Cicatrizes e Demônios | Liv...

By MandyDalan

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SEM REVISÃO Primeira atividade: 24/08/2020 Continuidade: 15/08/2021 Conclusão: 31/10/2022 Livro ll da Trilog... More

SINOPSE
CAPA E NOTAS
EPÍGRAFE
PRÓLOGO
CAPÍTULO I (+18)
CAPÍTULO II (+18)
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO VII (+18)
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XI
Bônus!
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XIV (+18)
CAPÍTULO XV
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO XIX
Começo da segunda parte!
CAPÍTULO XX (+18)
CAPÍTULO XXI
CAPÍTULO XXII
INFORMAÇÃO IMPORTANTE! LEIAM!
CAPÍTULO XXIII (+18)
CAPÍTULO XXIV
CAPÍTULO XXV
AVISO MEGA IMPORTANTE!
CAPÍTULO XXVI
CAPÍTULO XXVII (+18)
CAPÍTULO XXVIII (+18)
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO XXX
CAPÍTULO XXXI
IMPORTANTE!
RIFA SOLIDÁRIA
CAPÍTULO XXXII
CAPÍTULO XXXIII (+18)
CAPÍTULO XXXIV
CAPÍTULO XXXV
CAPÍTULO XXXVI
CAPA NOVA
CAPÍTULO XXXVII
CAPÍTULO XXXVIII
CAPÍTULO XXXIX
CAPÍTULO XL
CAPÍTULO XLI
CAPÍTULO XLII
CAPÍTULO XLIII
CAPÍTULO XLIV
CAPÍTULO XLVI
CAPÍTULO XLVII
CAPÍTULO XLVIII
CAPÍTULO XLIX
CAPÍTULO L (50) - Jason

CAPÍTULO XLV

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By MandyDalan

Já haviam passado quase uma semana desde que levei um tiro. O lugar da bala ainda doía e os pontos ainda estavam lá. Mas aos poucos fui conseguindo voltar a fazer algumas coisas.

Treinava tiro com o Albert todos os dias pela manhã e a tarde ensinávamos a Duda, com tiro e defesa pessoal.

Ela era boa, aprenderá tudo muito rápido e se divertia com tudo.

Claro, que não perdia a chance de me provocar.

E a noite, aproveitávamos a companhia um do outro e sempre acabávamos transando no tapete, em frente a lareira. Claro que, não era tão intenso quanto antes, por conta da cicatrização do ferimento. Precisávamos ter um pouco mais de cuidado para não abrir a sutura.

Ela dizia que a lareira fazia ela recordar dos dias no chalé.

Que nesses dias escuros, eram essas lembranças que a faziam manter a sanidade intacta e a esperança de que isso logo acabaria.

Tínhamos um código nosso, toda vez que alguém entrava no chalé, depois de ter saído por algum tempo.

— Delta entrando. — Albert falou, passando pela porta da frente.

Usávamos o alfa, ômega ou delta, não tínhamos um codinome para cada um, mas tínhamos que falar uma das três palavras toda vez que entravamos pela porta.

Uma vez saí para pegar lenha para a lareira e quando entrei, me esqueci de usar a palavra e acabei com duas pistolas apontadas para a minha cabeça.

Juro, que naquela hora, senti a alma sair do corpo.

Então, era obrigatório usar.

Albert tinha ido caminhar um pouco e dar uma averiguada no local. Vistoria de rotina, ele sempre fazia isso, todos os dias, sem falta como um relógio.
Estávamos na cozinha, preparando o almoço quando ele entrou. Por mais que a Duda tentasse manter a calma e tranquilidade, eu via a forma que seus ombros ficavam tensos toda vez que a gente saia, ou que um de nós entravamos.

Era como se ela sempre esperasse o pior acontecer.
Não podia culpá-la. Era o seu instinto de proteção cuidando dela.

Havia acordado naquela manhã com um pressentimento ruim, uma angústia que não ia embora e por mais que eu tentasse afastar os pensamentos ruins, eles continuavam voltando para a minha cabeça.

Era como se algo não estivesse certo e meu corpo tentasse me avisar.

