28 - Oi, Tina!

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Era pouco mais de quatro da tarde quando a campainha tocou, Natasha se levantou a contra gosto do sofá e foi atender. Era um domingo frio, Peter havia acabado de pegar no sono após tomar seu remédio, ele estava doentinho a alguns dias. As mães já haviam o levado ao médico, mas nenhum remédio receitado parecia funcionar. Elas então concluíram que isso poderia ser por causa da nova habilidade do filho que descobriram à algumas semanas.

Antes de abrir a porta, Natasha olhou pelo olho mágico para saber quem era. Do outro lado, uma mulher alta, de pele quase tão clara que Natasha pensou ser albina, e os cabelos negros esperava para ser atendida.

— Olá — a mulher sorriu fraco quando a ruiva abriu a porta — Maria Hill está?

Natasha olhou a mulher de cima a baixo. Bem vestida, parecia importante. A julgar pela primeira impressão, parecia uma advogada ou talvez uma executiva. A ruiva também percebeu sua expressão preocupada e o medo em seus olhos quando um carro parou do outro lado da rua e ela olhou rapidamente para ver quem saía de lá, pareceu aliviada ao ver que era apenas alguns jovens bêbados.

— Quem gostaria?

— Emily Porter

Natasha reconheceu o nome imediatamente. Ela queria bater a porta na cara da mulher, mas Porter parecia assustada demais e com bastante frio apesar de estar agasalhada.

— A Maria acabou de entrar no banho, quer esperar?

— Sim — se apressou em responder — Obrigada!

Natasha abriu mais a porta e deu espaço para que a mulher entrasse.

— Fique à vontade — Romanoff forçou um sorriso e se sentou no sofá onde estava antes

Emily sentou no outro sofá menor. O silêncio que perdurava entre elas a alguns minutos já estava ficando constrangedor. Nenhuma das duas sabia o que dizer, até que Emily, depois de observar Natasha um pouco, decidiu falar:

— Eu te conheço... - comentou quebrando o silêncio, ela parecia tentar se lembrar de onde conhecia a ruiva — Natasha Romanoff, estou certa? — perguntou e Romanoff apenas assentiu — Eu sabia, te vi nos jornais várias vezes junto com os outros vingadores. A propósito, obrigada por salvar o mundo daquelas coisas. Alienígenas, quem poderia acreditar que eles existem...

Antes que Natasha pudesse responder algo, Peter desceu as escadas choramingando.

— Mamãe — ele a chamou, a ruiva foi logo de encontro ao garoto e o pegou no colo —Tá doendo — Peter se encolheu no colo dela

Ela se sentou com o filho no sofá e encostou o dorso de sua mão na testa dele para checar se a febre havia passado, infelizmente não havia.

— Oh meu amor, vai passar — Natasha suspirou fazendo um carinho no cabelo dele, ver o filho tão abatido lhe partia o coração — O que acha de fazermos um chocolate quente? — sugeriu tentando animar o menino

— Com quatro marshmallows? — ele perguntou com os olhinhos brilhantes

— Com quatro marshmallows! — a ruiva respondeu com um sorriso

Natasha percebeu que Emily assistia a cena surpresa, também parecia curiosa. Então Maria havia se casado com uma super heroína e tinha um filho.

— Desculpe, eu nem perguntei se aceita algo... — Natasha falou

— Ah, não se preocupe, estou bem. Obrigada! — Emily lhe direcionou um sorriso sem mostrar os dentes

Natasha assentiu e seguiu até a cozinha com o filho. O colocou sentado em um dos bancos altos da ilha da cozinha e começou a preparar o chocolate quente para ele. Alguns minutos depois, Maria desceu as escadas enquanto secava o cabelo com uma toalha.

Segunda Chance | BlackHillWhere stories live. Discover now