A Aposta - JJ Maybank

By obx_mikaelson

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Elizabeth Petrova é uma adolescente de 17 anos, vive em Outer Banks curtindo ao máximo tudo que a ilha tem a... More

𝐀𝐩𝐫𝐞𝐬𝐞𝐧𝐭𝐚çã𝐨
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𝕰𝖕𝖎𝖑𝖔𝖌𝖔 - 𝕻𝖆𝖗𝖙𝖊 2
𝕬𝖌𝖗𝖆𝖉𝖊𝖈𝖎𝖒𝖊𝖓𝖙𝖔𝖘
𝕬𝖛𝖎𝖘𝖔
Aviso!

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By obx_mikaelson

𝑳𝒊𝒛𝒛𝒊𝒆

16 de Setembro


Depois de me despedir do JJ fui pra casa, agora que tudo tinha sido resolvido eu podia curtir meus último dias em Outer Banks, mas só quando deitei percebi que não tinha muito o que fazer, não queria ficar próxima do pogues ou do JJ, o Rafe não era mais uma opção e não tinha amigos próximos o bastante pra passar meu tempo, então no fim resolvi que iria passar essas últimas semanas deitada no meu quarto assistindo filmes e séries.

Já tinham se passado três dias desde da morte do Ward e pelo pouco que eu tenho acompanhando as coisas estão bem na medida do possível. Eu realmente tenho passado meus dias trancada no quarto de pijama assistindo ou lendo, teve um dia que sai pra surfar, mas não e tão legal sozinha. Teve um dia que pensei em começar a planejar minha festa de aniversário, lembro como eu ficava elétrica quando falava da minha festa de 18 anos, mas agora não tenho ânimo pra festa.

Também não vi mais o JJ durante esses dias, isso é bom, essa distância tornaria tudo mais fácil quando eu fosse embora, por mais que doesse esse sempre o meu destino e do JJ, não ficar juntos, eu sempre soube só não quis aceitar, mas agora não tinha como escapar. Mas pelo menos eu tinha um conforto, voltei a usar o colar com o anel dele, quando sentia saudade olhava pra ele, me lembrava do dia em que ele me deu, da sensação de ter ele tão perto, é bobo e estranho, mas funciona, a saudade diminui um pouco.

Isso porque só fazem três dias que não vejo ele, não sei como vou fazer quando forem três meses ou três anos, até lá já espero ter deixado esse sentimento pra trás, é triste dizer, mas o que eu sinto nunca deveria ter existido, toda essa dor e sofrimento foram causados por mim, porque eu não consegui separar uma aposta dos meus sentimentos, isso nunca foi feito pra dar certo, eu e o JJ não devíamos ter acontecido e eu espero ansiosamente o dia em que meu coração vai entender isso.



Já estava a noite, tinha tomado banho e colocado o pijama, estava pronta pra deitar na minha cama e assistir algum filme de comédia. Mas ouvi barulhos na minha janela, andei até perto dela e vi o Rafe abrindo ela e entrando no quarto, nao tinha mais visto ele desde do dia do cas, ele estava com a cara cansada. O Cameron me olha e da um passo na minha direção, recuo no mesmo momento, não sabia exatamente o que estava sentindo vendo ele ali, mas uma coisa eu sabia, não queria ele ali, não me sentia mais bem sozinha com ele.

-Vai embora Rafe, quero você bem longe de mim

-Pequena por favor...eu sei que não tenho o direito de estar aqui, mas meu pai morreu e eu me sinto quebrado, tentei melhorar mas não consegui, você é minha última esperança

Ele fala me olhando nos olhos e dá mais um paço, recuo mais uma vez e estico a mão pra ele, sinalizando pra ele parar. Olho pra ele e dou um riso ironico

-Utima esperança? Deveria me sentir lisonjeada por ser sua última opção? Você fez sua escolha Rafe, não é mais problema meu

