A Aposta - JJ Maybank

By obx_mikaelson

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Elizabeth Petrova é uma adolescente de 17 anos, vive em Outer Banks curtindo ao máximo tudo que a ilha tem a... More

𝐀𝐩𝐫𝐞𝐬𝐞𝐧𝐭𝐚çã𝐨
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𝕰𝖕𝖎𝖑𝖔𝖌𝖔 - 𝕻𝖆𝖗𝖙𝖊 2
𝕬𝖌𝖗𝖆𝖉𝖊𝖈𝖎𝖒𝖊𝖓𝖙𝖔𝖘
𝕬𝖛𝖎𝖘𝖔

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By obx_mikaelson

𝑹𝒂𝒇𝒆

Sai do hospital chorando e com raiva, cinco meses indo todos os dias no hospital, ficando horas sentando naquela poltrona implorando pra Lizzie ficar bem e agora ela ia morrer. Ao mesmo tempo que eu perdia as esperanças a cada semana que se passava, eu também criava mais esperança, porque tinha sido mais uma semana que a Lizzie tinha passado viva, podia até não ter nenhum sinal de melhora, mas também não tinha de piora. Eu tinha me iludido tanto quando vi os dedos dela mexerem, mas talvez era só um sinal dela entrando em colapso, a cena da enfermeira fazendo massagem cardíaca na Lizzie e o barulho do aparelho cardíaco tinham se fixado na minha mente.

Sobrevivi esses meses porque me agarrava na esperança da Lizzie acordar, deu voltar a ter minha melhor amiga, mas tudo parece acabado, ela vai morrer sem saber que eu melhorei, ela vai morrer sem nem termos feito as pazes direito, nem sabia se ela tinha me perdoado de verdade, se a gente ia realmente ficar bem e agora essa dúvida me seguiria pro resto da minha vida.

Estava tão nervoso que preferi não subir na moto, estava indo pra casa a pé, tentando acalmar meus pensamentos durante o caminho, mas era impossível. Estava vivendo esses meses sem a Lizzie, mas ainda sabia que ela estava ali no hospital, ainda podia visitar ela, falar com ela, mas se ela morresse eu perderia ela definitivamente, nunca mais ia ver ela, ia precisar me acostumar a viver 100% sem ela e isso me assustava, eu era amigo dela desde dos 8 anos, quase meus 9, eram 11 anos de amizade, não existia Rafe sem a Lizzie.

Pensar nela me trazia lembranças.

Flashbacks

~9 anos atrás

-Oi Docinho -Lizzie fala entrando no meu quarto

-Do que você me chamou?

-Docinho...você sempre me chama de Pequena, resolvi te dar um apelido também -Lizzie fala

-Docinho? Esse apelido é péssimo

-Claro que não, olha...eu tava vendo as meninas super poderosas e a Docinha é igual você, chata, rabugenta, nervosa, agressiva, mas ao mesmo tempo é frágil, carinhosa, corajosa e um amorzinho de pessoa -Lizzie fala

-Serio? Você me deu um apelido das meninas super poderosas? Só pode ta zuando com a minha cara

-Para de ser chato, é bonitinho e eu gostei, então se acostuma Docinho -Lizzie sorri e eu reviro os olhos

~2 anos atrás

Passei os últimos meses ensinando a Lizzie a dirigir e a pilotar, confesso que quando ela me pediu eu não gostei muito da ideia, eu não tenho muita paciência e a Lizzie acha que o mundo precisa se adequar as regras delas, isso inclui as leis de trânsito. Mas no fim foi legal, ela até que foi uma boa aluna e pra comemorarmos, resolvemos fazer uma viajem, um acampamento só nós dois.

Ela comprou uma moto, então pegamos duas mochilas grandes e saimos de moto rumo a algum lugar pra acampar, mais ao norte da ilha tinham umas colinas bem altas cheias de árvore, era o lugar perfeito. Arrumamos as barracas numa clareira que tinha uma visão clara do céu.