Tentei afastar esses pensamentos e me esforcei para distrair a cabeça o resto do dia. Fizemos as aulas de tiro, almoçamos, dormimos um pouco a tarde e eu fui acordado com um anjo maravilhoso em cima de mim, me provocando e implorando para que eu a dominasse.

Como um bom noivo, realizei seus desejos, o que lhe rendeu umas boas marcas na bunda dos tapas. Nos pulsos e tornozelos também, devido às amarras e alguns chupões pelo corpo.

Adorava vê-la se contorcendo embaixo de mim, implorando... Ou melhor, suplicando por mais, de forma crua, pesada e livre de qualquer julgamento.

Duda topava qualquer coisa comigo e não tinha o menor receio de experimentar tudo que quisesse entre quatro paredes.

Ela confiava em mim e sabia que nunca iria fazer qualquer mal a ela, nunca iria força-la a tentar nada que não quisesse.

E confesso que eu nunca tive uma submissa tão obediente como ela. Alguém que não questionava, que não reclamava, choramingava, ela era o melhor que eu podia ter dentro desse mundo escuro.

Nem que eu quisesse, conseguiria encontrar alguém tão bem treinada quanto ela.

Mas, mal sabia ela, que era eu que estava com uma coleira no pescoço, com o seu nome escrito em dourado.

Era seu escravo e seria capaz de qualquer coisa por aquela mulher, só para ver a porra de um sorriso em seu rosto.

Iria até o inferno com ela.

Derrotaria o diabo, Deus e quem quer que fosse para vê-la feliz e segura.

Principalmente, segura.

As pessoas acham que me matariam, se arrancasse meu coração, mas não era isso que me mantinha vivo.
Conseguiria andar como um zumbi, sem o maldito órgão em meu peito, mas não sobreviveria um só segundo sem ela ao meu lado.

Estaria morto, a partir do segundo que ela parasse de respirar.

Como a melhor tragédia de Shakespeare, sou o Romeu e ela a minha Julieta.

Duda estava dormindo ao meu lado. Presumia que devia passar das 16h e o Albert estava na floresta, praticando tiro, resolvi descer e comer alguma coisa.

Quando estava quase terminando meu lanche, a vejo entrando pela cozinha, vestindo apenas minha camiseta e um minúsculo short.

Sexy para caralho.

O cabelo estava amarrado no alto da cabeça e ela coçava os olhos, ainda cambaleando de sono.

— Acordou, bela adormecida. — brinquei, caminhando até ela e envolvendo meus braços ao redor da sua cintura.

— Você me deixou tremendamente exausta. — ela rebateu, sorrindo e jogando os braços ao redor do meu pescoço.

Ela ficou na ponta dos pés e beijou meus lábios. Um beijo calmo e doce.

Apertei meus braços ao redor dela e aprofundei o beijo, a guiando até a bancada da cozinha e ela riu, com a boca contra a minha.

A coloquei em cima da bancada e deslizei as mãos até suas coxas, apertando levemente, enquanto a beijava ainda mais profundamente.

Ela passou as unhas pelo meu peito nu, arranhando minha pele e eu soltei um rosnado.

Literalmente, um rosnado.

Desci seu short e fizemos amor ali mesmo, na cozinha e pela primeira vez em semanas, não senti a necessidade em estar no controle. Foi algo calmo, tranquilo e absurdamente gostoso.

Algo que nunca tive com mais ninguém.

Havia mais sentimentos, do que tesão. Não era algo carnal, que eu fazia só para liberar os hormônios, ou saciar minha vontade de sexo. Era algo além. Precisava senti-la, tê-la e amá-la.

A todo instante e a todo segundo da minha vida.

Assim que terminamos, ela disse que ia até o porão pegar alguns mantimentos para fazer a janta.
Concordei e continuei fazendo meu lanche.

Quando estava quase terminando, ouvi a porta da frente abrir e estranhamente, meus pelos da nuca se arrepiaram.

Esperei ele falar a palavra de segurança e não veio nada. Só o silêncio mais absurdo.

E foi com isso que percebi que tinha algo de errado.

