela sem querer.

- Amor? – ele indagou novamente, dessa vez, tocando-a nos ombros.

A médica, parecendo ter acordado de um pensamento distante, se sobressaltou e recuou.

- Desculpe, Mason. Preciso resolver alguns assuntos pessoais na minha sala – ela avisou já distante – Pode assumir o lugar da Mandy aqui na ala pediátrica por algum tempo?

- Claro, mas... – ele assentiu pretendendo se aproximar, mas ele apenas viu a médica assentir e sair quase que correndo da sala deixando-o mais confuso do que já estava.

💜

Casa dos Jeon

- Tá, mas o que exatamente o Doyun te disse que queria fazer?

*Flashback on*

Prisão de segurança máxima de Seul

O cheiro daquele lugar estava dando ânsia na garota de cabelos castanhos e sedosos. Tzuyu olhava com nojo para as paredes escuras do lugar que pretendia nunca mais pisar na vida.

Quando o homem chegou algemado e sentou na cadeira a sua frente, ela nem acreditou que fosse realmente ele. De fato, a prisão não fazia bem a ninguém.

Ela bem sabia disso.

Mas ver o que o tempo e aquele lugar asqueroso fizeram com o homem tão bonito a fez ter arrepios.

- Por que me chamou aqui? – ela indagou, querendo acabar logo com aquilo – Não temos nada para conversar.

- É aí que você se engana, minha querida – ele sorriu com certo esforço devido ao maxilar torto – Temos muito o que tratar.

- E o que seria?

- Preciso da sua ajuda.

- A respeito de ...?

- Eu tenho um plano pra separar a Lalisa do Jeon e você é uma peça chave pra ele funcionar.

- O que te faz pensar que eu vou te ajudar? – retrucou.

- Oras, por que você pode se vingar de todos eles.

- Eu quero distância desses planos, Doyun. Estou tentando refazer a minha vida. Já fiz besteiras demais te ajudando em tudo aquilo.

- Então agora você virou boazinha? Não quer se vingar do Jeon por ter te traído? E nem da Lisa por ter ficado no seu caminho?

- E você deixaria algo acontecer com a sua preciosa Lalisa? Você não vivia dizendo que a amava?

- Eu admito que por muito tempo deixei a Lisa dominar meus pensamentos e a minha razão e por isso eu queria ficar com ela. Eu tinha certeza de que ela seria muito mais feliz comigo do que com o filho da puta do Jeon, mas agora as coisas são diferentes.

- Diferentes por que?

- Por que agora eu não quero ficar com a Lalisa e sim dar um fim nela.

*Flashback off*

- E o que ele quis dizer com isso, Tzuyu? – Jungkook indagou curioso, mas deixando sua raiva explica no tom de sua voz – Como ele pretende fazer isso?

- Eu não sei. Saí de lá depois dele ter dito isso – Lisa balançou a cabeça contrariada e Jungkook bufou indignado.

- Se você queria nos ajudar por que caralhos não ficou lá e escutou a porra do plano maluco dele todo? – Jungkook gritou irado – Inferno! Nem para isso você serve.

- Jungoo, calma! – Lisa se aproximou do marido e o fez sentar no sofá massageando seus ombros com delicadeza – Amor, nós vamos conseguir resolver isso, mas você precisa se acalmar, por favor.

Jungkook respirou fundo e ao sentir o afago de sua esposa em seus cabelos, ele relaxou um pouco.

- O que você quer, Tzuyu? – Lisa indagou se virando para a outra, mas sem se afastar do marido.

- Como assim? – ela indagou confusa – Não quero nada de vocês, apenas ajudar.

- Por que agora? A troco de nada? – perguntou desconfiada.

- Eu não quero mais viver carregando a culpa de ter arruinado a vida de ninguém – ela admitiu – Eu só quero me redimir.

- Nos ajudar agora não anula tudo o que você fez no passado. Ou você esqueceu que você distraiu os seguranças pro Doyun entrar no baile, tentar me matar e ter quase matado a Lisa e a minha filha? – Jungkook indagou irritado – Não esqueça de ter tentado a todo custo me tirar do BTS só pra eu ter uma carreira solo longe dos meninos.

- Eu sei, caramba! Que droga, Jeon! – Tzuyu se alterou e respirou fundo – Eu entendo que vocês desconfiam de mim e não é para menos, mas é um voto de confiança que eu peço, apenas.

- Nós precisamos pensar um pouco sobre isso, Tzuyu – Lisa pediu, incerta.

