Never Be The Same - Valu

By amandiiiinhaaa

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Você acredita no amor? Segundo os gregos, o amor é um sentimento dos seres imperfeitos, visto que o amor deve... More

Introdução
Capítulo 1
Capítulo 2
Capitulo 3
Capitulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Epílogo

Capítulo 12

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By amandiiiinhaaa


Olá!

Segue mais um capítulo e novos desdobramentos.

Este enredo não vai possuir muitos capítulos, por esta razão, vou deixar uma pergunta ao final da história e conto com a colaboração de todos.

Sem delongas,

Boa leitura!

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Luiza POV

Nunca havia participado de uma reunião de conselho tão tensa, como esta que foi presidida em alguns instantes anteriores. Nossa família tinha total convicção que Valentina poderia não ser bem recebida por seu pai, aquela ferida constituída há anos ainda incomodava e machucava profundamente, dores sentidas por ambos. Algo que nos surpreendeu foi a notícia de uma possível enfermidade com o avô Sartori, foi algo que presumi de todas as palavras ditas, mas, não desconsidero que exista outras histórias e inúmeras camadas. Meu pai parecia o único que sabia de toda trajetória de Valentina na Itália e suas reais intenções ao ocupar um cargo na empresa, lugar este que sempre odiou com todas suas forças e que agora, parecia fazer parte do seu DNA por completo. Além de toda tensão de um reencontro e com um documento ordinário, claro e objetivo, a postura de John foi extremamente estressante aos ouvintes presentes, parecia desejar e inflamar um conflito entre meu pai e Marcos, buscando em todos os momentos se firmar como um agente do caos com a maldade presa em suas entranhas. Obviamente Marcos deve ter se chateado com meu pai, mas isto é algo que deverão se resolver com base no diálogo e na amizade, posturas que sempre mantiveram e não serão as palavras amarguradas deste homem que provocariam uma aliança negativa. Precisava urgentemente agilizar o processo de divórcio.

Após o término desta reunião, caminhei com Valentina até minha sala buscando privacidade e esta, quando chegou, repousou seu corpo no sofá de couro preto presente no ambiente. Era nítido e quase palpável, enxergar todo cansaço físico e mental que dela emanava. Já havíamos conversado brevemente e busquei ressaltar todas as suas potencialidades que eram visíveis aos nossos olhos, mas tenho total convicção que sua mente incansável ainda trabalhava de forma frenética. Me direcionei até o frigobar que ali havia e retirei uma garrafa pequena com água gelada e lhe estendi, prontamente aceita por ela e lançando-me um de seus belos sorrisos. Ocupei um lugar no sofá calmamente ao lado de seu corpo e fiquei encarando seus belos olhos verdes e na sequência, o movimento de seus belos lábios carnudos enquanto degustava sua água. Sempre seria um enorme prazer observá-la.

- Obrigada por esta garrafa de água. – Disse, após terminar seu último gole no gargalo – Apesar que uma dose de whisky seria muito bem-vinda...o álcool seria muito bem-vindo nesta ocasião.

- Pare de reclamar e aproveite sua água. – Usei meu tom de voz brincalhão e na sequência, suspirei ao acalmar meus sentidos – Logo deverá escolher sua sala neste prédio e decorá-la...confesso que estou ansiosa para acompanhar.

- Acredita que não pensei nesta hipótese? Confesso que não tenho a menor ideia de como irei assumir esta posição... – Esta última frase me alarmou – Meu avô não considerou a inauguração do meu estúdio e empreendimento relacionados com minha carreira, quando propôs esta nova empreitada.

- É verdade...Valentina, como conseguirá manter o equilíbrio com estas grandes responsabilidades? Estas demandas irão sobrecarregá-las e não quero que descuide da sua saúde...não quero vê-la infeliz.

Senti quando seu corpo se ajeitou e sentou-se sob o sofá, deixando nossos rostos próximos, aproximando seus dedos do meu rosto e assim, retirando uma madeixa solta de meus cabelos, ação que fez meu corpo todo esquentar.

