𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 18

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𝑳𝒊𝒛𝒛𝒊𝒆

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𝑳𝒊𝒛𝒛𝒊𝒆

-Vocês estão juntos?

Ainda estava encostada no batente da porta observando o quintal, onde a poucos minutos JJ estava. Me assusto me virando e vendo Mary parada na entrada da sala.

-Eu e o JJ? Claro que não

-Não pareceu, vi vocês se beijando

-Está espiando?

-Vocês nem se esconderam

-Não ta rolando nada

-Se você está falando, acredito -ela fala dando um sorrisinho

-Mary to falando sério, não tem nada rolando...vou subir e você não fique com ideias erradas

-Não prometo nada -ela volta ora cozinha

Subo pro quarto e me jogo na cama, sempre que tinha furacões a energia acabava e a ilha ficava um caos completo, demorava pelos menos dois dias para as coisas voltarem ao normal. Aproveito pra deixar meu celular carregado e dar uma olhada nas minhas redes sociais.

Estava passando pelas postagens do Instagram quando meu celular vibra e vejo a notificação de mensagem, era do JJ.

Estava passando pelas postagens do Instagram quando meu celular vibra e vejo a notificação de mensagem, era do JJ

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Assim que termino minha conversa com o loiro, levanto da cama indo até o banheiro, tomo um banho quente e demorado

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Assim que termino minha conversa com o loiro, levanto da cama indo até o banheiro, tomo um banho quente e demorado. Já estava trocada e deitada na cama, o vento la fora estava forte. Odiava tempestades, desde pequena sempre tive medo, normalmente em dias assim o Rafe vinha dormir comigo, me lembro da primeira vez que ele veio até o meu quarto.

Eu tinha oito anos, ele já sabia sobre meu medo, haveria uma grande tempestade com um provável ciclone, estava morrendo de medo, então alguém bateu na minha janela e quando abri o Rafe estava lá segurando um coelho de pelúcia azul. Ele entrou e me deu o coelho, disse que quando eu sentisse medo e ele não pudesse estar la, eu poderia abraçar o coelho e me sentiria mais corajosa, naquela noite dormimos eu, o coelho e o Rafe na cama.

O coelho já não estava mais comigo, dois anos depois, em uma das brigas entre o Rafe e o Sr.Cameron, ele estava chorando e com medo, o pai tinha batido nele, então eu dei o coelho pra ele falando que daria coragem. Claro que nunca foi o coelho, o que dava coragem e fazia a gente se sentir melhor era a companhia um do outro, mas agora eu estava aqui sozinha, com o mundo prestes a cair do lado de fora da minha janela.

Ouço batidas na minha janela, levanto da cama praticamente me arrastando até a janela, assim que abro dou de cara com o Rafe, ele estava com uma blusa listrada e calça jeans, ele me deu um sorriso tímido, como um pedido pra entrar. Dei espaço pra ele entrar e sento na cama encarando ele séria, mesmo que a segundos atrás eu estivesse pensando nele e que mentalmente ele estivesse aqui, ainda estava chateada com a nossa briga.

-Sei que não gosta de tempestades

Rafe quebra o silêncio que tinha se instalado no quarto, o garoto estava apoiado na parede na minha frente, olhava pras próprias mãos, estava nervoso com aquela situação. Não falo nada, não era como se depois de tudo, só por ele aparecer na minha janela eu iria descupa-lo.

Ele levanta o olhar focando em mim, encaro ele esperando que fale mais alguma coisa.

-Sei que fui um idiota com você, sei que passei dos limites, me desculpa

-Você fez mais do que passar dos limites, me machucou, achei que ia me bater -Rafe volta a olhar pras mãos e depois olha pra mim

-Nunca iria bater em você, sei que apertei seu braço e me arrependo disso, não queria te machucar, mas você me chamando de viciado desencadeou alguns gatilhos -ele respira fundo passando as mãos no cabelo- Mas sinto sua falta Pequena, você é mais que minha melhor amiga, estava certa quando disse que eu precisava de você, porque eu preciso, você é minha família, minha estrela guia, minha consciência, meu porto seguro, você me conhece melhor que qualquer pessoa e sei que sem você eu já estaria morto por causa das drogas -o Cameron não consegue conter as lágrimas e algumas caem- E sei que sou o pior melhor amigo que alguém pode ter, sei que dou trabalho e que sou completamente fodido da cabeça e sei que ficar perto de mim exige muito de você, mas por favor Pequena me perdoa -ele olha nos meus olhos como se implorasse

Meus olhos também estavam marejados, sabia que mesmo com a nossa intimidade, pedir desculpas e falar tudo que falou era difícil pro Rafe, ver ele na minha frente totalmente desarmando e sensível, não poderia negar o perdão pra ele. Levanto e ando até ele, ficando frente e frente.

-Também falei coisas que não devia, foi um erro dos dois, então te perdoo

Ele sorri levemente e me abraça, dando um beijo no topo da minha cabeça. Sabia que o Rafe não era perfeito e muito menos nossa amizade, mas era perfeita pra nós, era uma bagunça, nós dois éramos problemáticos e explosivos mas nos entendíamos no meio do nosso caos, a gente vivia sozinha e acabou encontrando um ao outro. Pode soar tóxico, como uma dependência emocional e um pouco burro, mas eu seguiria nossa promessa até o fim, não me importava nada que ele fizesse, eu sempre perdoaria o Rafe, sempre ficaria do lado dele, precisava dele ,porque ele era o único que conhecia todos os meus lados e mesmo assim continuava ali e nunca iria me deixar sozinha.

Ele me solta, limpando o rosto com as costas da mão e me olha.

-Sei que tenho problemas com drogas, não vou mais usar, nem em festas, vou tentar melhorar só tenha paciência...promete ficar do meu lado?

-Sempre vou estar do seu lado Rafe, vou te ajudar a ficar sóbrio de novo -ele sorri levemente sem mostrar os dentes

-Te amo Pequena

-Eu sei -falo jogando o cabelo pro lado e o Rafe bagunça o bagunça

-Por isso não sou fofo com você

-Também te amo Docinho -dou um empurrãozinho nele dando um sorriso de leve

-Já nem me incómodo mais com esse apelido

-Sei que gosta, Docinho -dou uma risadinha quando vejo ele revirando os olhos.

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Espero que gostem

Beijinhos 😘

A Aposta - JJ MaybankWhere stories live. Discover now