Já tínhamos jantando e a Lizzie me obrigou a deitar no chão e olhar pro céu, ela dizia que relaxava, eu achava loucura, mas pra não irritar ela eu deitei. Ficamos olhando o céu por um tempo, ela me mostrou as constelações que sabia e do nada uma estrela cadente passou, olhei pro lado e vi a Lizzie fechar os olhos e cruzar os dedos fazendo um pedido.

-O que você pediu?

-Que a gente tenha mais momentos assim -Lizzie me olha- Nós dois, bem, felizes, relaxando...que mesmo daqui 50 anos a gente ainda faça coisas assim juntos -Lizzie fala

-Meio brega né -falo e dou risada da cara dela

-Eu sendo fofa e uma boa amiga e você sendo um ogro -Lizzie vira o rosto, olhando pro céu

-Era brincadeira...se depender de mim, daqui 50 anos eu vou ser um velho gostosão e você vai ser uma velha meio acabadinha, mas ainda vai conseguir andar de moto e a gente vai fazer muito dessas viagens juntos, você não vai se livrar de mim fácil

Lizzie da risada e me olha

-Você é o mais velho, então eu vou ser a gostosona e você o velho acabado -ela fala rindo

-Cala a boca -reviro os olhos

-Aceita a verdade velhote -Lizzie da risada

-Velhote é seu vô, eu só tenho 18 anos, to super enforma ainda

-Mas já tem o humor de um senhor rabugento de 80 anos, Docinho

Reviro os olhos de novo

-Ainda odeio esse apelido

-Eu sei -Lizzie fala sorrindo

Flashback off

Dou um sorrisinho, eu odiava quando ela me chamava de Docinho, era uma comparação horrível e um grande deboche, mas agora daria tudo pra ouvir ela me chamando assim se novo. Seco o rosto com as costas da mão, doia tanto lembrar disso, pensar que a gente imaginava que iriamamos envelhecer juntos e continuar amigos pra sempre. Na época da viagem eu tinha 18 anos e a Lizzie não chegou nem nessa idaide, ela até tinha feito 18, mas nunca comemorou, nunca viveu esses 18 anos e não vai viver os 19, ou os 20, ou os 50...eu vou envelhecer e ela vai sempre ter 17.

Isso era mais uma coisa que me assustava, se daqui 20, 30 anos eu ainda sentiria essa dor quando pensasse na Lizzie, como seria daqui pra frente, como seria quando chegasse o aniversário e não ter nada pra comemorar, como vai ser quando eu tiver filhos e eles nunca conhecerem a garota que salvou minha vida inúmeras vezes? Como eu podia viver sem ela? Como ia conseguir seguir em frente num mundo onde ela não existiria mais? Essas perguntas não tinham resposta, eu não sabia, me sentia perdido.

Estava tão perdido nos meus pensamento que quando percebi já estava em casa. Ando até o jardim, indo até a árvore que um dia foi onde tinha a casa da árvore, o lugar onde tudo começou.

Flashback

~10 anos atrás

Meu pai tem uma nova namorada, na verdade uma nova esposa, ela iria se mudar pra nossa casa amanhã e por causa disso meu pai resolveu tirar todos os retratos ou qualquer outra coisa que fosse da minha mãe da casa, claro que eu não deixei, ele não podia tentar apagar ela dessa forma, não era porque ele tinha uma nova pessoa que eu teria outra mãe, ele podia apagar ela da sua vida mas minha mãe sempre faria parte da minha vida, aquela casa era minha também, eu tinha direito de ter fotos dela pela casa.

Mas ele não concordava com isso, ele disse que a casa era dele e ele tinha sim o direito de guardar as coisas da minha mãe, que ele não estava pagando ela e sim seguindo em frente, e o pior, ele disse que eu não conseguia desapegar em seguir em frente por culpa, porque eu sabia que ela tinha morrido por minha causa.

