Pela honra

By willedanni2324

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Arthur aprendeu desde cedo o quanto o ser humano pode ser podre, conheceu o pior das pessoas dentro de sua pr... More

Capítulo 1- Planos
Capítulo 2- Comecem os jogos
Capítulo 3- O testamento
Capítulo 4- Primeiros passos
Capítulo 5 - Calmaria
Capítulo 6 Encrenca
Capítulo 7- Surpresas Parte I
Capítulo - Surpresa Parte II
Capítulo 9- Regras claras
Capítulo 10- Á flor da pele
Capítulo 11- Descobertas
Capítulo 12- Mudanças
Capítulo 13- Comemorando
Almoço especial
Capítulo 14- Expectativas
Capítulo 15- Explicações
Capítulo 16- Aniversário Parte I
Capítulo 17- Aniversário Parte II
Capítulo 18- Negócios
Capítulo 19- Espera
Capítulo 20- Acordos
Desculpa
Capítulo 21- Em segredo
Capitulo 22- Explosão Parte I
Capítulo 23- Explosão Parte II
Leitoras corram aqui
Capítulo 24 - Acertos
Capítulo 25- Aproveitando
Aviso
Capitulo 26- É para o nosso bem
Capítulo 27- Ciúmes
Aviso: Indignação
Notificações
O que vocês acham?
Volta das postagens
Capítulo 28- Novos Ares
Capítulo 29- Um casal normal
Capítulo 30- Providências
Grupo Facebook
Capítulo 31- Confronto
Conto com vocês S2
Premiação Parte I
Premiação Parte II
Capítulo 32- Guerra declarada
Capítulo 33- Hospital Parte I
Hospital Parte II
Capítulo 34- Em passos lentos
Capítulo 35- Conversa franca
Abra os olhos
Lembrete
Volta das postagens
Resposta

Prólogo

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By willedanni2324

Atlanta, 1991

-Arthur a gente não pode mais ser amigos, meu pai não quer deixar- uma amiguinha da escola disse chateada.

-Mas por que ele não deixa?- perguntou inocente.

- Ele disse que seu pai é mau, que faz coisa errada e machuca os outros.

-Isso é mentira, meu pai só é bravo, mas não machuca ninguém.

-Eu sei, mas mesmo assim ele não deixa- ela insistiu.

-Então tá bom, vou pra casa sozinho.

Ele pegou a mochila e foi até o portão esperar a mãe ir busca-lo, todas as crianças já tinham ido embora e sua mãe não chegava, nem chegaria nunca mais.

-Arthur, seu pai mandou vir te buscar- um dos seguranças do seu pai tinha chegado pra levá-lo embora.

-Cadê a minha mãe?-perguntou assustado.

-Sua mãe não pode vir te buscar, ela está doente Arthur- disse simplesmente.

-O que ela tem? Ela vai ficar boa?- quis saber quase chorando.

-Acho que sim, agora vamos pra casa.

No caminho pra casa ele estava muito triste, tinha perdido uma amiga e agora sua mãe estava doente.

Chegando em casa encontrou vários carros parados na rua, com certeza seu pai estava reunido com seus amigos, ele nunca era autorizado a sair do carro quando isso acontecia, mas também não tinha vontade de ficar perto daquelas pessoas: tinha muito medo deles.

-Babá hoje minha mãe não foi me buscar, o homem que me buscou disse que ela tá doente é verdade?- perguntou para a senhora que cuidava dele desde o nascimento, depois de sua mãe era única que o tratava bem naquela casa.

-Eu não sei meu reizinho, seu pai disse para eu esperar você chegar da escola e isso foi tudo- ela o ajudava a se arrumar pra fazer a lição de casa- Depois eu vou tentar saber o que aconteceu.

-A Laura não é mais minha amiga, o pai dela não quer- disse triste.

-E por que ele não quer que ela seja sua amiga?- a senhora quis saber indignada.

-Ele disse que meu pai é bandido, que ele machuca as pessoas.

-O pai dela é que é um homem mau. Arthur escuta o que eu vou te dizer e nunca esqueça, não importa o que as pessoas à sua volta façam você só deve pagar por aquilo que tiver feito. Se o pai dela não quer que ela seja sua amiga não fique triste, você é um menino maravilhoso e ela não poderia ter amigo melhor- disse enternecida com a tristeza do pequeno.

-Eu tenho medo dos amigos do papai, eles parecem os monstros dos filmes- disse de forma confidente.

-Não deixe seu pai te ouvir falar isso, sabe que ele não tem paciência e não quero que ele bata em você.

-Ele sempre me bate mesmo, mas eu nem choro mais- disse valente.

-Você é meu reizinho Arthur, te amo como a um filho- a senhora disse emocionada.

-Também te amo babá.

Na hora do jantar ele desceu como de costume para comer com o pai, como sempre o pai quis saber como havia sido seu dia na escola e assim que ele disse que não poderia mais brincar com a amiguinha o pai riu.