- Meu coração se aquece ao perceber que ainda se importa comigo...igual quando éramos crianças. Isto me deixa feliz. – O sorriso não estava presente apenas em seus lábios, seus olhos pareciam sorrir em conjunto com sua boca, deixando que o brilho ali presente, penetrasse minha alma com o olhar. – Quero que leve estas palavras contigo e entenda toda seriedade impressa... Não se preocupe, vou conseguir administrar este novo desafio e aproveitar o trabalho e profissão que realmente amo. Minha equipe está para aterrissar em Miami e toda sua ajuda será benéfica. Confie em minhas palavras, preciso apenas que esteja ao meu lado dentro desta empresa.

- Estarei ao seu lado para o que necessitar, Valentina...sempre e para sempre.

Quando estávamos aproximando nossos rostos e já conseguia sentir sua respiração em meu rosto, minha porta foi aberta bruscamente, fazendo com que nos afastássemos e encarássemos quem seria o responsável. Claro que toda selvageria era proveniente do meu "marido", que encarava nossa proximidade com ódio e afrouxava a gravata como se desejasse respirar. Valentina afastou meu corpo com cuidado e ficou em pé no centro da sala, devolvendo a encarada raivosa do homem estancado em sua frente.

- Quer dizer que vou ter o desprazer em olhar para seu rosto nesta empresa? – Discursou em tom de zombaria e se posicionando cada vez mais próximo do corpo de Valentina – Imaginá-la nestes corredores, provoca algo descomunal dentro de mim.

- Então, deveria começar a trabalhar esta junção de emoções, porque você irá identificar minha presença corriqueira por esta empresa. – Rebateu – Espero que este sentimento dentro de si, não tenha se originado da surpresa com minha presença, isto é extremamente normal...esqueceu que faço parte do conselho como herdeira direta? Estou ocupando um lugar que sempre foi e será de minha família.

- Utilizando sua carta familiar? Sério?

- Não preciso utilizar minha justificativa familiar...deixo apenas claro, minha posição de direito nesta empresa, ocasionalmente, fomentada por laços sanguíneos. Argumento válido e totalmente diferente, quando pensamos na sua permanência neste local. Ao contrário do que imagina, trazer o assunto de minha família não me envergonha...envergonharia se estivesse nesta empresa escorada em alguém, como você está em Luiza...correto?

- Sua... – John se aproximou ainda mais do corpo de Valentina e sua mão direita agarrou o braço da jovem mulher com extrema força.

- Quer um conselho, John? – Os olhos verdes acompanharam a imagem até a mão em seu braço, devolvendo na sequência, um olhar sério e compenetrado em direção ao homem – Comece a andar na linha, não quero fazer uso do meu poder diante do conselho para sua exoneração, acho que teria muito para perder, correto? – Presenciei quando o homem engoliu seco ao final destas palavras – Fora que, não quero machucar novamente seu deplorável rosto.

John soltou lentamente o braço de Valentina, mantendo os olhares presos e toda tensão do lugar, através do tecido de sua camisa, era quase perceptível notar os batimentos acelerados de seu coração acompanhado da rápida respiração audível. Valentina, por outro lado, estava tranquila e inabalável, mas, toda sua aura de tranquilidade foi substituída por uma imagem jamais vista, uma mulher incisiva, forte e ameaçadora.

- Acha que consegue? – Desafiou o homem. – Além de me desrespeitar, agarrando minha mulher, ainda acredita que pode me parar?

- Não deixo palavras ao vento...o hematoma em seu rosto comprova minha afirmação. – A mulher de olhos verdes caminha em minha direção e fica ao meu lado, ainda encarando firmemente o homem raivoso. – Agradeço sua preocupação com a empresa, com minha chegada, mas deve deixar conosco, os verdadeiros donos desta empresa, qualquer decisão cabível e imutável. Sobre seu casamento, quero deixar claro que não estava "agarrando sua esposa" como mencionou, respeito Luiza...por amá-la, jamais iria cometer um ato que lhe desonrasse, ficarei ao seu lado quando estiver livre de urubus e amarras. Agora, por favor... – Movimentou o braço e com as mãos, indicou a saída de minha sala – Creio que tenha inúmeros trabalhos. – John bufou uma última vez e relutante, seguiu em direção a saída – Um novo conselho... – Ele parou em frente a porta com a mão na maçaneta e ouviu – Espero que não incomode, Luiza...se tenho em meu interior uma força para lutar por minha empresa e família, por Luiza e Léo, me torno um animal descontrolado perante meus inimigos...fica a dica.

