PERSEU: FILHO DO FOGO

By Bibianesantos

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Perseu quer vingança desde o dia que viu sua mãe ser violada e assassinada. Mesmo sendo um banido - filho do... More

AVISO!
Prólogo!
Capítulo 01
Capítulo Bônus
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 12
Capítulo 13
Bônus
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capitulo 18
Capitulo 19
Capítulo 20
Capitulo 21
Capítulo 22
Capitulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capitulo 26
Epílogo

Capítulo 11

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By Bibianesantos

ZOE

Creio que o Perseu ainda está delirante pelo seu olhar, sua mão não treme na arma, e eu não consigo me mexer. Estou em pânico, sem saber como agir, e ele, para meu alívio, abaixa sua arma e olha para os lados, como se procurasse algo.

— Quem tirou minha roupa? — indaga com voz rouca, e fico sem entender o motivo desta pergunta. — Foi você?

— Sim, foi eu...

Entro no quarto e seu corpo se acalma depois que me aproximo, voltando a se deitar.

— Não deveria ter feito isso...

— Deveria deixar você morrer? Pois, precisava fazer isso para salvar sua vida e sua perna — aponto para o local ferido com raiva —, que merda tem em seu corpo que uma enfermeira não possa ver?

Ele olha para a parede e não me encara.

— Não é da sua conta! — Sua voz parece, aos meus ouvidos, meio ansiosa. — Cadê a Emma? Meu corpo está doendo.

— Está na sala com visita. — Me aproximo e, tocando sua testa, ele está queimando de febre novamente e seus olhos vermelhos é prova disso. — Vou chamar um médico.

— Médico? Não! Que visita?

Seus olhos me encaram com todas as perguntas, depois olha para a porta e volta para mim.

— Não deixa ninguém me tocar. — Agora ficou complicado. — Não confie em ninguém, alguém tentou me emboscar. — O que o aflige, quais segredos ele guarda?

— Calma, você está em casa, vou proteger você.

Seu olhar fica terno por alguns segundos e depois se fecham, sonolentos, meu coração dispara quando sua mão toca a minha, e ele leva para cima do seu coração. Conexão e vários sentimentos passam por meu corpo.

— Me beija?

Fico paralisada com suas palavras e começo a achar que realmente ele não está bem, deve ser delírio da febre, ou está pensando em outra pessoa. Só pode ser isto, Perseu, em sã consciência, nunca me beijaria ou pediria qualquer contato comigo. E fico um pouco triste por saber que não é sua normalidade, que ele não me enxerga como alguém que poderia amar ou beijar. Não é certo gostar do Perseu como homem, não consigo ser indiferente e, por mais assombroso que seja, só consigo ficar à vontade com seu toque ou sua presença. Não sei explicar, talvez seja porque ele é único que sabe de verdade quem sou e de onde eu vim.

— Me beija!

O encaro e seus olhos estão abertos, mais azuis que o normal, totalmente focados em mim, e meu corpo responde ao anseio de conhecer seus lábios, já que nunca fiz isso antes, seria bom que fosse com alguém que eu confio.

Abaixo minha cabeça e levo minha boca para perto dos seus lábios, ele segura meus cabelos, me levando de vez para sua boca. O toque é calmo no começo, e abro os lábios, sua língua entra e explode o mundo, é como se o caldeirão do inferno estivesse queimando em mim, sinto-o em todas as partes do meu corpo. Sua boca me explora, sua língua domina toda minha boca, é tão perfeito que chega a ser inquietante, meus seios parecem maiores, duros, pedindo mais, algo que nem sei direito o que seja. Minha vagina está molhada, meu corpo está correspondendo como nunca.

Ele chupa, lambe, geme, domina, e eu seguro seu rosto, enquanto sua mão está puxando meus cabelos com total domínio. Quero mais, muito mais, quero tirar a roupa, quero deixá-lo tomar tudo em mim.

Assim termina e fico vazia, seus olhos se fecham, e me afasto na hora em que a porta do quarto se abre e Emma entra, conversando com o Xandy. Os dois não focam em mim, aproveito para me recompor e não olho para cama, tenho medo de demonstrar todos os sentimentos que estão em divergência dentro de mim.

— O que ele faz na minha casa? — Perseu está de volta, com bastante raiva pelo seu tom. — Que porra você fez?

Ainda bem que era para Emma toda sua ira, fico perto da janela, olhando para fora. O seu sabor ainda comanda minha boca, seu cheiro, seus gemidos, tudo ainda está em mim.

— Bom saber que já está em forma de novo. — A voz do médico escorre deboche. — Pego um voo horrível até aqui e como sou recebido? A pontapés, sem contar que você tem uma casa na praia, e eu nunca fui convidado, e uma enfermeira linda, que nunca me apresentou.

Me viro rápido a ponto de ver Perseu aponta sua arma para ele, que não dá mínima pelo semblante impassível e debochado.

— Não se meta com a Zoe!

— Ciúmes? — Ri, e eu espero, chateada por falarem de mim como se eu não estivesse ali.

— Não tenho motivos para isso, ela é minha funcionária! — Meu coração despenca, ando até a porta e deixo o quarto sem nenhuma palavra para nenhum dos dois. — Zoe, você...

— Vou arrumar as coisas do jantar — digo, já fechando a porta atrás de mim.

Encosto na parede e respiro fundo, uma lágrima boba se solta dos meus olhos, fungo, e desço as escadas. Meu celular vibra e vejo a mensagem do Maurício, pedindo para confirmar nosso encontro. Lembro que marquei com ele de ir ao cinema, e agora? Bem, sou uma funcionária, então posso muito bem sair na minha folga. Mando mensagem confirmando, Emma e o tal Xandy poderiam cuidar muito bem dele.