Não estava muito confiante na ajuda que Tzuyu poderia dar, mas não poderia arriscar desacreditar também diante de tudo que passou no passado.

- Tudo bem. Eu entendo, mas fiquem espertos – Tzuyu pediu olhando para Lisa como se suplicasse – Doyun acabou mencionando pra mim nessa conversa que tem tentado entrar em contato com você, Lisa.

Após Tzuyu terminar de falar, Jungkook arregalou os olhos.

- Ele disse que tem lhe mandado cartas e...

- Já chega, Tzuyu. Vá embora – Jungkook exigiu, entre dentes – Agora!

- Jungoo – Lisa olhou para o marido assustada com seu tom de voz.

Jungkook agarrou o braço de Tzuyu com força e praticamente a arrastou para fora de sua sala.

- Coloquem ela pra fora daqui agora! – ordenou com a voz grossa e um pouco rouca para os seguranças – É melhor que nunca mais apareça aqui – praticamente rosnou a ordem para a mulher – Se aparecer, eu vou fazer você se arrepender de ter nascido – e após deixá-la com os seguranças totalmente assustada e confusa, fechou a porta na cara dela.

💜

School of Performing Arts Seoul

Na hora do intervalo, Yumi estava sentada em uma das mesas do refeitório com Jay e Sohui – a filha de Jisoo e Jin – que adotaram pouco tempo depois de Hajun.

A conversa estava amena entre Sohui e Jay. Eles discutiam o último dever de casa passado pela professora. Enquanto Yumi mexia sem muita vontade em sua comida.

Algumas meninas passaram por trás de Yumi e ela percebeu assim que uma delas olhou para ela e cochichou algo no ouvida da amiga.

Yumi endireitou a postura e passou a olhar ao redor notando alguns olhares tortos para ela, outras pessoas cochichando também e outras rindo enquanto a olhavam.

Aquela situação a fez se encolher. Nunca foi de sentir muita vergonha, mas naquele momento estava se sentindo a pessoa mais tímida do mundo.

Nunca gostou muito da atenção dos outros... ok, nisso ela estava mentindo. Na verdade, Yumi sempre gostou de ser o centro das atenções, é óbvio, que ela não era do tipo metida, mas sempre ficava contente e orgulhosa por ter feito algo que merecesse aplausos.

Mas os olhares, os cochichos, os risos... estavam a incomodando por que ela sabia que eram direcionados a ela, mas não em um sentido bom.

A situação era humilhante.

- Yumi? – Sohui se virou devagar para a amiga após terminar de argumentar sobre a última questão da atividade com Jay – Está tudo bem?

Ao notar que Yumi se encolheu quando ela se direcionou a si, Sohui franziu a testa prestando atenção no que Yumi responderia.

- Está sim – Yumi respondeu baixo, em um resmungo – Só não gosto de todos esses olhares em cima de mim. Estão todos cochichando e me olhando torto.

- Se você não tivesse feito merda, ninguém estaria te olhando assim – Jay retrucou em deboche sorrindo sem humor.

- Jay! – Sohui reclamou com o garoto.

Yumi mordeu a língua para não dar nenhuma resposta atravessada ao irmão, mas sem perceber sentiu as palavras dele tocarem em um lugar dolorido em seu peito.

Ela nunca gostou de se desculpar, mas no fundo de sua mente, sua consciência travava uma batalha com seu egoísmo para saber quem tomaria o lugar.

Mas no fim, ela estava quase se arrependendo pelo que tinha feito.

Quase.

💜

Hospital Geral de Seul – sala de arquivos

- Onde estão os meus prontuários dos pacientes de hoje? – A doutora perguntou para si mesma enquanto procurava por pastas dos pacientes que atenderia hoje.

Após mais alguns minutos de busca, a doutora se lembrou de que havia um armário onde seus prontuários poderiam estar separados e organizados.

A mulher deu alguns passos e se abaixou até estar de frente a última gaveta do arquivo. Abriu-a e buscou pela sua etiqueta. Com isso, ela encontrou o que estava procurando.

Puxou a pilha de prontuários, fechou a gaveta e se levantou rapidamente. A doutora só não esperava ser atingida por uma vertigem repentina, seu estômago ter embrulhado e as vistas escurecerem.

Como um reflexo, Jordana acabou derrubando seus prontuários e tentou se apoiar em um dos armários que havia ali, mas logo sentiu seu corpo ser amparado por alguém.