-Nós fizemos uma promessa Lizzie

Dou outro riso ironico

-Agora você lembra da promessa? Engraçado que você so lembra dela quando é conveniente pra você né! MAS NA HORA DE NÃO ME ESCOLHER OU QUANDO ATIROU EM MIM VOCÊ NÃO LEMBROU

-Não queria atirar em você, só queria te assustar pra você ficar longe da historia do ouro, porque se continuasse se metendo meu pai poderia te machucar de verdade e eu não suportaria te perder, só quis te proteger

-Ai meu deus -dou um riso nervoso- Então você ATIROU EM MIM PRA ME PROTEGER? O que passou pela sua cabeça? Tinha um milhão de formas que você poderia ter me protegido Rafe, uma delas era ter me escolhido quando eu pedi...mas entendo, escolheu seu pai, ele era um psicopata e você tinha medo dele me matar, mas ai você atirar em mim pra me afastar do lance do ouro e do seu pai? É a pior ideia do mundo, você poderia ter conversado comigo

-Não dava pra conversar, você já estava indo longe demais...você fala como se também não tivesse culpa, você me traiu, tava gravando a conversa -o Rafe também estava começando a ficar irritado

-ENTÃO A CULPA É MINHA VOCÊ TER ATIRADO EM MIM? Eu não te trai Rafe, você escolheu seu pai, escolheu deixar o John B morrer, eu só escolhi algo diferente, mas você tá tão acostumando comigo sempre te colocando em primeiro lugar, sempre fazendo suas vontades que quando faço algo que seja o contrário do que você pensa, é traição...você me mandou embora, eu já não tinha mais responsabilidades com você

-ME PERDOA OK? Eu sou um péssimo amigo, sei disso, por isso te mandei embora, pra te deixar longe de todas as minhas merdas porque sei o quanto te machuquei...mas ai você correu pros Pogues e depois gravou a conversa, fiquei com raiva, mas aquele tiro não foi por isso, foi pra pegar o gravador e tentar te avisar, avisar que você poderia se machucar pra valer se continuasse se metendo

-Mas eu me machuquei de verdade Rafe -sinto as lágrimas escorrerem- Como você acha que me senti quando você apertou o gatilho? Acha que eu pensei "nossa ele ta me dando um aviso, vou me afastar como bom amigo o Rafe é"? Você nem olhou pra mim, nem se preocupou em ver como eu tava...eu me senti sem chão, devastada, acabada, sem rumo, quebrada...foi a pior sensação da minha vida Rafe, eu senti que ia morrer, porque...

Minha voz falha, limpo as lágrimas e continuo olhando pra ele

-Porque meu melhor amigo, o cara que eu sempre priorizei na minha vida, alguém que eu considerava da família, minha única família, a pessoa que eu defendi de toda mundo, a pessoa que eu mais confiava, essa pessoa atirou em mim, e você pode dizer que foi pra me proteger, mas nós dois sabemos que foi pra pegar o gravador e salvar seu pai e você só não atirou pra me matar porque te faltou coragem, porque um pequena parte sua ainda se importava minimamente, mas ela morreu quando você virou as costas pra mim...da mesma forma que aquela Lizzie que fazia de tudo por você também morreu naquela noite

-Não fala assim Pequena -Rafe também estava chorando- Eu não olhei pra você porque sabia que tinha sido de raspão...e sim eu queria o gravador mas também queria você longe daquilo...longe de mim -ele olha pra baixo- Eu sei que não sou uma boa pessoa, sei que tenho problemas, tem vozes na minha cabeça que me falam isso toda hora -ele volta a olhar pra mim- Eu nunca te mereci Lizzie, você sempre foi boa demais pra mim, sempre cuidando de mim e eu sou um puta egoísta por estar aqui depois de tudo, mas quando a minha vida desmontou eu so pensei em você, porque só você consegue me fazer bem

