I'm not good for you [RENHYUC...

By jiminu95

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máfia au | RENHYUCK/HYUCKREN | +18 Donghyuck sempre achou que fosse uma pessoa ruim, mas desde que conheceu... More

Declínio Sombrio
O gosto amargo da traição
Senhores hierárquicos
Flertes com um assassino
O velho açougueiro
Beijos ao pôr do sol
O dançar da neve
Vulcão prestes a entrar em erupção
Dança macabra
Ovelhas dóceis
Diabo maligno
O baile de máscaras
Eu não sou bom para você

Rosas Vermelho Sangue

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By jiminu95

Nos meus trinta e quatro anos de vida, nunca recebi o título de "o cara romântico". E nunca imaginei me tornar um. Mas lá estava eu, carregando um pequeno e simples buque de rosas vermelhas, indo em direção a uma certa livraria para ver um certo alguém. Apenas, e digo apenas, Huang Renjun era capaz de fazer isso. Renjun era a única pessoa a despertar esse lado meu – que sequer sabia que existia. Era como uma necessidade constante e incansável de o agradar. E era nesses momentos que a minha ficha caía. Definitivamente, estava apaixonado por Huang Renjun.

– Boa tarde, Jaemin. – cumprimentei o garoto que varria a calçada.

– Boa tarde, Haechan. – ele sorriu adoravelmente como sempre. – Ele está lá dentro. – apontou para o estabelecimento, sem desviar o olhar das rosas.

Assenti, adentrando a livraria. O ambiente era confortável, carregava o cheiro de café e doces que vinham da pequena cafeteria que ficava nos fundos. O encontrei facilmente, de frente para uma das estantes de madeira. Renjun sorria minimamente, seus fios castanhos caiam sobre seus olhos e o famoso cachecol vermelho estava apenas sobre seus ombros, deixando sua face desprotegida. Me aproximei em silêncio e enlacei sua cintura com um braço, enquanto o outro escondia o buque atrás das costas.

– Hyu! – Renjun sorriu ainda mais quando passei a deixar selares em seu pescoço. – Algum cliente pode nos ver. – ditou entre risos leves.

– Mas você está tão cheiroso. – me afastei para que ele se virasse.

– O que está escondendo aí? – seus olhos seguiram até a minha mão escondida atrás das costas. Sem enrolar muito, estendi o buque de rosas na sua direção vendo seus olhinhos ganharem um brilho adorável. – Que lindas. – Renjun intercalou o olhar entre as rosas e eu. – É pra mim? – sorriu abertamente, tocando as pétalas com cuidado.

– Não, trouxe para o Jaemin. – brinquei, vendo o menor rolar os olhos. – Rosas vermelhas significam ápice da paixão, o sangue e a carne. – disse enquanto Renjun pegava o buque e cheirava as rosas. – Então, sim Renjun, elas são para você.

– Eu amei, Hyu. – Renjun estendeu uma mão e tocou o meu rosto. – Obrigado. – inclinei o queixo para baixo para receber o selar amoroso do menor. Sorrimos entre o contato simples, e sorrimos ainda mais quando nossos olhares se encontraram.

– Pronto para almoçar? – o questionei, reparando que ele não parava de cheirar as pétalas vermelhas.

– Prontíssimo.

Abri a porta para que Renjun saísse da livraria, rindo de algo que ele dizia. Mas o meu sorriso morreu assim que encontrei o rosto jovial e os cabelos castanhos na frente do lugar. Swan estava de braços cruzados, o bico torcido nos lábios dizia que ela não estava feliz. Renjun parou ao meu lado, ficando sério quando me viu encarar a garota que usava saia colegial. Não sei dizer quanto tempo ficamos nessa troca de olhares, mas um frio percorreu o meu corpo quando a mais nova estalou a língua no céu da boca e descruzou os braços.

– Não sabia que gostava de ler. – seu tom soou casual e descontraído, mas sabia que ela estava chateada.

– Você me seguiu. – cruzei os braços.

– Eu fiquei curiosa quando te vi com um buque de rosas vermelhas. – ela encarou Renjun de soslaio. – Queria saber pra quem você entregaria. – Swan sorriu. – Ele é bonito.

– Você deve ser a Swan. – Renjun se pronunciou, finalmente entendendo o que estava acontecendo ali. – Eu sou Huang Renjun. – estendeu a mão. Swan não era mal educada, ela o cumprimentou com o mesmo sorriso no rosto.

– É um prazer finalmente conhecer você. – seus olhos escuros voltaram-se para mim e o silêncio entre nós reinou outra vez.

– Bom...– Renjun ajeitou o cachecol no pescoço e me encarou. – Eu vou esperar ali. – apontou para a esquina, não saindo de perto sem antes concordar com um manear de cabeça.

– Swan...– suspirei quando Renjun se afastou.

– Ele é bonitinho. – deu de ombros. – E você é um idiota.

– Por que você me seguiu? – franzi o sobrolho.

