Never Be The Same - Valu

By amandiiiinhaaa

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Você acredita no amor? Segundo os gregos, o amor é um sentimento dos seres imperfeitos, visto que o amor deve... More

Introdução
Capítulo 1
Capítulo 2
Capitulo 3
Capitulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Epílogo

Capítulo 23

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By amandiiiinhaaa

Olá!! Como estão?
Muitas emoções neste capítulo!! Não vou tecer muitos comentários...
Só digo uma coisa: se preparem!!
Não esqueçam de votar e comentar!!
Boa leitura!

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Luiza POV

Estava em minha sala, realizo o preenchimento de alguns balancetes de procuradorias, quando Carol entra esbaforida, carregando algumas pastas entre os braços. Minha irmã mais velha parece irritada e fervorosa, seu rosto está extremamente vermelho, tomado por uma expressão raivosa e séria. Espero que ocupe uma das cadeiras disponíveis, tente se acalmar, para que desta maneira consiga entender o que está havendo, afinal, Carol sempre foi a filha mais calma e sensata de nosso ciclo familiar.

- Aconteceu alguma coisa? – Meu tom de voz é baixo, quase imperceptível aos ouvidos. – Parece que está com algum problema...É algo relacionado com a empresa? Roger...?

Minha irmã deixa as pastas sob minha mesa, respira fundo e encara meu rosto com os mesmos olhos tons de chocolate, herança de nossa família materna.

- Meu relacionamento está ótimo, não se preocupe. O que está me deixando irritada é toda esta movimentação atípica dentro da empresa e, principalmente, a participação ativa de Alexandra neste controle. – Não posso negar que compreendo muito bem, os sentimentos de aversão com este processo. Confortável não era a palavra exata que nos definia. – Acredita que ela foi mencionar inverdades, logo no primeiro horário da manhã? Atenta aos passos de cada responsável por esta auditoria, o que considerei de extrema audácia.

- Alexandra sempre foi uma incógnita para mim, dentro desta empresa, nunca consegui decifrar os seus passos e ações. – Ressalto. – Lembro-me de quando ingressou e com era sua postura com todos os demais funcionários e diretoria. Era uma pessoa mais calma e ponderada, evitava entra em qualquer conflito, mas, tinha uma posição mais incisiva e oratória dentro do conselho. Depois de algum tempo, Alexandra tornou-se uma pessoa mais fria e sarcástica, exercendo pouco poder em nossas reuniões, aquietando-se em um casulo, o qual, só ela compreende o que lhe permeia. – Suspirei – Sobre sua aversão com minha presença, também é algo misterioso e, aparentemente, sem qualquer propósito concreto.

- Realmente, ela se apresentou como uma pessoa extremamente calada e comedida, ganhando espaço aos poucos, executando rapidamente um papel de liderança e intimidação. Só não compreendo este tipo de atitude repulsiva direcionada a minha figura, afinal, se analisarmos os princípios de embate com você, parece justificável...

Encaro Carol como se ostentasse inúmeras cabeças sob o pescoço. Como assim esse comportamento de Alexandra comigo é justificado?

- Por que diz isso? Existe algo que não sei? – Indago em dúvida, observando todas as suas ações e expressões.

- Você deve ter notado que, desde a chegada de Valentina na empresa, Alexandra lhe considerou uma pessoa altamente atraente. Ficou perceptível todos os olhares lançados e vontade de permanecer ao seu lado, como de fato ocorre neste instante. Por nutrir uma espécie de rivalidade feminina com você, conviver de forma mais próxima com sua namorada, também parece um prêmio para ser conquistado e uma rivalidade que precisa ser batida. Não acha interessante?

Minha irmã se levanta calmamente e começa a separar a documentação solicitada como necessária, permanecendo atenta com toda sua movimentação própria. Decido analisar as palavras de Carol e, realmente, depois que Valentina começou a trabalhar em nossa empresa, Alexandra direcionou todos os seus esforços para forçar uma convivência entre nós e ganhou um passaporte exclusivo para firmar sua presença ao lado de minha namorada.