-E só você consegue fazer eu me sentir tão mal -falo olhando pro Rafe- Eu sou sua luz, a melhor coisa que já te aconteceu, boa demais pra você...e você Rafe, você é minha escuridão, tóxico demais, entrar naquela casa da árvore e fazer aquela promessa foram as piores coisas que eu já fiz e me doi pensar assim, mas é a verdade...o tanto de coisas que já fiz, que eu abri mão, tudo por causa da nossa promessa, porque pra mim ela sempre valeu mais que qualquer coisa, só que pra você elas eram só mais algumas palavras, brincadeira de duas crianças

-Não...eu sempre levei nossa promessa a sério, tanto que eu sempre te ajudei Lizzie, sempre que precisou, sei que eu surtava mais vezes que você, mas isso não quer dizer que eu nunca tenha te ajudado

-Você nunca surtou mais que eu Rafe, eu só sabia esconder melhor, quando eu socava as coisas era porque eu já tinha chegado no meu limite, mas já estava surtando e sofrendo antes...noites mal dormidas, falta de apetite, pesadelos, alto mutilação, coisas que você nem faz ideia porque quando eu tava do seu lado eu sorria, tentava passar a imagem de que tudo estava bem, pra te.fazer sentir melhor, pra ser a amiga que você precisava, porque eu sempre achei que seus problemas eram maiores que os meus

O Rafe me olhou de cima abaixo, ele estava chorando e parecia assustado com tudo que estava ouvindo, eu por outro lado me senti aliviada e ao mesmo tempo com uma dor enorme, sabia que o fim dessa conversa seria também o fim definitivo da minha amizade com o Rafe, e mesmo depois de tudo, se afastar de uma pessoa que foi seu lar por tantos anos é difícil e doloroso.

-Eu...eu nunca imaginei Lizzie...eu nem sei o que falar, pedir perdão é a única coisa que vem na minha cabeça, nunca pensei que nossa amizade fosse tão desgastante pra você

-Foi...mas também teve momentos bons, momentos muito bons que faziam toda aquela dor valer a pena -mordo o lábio tentando me manter firme- Mas esses momentos acabaram, eu não quero mais Rafe, nem tenho forças pra tentar de novo. Se você precisa de perdão pra seguir em frente, eu te perdoo, mas nossa amizade acabou, você vai precisar se reerguer sozinho, porque...porque eu me liberto da nossa promessa -falo chorando muito, aquilo era tão difícil

-Eu...eu acho melhor ir embora -Rafe também estava chorando muito, ele fica parado por um tempo me olhando- Eu te amo Pequena, sei que errei muito mas nunca duvide disso, você foi a segunda mulher que eu mais amei na vida e vai sempre ser

-Se você me ama, vai ficar longe de mim, não quero mais te ver Rafe, ficar perto de você me machuca e eu não quero mais me machucar -limpo o rosto tentando parar de chorar

-Tudo bem -Rafe fala limpando o rosto e olhando pra baixo- Boa sorte em Nova York -é a ultima coisa que ele fala antes de ir embora

No momento que ele sai pela janela eu caio sentada no chão chorando, era como se eu tivesse arrancado uma perte minha, nunca tinha sentido uma dor como essa, tudo doia e eu só não queria sentir aquela dor, por um momento eu quis voltar a nossa amizade, esquecer tudo e continuar em frente, mas isso é um sonho impossível, eu e o Rafe não tinha mais volta.

~~••~~••~~••~~••~~~~••~~••~~••~~••~~

18 de Setembro

Eu passei os últimos dois dias em completa tristeza no meu quarto, minha conversa com o Rafe só tinha feito eu me sentir pior. Tava cansada de ver filme, não queria ler ou ir surfar, então resolvi que começaria a arrumar minhas coisas pra mudança, tinha muitas coisas pra arrumar coisas que poderia guardar, levar comigo ou jogar fora.

Faço um coque no cabelo, coloco uma música e vou pro closet, era o lugar onde além de guardar minhas roupas, sapatos e bolsas eu também tinha uma cantinho da bagunça, onde eu jogava tudo. Arrumando eu achei meus diários, eu tive essa fase durante meus 12 até meus 14 anos, achei as revista que eu guardava da minha mãe, eu olhava pra elas quando tava com saudades, também achei a primeira revista que eu posei, achei até meu mural de pais dos sonhos, quando tinha oito anos grudei fotos de vários artistas que eu queria que fossem meu pai.