Os braços fortes seguraram a médica com rapidez e certa força. Ainda de olhos fechados e tentando se recuperar do mal-estar, a médica não conseguiu distinguir quem foi que lhe ajudou.

Apenas quando sentiu uma mão tocar sua barriga, foi que se atentou a tentar abrir os olhos e descobrir quem era. Por cima de sua blusa fina e elegante, a médica sentiu a palma da mão gelada da outra pessoa.

E após escutar a voz grossa, percebeu de quem se tratava.

- Eu sabia que você não demoraria a sentir minha falta.

Ao notar a proximidade com o ex marido, Jordana arregalou os olhos e empurrou o homem para longe de si. Assustada que ele estivesse tão próximo e tocando em sua barriga.

- O que está fazendo aqui? – A mulher indagou ao médico.

- Eu ainda trabalho aqui, esqueceu? – Ele sorriu cínico ao notar o rosto surpreso da ex mulher.

- Certo... – Jordana respondeu incomodada com o ambiente e fez menção de sair da sala – Já vou indo.

- Eu te quero de volta – Sung hee admitiu e viu a médica se virar pra ele parecendo surpresa.

- Você só pode estar brincando – a médica murmurou incrédula.

- Não é brincadeira nenhuma, Jordana – ele respondeu – Eu sei que você estava confusa, mas agora já se passou bastante tempo e convenhamos, você deve estar morrendo de saudades de mim – ele se gabou.

- Você me diz que não está brincando e me fala uma coisa dessas? – a médica indagou olhando para o médico com a testa franzida – Eu tenho trabalho a fazer, Sung hee.

A doutora buscou seus prontuários do chão e se levantou novamente, caminhando até a porta.

- Eu não vou te dar outra chance de desfazer seu erro, Jordana – o homem deu um ultimato e aquela frase fez a médica paralisar com a mão na maçaneta – Eu já fui muito tolerante com toda a patifaria que você fez com a história do divórcio, mas ficar me negando e me desrespeitando assim, eu não admito.

- Você não admite? – a mulher se virou para o ex marido com raiva – VOCÊ NÃO ADMITE? Eu é que não admito que você exija algo de mim quando VOCÊ mesmo não fez o seu papel de homem e de marido – Jordana retrucou colérica.

Mas as lágrimas começavam a se formar em seus olhos.

- Eu nunca vou esquecer todas as palavras de ódio que você destinou a mim, de todos os machucados que você me fez, de ter me traído durante anos e de ter me estupr... – a médica parou de falar ao perceber que aumentava o tom de voz – De ter me feito perder meu filho... – a médica completou mais baixo, a dor começando a alastrar em seu peito.

- Tudo isso é bobagem, você mereceu todas as agressões e os xingamentos – o homem argumentou abanando as mãos como se não fosse nada – E foi até bom você ter perdido aquele bebê, ele só foderia com as nossas vidas e me impediria de transar com você. Eu te livrei.

Por mais que a médica já tivesse escutado todo tipo de argumento daquele homem, aquele era o mais absurdo.

- Além do mais, no dia que transei com você e você perdeu aquela criança, a culpa foi toda sua – ele tornou a falar deixando a médica com mais raiva e incredulidade – Se você não tivesse gritado e esperneado, aquela criança poderia estar aqui hoje.

- Eu nunca vou te perdoar, Sung hee – Jordana admitiu e viu o sorriso no rosto dele desaparecer – Será que você ainda não entendeu que o "nós" que você ainda acha que existe acabou? E já faz muito tempo?

- Não, não acabou – ele retrucou – Eu sei que você ainda me ama.

- Eu deixei de te amar a muito tempo e dou graças a Deus por isso – a médica rebateu orgulhosa de si – Você nunca me mereceu e agora eu tenho um homem de verdade ao meu lado e eu sei que com ele eu não vou passar nem um terço das humilhações que você me fez passar.

A doutora terminou de falar e fez menção de abrir a porta para sair da sala, mas o médico não deixou.

- Sua vadia! – Sung hee estourou, deixando as "boas" maneiras de lado e puxando Jordana com força e brutalidade para dentro da sala novamente, empurrando a para a parede – Eu vou te ensinar a não me desafiar assim...

Sung hee levantou a mão para bater na médica que se encolheu ao notar que não conseguiria sair dali, visto que o aperto em seu braço era muito forte.

Mas logo foi possível escutar passos se aproximando da sala de arquivos. O médico tirou sua atenção da ex mulher e focou na pessoa que se aproximava, mas Jordana juntou suas forças e o empurrou fazendo-o se afastar de si.

