12 - Órfão

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As agentes voltaram para a sede da Shield com o pequeno Peter a tira colo.

- A missão falhou - Maria disse ao entrar no escritório de Fury, o diretor estava com a cabeça tombada para trás e o corpo levemente escorregado na cadeira giratória - Nick! - chamou mais alto o despertando de seu cochilo

- Oi, já voltaram? - Fury ainda estava meio sonolento - O que o filho do Parker faz aqui? - questionou quando viu o garoto dormindo nos braços de Maria

- A missão falhou - Hill repetiu - Chegamos tarde, haviam dois homens lá, provavelmente agentes da KGB, nós os matamos. Verona já estava morta e Parker morreu poucos minutos após chegarmos, ele conseguiu esconder o filho antes de ser assassinado - contou, Fury ainda estava um pouco desorientado tentando assimilar a história e o sono

- E o que fazemos agora? Digo, com o garoto - Maria perguntou

- Preciso pensar, um bebê órfão não estava nos planos - o diretor falou massageando as têmporas

- Já tá tarde, tomamos conta dele essa noite - Natasha falou e Maria a encarou com uma sobrancelha arqueada - Ele já tá dormindo mesmo, não vai dar trabalho - deu de ombros

- Ok, então vão descansar, amanhã pensamos em como lidar com a situação - Nick falou

- Vamos colocá-lo na minha cama - Natasha falou quando elas saíram da sala de Fury

- E se ele acordar com fome ou com a fralda suja? - Maria perguntou enquanto caminhava com o menino no colo ao lado da ruiva - Não temos isso aqui agora, não temos nada que um bebê precise

- Vamos torcer pra ele dormir a noite toda e só acordar amanhã depois que providenciarmos isso

Assim que chegaram no quarto da ruiva, Maria colocou o menino deitado no meio da cama e encostou alguns travesseiros em suas costas.

- Ele pesa - a morena disse esticando os braços e Natasha riu - Eu preciso de banho, você vem? - perguntou caminhando até a porta

- Onde? - a ruiva perguntou distraída enquanto procurava algo para prender o cabelo

- Tomar banho

- Vou - falou e se virou para o olhar o menino dormindo tranquilamente em sua cama - Será que não tem problema deixá-lo sozinho? E se ele cair da cama?

- A cama é grande e ele tá rodeado de travesseiros, não vai cair - Maria disse puxando a ruiva - Ele tá no prédio mais seguro do país, são só alguns minutos, o garoto vai ficar bem - sorriu a tranquilizando

- Ok, se você diz... - suspirou - Então vamos

Depois de tomarem um bom banho e irem até o refeitório comer algo, elas voltaram para o quarto da ruiva.

- Dorme aqui hoje - Natasha pediu com sua melhor carinha de cachorro sem dono e Maria sorriu

Como negar algo para essa carinha? - a vice-diretora pensou

- Tudo bem - concordou e viu a ruiva sorrir

Maria fechou a porta, apagou a luz e caminhou até o outro lado da cama. Arrumou os travesseiros e se deitou com cuidado para não acordar Peter.

- Boa noite - sussurrou para a ruiva deitada do outro lado da cama

- Boa noite, amor - Natasha sussurrou de volta

O quarto estava escuro e ela não podia ver, mas as bochechas de Maria estavam tão vermelhas quanto o cabelo da mulher ao seu lado. E com as borboletas fazendo festa em seu estômago e o sorriso bobo presente nos lábios, Maria dormiu como um anjo naquela noite.

Segunda Chance | BlackHillOnde as histórias ganham vida. Descobre agora