A Canção do Rei [Concluída]

By leojrodrigues

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E se os contos de fadas fossem diferentes? "A felicidade está sempre a um passo de distância, basta apenas qu... More

antes de mais nada...
CANÇÃO 1 - O ARQUEIRO
Capítulo 1 - Insônia, casamento arranjado e melhor amiga
Capítulo 2 - A Rainha
Capítulo 3 - O bendito baile de noivado
Capítulo 4 - Meu noivo e minha melhor amiga
Capítulo 5 - O cavalo branco e o Arqueiro
aviso rapidinho :)
CANÇÃO 2 - QUEM É ELE?
Capítulo 6 - Tem um estranho esfaqueado na minha cama...
Capítulo 7 - Eric é a exceção
Capítulo 8 - O sorriso dele é extremamente...
Capítulo 9 - Você está seguro aqui, comigo.
playlist e afins...
CANÇÃO 3 - A TEMPESTADE SILENCIOSA
Capítulo 10 - Beijo, surto, anonimato
Capítulo 11 - O que você vai fazer agora, Vossa Alteza?
Capítulo 12 - Luta, fuga e *Ben*
Capítulo 13 - Não, não, não
Capítulo 14 - A Minha Tempestade
CANÇÃO 4 - TÃO PERFEITO PARA SER REAL
Capítulo 15 - Voltando dos mortos
Capítulo 16 - É crime beijar o príncipe?
Capítulo 17 - O Reino de Victoria
Capítulo 18 - O que você realmente quer, Eric?
Capítulo 19 - O Príncipe de Fogo
mapa :)
CANÇÃO 5 - O AMOR AMARGO
Capítulo 20 - O fantasma, a recompensa, tudo!!!
Capítulo 21 - Eu sou a pior pessoa do mundo!
Capítulo 22 - O Herdeiro
Capítulo 23 - Eu te amo, Mãe.
A ÚLTIMA CANÇÃO - CHUVA E FOGO
Capítulo 24 - Vá resgatar seu príncipe Encantado
Capítulo 26 - Eu não acho que você deva casar com ele...
Capítulo 27 - Eu não deveria ter desistido de você.
Capítulo 27 - Amanhecer
Poslúdio - Eu te amo

Capítulo 25 - Vossa Majestade???

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By leojrodrigues

[Narrado por Ben]

VEJO, DE LONGE, O PALÁCIO de inverno de Montero e ele está coberto de neve, assim como o imenso jardim na entrada. Da mesma forma que quando fui a Aurora, me impressiono com a beleza de tudo e com a riqueza presente no lugar; me impressiono com os arbustos perfeitamente podados, cobertos de gelo. Com as estátuas de gente morta há anos em guerras que ficam marcadas apenas por esses fantasmas em um jardim qualquer.

Guio Bruce, cansado, para a esquerda. Não vou entrar pela entrada da frente, pois apesar de saber que consigo lutar contra os guardas na porta, meu plano frágil não é o de criar um caos. Começo, então, a dar a volta no jardim até chegar a um labirinto bem podado e coberto de neve. Apeio (Bruce sabe se virar) e, sem pensar duas vezes, entro no labirinto, considerando esse o modo mais rápido e simples de chegar ao palácio e ao Eric.

Corro. E, enquanto corro, penso em como tudo teria sido se eu não tivesse nem mesmo pensado em roubar o palácio Vermelho, eu não teria me atrasado tanto naquela noite e teriam matado o príncipe e eu nunca teria o conhecido e. Ouço meu sangue pulsando no meu ouvido enquanto corro na direção dele. Talvez tudo seja realmente como minha avó disse: talvez o destino já tenha escrito que Eric e o príncipe Joseph devem ficar juntos para governar os reinos. Meus pés atolam levemente na grama coberta de neve. Talvez tudo já esteja escrito, afinal.

Mas, sendo assim, o destino vai ter que lutar, pois estou disposto a reescrever essa merda toda.

Então, ouço uma voz.