- Queria entender o que estas mulheres têm com Valentina? – Desabafo, soltando uma lufada de ar, depois de arremessar a caneta sob a mesa. – Melhor...por que seria interessante esta aproximação de Alexandra?

- Quando você vai perceber que a Valentina é admirada por quase todas as mulheres que lhe conhecessem? – Questionou Carol, distraidamente, analisando algumas pastas sob a mesa e chamando minha atenção. – Ela é linda, Luiza. Sua namorada é estonteante e extremamente atraente, durante a adolescência todas nós tínhamos olhos apenas para sua figura, que parecia desfilar pelos corredores, cada vez que você caminhava. Agora, pensando em todos estes atributos e somado ao fato de toda herança e poder que seu sobrenome carrega, Valentina é um excelente partido para todas as mulheres disponíveis. – Minha irmã interrompe sua análise e encara-me diretamente com um sorriso presunçoso. – Alexandra é perigosa, irmã...guarde essa informação.

As palavras de Carolina ecoam em minha mente, pensando que neste exato momento, esta mulher poderia estar interferindo ou agindo de forma maléfica e proveitosa, em um momento crítico de nossa empresa e família. Em relação ao meu relacionamento, demorei anos para rever e entender meus sentimentos por Valentina, não seria esta mulher que ficaria no meu caminho, principalmente, quando imagino que possua alguma ligação com John na arquitetura deste ataque.

Decidi descontar toda minha energia e frustração no trabalho, Carol e eu, deveríamos procurar nos novos contratos, algumas informações padrão nos documentos, identificar este seguimento de preenchimento ajudaria na investigação sobre o local, o qual, o dinheiro roubado estava depositado. Desde que soubera sobre a atuação de Valentina e meu pai nesta perseguição ao meu ex-marido bandido, sinto como se algo grande e impactante estivesse se aproximando, um sentimento que parecia apertar o meu peito e comprimir meus sentidos. Não posso enfraquecer com uma simples hipótese que Alexandra gostaria de fincar suas garras na italiana, devo permanecer forte para defendê-la de tudo e todos, sem clemência. A cada papel entregue por Carol, era um suspiro meu que preenchia a sala, agradecendo por minhas aulas de meditação desde os dezoito anos.

- Posso entrar?

O som da conhecida voz, desperta-me dos pensamentos obsessivos e ciumentos, quando encaro a porta da sala e vejo a figura imponente de meu pai. Movimento a cabeça positivamente e ele adentra o espaço, caminhando em frente a mesa de trabalho, ocupado por vários e vários papéis. Ele verifica-os superficialmente, assim como meu caderno de anotações, parecia verificar os dados pertinentes.

- Encontraram algo? – Questionou suavemente.

- Não. – Respondeu, Carol. – Luiza teve a ideia de procurarmos por um padrão desconhecido de negociação nestes contratos, o que considero uma estratégia vaga e bem demorada. – Será que ela estava certa? Devo ter seguido por uma trilha errada de pesquisa? Sou uma idiota.

- Na verdade, considero um bom plano... – Disse meu pai, encarando-nos inabalado, sem nenhum traço de dúvida. – Mapear os passos do inimigo, mesmo que seja um suposto padrão é considerado ponto de partida. João e Maria conseguiram ajuda ao espalharem migalhas de pão na estrada, ou seja, qualquer crime deixa digitais. Correto?

Ambas assentimos em sua direção. Todos os desafios, processos e vitórias, construíram o caráter de meu pai, sua integridade era inabalável e metáforas famosas em nosso convívio familiar, foi a estratégia encontrada para nos ensinar desde pequenas, os verdadeiros valores e preceitos sobre a vida.

- Carol...Poderia verificar como estão os preparativos para o almoço da equipe de auditoria, por favor? – Solicitou – Preciso conversar com sua irmã e não confio em outra pessoa para esta atividade.

- Tem certeza? Posso aproveitar e adiantar estes documentos para Luiza ficar mais tranquila...

- Não se preocupe. Não será uma conversa importante ou demorada...pode me ajudar?

- Claro, pai. – Suspirou e deixou de maneira organizada, todas as pastas em uma pequena mesa disposta no ambiente. – Logo volto e lhe ajudo, Lu.

