Fury leu o papel e respirou fundo. Agora ele sabia que tinha um grande problema em mãos.
— Vou arrumar o quarto de hóspedes pra você - disse fazendo sinal com a mão para que Reymond o seguisse
Eles caminharam até o escritório onde Nick tirou um livro da estante, digitou a senha em um painel eletrônico ao fundo e aquela estante de repente se abriu revelando uma sala branca não muito grande com alguns objetos no chão e um pequeno armário no canto
— Que lugar é esse? - perguntou após a porta se fechar
— Meu pequeno cofre - respondeu retirando uma caixa de dentro do armário - Tem isolamento acústico aqui, não se preocupe
— Tenho fontes confiáveis lá dentro que me disseram que eles estão se aproximando, já sabem que minha morte foi forjada, é questão de tempo até que me achem - falou, o homem realmente parecia apavorado
— Suas novas identidades - entregou três passaportes para o homem que se mantinha surpreso - Pra você, sua mulher e seu filho, felizmente eu sou precavido com esse tipo de situação. Não deixem que percebam que você sabe, continue sua vida normalmente, estaremos te vigiando e no momento certo te tiraremos de lá
***
— A noite pelo visto foi boa - Clint comentou ao esbarrar com a amiga na agência
— Achei que ainda estivesse dormindo - disse lhe jogando a chave do carro - Obrigada - sorriu caminhando com o homem até o refeitório
Ainda não era nem seis da manhã, a maioria dos agentes ainda estavam dormindo e os outros funcionários começavam a chegar.
— Quem é? - o moreno perguntou enquanto procurava algo pra comer
— Quem é o que? - questionou se sentando em uma das cadeiras
— O motivo desse sorriso bobo aí - respondeu se sentando ao lado dela
— A Maria - falou e novamente o sorriso se fez presente em seus lábios
Clint quase engasgou com a maçã que comia.
— Maria Hill? - perguntou com os olhos arregalados e Natasha assentiu - Você só pode tá ficando maluca
— Deixa de ser implicante - a ruiva revirou os olhos
— Não estou sendo implicante, só estou surpreso, não sabia que a satã tem coração - falou e recebeu um tapa da ruiva - Ai
— Não a chame assim - o repreendeu - Ela é uma mulher incrível - suspirou se lembrando da noite anterior
— Eca, você tá mesmo apaixonada - disse rindo da amiga - Quem diria, a Viúva Negra tá apaixonada pela satã
Natasha ia responder mas desistiu ao sentir o celular vibrar em seu bolso. Era Fury pedindo que ela fosse o mais rápido possível até sua sala.
— O que é tão urgente que eu não pude nem tomar café primeiro? - Romanoff perguntou entrando na sala do diretor
— Preciso que cheque esse endereço pra mim
— Só isso? - a ruiva revirou os olhos - Porque não mandou um recruta fazer?
— Porque é extra oficial, não é para contar nem para a Vice diretora Hill - a ruiva arqueou uma sobrancelha - Ela saberá na hora certa - disse lhe entregando uma câmera - Faça fotos da propriedade e dos arredores
— Posso tomar meu café primeiro?
— Compra um e toma no caminho - falou empurrando a agente pra fora da sala - Preciso desse feedback pra ontem
Natasha revirou os olhos e saiu em direção a garagem. Pegou um dos carros da agência e seguiu até o endereço anotado no papel que recebeu. A princípio ela estranhou e pensou estar no lugar errado, mas checou novamente o papel e confirmou estar no lugar certo. Era uma casa residencial, dois andares, bonita com muros altos e câmeras de vigilância. Era uma construção recente então deduziu que ninguém havia morado alí. Tirou algumas fotos como Fury pediu e analisou o local de fora, era seguro. O bairro também era calmo e possuía uma boa vizinhança, ótimo pra uma missão de disfarce.
O local ficava fora da cidade de Nova Iorque, então quando ela voltou pra agência já estava anoitecendo.
— Oi - Natasha sorriu ao entrar no escritório de Maria
— Você realmente não aprende a bater na porta, né? - a morena falou, seu tom de voz era ameno, ela já havia desistido a muito tempo de tentar fazer Romanoff aprender bons modos
— Eu sei bater na porta, olha - a ruiva saiu fechando a porta e em seguida deu três batidas, Maria revirou os olhos e a mandou entrar - Viu?
— Tá engraçadinha hoje - Hill se levantou e se aproximou da ruiva lhe dando um selinho, o sorriso de Natasha cresceu de orelha a orelha - Onde esteve? Te procurei para apresentar os dados da sua próxima missão mas me falaram que tinha saído
— Fui resolver uma coisa pro Fury - disse se sentando no sofá do escritório e Maria apenas assentiu em concordância - Planos pra essa noite, comandante?
— Na verdade sim, tava pensando em convidar uma certa ruiva bonita pra ir lá em casa outra vez - disse guardando alguns documentos em uma pasta
— Eu adoraria - falou cruzando as pernas em cima do sofá
— E como sabe que estou falando de você?
— Porque eu sou a única ruiva bonita que você conhece - sorriu convencida
— Sua autoestima precisa ser estudada, Romanoff - riu - Vou sair daqui às oito, se se atrasar te deixo pra trás
— Você sabe que eu sei onde você mora, né?
