A Canção do Rei [Concluída]

By leojrodrigues

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E se os contos de fadas fossem diferentes? "A felicidade está sempre a um passo de distância, basta apenas qu... More

antes de mais nada...
CANÇÃO 1 - O ARQUEIRO
Capítulo 1 - Insônia, casamento arranjado e melhor amiga
Capítulo 2 - A Rainha
Capítulo 3 - O bendito baile de noivado
Capítulo 4 - Meu noivo e minha melhor amiga
Capítulo 5 - O cavalo branco e o Arqueiro
aviso rapidinho :)
CANÇÃO 2 - QUEM É ELE?
Capítulo 6 - Tem um estranho esfaqueado na minha cama...
Capítulo 7 - Eric é a exceção
Capítulo 8 - O sorriso dele é extremamente...
Capítulo 9 - Você está seguro aqui, comigo.
playlist e afins...
CANÇÃO 3 - A TEMPESTADE SILENCIOSA
Capítulo 10 - Beijo, surto, anonimato
Capítulo 11 - O que você vai fazer agora, Vossa Alteza?
Capítulo 12 - Luta, fuga e *Ben*
Capítulo 13 - Não, não, não
Capítulo 14 - A Minha Tempestade
CANÇÃO 4 - TÃO PERFEITO PARA SER REAL
Capítulo 15 - Voltando dos mortos
Capítulo 16 - É crime beijar o príncipe?
Capítulo 17 - O Reino de Victoria
Capítulo 18 - O que você realmente quer, Eric?
Capítulo 19 - O Príncipe de Fogo
mapa :)
CANÇÃO 5 - O AMOR AMARGO
Capítulo 20 - O fantasma, a recompensa, tudo!!!
Capítulo 21 - Eu sou a pior pessoa do mundo!
Capítulo 23 - Eu te amo, Mãe.
A ÚLTIMA CANÇÃO - CHUVA E FOGO
Capítulo 24 - Vá resgatar seu príncipe Encantado
Capítulo 25 - Vossa Majestade???
Capítulo 26 - Eu não acho que você deva casar com ele...
Capítulo 27 - Eu não deveria ter desistido de você.
Capítulo 27 - Amanhecer
Poslúdio - Eu te amo

Capítulo 22 - O Herdeiro

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By leojrodrigues

[Narrado por Eric Lluv]

DIFERENTEMENTE DOS DIAS ANTERIORES, ELES agora se passam como se cada dia fosse um ano diferente, tão lentamente. Joseph permanece aqui no castelo. Hoje é a reunião do Conselho, sobre a aliança de Victoria com Aurora. O General Frost insiste em dizer que a união dos reinos será muito benéfica para todos; Julio, que mal fala alguma coisa nas outras reuniões do Conselho, permanece em silêncio durante essa também e nem o julgo, se eu pudesse, também não falaria nada. Ele me observa às vezes e sinto o sentimento de pena expresso no rosto dele. A Casa Ross continua dizendo apoiar minha mãe em qualquer decisão. Por enquanto, Victor Sierra é o único que discorda das boas vontades de Victoria, de Joseph e de sua mãe, a Rainha Luna, afinal, seu território é o único violado até então. Joseph já disse que a invasão às Terras Altas aconteceu para chamar atenção de Aurora, mas também duvido muito disso. O Lago Esperanza e o Rio Milagro são muito importantes para nós, e sei que água também é algo em falta no Norte, onde ficam as montanhas Victoria: então, a invasão das Terras Altas foi estratégica para que eles tenham algo com o que barganhar. Agora eles têm a água, e Aurora tem a mim.

Em uma noite, depois de mais uma das reuniões aqui no Castelo, converso com Enrique e Tamara. Eles ainda estão juntos e os parabenizo. Digo que reagi mal naquele dia por eles terem escondido aquilo de mim por tanto tempo, mas que torcia para que eles pudessem ficar juntos. Acho que se eles notaram o tom embargado na minha voz, não mencionaram isso; agradeço a eles mentalmente, afinal, não quero falar de mim atualmente.