Aquilo acabou comigo, eu não tinha culpa, não tinha...ficava repetindo isso na minha cabeça. Corri pra casa na árvore, me sentei no canto e chorei.

-Oi Rafe -Lizzie entrou

Tentei disfarçar limpando o rosto mas ela percebeu

-O que aconteceu? -ela fala se sentando do meu lado

-Nada -falo baixo

-Somos amigos, pode me falar -ela segura minha mão

-Meu pai -volto a chorar- Lizzie você acha que é minha culpa minha mãe ter morrido?

-Que? Não! Você me disse que foi um acidente de carro, você é crianças Rafe, não dirige, então a culpa não é sua -Lizzie fala

-Mas ela tava indo me buscar no Cut, se eu não tivesse fugido da aula, se eu tivesse sido um bom filho ela ainda estaria viva...meu pai ta certo, a culpa é minha e é por isso que não consigo esquecer ela, a culpa não deixa -falo chorando

-Claro que não Rafe -Lizzie toca meu rosto e me faz olhar pra ela- Você foi e é um ótimo filho, você fez uma brincadeira de crianças fugindo da escola, mas isso não te torna culpado pela morte da sua mãe, nunca mais fala isso

-Você não entende Pequena...doi muito, eu sinto saudade dela, me sinto sozinho, abandonado, meu pai não gosta de mim e se ele pudesse me jogaria na rua

-Hoje você só ta falando besteira...você não ta sozinho, eu to aqui -Lizzie fala me olhando

-Você ta aqui agora, você é garota, daqui a pouco arranja amigas meninas e me esquece, talvez até volte a ser amiga da Sarah de novo, logo que ela é a senhora perfeição...eu sei que isso não vai durar, você vai se cansar, vai arranjar alguém melhor e eu viu ficar sozinho

-Claro que não -Lizzie seca meu rosto e senta na minha frente segurando minha mão- Mesmo quando eu era amiga da Sarah, eu ainda me sentia sozinha, mas com você eu nao me sinto mais assim, você é meu melhor amigo Rafe e esse um ano só provou isso...a gente é igual, um precisa do outro e vamos ser amigos pra sempre -Lizzie fala

-Você tem oito anos, fácil falar que vai ser pra sempre, mais não estamos num filme de princesa

-Então vamos fazer uma promessa, Mary me disse que nunca se pode quebrar uma promessa. Repete o que eu falar -concordo com a cabeça- Eu prometo

-Eu prometo -falo

-Sempre estar do seu lado, não importa o que aconteça ou quanto tempo passe, vamos ser amigos pra sempre -Lizzie fala

-Sempre estar do seu lado, não importa o que aconteça ou quanto tempo passe, vamos ser amigos pra sempre -falo

-Agora a gente sela com o dedinho -Lizzie estica o dedinho pra mim e eu faço o mesmo, entrelaçando nossos dedinhos- Agora é oficial e essa promessa nunca pode ser quebrada -Lizzie fala sorrindo pra mim

-Eu nunca vou quebrar ela -sorrio pra ela- Obrigada Pequena

-É pra isso que melhores amigas servem

~7 anos atrás

Eu e a Lizzie estavamos em frente a casa da árvore, meu pai resolveu destruir a casa, ele disse que não tinha mais nenhuma criança em casa e não tinha mais necessidade da casa. Por mais que eu e a Lizzie não fossemos mais tanto na casa da arvore, ela ainda significava muito pra gente.

-Trouxe a faca? -Lizzie pergunta

-Sim -falo mostrando

Eu e ela resolvemos deixar marcado nossos nomes, em homenagem a casa da árvore e o que aquele lugar significava pra nossa amizade. Quando terminamos de escrever, Lizzie me olhou e segurou minha mão.

-Hoje o lugar onde nossa amizade começou vai ser destruído e talvez daqui a alguns anos essa árvore seja derrubada, mas diferente deles, nossa amizade é pra sempre -Lizzie

-Pra todo o sempre -falo olhando pra ela

Lizzie sorrio levemente e vejo seus olhos marejarem, abraço ela e beijo o topo da cabeça dela.

