Cicatrizes e Demônios | Liv...

By MandyDalan

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SEM REVISÃO Primeira atividade: 24/08/2020 Continuidade: 15/08/2021 Conclusão: 31/10/2022 Livro ll da Trilog... More

SINOPSE
CAPA E NOTAS
EPÍGRAFE
PRÓLOGO
CAPÍTULO I (+18)
CAPÍTULO II (+18)
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO VII (+18)
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XI
Bônus!
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XIV (+18)
CAPÍTULO XV
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO XIX
Começo da segunda parte!
CAPÍTULO XX (+18)
CAPÍTULO XXI
CAPÍTULO XXII
INFORMAÇÃO IMPORTANTE! LEIAM!
CAPÍTULO XXIII (+18)
CAPÍTULO XXIV
CAPÍTULO XXV
AVISO MEGA IMPORTANTE!
CAPÍTULO XXVI
CAPÍTULO XXVII (+18)
CAPÍTULO XXVIII (+18)
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO XXX
CAPÍTULO XXXI
IMPORTANTE!
RIFA SOLIDÁRIA
CAPÍTULO XXXII
CAPÍTULO XXXIII (+18)
CAPÍTULO XXXV
CAPÍTULO XXXVI
CAPA NOVA
CAPÍTULO XXXVII
CAPÍTULO XXXVIII
CAPÍTULO XXXIX
CAPÍTULO XL
CAPÍTULO XLI
CAPÍTULO XLII
CAPÍTULO XLIII
CAPÍTULO XLIV
CAPÍTULO XLV
CAPÍTULO XLVI
CAPÍTULO XLVII
CAPÍTULO XLVIII
CAPÍTULO XLIX
CAPÍTULO L (50) - Jason

CAPÍTULO XXXIV

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By MandyDalan


"Bem-vindo à minha escuridão, eu estive aqui por um tempo
Nublando a luz do Sol, sofrendo por um sorriso
Ou algo assim, mas algo sempre se transforma em nada"

— Dark side - Bishop Briggs


Estou entrando no carro quando ouço o barulho de mensagem chegando no meu celular, tateio o terno procurando onde coloquei o aparelho e o encontro no bolso interno do blazer.

Desbloqueio o celular e vejo que a mensagem é do Albert. Ele estava a alguns dias responsável por outro trabalho e por isso não estava mais fazendo a minha segurança. Fiquei sem segurança propositalmente, assim, se alguém tentasse vir atrás de mim ou da Duda, me escolheria por ser o mais indefeso no momento.

Não ligava para o que poderiam fazer comigo, desde que, deixasse minha mulher em paz.

Entrei no carro, fechei a porta e coloquei o cinto, pluguei o celular no suporte e liguei o bluetooth do carro e do celular. Ative o comando de voz e pedi para ligar para ele.

— Senhor? — Albert atendeu no primeiro toque.

Olhei no painel do carro e resmunguei ao constatar quão cedo ainda era. O relógio mal marcava 06h da manhã.

— Você a encontrou? — perguntei, sem postergar o assunto.

Ele sabia bem de quem eu estava falando.

— Te encontro no seu escritório daqui 1 hora, chefe. — Albert respondeu, desviando da minha pergunta.

Para ele optar em conversar comigo na Jones, já sabia que o assunto era sério. Concordei e desliguei a chamada. Girei a chave na bugatti, dando partida no carro.

Nos últimos dias optei em usar o antigo carro do meu irmão, era mais veloz e mais potente do que a minha Suzuki. Troquei também o carro da Duda, do Hyundai para um Audi r8 preto. E iriamos revezar os carros, até encontrar a Melissa e o bando dela.

Duda reclamou de começo, mas depois entendeu minhas razões por temer sua segurança. Fora o carro, ela não saia de casa sem ao menos dois seguranças. Um deles ia com ela no carro e o outro seguia eles com algum dos nossos carros da garagem.

Poderia ser paranoia minha, mas preferia errar pelo excesso, do que pela falta de cuidado.