- Sem problema, Ca... Obrigada. – Agradeci.

Minha irmã deixou a sala silenciosamente, propiciando este momento de encontro e conversa entre pai e filha, sem que meu cérebro imaginasse o conteúdo deste papo. O homem agarrou um porta-retrato específico em suas mãos, nele, havia uma foto de Léo quando tinha apenas meses de vida. Era perceptível o sorriso que se formou em seus lábios ao encarar a imagem do neto, ele sempre fora apaixonado pelo pequeno e dizia trabalhar ainda arduamente para garantir todos os seus mimos ao longo dos anos. Após o término de sua inspeção, seguiu para o próximo porta-retrato, agora, sorrindo para a imagem de nossa família em um instante de minha infância. Na imagem, estavam: meus pais sentados no fofo sofá com, Carol sentada ao seu lado direito, Sofia no colo da mamãe e eu, sentada ao lado de ambas, todos com um sorriso no rosto.

- Quando vejo nossa foto, um sentimento de nostalgia e saudade, invade o meu peito como se desejasse que vocês voltassem ao tempo de criança. – Sorriu. – Sofia se destacava por sua personalidade criativa e autônoma; Carol tentava manter uma postura mais responsável e cuidadosa com as irmãs, deixando exposta sua doçura e carinho; já com você, tudo foi diferente. Minha pequena Luiza era destemida, falante e questionadora, não se deixava intimidar por ninguém e lutava com unhas e dentes para defender aquilo que acreditava. – Suspeito ter visto uma pequena lágrima se formar em seus olhos.

- Deve me achar uma adulta idiota, que não se parece nenhum pouco, com essa pequena e forte criança. – Muita coisa havia mudado e após ouvir suas observações, começo a refletir sobre o local onde guardara estas qualidades. – Deixei-me enganar por homem que me machucava fisicamente e psicologicamente, o qual, renegou seu filho e causou um estrago em nossas famílias. Uma mulher sem voz e força.

- Está engada, filha. – O porta-retrato com a foto do meu filho foi estendida em minha direção e agarrei o objeto prontamente, observando as feições do meu bebê. – Estou nesta sala, não para saber se está abalada e precisa de colo...Estou aqui, porque o que irá acontecer nos próximos minutos, horas, dias ou semanas, deverá ser explicado para esta criança. – Permaneci encarando a imagem em minhas mãos. – Nossa família irá sofrer consequências, impactos e decepções, por esta razão, venho lembrá-la da sua força e sagacidade. Não questione se suas ações ou medidas são nulas, como deve ter pensado diante do comentário da sua irmã anteriormente... – Como ele sabe? – Algum dia, será você a responsável por me representar nesta empresa, sentar naquela cadeira, lutar e construir para felicidade do seu pequeno.

- Por que está dizendo isso? – Questionei sem graça, temerosa e nervosa. – O senhor ficará um bom tempo no comando desta empresa e, naturalmente, Carol como primogênita e apaixonada por este lugar, algum dia irá assumir esta posição.

- Não vivemos uma monarquia, Luiza. Aqui, prezamos pela meritocracia e trabalho. – Sorriu – Sobre sua irmã, concordo, esta dedicação com o trabalho é louvável, mas, esta paixão descabida e quase possessiva, pode lhe atrapalhar e prejudicar sua sanidade.

- Pai? – Seus olhos se direcionaram imediatamente para o meu rosto. – Acredita que a pessoa cumplice de John, pode ser perigosa e atentar contra nossas vidas?

Sei que pode parecer uma pergunta tola e idiota, que talvez a situação seja altamente clara e objetiva aos meus olhos, mas, precisava ter a confirmação de alguém de extrema importância em minha vida. Valentina nunca irá esclarecer plenamente o nível de periculosidade que carrega sob os ombros ou sobre o alvo que possa estar estampado em sua testa.