— Pare aí! Quem é você?

Dois guardas brotam na minha frente. As mãos já apoiadas no cabo da espada.

— Eu preciso falar com o príncipe Eric, só isso.

— O príncipe não está disponível agora.

Eu começo a tremer de uma forma que nunca fiz antes.

— Por favor, eu preciso...

— Vossa Alteza, como eu já disse, não está disponível...

— Por favor... — Digo e tento dar mais um passo na direção do palácio, mas os guardas empunham as espadas e sou apenas eu contra eles e, no desespero, penso que, se quando eu não tinha nada pelo que lutar, eu já conseguia render guardas reais metidos à besta na Vila Vermelha, agora estou mais empenhado que nunca em entrar nessa merda de palácio e falar com Eric.

Puxo minha espada e, antes que um dos guardas perceba, o desarmo. Com a espada apontada para ele, de modo que o outro não consiga me atacar, subo lentamente as escadas que dão acesso ao castelo. Quando estou no topo, corro.

Os corredores são extremamente brancos e lisos e tropeço em inúmeros objetos que provavelmente valem muito mais que minha própria existência. Grito o nome de Eric. Onde ele está? O desespero se mistura com a ansiedade de vê-lo novamente e esses sentimentos me inebriam de uma forma estranha que pareço estar prestes a desmaiar. Subo uma escada até o andar de cima e entro no primeiro quarto do corredor de aposentos do castelo. Uma senhora se assusta levemente.

— Me desculpe — digo, rapidamente. Ela se levanta. Veste um vestido vermelho cor de sangue. — Estou procurando o príncipe Eric.

Ela sorri para mim e o quarto parece ficar mais quente. A senhora de vestido vermelho diz, após o sorriso:

— Então, você é o rapaz — Estou respirando tão rápido que quase não consigo entender o que ela fala — o rapaz que quer destruir a vida do jovem Eric.

Eu sinto que vou desabar a qualquer momento.

— O quê? — Pergunto, quase sem voz suficiente. Ela demora um pouco para responder, o que me faz pensar se realmente eu verbalizei as palavras ou se não fui capaz de dizer nem isso. Então a mulher se vira para a janela e começa a dizer:

— Eu sei o que a irresponsabilidade da idade pode fazer com vocês jovens, mas nessa idade nem tudo o que parece, de fato o é.

— Quem é você?

— Isso não importa, meu querido, o que importa é que você está movido por um sentimento passageiro que pode não ser o que você acha que seja.

— Eu... não entendo.

— Você, vir até aqui, entrar no palácio de inverno de Montero, todo desesperado apenas por causa de uma paixão juvenil irresponsável. É disso que estou falando.

— Não... não. Eu gosto dele de verdade.

Ela ri.

— Sim, meu querido. A idade nos faz pensar que sim, mas a realidade é que esse seu amorzinho apenas vai privar o jovem príncipe Eric de ser o que ele foi preparado para ser desde seu nascimento.

— Não...

— Não, não, não, não, não — ela ecoa as palavras na minha mente — sim, sim, meu querido. Você está disposto a destruir tudo pelo qual Eric vem sendo criado para assumir.

Eu não queria chorar, não aqui, não com ela, mas sinto a lágrima escorrendo.

— A gente pode dar um jeito.

Ela para de olhar para a janela e fita seu olhar em mim.

— Ah, meu querido, nem tudo na vida "se dá um jeito", ainda mais no que diz respeito à Coroa.

— Onde ele está? — Pergunto. Minha voz quase não sai.

Ela sorri.

— Ele provavelmente está se preparando para o casamento — ela diz olhando novamente para a janela. Cada palavra dela parece um milhão de espadas sendo forçadas contra minha pele. Depois de um tempo, ela vira-se para mim — Oh, meu querido. Você não achou que ele realmente gostasse de você, não é?

Não consigo respirar direito.

— Eu...

— Como eu disse, jovens levam as coisas muito a sério. Mas na verdade o que possa ter acontecido com vocês pode não ter sido nada mais que algo passageiro.