-Por acaso é um maricas pra querer brincar com meninas? Se eu te pegar com gestos afeminados te arrebento Arthur- o pai disse sério.

-Ela era minha amiga, eu gostava muito dela- o menino disse triste.

-Não me interessa se você gosta ou deixa de gostar, tenho mais com o que me preocupar do que com suas besteiras.

-Você nunca se preocupa comigo, queria ter outro pai- o menino disse revoltado.

-Cala a boca seu moleque, posso perder a paciência e te dar uma bela surra que é a que está merecendo- ameaçou.

-Pode bater eu não ligo mesmo. Quero minha mãe, ela não foi me buscar hoje na escola. Onde ela está?- exigiu.

-Esquece a sua mãe, ela não estava se sentindo bem e por isso não foi te buscar. Deixa de ser mimado- o pai gritou.

-Eu quero a minha mãe, quero agora- o menino também gritou e acabou recebendo um tapa no rosto.

-Seu infeliz não levanta a voz pro seu pai, sua mãe tá no quarto de hóspedes e a sua babá vai te levar lá -o pai disse furioso- Babá leve esse moleque pra ver a mãe, depois tranca ele no quarto de castigo.

-Senhor ele não fez por mal, ele só estava com saudades da mãe- a empregada intercedeu.

-Não perguntei a sua opinião e sim dei uma ordem, obedeça logo e não me irrite mais.

-Com licença senhor- a empregada pegou o menino pela mão e o levou até a mãe;

Chegando ao quarto encontraram a mãe dormindo, ela parecia fraca, mas mesmo assim ele a achava linda.

-Mamãe, mamãezinha eu cheguei- ele chamou carinhoso e a mãe abriu os olhos e sorriu.

-Boa noite meu reizinho, desculpa eu não ter ido te buscar- falou com a voz fraca.

-Tudo bem mamãe me disseram que você tá doente. O que você tem?-quis saber curioso.

-Eu estou fraca, mas amanhã vou te buscar eu prometo- forçou um sorriso.

-Eu gosto quando me busca porque a gente conversa muito, o papai não gosta de conversar.

-Filho eu quero te pedir uma coisa- a mãe disse num sussurro- Não irrita seu pai, eu não gosto quando ele te bate.

-Mas eu estou forte mamãe, nem choro mais quando apanho- disse mostrando o musculo para a mãe.

-Eu acredito meu amor, você é meu homenzinho lindo- a mãe sorriu- Mas não quero que ele te bata mais, promete pra mim.

-Eu prometo mamãe, mas a babá não deixa ele me bater, e você também não.

Ele conversou com a mãe durante um tempo, contou o que tinha acontecido e recebeu muito carinho pela perda da amiguinha. Quando a mãe estava mostrando sinais de cansaço a babá levou o menino para o quarto, ele prometeu que voltaria e se despediu.

No dia seguinte a mãe também não pôde busca-lo na escola, nem no dia seguinte e nas semanas após. Dia após dia ela se mostrava mais fraca e cansada, mas sempre tinha um sorriso sincero para dar ao seu reizinho, o filho era o mundo para ela.

-Arthur senta aqui pertinho de mim- ela pediu em uma das visitas que recebia do filho- Eu quero te dizer uma coisa. Quando você crescer tem que ser um homem de bem, não queira conseguir as coisas de maneira fácil ou fazendo mal aos outros. Quando a mamãe não estiver mais com você ainda estará te olhando lá do céu, e eu quero me orgulhar do homem que vai se tornar da mesma forma que me orgulho do menino que é hoje.

-Por que está falando isso?- disse com lágrimas nos olhos.

-Pra que nunca esqueça. Seja bom, honrado e honesto, e lá do céu eu vou estar guiando cada um dos seus passos-conclui já muito fraca.

O menino deitou agarrado à mãe e chorou, mesmo sem entender direito sabia que aquela era uma despedida da única pessoa que o amou de verdade.

Depois de várias semanas de piora, numa manhã de sexta feira, a linda Leonora Olivetto faleceu deixando seu reizinho sozinho.

-Levanta desse chão Arthur, ficar chorando não vai trazer sua mãe de volta- o pai disse maldoso vendo o filho deitado no túmulo da mãe.

-Eu te odeio, e vou rezar pra o papai do céu te levar assim como levou minha mamãe.

A resposta que teve do pai foi uma semana de surras e castigos, dessa forma começou a cultivar todo o rancor que podia pelo homem que havia lhe dado a vida.

*****************

Nova York, 2014

-Arthur seu irmão ligou e disse que precisa falar com você urgente- a secretária entrou em sua sala agitada.

-Eu já ia retornar a ligação dele, por favor, procure os contratos que pedi para revisar semana passada e traga pra mim- pediu e aguardou a moça sair de sua sala.