- Honestamente? – Assinto positivamente com a cabeça. – Qualquer pessoa que esteja ao lado daquele crápula e ainda tenha a coragem de frequentar esta empresa, não deve carregar os precedentes e qualidades de calmaria, bondade e justiça. Por esta razão, todos devemos permanecer atentos as movimentações e nos preocuparmos até com as paredes. – Meu pai se levantou da cadeira, caminhou até minha figura e depositou um beijo em minha cabeça. – Continue seguindo os seus extintos, filha...Mesmo que pareça pequeno seu gesto, está acompanhando seu raciocínio e coração. Observar nas estrelinhas, fará total diferença.

Acompanhei seu andar até a porta de minha sala, colocar a mão direita no puxador e preparar-se para deixar o ambiente com sua postura séria e impactante. O que poucos sabiam era que, por trás deste advogado e empresário competente e líder, estava o pai amoroso e sábio, o qual, amava profundamente.

- Acredita que o avô de Valentina disse uma frase bem semelhante para nós? – Comentei, antes de executar seu processo de saída.

- Com quem acha que aprendi? – Piscou. – Eu te amo, filha.

- Também te amo, pai.

Juntos, vamos nos livrar deste pesadelo.

.......................

Minha cabeça latejava em dores fortes combinado ao corpo que reclamava de cansaço, havia ficado um grande período conferindo toda a documentação, Carol precisou se encontrar com um cliente e demonstrar para todos que as atividades continuavam nesta empresa. Nenhuma das pastas parecia revelar aquilo que buscava e desejava, os poucos documentos que encontrei, manipulados por John, estavam ainda mais estranhos em comparação ao resgato por Valentina naquele encontro no bar. O que deixa tudo ainda mais estranho e bem camuflado. A pessoa que pensou nestes detalhes nos conhece muito bem e tem acesso livre em todas as documentações individuais dos funcionários e membros do conselho administrativo. Será que Alexandra desenvolveu todo este poder debaixo dos nossos olhos?

Guardo estas pastas em meu armário pessoal dentro de minha sala, amanhã arrumaria um tempo para devolvê-los ao setor de arquivos, já aquelas separadas por minha irmã, largadas sob outra mesa disposta, decidi levar para casa e analisá-la mais uma vez. Organizo a pilha próxima aos meus pertences pessoais e decido convidar Valentina para um almoço e assim, dispersar esta névoa de pensamentos pesados e corriqueiros. Quando chego diante da porta de sua sala, consigo ouvir algumas conversas, mesmo que imperceptíveis e logo, reconheço as donas destas vozes. Realizo o movimento de abrir a porta e me deparo com uma situação que já apertava o meu coração.

Valentina estava sentada em sua cadeira e ao seu lado em pé, estava Alexandra com a mão esquerda espalmada sob a mesa e a direita sob o ombro da minha namorada, ambas estavam concentradas em algo e discursavam palavras no baixo tom. As duas não haviam notado minha presença, o que me permitiu aproximar lentamente e tentar acalmar as batidas intensas do meu coração e o ódio implacável que parecia aquecer-me por dentro.

- Atrapalho?

As duas levaram um leve susto ao se depararem com minha presença e voz, fazendo com que automaticamente, Alexandra se afastasse de Valentina e assumisse uma posição mais afastada e comedida.

- Não se preocupe, Luiza... – Sua voz destilava deboche e provocação. – Estava apenas repassando algumas informações com Valentina sobre o processo de auditoria. – Alexandra buscou alguns papéis e caderno, dirigindo-se até a saída, não sem antes deixar sua dose de veneno. – Fique tranquila, não arranquei nenhum pedaço da chefinha de olhos verdes...Ainda.

Esperei o barulho da porta desaparecer para aproximar-me de Valentina e começar a desferir alguns tapas em sua direção, todos contidos e interrompidos, por seus movimentos hábeis e rápidos. Quando menos esperei e suspeitei, minha namorada segurou meus pulsos e puxou-me pela cintura, colando nossos corpos e promovendo o confronto entre o castanho e o verde, este último, mostrando-se inabalável.

- O que estava fazendo com Alexandra, Valentina? – Talvez, meu tom de voz tenha subido alguns decimais, ficando um pouco estridente. – Chego na sua sala e encontro aquela maluca atirada próxima do seu corpo, tocando seu ombro e as duas conversando perigosamente. – Desabafei – Não percebeu que ela estava deixando o decote amostra para você?