Que se dane a porra daquele beijo que trocamos, não foi nada de mais, só um paciente doente, é isso. Tento incitar meu esquecimento sobre o assunto, melhor assim, Perseu não tem coração.


*****

O tal Xandy não voltou aparecer na minha frente, mas arrumei o quarto de hóspede para sua estadia, e fiz comida para se, na madrugada, alguém resolvesse fazer um lanche. Deixei tudo organizado e fui atrás da Emma, e uma discussão se desenrolava no corredor entre ela e o médico.

— Você acha que vai conseguir protegê-lo sozinha, você e a menina? — ele praticamente está gritando. — Perseu não vai andar por uns bons meses.

— E daí? Vai ser bom para ele tirar férias, só tire o endereço dele do radar da agência. — Ela cruza os braços e bate os pés, — Se eles descobrirem, vão fazer tudo para ele voltar, e você sabe o que isso faz com a cabeça dele?

— Disciplina faz bem Emma, Perseu precisa de limites, e alguém para protegê-lo do que ele procura há anos, que, pelo jeito, o encontrou primeiro. — Ele aponta o dedo para ela. — Sem contar a Zoe, ela precisa conhecer o mundo, e não ficar presa com esse rabugento, ela é nova...

— Eu sei o que preciso! — digo, e os dois se viram para mim. — Creio que eu e Perseu não somos crianças e sabemos o que desejamos desta vida, você não me conhece e nem a minha história, por isso quero que pare de falar como se fosse meu protetor ou amigo.

— Eu disse que ela tinha garras! — Emma balança os ombros. — Não se meta no que desconhece.

— Mas posso descobrir mais! — ele ameaça, me encarando, e estremeço com o impacto dos seus olhos astutos. — Não desejo o mal de nenhum aos dois, mas aqui já não é seguro.

— Será? — Aperto o botão certo do controle em minha mão e uma grade desce, ficando à minha frente, separando nos três. — Isso não é uma mera casa, pode ter certeza, quem tentar entrar, não vai sair com vida.

Ele olha para a grade e depois para mim e, em seguida, para Emma, que está rindo.

— Perseu sempre se cerca de mulheres irritantes. — Sorri e coça a cabeça — Pode esconder isso?

Dou de ombro e aperto o botão, a grade volta para o lugar.

— Ele continua com febre, e eu vou passar a noite com ele — Xandy comenta, mudando de assunto.

— Não, eu fico, qualquer coisa chamo você. — Perseu pediu para não deixar ninguém tocar nele, e farei isso.

— Ok, ok! Você que sabe, preciso dormir um pouco.

Emma o segue pelo corredor e se vira, piscando para mim, sorrio de leve e entro no quarto do Perseu.

— Xandy é de confiança. — A voz Perseu é sonolenta. — Apesar de um cafajeste, só está tentando nos proteger, pode baixar a guarda com ele.

— Se você diz! — Arrumo a poltrona e me sento, sem encará-lo.

— Sobre o beijo, eu estava...

— Esqueça, não desejo voltar a esse assunto.

Perseu suspira, e olho em sua direção, seus olhos estão fechados.

— Não deveria ter beijado você — ele diz, e fico triste, mas não demonstro.

— Concordo! — resmungo, e ele respira forte, pelo jeito, o sono o domina. — Babaca!

Levanto e tranco a porta, verifico as janelas e a arma, ele pode até confiar no tal Xandy, mas eu não confio em ninguém, vi bem homens parecerem bons e se transformarem em demônios segundo depois. Vi minha mãe apanhar diversas vezes, ser sodomizada e dominada por esses homens de carinhas fofas e boazinhas.

— Quero água!

Coloco água no copo da jarra perto da cama e levo até os seus lábios, parece menos febril, dormir será bom para ele, seu corpo precisa se recuperar. Segura minha mão e bebe a água devagar, mas seus olhos estão focados em mim. Arrepios passam por minha pele, tento não tremer e desvio o olhar para o copo. Perseu me desconcerta, me faz querer coisas que nunca terei.

— Obrigado!

Não digo nada, ponho o copo na mesa de cabeceira e arrumo seus travesseiros, verifico mais uma vez sua febre, mas sua mão segura a minha mão antes que eu me afaste.

— Não quero magoar você, Zoe! — fala, e eu puxo minha mão da sua.

— Não se preocupe, não vou te dar esse poder!

Com certeza não vou deixar o Perseu chegar perto de mim outra vez.

— Foi só um beijo, relaxa! — Dou uma de descolada. — Todo mundo beija!

Ele se senta na cama com dificuldades, mas bem rápido para um convalescente.

— Você anda beijando?

Reviro os olhos e continuo arrumando os travesseiros.

— Isso é meio perigoso!

— Somos adultos.

— Eu não acho que você deva sair beijando por aí.

Olho feio para ele, que se joga nos travesseiros e fica quieto, agradeço, pois não sei o motivo de tanto show por conta da droga de um beijo. Perseu deve ser muito doido, cara bobo. Sei que o beijo mexeu comigo, e não com ele, e qual a dele, que fica insistindo nesta porra de assunto? Vou beijar o Maurício, vou arrumar um namorado e logo termino o curso e deixo essa casa e esse babaca para trás. Ele vai sentir minha falta, quero só ver. Fico remoendo minhas mágoas com planos mirabolantes, e acabo caindo no sono, sentada na poltrona do lado da sua cama, e não vejo seu olhar terno para mim. 


BOA NOITE MENINAS!

ZOE E PERSEU TIVERAM O PRIMEIRO BEIJO E ISSO VAI PEGAR FOGO. 

XANDY SÓ PONDO LENHA NA FOGUEIRA!

BEIJOKAS 

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