Presenciei John encarar Valentina por uma última vez e deixar a sala com uma expressão estranha e aparentemente maléfica, algo nunca presenciado. Algo jamais presenciado também foi a postura exercida por Valentina, estava extremamente imponente e com a voz grave e incisiva, seus olhos verdes pareciam com o olhar de um felino predador, ao mesmo tempo em que sua mente parecia fervilhar. A jovem mulher caminhou até a mesa de centro que havia depositado a garrafa e bebericou mais um pouco de sua água e sua feição, logo, voltou para aquela expressão amorosa e tranquila sempre nutrida.

- Lu? – Sou despertada de meus pensamentos com sua doce voz – Queria lhe pedir um favor...poderia me apresentar a empresa? – Claro! Quando foi embora, a empresa não possuía esta magnitude e potencial, era um cenário estranho e completamente desconhecido para ela e me despertava uma sensação feliz, ao saber que confiou em mim para esse desbravamento.

- Sem problemas! – Exclamei feliz – Confia em mim para um informativo passeio por toda empresa, senhorita Sartori?

- Confio minha vida em suas mãos, senhorita Castelli.

Motiva e revigorada com suas palavras, caminhamos pelos corredores de maneira tranquila com Valentina ao meu lado, esta, extremamente curiosa e atenta em cada detalhe, fazendo perguntas em todos os pontos de paradas. Durante nossas conversas, era notável o sentimento de orgulho quando mencionava todo trabalho realizado por nossos pais, apesar de não ter seguido nossa profissão, ela parecia sentir o esforço impregnado em cada uma destas paredes. Algumas vezes, buscou seu celular e fotografou alguns espaços que dizia chamá-la para estes registros, cena engraçada quando penso que seu pai já havia dito que estes dois mundos nunca se encontrariam.

Não me surpreende também, o fato de Valentina atrair olhos curiosos e suspiros encantados com sua beleza, os homens pareciam querer chamar sua atenção e as mulheres debatiam qualquer assunto para ouvirem sua voz. Sua beleza nunca passou despercebida e quando conhecíamos, comprovávamos que toda beldade também existia no seu interior. Sentadas em um dos bancos da cafeteria da empresa, observava-a conversar com uma das auxiliares de cozinha que ficara interessada pela carreira de Valentina, alegando ter acompanhado seu trabalho em algumas revistas, a garota babava com suas palavras, mas, jamais poderia julgá-la.

- Vejo que os boatos eram reais...Valentina Sartori está entre nós.

Caminhando em nossa direção estava uma estonteante mulher, loira, usando um vestido até os joelhos em tom de azul marinho, sapatos de salto pretos e com os lábios pintados em vermelho, esta, Alexandra Ollietti, responsável por nosso setor trabalhista. Nunca gostei de Alexandra, era uma mulher rasteira e deselegante, sempre queria deixar desenhado para todos sua posição dentro da empresa, menosprezando os demais funcionários e suas importantes funções. Não havia espaço para soberba.

- Vou me apresentar, já que Luiza não fez esta gentileza... – Alexandra estendeu a mão em cumprimento em direção da Valentina, ostentando um sorriso que parecia querer rasgar sua face, seus olhos analisaram seu corpo minuciosamente e me incomodou profundamente esta inspeção. – Alexandra Ollietti...diretora do setor trabalhista. – Logo sua mão estendida foi recebida – Fico feliz em conhecer a famosa, Valentina Sartori.

- Muito prazer...não tinha ideia que era famosa por estes corredores.

- Famosa e quase uma lenda...quase, porque meus olhos estão vislumbrando a beleza de sua presença, mas não retiro famosa, afinal, estou com o grande talento da fotografia mundial, premiada e aclamada por vários veículos de comunicação e especialista de sua área. – O tom de sua voz me causava náuseas e presenciar seu corpo próximo ao meu grande amor, acendia uma irritação descomunal em meu interior – Está visitando e verificando os louros de sua herança?