A médica correu para fora do local e acabou esbarrando em outro médico que estava para entrar na sala. O homem mais velho olhou para a moça, notando seus olhos vermelhos e cheios de lágrimas.

- Está tudo bem, doutora Jordana? – O mais velho perguntou segurando-a delicadamente pelo esbarrão.

- Tudo bem... – a voz embargada da médica foi notável, mas antes do homem indagar mais alguma coisa, a mulher saiu correndo para longe dali.

💜

School of Performing Arts Seoul

Hajun chegou na escola de Yumi um tanto descontente por estar ali, mas tentaria ao máximo fazer a conversa fluir apenas por que foi um pedido da mãe. Nada mais.

O garoto estacionou seu carro em uma das vagas disponíveis no estacionamento e não conseguiu evitar o sentimento de nostalgia ao caminhar por entre aqueles gramados.

Durante boa parte de sua infância, juntamente com Yumi, Jay e os demais filhos dos bangpink, Hajun estudou ali e tivera boas memórias. Estar ali de novo era quase como um encontro com sua infância.

Infância essa que viveu toda com Yumi e ainda pequeno percebeu que o que sentia pela menina não era só amizade.

Ele suspirou sabendo que a conversa seria difícil e que não poderia deixar que aquelas lembranças afetassem a sua motivação de não aceitar qualquer desculpa esfarrapada que a menina ousasse dar a ele.

Distraído com as lembranças que tinha na escola, Hajun não soube dizer quando Yumi se aproximou dele, mas percebeu a presença dela ao seu lado.

- Você queria falar comigo? – Yumi diz indiferente.

- Você lembra de quando éramos mais novos e ficávamos passando o tempo aqui no pátio? – ele perguntou nostálgico, mas a felicidade da memória não chegava em seus olhos e muito menos em sua voz.

Yumi olhou para onde o mais velho olhava e se lembrou de quando eles ficavam sentados na grama, atrás de uma árvore escutando música durante o intervalo.

Mas orgulhosa do jeito que era, Yumi preferiu optar pelo caminho mais difícil.

- Não me lembro de nada – ela respondeu cruzando os braços – Você veio aqui pra quê, Hajun?

Cansado do comportamento grosseiro da menina, Hajun fechou seu semblante e murmurou sem rodeios: – Quero ter uma conversa direta com você, Yumi – ele pediu – Sem rodeios como você gostar de fazer.

- Então comece logo – ela assentiu caminhando até uma mesa não muito distante deles – Não tenho o dia todo.

Hajun fez o mesmo e se sentou de frente a ela. Pela indiferença que a menina mostrava, Hajun começava a ter mais certeza de que ela havia sim feito tudo o que a mídia afirmava.

- Eu só quero que você me diga se fez tudo o que os jornais e a internet estão falando que você fez – ele pediu – Eu não viria aqui me prestar a esse papel, mas a minha mãe pediu para tentar descobrir se a sobrinha dela seria capaz de fazer toda aquela merda.

Yumi deu um sorriso sarcástico.

- Você quer que eu te conte como foi a minha noite? – ela indagou com um sorriso maldoso – Quer que eu conte como me divertir com os caras mais velhos?

Hajun mordeu a língua para não xingar a garota ali mesmo. Ele sabia que Yumi sempre fora impulsiva, mas estava esperando o momento em que olhasse nos olhos dela para saber se estava mentindo ou não.

Yumi podia ser muito boa contando mentiras da boca para fora, mas se ele visse seus olhos, saberia se estava mentindo ou não. Ele sabia que a menina tinha uma mania peculiar em que toda vez que mentia, ela passava a mão atrás da orelha direita.

Era um sinal bobo, mas que acontecia com frequência toda vez que ela mentia e ele sabia que era mentira.

- Você fez o que a mídia coreana está afirmando, Yumi? – ele perguntou rudemente.

Yumi pareceu pensar no que responder, olhando-o por incontáveis minutos.

- Sim – ela afirmou – Eu fiz tudo o que estão comentando nos jornais – Yumi respondeu, mas Hajun apenas ficou a encarando.

Quando ele viu ela levantar as mãos, seu coração quase se aliviou.

Quase.

Hajun achou que Yumi passaria a mão atrás da orelha direita como ela sempre fazia quando mentia, mas não. A menina apenas colocou as mãos em cima da mesa.

O garoto tornou a olhar para o rosto dela e voltou seu olhar para as mãos imóveis em cima da mesa do pátio.

Nada. Nenhuma reação.