- Não, Lu...Não percebi. – A voz de Valentina era bem diferente da minha, assumia um tom mais comedido e pacifico, o que me deixava ainda mais irritada. – Porque a Alexandra não me interessa. O que realmente me importa é o trabalho que ela executa dentro desta empresa.

- Mas ela parece bastante interessada em você...

- Isso é um problema dela e caso seja verdade, nunca deixei qualquer abertura para este tipo de abordagem e, sempre mantivemos uma relação cordial e profissional. – Minha namorada se aproximou e deixou um selinho rápido em meus lábios, provocando um intenso formigamento por todo meu corpo. – A única mulher que me interessa, bagunça os meus sentidos e provoca palpitações em meu coração é você...sempre foi e será você...

Se aquela desgraçada acha que pode colocar as garras na minha mulher, está enganada e vou deixar claro que ela me pertence. Me solto dos braços de Valentina e diante de sua porta, aciono a fechadura, observando seu rosto em confusão e surpresa. Caminho até seu corpo e seguro em um dos passadores de sua calça, puxando-a até o seu sofá e atirando-a sob a cama macia e fofa deste móvel. Em uma atitude impensada e motivado por altas cargas de adrenalina, fico sentada sob o seu quadril e começo desabotoar sua camisa social branca, observando as primeiras pintinhas surgirem em seu dorso. Meu movimento só é interrompido quando sinto suas mãos agarrarem meus pulsos, fazendo encará-la em surpresa e desafio.

- Amor... – Sussurrou e percebi que desviava o olhar para os meus lábios. – Não...Queria fazer algo especial para você...para nós...

Deixei um sorriso maroto se formar em meus lábios e movida por uma ação extremamente rápida, estourei todos os demais botões de sua camisa, depositando um beijo sob seu colo e depois em seus lábios, ouvindo-a soltar todo o ar que segurava em seus pulmões.

- Não importa o local...Se há velas, vinho, jantar ou simplesmente um local para deitarmos, já se torna especial por estarmos juntas. – Arrasto meus lábios sob seu queixo e mordo sua pele levemente. – Sou completamente sua...Seja apenas minha...

Depois de segundos que pareceram a própria eternidade, Valentina me presenteia com um beijo repleto de luxúria, este, diferente de todos aqueles que trocamos juntas. Sentia sua língua adentrar a minha boca de forma incisiva, mas, explorava de uma maneira ainda mais sensual e dominadora. Suas mãos se apoderaram de minha cintura, apertando-a fortemente, a qual, tenho a certeza que deixaria marcas de sua posse. Meu vestido foi sendo movido aos poucos, até transpassá-los por cima de minha cabeça, atirado ao chão com fúria e agilidade. Minha namorada inverteu nossas posições e ficou sob o meu corpo, conhecendo cada parte do meu corpo com seus lábios, dedicando a devida atenção ao meu pescoço, colo e abdômen, aproveitando-se de minhas costas arqueadas para remover o sutiã que usava, deixando-me nua da cintura para cima. O desejo estava refletivo em seus olhos.

- Não sabe o quanto precisei me controlar perto de você, assim que lhe reencontrei... – Valentina foi se despindo aos poucos. O corpo desta mulher é perfeito em todos os seus detalhes, desde sua barriga chapada até suas pintinhas que pareciam formar o desenho de constelações em sua pele. Será maravilhoso deixar minha marca de posse na mulher que considero como minha. – Me mantive respeitosa, em razão do seu casamento, mas, quando sozinha em casa, aplacava toda minha vontade de possuí-la a cada toque ao sussurrar seu nome. – Seus dedos se engancharam na borda de minha calcinha, até retirá-la completamente do meu corpo, ficando ajoelhada diante de minha intimidade e soltando um pequeno sopro, arrepiando meu corpo por inteiro. – Já que a senhorita...Não desejou esperar por uma noite romântica, o mínimo que posso fazer é transformar este momento, em algo inesquecível. Concorda?