- Herança... – Sorriu rapidamente em tom e sinal de deboche – Esta é a segunda vez que escuto esta palavra e com sua mesma impregnação e sentido. – Valentina terminou seu suco de laranja e entregou o copo para atendente, lhe agradecendo e lançando uma piscadela em sua direção, o que com toda certeza será lembrada por esta garota. – Esta não é minha herança, srta. Ollietti...tudo o que foi conquistado pertence ao meu pai, Augusto e demais colaboradores, minha herança está em minhas pequenas e próprias conquistas. Observando toda engrenagem de funcionamento deste local, fico contente que as ambições de meu pai se realizaram.

- Nossa! Ouvir estas análises e toda admiração em sua voz sobre o trabalho de seu pai, me surpreende, mesmo com as divergências entre ambos. – Suas últimas palavras me surpreendem. Como Alexandra poderia ter conhecimento desta relação familiar?

- Por que pressupõe sobre a relação familiar dos Sartori? Está divagando suposições e interferindo demais na visitação de Valentina. – Quando percebi, minha boca esbravejou tudo o que minha mente orquestrou.

- Ainda está aqui, Luiza? Havia me esquecido ligeiramente de sua presença. – Que mulher insuportável! – Peço desculpas se estou atrapalhando sua experiência, Valentina...sobre sua relação com seu pai, sinto muito se analisei ao longo do tempo, as poucas vezes que ouvi seu nome, me perdoe. Espero poder me redimir em algum momento, caso lhe ofendi, talvez um jantar...

- Infelizmente não será possível... – Precisava encerrar esta conversa antes que o descontrole assumisse meu corpo. – Valentina está se adaptando novamente em Miami e estamos com vários compromissos, certo? – Olhei para Valentina que apenas assentiu em surpresa. Agarrei sua mão e já começava me distanciar daquela mulher. – Vamos, Vale...nossa família está aguardando para o almoço.

Valentina se levantou do banco e aproximou-se de Alexandra, estendendo sua mão direita em despedida, o que foi especialmente recebida por esta mulher oferecida encarando novamente todo seu corpo maliciosamente.

- Como disse Luiza, precisamos seguir para alguns compromissos pessoais, espero que ocorram novas oportunidades para conversarmos sobre a empresa...foi um prazer, srta. Ollietti. – Valentina só podia estar maluca. Precisava de tantos sorrisos e simpatia?

- Não se preocupe, imagino que deva ser uma pessoa super ocupada, fique tranquila. Acredite, vou fazer de tudo para encontrá-la novamente e espero, conversar outros assuntos além de todas as demandas empresariais.

Confesso que neste instante esqueci toda a educação que recebi de meus pais, simplesmente não esperei qualquer cumprimento final, agarrei a mão de Valentina e deixamos minha colega de trabalho sozinha no local. Alexandra sempre nutriu uma rivalidade transparente com minha pessoa e decisões, era intragável e ambiciosa, queria habitar no trabalho como uma parasita que busca competição, além do fato de que acredita que os altos cargos permitem um distanciamento com os demais. O que me irritava neste momento é que a cabeça de vento de minha melhor amiga, parecia não ter raciocinado todos estes sinais durante sua empolgada conversa.

- Por que está com essa expressão? – Respirei fundo para não perder o foco no trânsito enquanto seguia para casa de meus pais, minha real vontade era esganar a dona destes belos olhos verdes. – É resultado de minha conversa com Alexandra?

- Alexandra? Já sentiu-se íntima de uma mulher que viu e conversou hoje pela primeira vez? Que surpreendente... – Observei de canto de olhos, Valentina esboçar um sorriso discreto e zombeteiro.

- Este é o nome dela, certo? – Não me provoque, garota. – Você fica engraçada com ciúme, Lu...é muito divertido. – Sorri.

- Me lembre, quando estiver com os papéis do divórcio e solteira, ignorar completamente sua presença, posso até lhe entregar o número de Alexandra, talvez seu lugar esteja ao lado dela.