Sorri ao ouvir o ranger do carro e o volante vibrar em minhas mãos. Eu amava esse carro, não só pela velocidade, mas também por apego emocional.

Meu irmão era tudo para mim e ainda era extremamente sofrido pensar na sua morte.

Era um misto de raiva e saudade. Passei anos da minha vida tentando achar provas contra o David e até hoje nenhuma delas havia aparecido.

O responsável por mata-lo havia simplesmente sumido do mapa, evaporado e sem deixar nenhuma possível pista do seu paradeiro. E com ele, foi a arma do crime e qualquer testemunha que pudesse corroborar com a prisão dele.

O caso foi arquivado por falta de provas e alegaram uma simples briga de bar com agravante em homicídio. Mesmo o crime sendo culposo, eles não conseguiram provar isso perante a corte por falta de provas.

Recostei a cabeça no banco e respirei fundo, sentindo o palpitar do coração aumentar. Sempre que eu pensava nisso, provocava diversas reações em mim e nenhuma delas eram boas.

Me forcei a dissipar os pensamentos e acelerei o carro, indo em direção a Jones. A Duda já devia estar no escritório, nossos horários estavam totalmente confusos e nunca conseguíamos tempo para nós dois. Faziam dias desde a ultima vez que conseguimos aproveitar a presença um do outro, com calma e tranquilidade.

Pressionei as têmporas, sentindo as pequenas pontadas começarem. Essa ausência dela, estava me causando terríveis enxaquecas. Não saber como ela estava e não conseguir abraça-la com calma a noite, estava acabando comigo.

As vezes ser o dono da porra de um império, era uma verdadeira merda.

Daria tudo para conseguir trabalhar em horário comercial. Chegar em casa e encontrar minha noiva, de preferência acordada, me esperando.

E sem roupa também, se fosse possível.

Senti meu pau reclamar pela falta de sexo.

— Também tô sentindo falta... — resmunguei, ligando som a procura de algo que abafasse o barulho ensurdecedor da minha mente naquele momento.

Estacionei o carro na garagem da Jones, cerca de 15 minutos depois. Estiquei o braço até o banco de trás e peguei minha pasta, despluguei o celular do suporte e o enfiei no bolso interno do paletó.

Entrei pelo elevador de serviço, não queria ter que dar bom dia para ninguém. Esse elevador me deixaria próximo a escada de incêndios, que no caso seria do outro lado da recepção. Não estava com humor para o falatório da Andy hoje.

Recostei na parede e fechei os olhos, tentando amenizar as pontadas na cabeça. Cruzei os braços e aguardei o elevador chegar no meu andar. Só abri os olhos quando ouvi as portas de metais se abrindo, andei até a minha sala e assim que abri a porta, dei de cara com o Albert, sentado em uma das poltronas que ficava de frente para a minha mesa.

— Senhor. — Ele me cumprimentou.

— Albert. — Acenei para ele e caminhei até a minha mesa. — Pensei que só viria daqui 1 hora. — questionei, colocando a pasta em cima da mesa.

— Consegui chegar mais cedo. — Ele deu de ombros. — E o assunto é realmente sério.

Sua postura estava imparcial, quem olhava de longe não cogitaria que ele veio me dar más notícias. Albert tinha a postura militar e impenetrável, ninguém conseguia realmente entender esse homem.

Ele não era o tipo de homem que jogava conversa fora, só falava quando era necessário, mas era um funcionário extremamente leal a mim, um dos poucos que eu sei que poderia contar para qualquer ocasião.

Mas ele tinha princípios, não agia de forma alguma contra eles, por dinheiro algum.

E foi exatamente por esse motivo que ele ainda era meu funcionário de confiança a tantos anos.

Ela desembarcou no Brasil, essa madrugada. — Albert falou sem rodeios.

Soltei uma longa lufada de ar e caminhei até o meu mini bar, me servindo de uma dose de uísque.

Foda-se o horário.