Só tenho tempo de assentir inebriada de tesão. Valentina deixa uma lambida sob minha intimidade encharcada, fazendo com que me retorcesse em agonia e prazer, sentindo as primeiras gotas de suor impregnar a pele. Aquela boca deliciosa entrou em ação, todo meu corpo se agitava em espasmos, sussurrando seu nome baixinho e com a mão direita agarrando seus cabelos e forçando cada vez mais seus lábios até os meus lábios molhados inferiores; Valentina às vezes mordiscava a pele interna de minhas coxas, ação luxuriosa como esta que, provavelmente, irá estampar marcas nesta região. Essa mulher conseguia me enlouquecer, fazendo-me atingir um orgasmo intenso e maravilhoso.

- Você é maravilhosa...Um gosto maravilhoso. – Minha namorada limpou todo o líquido de minha intimidade com sua língua, depois, arrastou-a até o vale dos meus seios, deixando um beijo em seu centro, finalizando o ato em minha boca. Os seus dedos escorregaram até minha buceta e seu corpo, foi posto sob o meu. – Mas, acho que foi pouco...precisamos de muito mais...Muito mais prazer.

Privando-me de qualquer aviso, os dedos de Valentina me invadiram com força e profundidade, atingindo meu ponto de prazer, fazendo com que meus olhos se revirassem em frenesi. Quando soltei um alto gemido, os lábios de minha namorada cobriram minha boca, aumentando a velocidade de suas estocadas, permitindo que apenas o som dos seus dedos me tocando, tornar-se a música ambiente de nossa paixão. Em um movimento rápido, enquanto mordia seu ombro em êxtase, Valentina me coloca de bruços, destilando um tapa forte em minha bunda, aumentando ainda mais a rapidez de suas estocadas. Essa mulher vai me matar de prazer.

- Va-valen...tina... – Era impossível elaborar qualquer frase, quando o único som que desejava sair de minha boca, eram gemidos intermináveis. – Qua-quase...

- Goza, rainha... – Mais um tapa foi desferido e na sequência, sinto uma mordida sendo depositada. – Goza para mim...goza... – Sua língua começou a sugar o líquido que escorria por toda minha buceta e pernas. – Você é MINHA.

Após mais algumas estocadas, sinto meu orgasmo chegar de forma violenta, presenteando-a com meu mais forte ápice. Não havia qualquer dúvida, fomos feitas para ficarmos juntas eternamente. Em posse de uma força sobrenatural, consigo agarrar seu corpo e colocá-la deitada sob o sofá de couro marrom, que já estava molhado com a fricção de nossos corpos. Fico sob seu quadril e início meus beijos por todo seu corpo, ouvindo seus suspiros e transferindo atenção também aos seus seios e colo. Começo a movimentar-me em cima de sua intimidade, unindo nossos fluidos e ritmando nossos prazeres, juntas, aproveitando cada gemido em conjunto e corações palpitantes. Com minhas unhas, arrasto por seu corpo até chegar ao maxilar, mordendo-o levemente e lentamente, também marcando-a com sede de paixão.

- Eu...eu...eu te amo... – Mordi seus lábios – É bom avisar todas as vadias, que você me pertence...agora, de corpo e alma, entendido? – Ela assente e desfiro um tapa leve em seu rosto – Outra coisa...comece a acumular energias... – Estávamos próximas – Depois desta data, nossa cama será meu lugar favorito...

- Acredite...Será o meu lugar favorito nesta terra...

Junto de um beijo, explodimos em prazer e amor...muito amor.

...........................................

Valentina POV

Hoje, vivi uma experiência única e transcendente. Amar Luiza seria sempre um presente enviado dos céus, sentir seu corpo junto ao meu, entregando todo seu carinho, amor e prazer, era algo indescritível, irei guardar estas imagens eternamente em minha mente, alma e coração. O que uma crise de ciúme infundável não causa, não é? Enquanto terminávamos de nos vestir e organizar a sala, espirrando até mesmo meu perfume pelo ambiente, desejando eliminar qualquer cheiro ou resquício, gargalhava ouvindo as reclamações de Luiza sobre minha interação com Alexandra, nestas horas se transformava em uma leoa.