A sala ficava longe da onde eu estava e dava tempo de ir até o porão sem que eles me vissem.

Coloquei meu prato na bancada, sem fazer barulho e caminhei com cuidado até o porão, desci devagar e a vi terminando de pegar as coisas.

— Não fala nada. — sussurrei, colocando a mão em seus ombros.

Ela deu um pequeno pulo e soltou uma risada baixa.

Tampei rapidamente sua boca e ela continuou rindo, pensando que era somente uma brincadeira. Mas seus olhos escureceram, assim que constatou o meu brilhando em minhas irises.

Os vi ficando marejados na hora e senti um aperto em meu peito.
Coloquei um dedo na frente da boca, pedindo para ela ficar em silencio e ela apenas assentiu. Apontei para cima, para o primeiro andar.

— Eles estão aqui. — sussurrei, com receio que eles pudessem ouvir. — Preciso que você entre no quarto do pânico.

Ela balançou a cabeça, negando, fervorosamente. As lágrimas já escorriam pelo seu rosto, em uma enorme torrente.

— Por favor, pequena. — implorei, sentindo meu peito se apertar. — Não posso te perder. — Coloquei as mãos em seu rosto, acariciando sua pele e olhei dentro dos seus olhos. — Confie em mim.

— Você vai fazer o que? — ela sussurrou, as palavras quase não saiam de sua boca.

O medo estava estampado em seus olhos e seu corpo inteiro tremia. Ela estava completamente apavorada.
E confesso, que eu também.
Mas precisava ser forte por ela.
Não podia desmoronar desse jeito, não na frente dela.

Olhei para o armário de armas do Albert e depois para a Duda.

— Vou colocar em prática minhas aulas de tiro. — Sorri, dando de ombros. — Agora entre no quarto do pânico e só saia de lá quando ouvir a voz do Albert.

O quarto do pânico era equipado com uma enorme parede de titânio e aço, dentro haviam visores e sistema de áudio, para que quem estivesse do lado de dentro ouvisse e visse tudo que acontecia na casa.

Ela me abraçou forte, as lágrimas me molhando o peito e beijei o topo da sua cabeça. Ela olhou para mim, bem no fundo dos meus olhos e sussurrou.

— Volta pra mim, Caleb.
Apenas assenti, prometendo em silêncio e beijei seus lábios em seguida.

Só subi as escadas depois de vê-la se fechando dentro do quarto.
Peguei uma pequena pistola e sai do porão, em silêncio.

Dava para ouvir suas vozes, no segundo andar, vasculhando lá em cima.

Eles gritavam um com o outro, se apressando para que me encontrasse logo. Estavam com medo do Albert chegar. Então eles sabiam que só estava eu e ela na casa.

Possivelmente deviam ter vigiado a casa por um tempo, antes de entrar e como o interior era revestido com acústica para abafar os sons, eles não devem ter ouvido nossos códigos.

Ouvi passos descendo as escadas e me escondi atrás da porta da cozinha.

— Vou procurar lá fora! — Henrico gritou.

Reconheci sua voz, o J apenas respondeu um breve ok e ouvi seus passos seguindo até a cozinha. Ele passou pela porta onde eu estava e parou na frente do balcão, ficando de costas para mim.

Aproveitei a deixa e sai de trás da porta. A pistola carregada e destravada, caminhei até ele e apontou o cano em direção a sua cabeça.

Estava disposto a puxar o gatilho, para proteger a mulher que eu amava e que estava amedrontada no porão. Era capaz de qualquer coisa por ela.
Mas como se ele sentisse a minha presença, ele se virou, lentamente.

E pela primeira vez pude olhar em seus olhos e aqueles olhos tão familiar me olhavam de volta.

Eu o conhecia.

Senti o ar escapar de meus pulmões, assim que a ficha caiu de quem estava parado na minha frente.

Era como olhar para um fantasma.

O fantasma do...

— Olá, irmãozinho. — ele falou.
Senti uma dor aguda na parte de trás da cabeça e logo depois, minha visão ficou preta, me levando para a escuridão total.

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