Com um suspiro e completamente decepcionado, Hajun se levantou da mesa e disse: – Obrigado. Isso era tudo o que eu precisava ouvir.

Hajun se levantou e saiu em direção ao seu carro.

Yumi continuou olhando para ele seguindo em direção ao estacionamento. Naquele momento, ela sentiu que o perdeu.

Após alguns minutos, Yumi viu o carro do garoto sair da escola e finalmente pôde fazer o que estava a deixando agoniada.

Ela passou a mão atrás da orelha direita em sinal de desconforto.

No fim, tudo o que a garota tinha feito foi enganar Hajun para ele não a incomodar mais.

💜

Hospital Geral de Seul

A médica correu por mais alguns metros e quando se sentiu cansada, parou perto de uma pilastra, se apoiou e tomou fôlego. Foi quando a mulher não aguentou mais segurar o choro contido. Seu peito doía tanto que ela achou que fosse desmaiar.

Algumas situações tóxicas eram difíceis de serem evitadas. Mas ela queria tanto se livrar daquele homem.... Jordana respirou fundo algumas vezes antes de tirar um lencinho do bolso do jaleco e enxugar seus olhos.

Aquele não era o lugar para chorar e muito menos o momento. Se seu chefe a encontrasse daquele jeito ou até mesmo Mason, ela teria que se explicar, e se explicar era a última coisa que queria fazer.

Por isso, após enxugar o rosto e arrumar os cabelos, Jordana caminhou até a recepção e falou com uma das recepcionistas.

- Eu quero que troquem o neurologista responsável pela ala obstétrica – não foi um pedido.

- Como? – Pega de surpresa, a recepcionista precisou confirmar.

- Eu quero que troquem o neurologista responsável pela ala obstétrica – repetiu – O Sung hee não está apto para examinar os meus pequenos pacientes. Remanejem ele para outra ala, com outra pessoa, mas na minha ala da obstetrícia, ele não fica mais.

- Doutora Jordana, eu não acho que seja o ideal...

- Eu não estou pedindo sua opinião – Jordana respondeu e não se importou em ter soado grosseira – Eu sou a chefe da ala obstétrica e sei o que é melhor para os meus pacientes e o Sung hee não é o melhor para assumir essa responsabilidade.

A recepcionista, sem graça, respondeu: – Tudo bem, eu vou passar o pedido para o chefe geral – informou e logo pegou o telefone discando o ramal do chefe do hospital.

Jordana assentiu e se virou, rumando para a ala pediátrica.

💜

Quando chegou lá, percebeu uma movimentação estranha dentro da sala e algumas vozes se sobressaírem.

- Mas o que é que está acontecendo aqui? – perguntou ao ver Mandy e Mason discutindo com uma mulher vestida formalmente enquanto era acompanhada por dois homens fardados com roupas de enfermeiros.

- Eles estão querendo levar o Saeng – Mason avisou.

- Ela é do conselho tutelar e os enfermeiros são do orfanato para onde vão levar o Saeng – Mandy respondeu também.

Aquelas frases foram capazes de desestabilizar a médica. Que logo, se aproximou e tomou a frente.

- Vocês não vão levar essa criança daqui – Jordana informou tentando manter a seriedade.

- Doutora Jordana, eu conheço o seu tipo e sei que você faz de tudo pelos seus pacientes, mas esconder uma criança que os pais abandonaram aqui no hospital é demais até pra você.

- Eu não escondi criança nenhuma! – Retrucou irritada – Eu estava cuidando do Saeng por que ele estava se recuperando de uma pneumonia, inclusive ainda não dei alta a ele por que ele não está saudável o suficiente.

A médica sabia que estava mentindo descaradamente, já que Saeng já tinha melhorada consideravelmente e se seus pais não o tivessem abandonado ele já teria todo alta.

Mas eles não podiam levar seu pequeno Saeng dali. Não sem ela lutar por ele.

- Eu tive acesso aos papéis da alta dele pelo chefe do hospital – a mulher informou e viu Jordana comprimir os lábios – Eu sei que ele já foi liberado. Só estava esperando que alguém viesse buscá-lo e como seus pais não vieram e nem dão as caras a muito tempo, é meu dever, pegar a tutela dessa criança e levar para o orfanato.

- Vocês não podem fazer isso! – a médica rebateu respirando fortemente.

- Me dê uma boa razão para isso – inquiriu a outra.

A médica fechou os olhos e contou mentalmente de 1 a 10. O que faria em seguida poderia dar um fim ao seu relacionamento com Mason.