— Mas... — Não consigo falar nada.

— Oh, meu querido, parece-me que você não sabe da história dos dois príncipes. — Ela ainda está olhando pela janela.

— O quê?

— Então, Eric não te contou que eles se conhecem há tempos e têm se preparado para esse casamento desde então? — Meu coração parece desabar em um abismo escuro. Eric. — Ah, sim. Faz sentido, Eric não contaria tais coisas para um rapaz que ele simplesmente conheceu por uns dias.

— Eu não...

— Você não o quê, meu querido?

Então, surge um guarda na porta do quarto.

— Vossa Majestade — O guarda diz e faz uma reverência. É o mesmo guarda que estava na Vila Vermelha, o mesmo guarda em quem dei uma facada e de quem roubei dinheiro — ele invadiu o castelo e não conseguimos detê-lo.

A mulher sorri para mim.

— Tudo bem, Rik, ele já estava de saída.

— Vossa Majestade? — Digo e então tudo fica tão claro como a luz do sol em um dia de primavera — Você...

— Levem-no!

— Você é Luna.

— Sim, meu querido. Eu não deveria sair falando disso para qualquer um, mas acho que você deve saber que até o início da noite Aurora será minha, como deveria ser desde muito tempo.

— Então isso tudo é sobre isso?

— Sobre o que mais seria, meu jovem? — Ela sorri.

— Não vou deixar...

— Não vai deixar o quê, meu querido? — Ela se aproxima de mim, seus olhos parecem faiscar. — Eu já esperei tempo demais para começar minha vingança, não será um camponês qualquer que vai me impedir, agora.

— Talvez eu não seja apenas um camponês qualquer...

Ela sorri, seu rosto está muito próximo do meu, e diz, talvez para que apenas eu ouça:

— Talvez não. Mas que diferença fará. O que eu sei com certeza é que você e seu querido príncipe talvez nem vivam o suficiente para viver outro grande amor.

— Não!

Puxo a espada e a seguro encostando a lâmina no pescoço da rainha.

— Como você se atreve? — Ela grita, a sala esquenta.

Os guardas chegam por trás. Cada um com uma lâmina apontada para meu próprio pescoço.

Provavelmente, se as circunstâncias fossem outras, eu cortaria o pescoço da rainha Luna sem pensar duas vezes, mesmo sabendo que morreria logo depois. Mas agora isso é tudo o que não pode acontecer. Preciso ficar vivo; preciso ficar vivo por ele.

Solto a espada.

— O que fazemos, Vossa Majestade? — Rik pergunta.

— Levem-no e o prendam nas masmorras, pelo menos por enquanto. Não vale a pena matá-lo aqui, não com Eric tão próximo e com os preparativos do casamento.

— NÃO! — Os guardas começam a me puxar para fora do salão. — Não. — Grito, enquanto Rik se aproxima da Rainha.

— Vigiem-no interruptamente. Ele não pode ver o príncipe de Aurora por um instante sequer, pelo menos não antes do casamento. Depois, quem sabe, possamos tornar as coisas mais românticas e matar os dois juntos.

— Não o machuquem...

— Sim, Vossa Majestade.

A rainha sorri.

— Foi um prazer conhecê-lo — diz, olhando para mim, e fecha a porta do cômodo em que está.

Saio arrastado pelo palácio de inverno de Montero, tentando organizar os pensamentos atordoados o mais rápido possível; rápido o suficiente para tirar Eric dessa merda toda.

***

(AVISO: A CONTINUAÇÃO DESSA HISTÓRIA CHAMA-SE A PROFECIA DO PLEBEU E ESTÁ SENDO ATUALIZADA SEMANALMENTE)

https://www.wattpad.com/story/366712262-a-profecia-do-plebeu-livro-2-a-can%C3%A7%C3%A3o-do-rei?utm_source=web&utm_medium=twitter&utm_content=share_myworks&wp_uname=leojrodrigues

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