- Não quero você perto dela, Valentina... – Exclamou no seu tom fofo e raivoso. – Parece que ela anda fiscalizando seus passos...Não consegue desgrudar da sua presença.

- Lu...Deixe de ciúme bobo. Minha relação com Alexandra é apenas de trabalho, não precisa se preocupar. – Caminhei até minha mesa, retirei o objeto do meu bolso, a qual, havia recebido e fico diante do seu corpo. – Acredite, ela é uma excelente profissional e contribuiu com a auditoria.

- Sei...O que ela poderia contribuir? – Questionou, cruzando seus braços em frente ao dorso.

- Ela estava me apresentando alguns rascunhos que realizou durante a auditoria e, estes escritos, fizeram muito sentido com os balancetes apresentados na reunião. Sinal que estava atenta aos processos solicitados pela empresa.

- Você é muito boazinha, baby...Crie malícia, aquela mulher é rasteira e, aparentemente, me odeia por alguma razão desconhecida.

Me aproximo, enlaço sua cintura e deixo um beijo nos seus lábios.

- Fique tranquila, amor...Prometo ficar atenta. – Deposito mais um selinho em sua boca. – Que tal irmos até a doceria próxima? Nossa atividade exigiu muita força e movimento, deixando-me com fome...

- Safada...

Juntas, adentramos o elevador, após avisar a secretaria que nos ausentaríamos por alguns minutos, precisávamos deste tempinho. Segurar a mão de Luiza e caminhar com ela ao meu lado era um sonho, meu "eu" adolescente se sentiria orgulhosa por saber que conquistei a mulher da minha vida e, que ao seu lado, já criava planos concretos para nossa família. Apesar de toda a confusão dentro dos domínios empresariais de nossas famílias, estava vivendo o auge da felicidade ao seu lado e toda a infinitude do amor.

- Eu te amo. – Luiza se declarou encarando meus olhos verdes.

- Eu tam...

Nesse exato instante, sinto uma ardência em meu ombro, aliada de forte dor, levando imediatamente a mão direita em meu ombro esquerdo. Consigo notar um líquido espesso e vermelho deixando o lugar, ouvindo o grito de Luiza ao meu lado, como um pequeno zumbido. Logo uma roda de pessoas se forma ao nosso redor e ao longe, avisto um carro parado com uma silhueta conhecida ocupando a direção. Como imaginava, ele estava disposto a tudo.

...................................

John POV

Finalmente consegui acertar aquela desgraçada, mesmo que em forma de aviso, ainda não letal como desejava. Óbvio que já estou sendo caçado como um animal feroz, estão apenas esperando o momento certo de enviar-me ao inferno, então, decidi apresentar meu cartão de visitas. Derramo alguns goles de uísque em minha boca, rasgando minha garganta com sua força, logo, escuto o toque familiar e extremamente presente.

- Oi, querida... – Saudei em deboche – Acredito que já esteja sabendo o que ocorreu...gostou?

- Você é um idiota! Por que fez este movimento? Mesmo lhe contando que perdi uma importante pista, tenho certeza que tomaria o controle novamente!

- Não me culpe por sua imbecilidade, meu amor... – Joguei minha pistola sob o colchão. – Apenas quis assustar e conceder tempo para que resolva a merda que fez.

- Conversei com ela hoje...tentando entender o que estava acontecendo. Fiz meu trabalho corretamente com a equipe de auditoria e consegui um álibi...creio. – Suspirou – Não queria pular algumas etapas, mas, como estamos sem tempo e com a corda no pescoço, vou atraí-la para um ponto de encontro e lá, você executa seu amado jogo sádico. Quando sua vida se findar, as famílias ficarão arrasadas e não haverá forças para seguir em frente...Conquistaremos o que é nosso.

- Estarei à disposição...Pronto para banhar minhas mãos com o sangue daquela desgraçada.

...............................

Eita!!!

O negócio está ficando complicado e chegando com artilharia pesada!

Chegando na reta final...tudo pode acontecer...
O que acharam do capítulo? Palpites?
Não se esqueçam de votar e comentar muito!!

Até a próxima!

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