Estacionei meu carro em frente a casa de meus pais e deixamos o veículo juntas, ativei seu alarme e caminhei tranquilamente até a entrada, mas o que me impediu de abrir o portão foi um braço colocado ao final de meu destino. Quando olhei para o lado, encontrei uma Valentina leve e fora de órbita, parecia sonhar de olhos abertos, uma imagem linda de presenciar e analisar. Encontrando finalmente seu olhar com o meu, um sorriso surge e aquece meu coração.

- Você já está inserindo nossa futura relação em seus planos? Consegue me imaginar ao seu lado? – Não consegui manter a pose de durona e logo, me derreti com toda doçura de sua voz.

- Valentina... – Toquei a lateral de seu rosto e percebi o quanto estava quente – Sempre estará em todos meus planos futuros...não pretendo deixá-la ir embora mais uma vez de minha vida. Pretendo resolver todo processo de divórcio o mais rápido possível, John parece não se importar com o filho e fica claro que minha posição como esposa é interessante dentro dos negócios, por esta razão, preciso ser rápida no fim deste casamento. Além disso, estou ansiosa para descobrir o verdadeiro significado da felicidade ao seu lado.

- Fico feliz em ouvir estas palavras e ansiosa para realizar todos os seus sonhos. – Neste momento, o rosto de Valentina está bem próximo, a ponta de seu nariz toca o meu e sua respiração é sentida. Estou louca de vontade de provar seus lábios e vejo pelo direcionamento de seu olhar, sei que sente o mesmo. Ela se aproxima cada vez mais... – Sabe para que estou ansiosa? – Nego com a cabeça e observo esta estonteante mulher umedecer seus lábios. – Estou ansiosa para provar o banquete que sua mãe preparou.

Consigo sentir em minha face apenas o ar ocasionado pelo movimento do corpo de Valentina, que me deixou sozinha e adentrou a casa de meus pais levando consigo, uma risada audível e sorriso brincalhão. Garota estúpida! Prometo que na próxima vez, deixo Marcos lhe estrangular durante seus próximos encontros. Pensando melhor, preciso dela ao meu lado para provar aqueles doces lábios que sempre dominaram meu imaginário desde adolescência. O efeito desta mulher em minha vida é devastador.

....

Valentina POV

Estava há algum tempo na cozinha com Sônia, Sara e demais secretárias da casa, o cheiro estava maravilhoso e provocava em minha barriga os mais variados sons. O patriarca da família Castelli encontrava-se na sala com suas duas filhas mais velhas, obviamente, Luiza não perdeu a oportunidade de me ignorar e provocar meu corpo, esbarrando e tocando em minha pele "sem querer", parecia querer iniciar uma "guerra" silenciosa com meu limite. Estava adorando esta sua versão.

- Hoje nosso cardápio será todo italiano, solicitei que fizessem o melhor para recebê-la devidamente nesta casa. – Disse Sônia me abraçando pelos ombros e depositando um beijo em minha cabeça, era uma sensação de aconchego e lar. – Nosso menu irá contar com ravioli recheado com queijo, arancini com presunto e queijo e, como sobremesa, gelato de morango...se minha memória não me enganou, seu sabor preferido.

- Só por todo aroma desta cozinha, tenho certeza que tudo estará saboroso...muito obrigada aos envolvidos. – Agradeci todos que ali estavam presentes.

- Nós que devemos lhe agradecer. – Exclamou Sara ao me abraçar de lado, toda feliz e empolgada. – Adoro a gastronomia italiana e sua presença só contribuiu.

- Que bela festa nesta cozinha! Vejo que está bem feliz, irmãzinha. – Luiza adentrou a cozinha e ficou parada atrás de meu corpo e sutilmente, senti sua mão apertar minha cintura no instante em que Sara desmanchou o abraço. – Espero que Valentina sempre apareça nesta casa, parece que todos se inundam de felicidade.

- Também espero que sua presença seja constante, Valentina. – Falou Sônia – Sentimos sua falta e precisamos aplacar toda saudade de longos anos. Agora, vamos para a sala de jantar e saborear este maravilhoso almoço.