Era estranho, mas naquele dia tinha pensado muito no seu tempo de criança, em cada mágoa que vinha remoendo ao longo dos anos desde que havia deixado a casa de seu pai, e de repente essa urgência do irmão em falar com ele não parecia ser algo normal.

-Fala Luca quem morreu pra você ter tanta pressa em falar comigo- disse assim que o irmão atendeu.

-Boa tarde pra você também Arthur, não sabia que agora você era vidente- brincou.

-O que quer dizer com isso? Fala logo que tenho muita coisa pra me preocupar- disse impaciente.

-Um dos rapazes acabou de me ligar, Arthur seu pai teve um ataque do coração e morreu- disse sem rodeios.

-Tem certeza disso?- ele disse incrédulo.

-Quem ligou foi o Gustavo, não acredito que ele teria motivos para mentir sobre isso.

-Liga e confirma essa história, aquele desgraçado é tão ruim que nem a morte quer levar ele embora- disse entredentes.

-Acho que está chegando a hora, tem certeza que quer fazer isso mesmo?- Luca estava preocupado.

-Tenho. Você melhor do que ninguém sabe que durante todos os dias nos últimos anos, eu vivi pra esperar por esse dia e ele finalmente chegou.

-Sabe que pode contar comigo não importa o que decidir.

-Liga pra todos os rapazes, quero uma vídeo conferência com todos em no máximo duas horas- ordenou.

-Mas alguns deles estão do outro lado do mundo, devem estar dormindo a essa hora- o irmão lembrou.

-Luca eu preciso falar com eles o quanto antes, sabe que detesto fazer isso, mas eles vão entender a importância dessa reunião.

-Ok, vou entrar em contato e nos falamos em duas horas- o irmão concordou- Arthur, sua namorada não vai gostar nada dessa história.

-Luca, a Jade aceita qualquer coisa desde que não perca a sua fonte de renda- ironizou.

-Se você pensa assim, então por que não a larga?

-Por que todo mundo tem seu preço, a Jade apenas não é hipócrita em tentar fingir ser algo que não é.

-Nunca vou entender esse seu jeito- o irmão disse desanimado.

-Não esperava que entendesse mesmo.

Depois que o irmão desligou ele retomou seus afazeres na empresa, quando ele e os sócios fundaram a OTM Publishing não imaginavam que em menos de dez anos ela seria a maior empresa de propaganda e relações públicas do país. A empresa trabalhava com os maiores eventos e marcas, além de ter as maiores celebridades como clientes de seus relações públicas, todos queriam uma oportunidade de ter seus eventos promovidos e divulgados pela OTM.

Quando chegou naquela cidade ele não tinha nada, nem mesmo seu sobrenome ele se atrevia a usar com medo de que seu pai o achasse, não por se preocupar com ele, mas para continuar a tortura-lo como havia feito durante a vida inteira.

Foram tantos anos desde aquela época e mesmo assim ele ainda podia sentir cada uma das agressões sofridas, talvez por isso saber da morte do pai não o entristecia e sim lhe dava uma sensação de alívio.

-Arthur seu irmão ligou novamente, disse que estão todos prontos esperando suas ordens- a secretária disse.

-Obrigado Lilian, se quiser pode ir almoçar- falou antes que ela saísse.

Assim que a moça saiu ele estabeleceu a conexão com todos os seus contatos simultaneamente, todos estavam alerta para saber qual seria o próximo passo.

-Acho que meu irmão explicou o motivo dessa reunião, hoje é um dia muito importante, o dia pelo qual todos temos esperado- começou dizendo- Preciso que me digam tudo que souberem sobre os negócios do meu pai, qualquer informação deve ser repassada a mim ou ao Luca.

-Isso quer dizer o que eu imagino?-Gustavo, um dos homens de confiança dele quis saber.

-Exatamente, convoquei essa reunião pra dizer a todos que os dados foram lançados- disse friamente- Que comecem os jogos.

-Estamos preparados, já sinto o sabor da vitória- Lucas disse entusiasmado.

-Agora é questão de tempo, eles nem vão saber o que os atingiu- Liam concluiu.

-Luca irmãozinho é melhor se preparar, arrume as malas, pois estamos voltando pra casa.

-Agora sim estão falando a minha língua- Pietro se manifestou.

Aos poucos cada um ia expressando aqui opinião sobre aquele plano, não era apenas um grupo de amigos em uma missão, eram homens que haviam descoberto o quanto o ser humano pode ser imundo em suas atitudes, e todos tinham um objetivo em comum: derrubar o império que Max Scorsolatto havia erguido à custa das vidas de pessoas inocentes.

********************************

Boa noite pessoal este é meu novo projeto, espero que acompanhem a história de Arthur e Rebeca.

Continuarei postando meu outro livro, O Futuro de nós dois,

Espero que possam votar e comentar sobre o que acharam deste novo livro pra que eu possa melhorar cada vez mais.

Beijos e muito obrigada.

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