– Por que você não contou a verdade? – ela rebateu com outra pergunta. Também estava séria. – Você está escondendo coisas da gente, Lee. Somos uma família, e não se esconde nada da família. – cruzou os braços outra vez. – Foi você quem me ensinou isso.

– Eu sei. – fechei os olhos por um breve momento. – Mas isso é diferente. Ele é diferente. – Swan suspirou de forma pesada. – Renjun não é qualquer casinho, ele não faz parte do nosso ciclo. É muito mais que isso, Swan. É real. – seu rostinho delicado ganhou um semblante triste. – O que sinto por ele é muito especial. Eu fiquei com medo que algo acontecesse com Renjun, por isso não contei nada. – Swan pareceu pensar por um momento.

– Você sabe que não me importo em ver você saindo com as pessoas, e eu vejo que você está feliz. Te observei por um tempo, e você 'tá diferente. – seus olhos encontraram os meus. – Mas, você ainda trabalha pra Yamazai, você ainda é o chefe. Alguns idiotas estão suspeitando que você esteja com o Yuta. E eu não gosto de ouvir aqueles merdas falando sobre você como se fosse um saco de lixo. – fechei os punhos com forças. Aqueles desgraçados. – Você vai ter que esclarecer as coisas, pra eles e, principalmente, pro Mark. – respirei fundo, encarando aquela garota do qual considerava como a minha primeira paixão. Minha filha.

– Eu sinto muito por tudo isso. – sorri levemente quando seus olhos dobraram de tamanho. Ela tinha razão, eu estava diferente. – Prometo que vou concertar as coisas. – ela sorriu, ajeitando a franja.

– Eles acham que podem te derrubar do trono.

– Nem fodendo, Swan.

...❂...

A primeira coisa que Renjun fez ao entrar na mansão foi entrelaçar seu braço no meu. Todos os membros da Yamazai paravam o que estavam fazendo para encara-lo, não de um jeito ruim ou intimidador, eles estavam apenas curiosos. Renjun parecia confiante ao meu lado, com o queixo erguido e os olhos de raposa adiante – foi justamente o que disse para ele fazer. Mas, o aperto de seus dedos em meu bíceps mostrava o quão nervoso ele estava. Não era fácil para ninguém entrar em uma mansão cheia de assassinos armados. Mas era necessário, ele tinha que ganhar território. Precisávamos deixar claro que ele era meu.

No escritório principal da mansão, eles nos aguardavam. Tive a noite toda para pensar sobre isso e preparar Renjun para o que viria. E apesar de tudo, ele ficou contente em saber que iria conhecer a minha mini e esquisita família. A primeira pessoa que reagiu assim que adentramos o escritório foi Jinjoo. Ela se levantou do sofá e ajeitou a saia curta, caminhando até nós com um sorriso largo no rosto.

– Finalmente estamos conhecendo seu namorado, Lee! – ela abraçou Renjun, que retribuiu de forma desajeitada. Nenhum de nós a corrigiu, se é que tinha algo para corrigir. Não era oficial, mas ao mesmo tempo sentia que era. Erámos um casal? Namorados? Renjun estava corado e sorria de forma adorável. Sim, nós somos. – Sou Woo Jinjoo.

– Huang Renjun. É um prazer conhecer você. – Jin noona o soltou e me lançou uma piscadela. Ela, definitivamente, tinha aprovado Renjun.

Renjun desviou o olhar para Yangyang que sorriu abertamente e se aproximou. Swan o seguiu. Os mais novos pareciam animados com a presença do chinês. Quando ele finalmente notou Mark, que ainda estava sentado no sofá com os braços cruzados, tentou lhe dirigir um sorriso amigável. Minhyung o analisou de cima a baixo, suas sobrancelhas estavam juntas e seus olhos levemente vermelhos. Suspirei cansado, já esperava aquele tipo de reação vinda dele. Mark não o aprovou, ele nunca aprovaria. Ele se levantou do sofá e passou por nós. Renjun ficou sem entender, me dirigindo um olhar preocupado.

– Não ligue para ele. – fora Jinjoo quem disse. – Ele só precisa de um tempo. – ela me encarou, mas também carregava o mesmo olhar que Renjun.

Tirando Mark, todos pareciam ter gostado de Renjun. Ele passou a tarde toda na mansão, conhecendo alguns membros da Yamazai, ouvindo Jinjoo que dizia calúnias sobre a minha pessoa – talvez algumas delas fossem até verdade –, e se divertindo com os mais jovens. No começo do crepúsculo, o levei de volta para casa e lhe fiz companhia. Kun – o primo de Renjun, do qual cuidou dos meus ferimentos no dia da traição de Yuta – apareceu por lá. No começo, ele ficou bastante hesitante e tivemos uma conversa bem séria sobre "se machucar Huang Renjun você vai se ver comigo". No fim, nos tornamos amigos e esvaziamos uma garrafa de Soju. Foi um dia cheio e sem arrependimentos. Renjun estava feliz e eu também. E nada poderia nos afetar naquele momento. 

...

O próximo capítulo vai ser na visão do Renjun 👀

Até o próximo!

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