Flashback off

Toco as marcas na árvore, ela ainda estava ali, assim como nossos nomes. Sinto mais lágrimas caírem, sempre imaginei que nossa amizade duraria mais que essa árvore ou mais que qualquer coisa, quando era mais novo achava que por causa da promessa éramos inseparáveis, mas tudo isso so provava o contrário, eu não teria a Lizzie pra sempre, na verdade estava bem longe de ter nosso pra sempre, estava perdendo ela cedo demais e eu não estava pronto pra isso, não estava pronto pra dizer adeus.

Sento no chão encostado na árvore, apoio a cabeça no tronco e choro.

-Rafe

Ouço a voz da Sarah e abro os olhos, a garota estava em pé na minha frente, ela se abaixa e me olha

-JJ contou o que aconteceu, eu sinto muito -Sarah fala

-Não importa Sarah, ela vai morrer de qualquer forma

-JJ disse que o medico deixou vocês se despedirem dela, todos os pogues estão indo por hospital, pra apoiar o JJ e eu to aqui pra te apoiar -Sarah fala colocando a mão na minha perna

-Fala sério Sarah -reviro os olhos e tiro a mão dela da minha perna- Não são cinco meses que vão fazer a gente ser os melhores irmãos do mundo, a gente não briga mais, idai? Isso só porque você vive mais no Castelo do que aqui e eu to ocupado com a terapia ou com a Lizzie no hospital...mas nada mudou, você ainda me odeia e me acha um monstro

-Ta errado Rafe, se eu te odiasse não iria aqui...sei que tenho passado tempo demais no Castelo, desculpa, deveríamos nos unir mais agora que somos só nós três, eu deveria ter te apoiado mais -Sarah fala

-Não quero sua pena ou que ache que tem alguma responsabilidade comigo

-Não é pena, caramba Rafe, se abre comigo...eu to aqui pra te ajudar, ficar do seu lado, porque você é meu irmão mais velho e por mais que você tenha me machucado e feito muita coisa ruim, eu acredito na sua mudança e te amo, você é minha família e eu sei o quanto a Lizzie significava pra você

-Não sabe...todos vocês sempre acharam que a Lizzie me amava mais, que eu era um péssimo amigo e que não me importava com ela...mas eu amo ela, ela é tudo que eu tive por anos, ela é minha luz, minha estrela guia, meu lar, minha família e agora ta morrendo -olho pra Sarah chorando- Isso doi muito Sarah, é como se uma parte de mim estivesse morrendo, como se um pedaço do meu coração fosse arrancado

Sinto a Sarah me abraçar, retribui apoiando minha cabeça no ombro dela

-To com medo Sarah...medo de recair, de voltar a ser o outro Rafe e eu não quero isso, quero continuar melhorando, mas ta doendo tanto que minha vontade é ficar tão chapado ao ponto de esquecer tudo isso, só pra parar de doer -falo chorando

-Eu to aqui pra impedir que você tenha uma recaída, você não ta nessa sozinho Rafe, vou ficar do seu lado, vamos enfrentar isso juntos -Sarah fala

Solto ela, limpo o rosto e olho ora loira.

-Obrigada Sarah

-De nada -ela sorri- Agora vamos levantar, você precisa ta lá com a Lizzie agora

Concordo com a cabeça e levanto. Tinha chegado a hora de dizer adeus.

~~••~~••~~••~~••~~~~••~~••~~••~~••~~
Oiiii

Espero que os Flashbacks não tenham ficado confusos. Adoro fazer eles e mostrar um pouquinho como eram as coisas, principalmente a amizade da Lizzie e do Rafe antes.

Claro que os principais da fic são o JJ e a Lizzie, mas o Rafe é um personagem muito importante, por isso dou um foco pra ele as vezes

Espero que estejam gostando dos capítulos e que gostem dos próximos

Beijinhos 😘

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