— Eu sei, você hackeou o sistema pra descobrir e eu ainda tive que te encobrir depois
— Em minha defesa, eu só fiz isso porque tava preocupada com você - disse e viu a morena sorrir - E eu nem deixei rastros, você que é perfeccionista demais e quis ter certeza que ninguém descobriria que eu invadi o sistema
— Eu não sou perfeccionista
— É sim - Natasha afirmou rindo e Maria revirou os olhos
***
— Pizza ou comida japonesa? - Maria perguntou entrando com Natasha em seu apartamento
— Pizza - afirmou com convicção
— Toma, faz o pedido enquanto eu vou tomar banho - pegou o telefone em cima da estante e lhe entregou
— Qual sabor? - perguntou enquanto procurava o número da pizzaria na agenda do aparelho
— O que achar melhor - disse caminhando até seu quarto
Vinte minutos depois, Maria saiu do banho e foi só ela colocar os pés na sala que o Sr Luís interfonou avisando que o entregador estava esperando lá em baixo.
Se fosse combinado, jamais teria dado certo - Natasha pensou antes de descer para pegar as pizzas
Alguns minutos depois ela retornou com duas caixas, calabresa e mussarela com frango que logo foram devoradas pelas duas.
— Qual a da vez? - Natasha fez uma careta quando se sentou ao lado de Maria no sofá e percebeu o que ela havia escolhido
— Full House - disse puxando a ruiva para mais perto
Desde que se aproximaram alguns meses atrás, Natasha costumava ir na casa de Maria, e elas repetiam a noite de filmes e besteiras sempre que podiam. Haviam se tornado boas amigas antes de Romanoff finalmente tomar coragem para chamá-la para sair em um encontro romântico.
E nessas pequenas reuniões, Natasha descobriu o vício de Maria em sitcoms e desenhos animados.
Maria fazia um carinho no cabelo de Natasha enquanto tentava prestar a atenção no programa que passava na tv. Mas ela estava começando a se incomodar, para quem costuma falar o tempo inteiro, a ruiva estava quieta demais.
— Nat? - chamou e ela se virou ficando de frente para Maria - Você tá bem? - perguntou e a viu franzir o cenho
— Sim, porque? - respondeu estranhando o questionamento repentino
— Você tá quieta demais, no que anda pensando? - questionou e viu a ruiva suspirar
— No que o Fury me pediu pra fazer hoje - apertou os olhos lembrando das ordens expressas de Fury sobre ela não contar a Maria ainda
— Quer conversar sobre?
Natasha até queria, mas sabia que não podia dizer nada. Aquela tarefa simples que normalmente é feita por qualquer agente júnior, estava lhe encucando. Porque Fury pediu que ela checasse o local? Era tão importante e secreto assim?
— Não é nada demais, só fiquei pensando que foi muito simples, mas o Nick sabe o que faz, não se preocupe - sorriu fraco e a beijou
Os vários selinhos e carícias se transformaram em um beijo mais longo, que logo foi aprofundado pela morena.
— Vamos... - quando o ar se fez necessário e elas interromperam o beijo, Maria arfou sentindo as mordiscadas e beijos molhados que a ruiva deixava em seu pescoço - Vamos pro quarto - completou extasiada
Elas se levantaram ainda entre beijos, foram trombando em quase todos os móveis pelo caminho até o quarto.
Maria empurrou Natasha para que ela se sentasse na beira da cama, retirou sua roupa lentamente na frente dela enquanto a ruiva aproveitava cada segundo admirando o belo corpo da mulher a sua frente. Quando vestia apenas uma lingerie preta, Hill se sentou no colo de Natasha e a olhou no fundo de seus olhos antes de beija-la novamente. Ela pode jurar ver um vislumbre de sorriso vindo de Romanoff antes de seus lábios se encontrarem.
Seu olhar era carregado de luxúria, desejo e tesão.
As mãos de Romanoff percorriam todo o corpo de Maria, enquanto a morena segurava seu rosto durante o beijo. Quando as mãos da ruiva começaram a massagear seus seios, Hill gemeu baixinho em seu ouvido, o que fez Natasha ficar ainda mais louca de tesão.
A espiã se levantou rapidamente com a mulher ainda seu colo e a colocou deitada na cama. Entrelaçou suas mãos as delas acima de sua cabeça enquanto revezava entre beija-la e chupar seus seios. Maria ansiava por mais toques e contatos e parecendo adivinhar os pensamentos da mulher, Natasha começou a descer os beijos deixando uma trilha deles por todo o corpo da morena até finalmente chegar em sua intimidade.
A ruiva deixava alguns beijos e leves mordidas no interior de sua coxa enquanto circulava lentamente seu clitóris.
Ela está disposta a me torturar - Maria pensou
— Natasha... Por favor - praticamente suplicou, seu corpo fervia e ansiava por mais
A ruiva lhe lançou um sorriso cafajeste e convencido, ela estava conseguindo o que queria. E então finalmente a chupou sugando seu clitóris como se sua vida dependesse disso. Cada gemido de Maria era como um gás para Natasha e sem avisar ela retirou sua língua e introduziu dois dedos na morena.
— Porra... - gemeu apertando os lençóis
Aquilo era como música para os ouvidos de Natasha. Enquanto fazia um vai e vem perfeito com os dedos, ela sugava o clitóris da morena e se deliciava ao vê-la maltratar os lençóis.
— Assim... N-não para - sua voz saía arrastada, Maria estava chegando ao ápice e Natasha fez questão de aumentar a velocidade dos movimentos
Quando Maria explodiu de prazer em seus dedos, a ruiva os retirou com calma e os lambeu sem pressa enquanto mantinha seu olhar preso ao da morena. Hill respirou fundo tentando se recompor e então puxou Natasha para cima de si novamente.
Ela a beijou ferozmente e em um movimento rápido, inverteu suas posições.
— Agora é a minha vez - disse vendo a ruiva lhe olhar com um pequeno sorriso
Aquela noite seria longa...
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Eita, eita meus amores 👀
Me deixem saber o que acharam. Ainda tô aprendendo a escrever hot, então caso tenham algumas dicas e ideias, críticas construtivas são sempre bem vindas.
Até o próximo capítulo!