As mulheres presentes na cozinha se dirigiram para o local de nossa degustação, Luiza buscava tocar em meu corpo discretamente e causava-me alguns risos com sua audácia. Augusto e Sônia ocuparam as pontas da mesa; Carol sentou-se ao lado direito da mãe com Roger, finalmente fomos devidamente apresentados; Sara ocupou o assento esquerdo; Luiza sentou-se do lado esquerdo do pai com Léo ao seu lado e meu lugar, mesmo que por instantes possa ter me provocado timidez, estava marcado também ao lado direito de Augusto; logo, estávamos saboreando o delicioso banquete proporcionado por todos os integrantes da casa dos Castelli.

- Gostou da comida italiana, Léo? – Perguntou Sara observando o sobrinho com molho por toda bochecha, era fofa esta visão. – Sabia que cada preparo pertence ao país da Valentina?

- Claro, tia Sara! – Exclamou o pequeno empolgado – A tia Valentina já me explicou que nasceu em outro lugar e fala outras palavras. – Sua simplicidade arrancou risos de todos os presentes. – Você disse que iria me ensinar a falar como você, não é tia? Até usar aquela máquina engraçada...

- Não se preocupe, Léo...vou te ensinar tudo o que aprendi, irá adorar conhecer um pouco do meu mundo. – Pisquei em direção ao menino sapeca e aqueci meu coração com sua agitação para estar ao meu lado, esse garoto já havia me conquistado de inúmeras formas.

- Realmente, os Castelli não resistem ao charme de Valentina Sartori.

Após esta fala de Sara, todos voltamos a saborear estas delícias e conversar sobre rotinas e claro, sobre os desdobramentos da reunião de conselho e minha chegada na empresa. Agradeci profundamente o apoio de Augusto e demonstrei minha preocupação com o relacionamento empresarial entre ele e meu pai e, obviamente, com a amizade construída ao longo dos anos. Meu amigo me confidenciou que tiveram uma breve conversa e que meu pai aparentou uma calma assustadora e curiosa, mas que em nenhum momento se mostrou furioso ou zangado com sua postura. Esta reação seria algo para ser observada.

- Gostaria de conversar com você um pouco mais a tarde, Augusto...se possível. – O homem assentiu positivamente e deixou a colher com gelato repousar em sua taça para dirigir-se ao meu pedido.

- Obviamente. Preciso conversar com você sobre alguns assuntos também, não será um incomodo.

- O que tanto conversam? Se estes encontros possuem relação com a empresa, acho que nós poderíamos fazer parte. – Se pronunciou Carol ganhando um olhar sério de seu pai.

- Estes assuntos são particulares, Carolina...não deve se preocupar, quando for algo sobre a empresa, todos terão ciência de nossos passos.

O silêncio se fez presente e percebendo o clima originado, Sônia começou a relatar sobre suas viagens e as diversas culturas conhecidas e vivenciadas, era extremamente interessante estar neste processo de imersão apenas com suas falas. Léo já saboreava seu gelato de morango sentado em meu colo, questionando-me sobre o significado de algumas palavras e localidade de países; os demais, começaram uma conversa paralela. Notei rapidamente quando uma secretária aproximou-se de Augusto e lhe disse algo discretamente, em consequência o homem deixou o recinto e ausentou-se por poucos minutos, quando retornou, trouxe consigo um novo embate.

- Quanto tempo, Valentina...

A senhora loira e elegante, estava parada ao lado de Augusto com toda sua imponência e surpreendentemente com lágrimas nos olhos.

- Olá, mãe.

Nesse momento, escutava internamente as sábias palavras de meu avô: Quando o destino quer agir, não importa hora, lugar ou velocidade, seria concluído aquilo que já está escrito.

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Como mencionei, não será uma fanfic extensa, mas, totalmente pontual e sem rodeios. Por esta razão, já estou com um planejamento maior e orquestrado para um novo enredo, gostaria muito de entender quais seriam seus anseios para uma nova temática, conforme explicitada abaixo:

1 - Um enredo policial;

2 - Enredo medieval com reis e rainhas;

3 - Enredo sobrenatural com foco em vampiros.

Deixem nos comentários, além do feedback do capítulo, qual número corresponde a temática desejada. Como não pretendo estender além do necessário essa coleta, deixarei em aberto durante uma semana para comentários com esta escolha. Caso queriam colocar o motivo da escolha, acharei interessante e serei grata.

Desde já agradeço, espero que tenham gostado do capítulo e até a próxima.

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