Confesso que arrumar as coisas está sendo mais divertido do que eu imaginava, pelo menos essa parte estava legal. Quando acabei de arrumar o cantinho da bagunça, comecei a separar as roupas, depois as bolsas e os sapatos, essa parte não foi tão divertida, mas era bom achar roupas perdida e que eu não via a séculos, ou me perguntar como um dia eu usei aquela roupa.

Horas depois comecei a mexer em algumas gavetas do closet, elas estavam cheias papeis, algumas tinham documentos, outras desenhos horríveis que fazia quando era criança. Mas abrir a última foi o que me doeu mais, lá estavam minhas fotos favoritas, elas estavam guardadas separadas em saquinhos, assim eu sabia exatamente onde achar a foto que eu queria. Tinham fotos minhas criança, as fotos com a minha mãe que estavam nos quadros, fotos com a Mary e meu avô.

Ai eu cheguei nas fotos com o Rafe, mesmo após a dor, não podia apagar ele da minha vida, não dava pra fingir que os momentos bons nunca existiram, era nostálgico ver a gente criança, doia um pouco lembrar dessa epoca e ver o que nos tornamos hoje, mas também aquecia meu coração saber que naquela época aproveitamos

(Algumas fotos que a Lizzie esta vendo)

Sinto algumas lágrimas escorrerem e guardo as fotos, mas as próximas me fariam sofrer tanto quanto as do Rafe...JJ, esse era o nome escrito no saquinho, depois que paramos de brigar e se implicar, eu consegui tirar mais fotos com ele e no breve momento que namoramos também. Eu estava feliz nelas, tinha certeza que os momentos em que estava com ele foram os mais felizes da minha vida, a gente ficava mas continuava se implicando de uma jeito legal, eu era amiga do Rafe e tudo parecia perfeito, uma pena terem acabado assim.

(Algumas das fotos que a Lizzie esta vendo)

Pego minha fotos favoritas com o JJ e com Rafe, eles com certeza eram os dois homens que eu mais amava, eu sempre iria levar os dois comigo, não importe o tempo que passe, uma parte minha sempre vai amar eles.

Saio do closet com as fotos e guardo na gaveta da penteadeira, levaria elas comigo pra New York. Era triste pensar que eu iria embora em dez dias e não iria me despedir de nenhum.

-Que bagunça

Seco o rosto rápido e olho pra porta do quarto

-Mary

-Desculpa incomodar, mas você não desceu pra almoçar, queria ver como você estava -Mary fala entrando no quarto e andando até mim

-Estou arrumando algumas coisas

-Estava chorando?

-Não

-Você mudou muito, mais ainda sei reconhecer sua carinha de choro...fala comigo Liz

-Não tem o que falar

-Tem sim -Mary segura na minha mão- Você mudou Liz, perdeu seu brilho, se afastou de mim e agora do resto do mundo, primeiro ficou agressiva e agora é indiferente...você é como uma filha pra mim, nos sempre conversamos, sempre fomos próximas e agora eu te vejo tão distante, parece outra pessoa e eu sei que tem algo acontecendo, me deixa ajudar, fala comigo, coloca pra fora -a mulher fala me fazendo carinho no rosto

Realmente eu tinha me afastado muito da Mary, nós conversávamos bastante, ela não sabia dos meus piores problemas mas sempre estava ali pra coisas bobas, fofocas ou só uma voz experiente pra me confortar. Com toda essa loucura que aconteceu eu me afastei dela e fui cruel com ela, talvez ela estivesse certa, eu deveria colocar tudo pra fora, algo em mim naquela hora implorou pra eu falar tudo pra ela, me libertar disso.

-Eu falo, mas já vou avisando que é loucura e tanto

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