Não conseguiria passar por essa merda sem a bebida.

Depois de encher meu copo, fui até a porta e girei a chave, só por precaução para que ninguém nos interrompe-se.

— Estava sozinha? — questionei, caminhando até a enorme janela.

Pelo silencio dele, sabia que a resposta seria ruim.

— Não — ele falou, depois de longos minutos calado. — Estava acompanhado do filho e de mais um homem.

Quem é o homem? — perguntei, tomando um longo gole da bebida e sentindo o liquido queimar a garganta.

Não vejo a hora desse inferno ter fim.

Só quero um pouco de paz na porra da minha vida.

— Não conseguimos descobrir ainda. — Ouvi os passos dele se afastando de mim.

Olhei de relance e o vi caminhar até o bar e pegar um pouco de café.

Não havia somente álcool ali.

A equipe de limpeza da Jones sempre deixava uma garrafa de café e uma de chá ali, todos os dias.

— Eles conseguiram despistar os seguranças e saíram pela pista traseira do aeroporto, se misturaram com a multidão e não conseguimos encontrar. — sua voz era cautelosa.

Ele sabia que haviam dado brecha para ela fugir e se culpava por isso.

Albert acompanhou de perto o processo traumático que foi para mim e para a Duda, depois que a Melissa sumiu e o Matteo morreu na cadeia.

Desconfio que a morte foi mandada, como queima de arquivo e poderia apostar minhas fichas em quem fez isso.

David.

Claro que ele pagou alguém para resolver o problema dela.

Matteo era uma ponta solta e cavou sua própria cova assim que deixou a policia colocar as mãos nele.

Ao menos ele me poupou o trabalho de ter que lidar com mais um filho da puta correndo o risco de atingir a nós.

— Mas o pessoal da policia que está nos ajudando com esse problema já estão de olho nas câmeras das ruas. — Terminei de beber o uísque e sentir os nós dos dedos latejarem pela força que eu apertava o copo. — Sei que logo vamos descobrir o paradeiro deles, senhor.

Me virei para ele e senti o corpo queimar pela minúscula possibilidade dela conseguir colocar as mãos na Duda novamente.

— E se vocês não descobrirem? — Meu peito subia e descia com força. — E se essa filha da puta conseguir colocar as mãos em mim, ou pior — gritei, sem conseguir controlar a raiva, cada palavra saia queimando a garganta. — Se ela conseguir capturar a Duda, de novo?! — Joguei o copo na parede.

Sentia todo o meu corpo tremer, a respiração estava ofegante e os batimentos descompassados. Sabia que era muito além da raiva, estava tendo um ataque de pânico.

Só pela minúscula possibilidade de perde-la.

De correr o risco dela sofrer novamente e eu não conseguir impedir o pior dessa vez.

— Encontre-a, Albert! — ordenei, apoiando as mãos nos joelhos, tentando recuperar o folego que me fugia. — Não importe o que tenha que fazer. — Ergui os olhos até ele e encarei a figura parada próximo ao bar, que ainda segurava a pequena xicara nas mãos. — Não ligo para quais meios precise usar. — falei, cerrando os dentes e travando o maxilar. — Só — Respirei fundo novamente, tentando controlar meus batimentos cardíacos. — Encontre essa filha da puta e quem mais estiver com ela!

Minha voz era a merda de um fiapo. Sentia meu corpo inteiro tremer e a cabeça rodar.

Albert apenas assentiu, terminou de beber o café, deixou a xicara no bar e caminhou até a porta. Ele segurou a maçaneta e olhou para mim.

— A gente vai acha-los, chefe! Te dou a minha palavra! — ele sussurrou e saiu da sala.

Consegui finalmente respirar com calma, sabendo que ele cumpriria sua promessa.

Afinal, ele sabia bem que a única coisa que temos é a maldita palavra.

E Albert nunca deixava de cumprir a dele.

Mesmo que para isso precisasse quebrar algumas leis pelo caminho.

Ele só não matava ninguém.

De resto...

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