- Por que eu entrei com o pedido de adoção do Saeng – Jordana argumentou e viu a surpresa e o choque no rosto de todos os presentes – Eu vou adotá-lo permanentemente.

A mulher pareceu analisar a médica por algum tempo.

- Isso é verdade doutora? – Mandy indagou surpresa, mas querendo sorrir.

- É verdade sim, Mandy – Jordana afirmou, mas seus olhos estavam em Mason que não deu uma palavra sequer após a médica ter contado o que pretendia, apenas olhava para ela esboçando uma única reação; surpresa.

- Você já tem a aprovação? – a mulher perguntou chamando a atenção dos outros.

- O quê?

- Você já tem a aprovação da justiça? – perguntou novamente irredutível.

- Ainda não, mas... – a doutora respondeu e viu a outra sorrir.

- Então ele ainda não é seu – rebateu a mulher anotando algo em sua prancheta – Rapazes, peguem a criança e vamos logo embora daqui.

Os dois enfermeiros que vieram com a mulher, foram em direção ao berço destinado a Saeng e um deles pegou o menino no colo antes que a médica pudesse fazer alguma coisa.

Jordana ainda tentou argumentar e brigar, mas nada adiantou. Saeng foi levado pelo conselho tutelar.

E só o que restou a médica a fazer foi começar a chorar novamente.

Mason tentou confortá-la, mas a médica o empurrou com raiva.

- Por que você não impediu de levarem ele? – Jordana perguntou, irritada.

- O que você queria que eu fizesse? – Retrucou Mason indignado – Brigasse com os dois caras?

- Se fizesse com que deixassem o Saeng aqui, sim! – ela rebateu e saiu da sala.

💜

Casa dos Jeon

- Por que você expulsou a Tzuyu daquele jeito? – Lisa indagou confusa ao marido – Ela estava dando informações importantes, Jungkook.

- Foi até certos pontos. O resto ela pode até estar inventando, Lis – Jungkook argumentou.

- Você não acredita no que ela disse? Sobre o Doyun querer me matar dessa vez?

- Não sei. Isso me parece muito fantasioso – Jungkook respondeu teorizando – Por que ele não continua com a ideia de ficar com você? Por que logo agora ele resolveu que tem raiva de você e que quer te matar? Isso pra mim não faz sentido.

- Pode ser, mas não podemos descartar essa hipótese – Lisa comentou – Agora eu entendo sua obsessão por nos manter seguros.

Jungkook assentiu.

- Que bom, amor – ele suspirou aliviado – Eu só quero o melhor pra você e pros nossos filhos – ele foi até a esposa e a abraçou pela cintura – Não sei o que faria se algo acontecesse a um de vocês.

- Eu sei, Jungoo – Lisa abraçou o marido pelo pescoço – Mas tem uma coisa que me deixou curiosa.

- O quê?

- De que cartas será que a Tzuyu estava falando? – Lisa inquiriu confusa – Ela disse que o Doyun tem me mandado cartas, mas... eu não vi nenhuma carta chegando pelo correio.

- A Tzuyu deve ter se confundido ou quem sabe mentido – Jungkook argumentou dando de ombros e se afastando da esposa – Não devemos acreditar em tudo o que a maluca da Tzuyu diz, amor.

- Você não recebeu nenhuma carta enquanto eu estive fora, recebeu? – Lisa indagou ao marido, achando estranho o seu comportamento.

- Claro que não, Lis – Jungkook respondeu rapidamente – Que pergunta. Eu não escondo nada de você.

- Hum – Lisa murmurou observando o marido de longe.

Ele parecia procurar algo dentro da gaveta do escritório então ela se aproximou dele e o fez parar de mexer na gaveta afastando sua mão de dentro do móvel.

- Jeon? – ela chamou e viu o marido olhar para ela – Você não está me escondendo nada, não é?

- Claro que não, Lisa – ele repetiu a mesma negação de minutos atrás – Só estou preocupado de que o Doyun possa tentar algo contra você ou com os nossos filhos. Apenas isso.

Lisa estudou o rosto do marido por alguns minutos e ao notar os olhos dele mais escuros que o normal e mais brilhantes também, percebeu que ele logo deixaria escapar algumas lágrimas.

Ela o abraçou novamente.

- Vai ficar tudo bem, Jungoo – Lisa prometeu – Nossa família está segura.

- Eu espero que você esteja certo, meu amor – ele sussurrou para si dando um beijo na testa da esposa.

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