— Você está bem? — Minha mãe pergunta sempre que me vê, parece que essa se tornou sua pergunta automática e, para sua pergunta automática, eu respondo minha resposta automática:

— Sim. — E saio para fazer alguma coisa aleatória, como ver se os cavalos estão bem, na estrebaria, o que, com certeza, eles sempre estão, ou ver se alguém da Guarda achou alguma coisa que eu fingi ter perdido, o que, com certeza, não acharam, afinal, não há nada para se achar. Saio apenas para não ter que ficar tempo demais junto dela e chegar ao ponto de ter que conversar com ela sobre tudo o que aconteceu.

A PROPOSTA OFICIAL DO CASAMENTO ocorre no sábado de manhã e, como eu já estava ciente, nem me assusto quando os olhares de todos na mesa se viram para mim esperando pela resposta. Tudo bem, mesmo? Minha mãe pergunta, já sabendo obviamente qual seria minha resposta: tudo bem. Tudo para o bem de Aurora, certo? Joseph olha para mim e desvio meu olhar, pois seus olhos azuis me deixam inquieto, e inquieto de um jeito estranhamente agoniante. Então, enquanto procuro um local seguro para o qual olhar, meus olhos se encontram com os de Julio Rodriguez, e eu sinto claramente um pesar no seu olhar.

— Me recuso a felicitarte esta vez — ele diz, sorrindo, enquanto caminhamos pelo castelo depois da reunião em que minha mãe, Joseph e o General Frost decidiram que o casamento será em Montero.

— Isso provavelmente significa mais para mim do que todos os parabéns que recebi agora há pouco.

Ele continua sorrindo.

— Eu soube do seu garoto das Tierras Altas. — Ele diz, sem hesitar. Eu paro por um instante a caminhada e olho para Julio. Apenas balbucio alguma coisa. Ele continua: — Eric, se for algo real, se você realmente sentir algo de verdade, lute por esto.

— O quê?

— Minha situación é absolutamente solitária, salvo algunas personas que me relaciono em ciertos momentos, porque escolhi a esto e porque nunca cheguei a sentir nada, pero...

— Você viu como tudo é aqui em Aurora, agora há pouco, Julio. Você viu como as coisas aconteceram há poucos minutos...

Ele segura meu ombro.

— Apenas pense nisso, menino.

— E eu não conseguiria pensar na possibilidade de trazer Ben para essa baderna. Não acho justo com ele.

— E lo que es justo para ti?

Não respondo. Julio pisca para mim, seus olhos claros e brilhantes como a luz forte do sol; ele aperta meu ombro e diz:

— Nos vemos en seu casamento!

Ele se afasta.

— Obrigado. — Digo. Ele se vira, assente, depois retoma seus passos; em certo momento, já longe de mim, o vejo desaparecer na luz do sol.

***

À noite, minha mãe se aproxima, provavelmente na esperança de conversar comigo, mas finjo estar com sono e vou para o quarto até que eu perceba que o tempo passe e o castelo se silencie. Por fim, como eu fazia bastante antes de tudo, chamo um dos guardas do corredor e peço para que ele descubra se Tamara está dormindo. Logo ele chega com a resposta.

Quando chego à torre, ela e Enrique estão me esperando.

— Bem, a quantidade de gente com problemas para dormir nesse castelo está aumentando — digo, e a gente ri. — Bem-vindo ao time.

— Na realidade, sempre dormi mal, a diferença é que agora estamos todos juntos aqui — Enrique diz.

Sento-me no meio dos dois sobre a mureta. Espero que não se importem, digo. Enrique sorri e ficamos em silêncio ouvindo o mar por um tempo.

— Bem, como você está? — Tamara pergunta.

— Ah, terrivelmente exausto. Já não consigo mais pensar em nada e, se tem um ponto positivo nisso tudo, é que essa exaustão até me fez esquecer da chuva e de tudo o mais. É como se tudo estivesse silenciado dentro de mim e essa sensação, tenho que admitir, é tão pior quanto aquela latência que eu sentia antes.

— Talvez seja você aprendendo a controlar isso — Enrique diz.

— Talvez... — concordo — naquela noite em que vocês me encontraram, eu fiz aquilo porque queria fazê-lo. Quero dizer, depois que tudo começou, perdi o controle, mas no começo eu estava ciente do que estava acontecendo e eu quis começar a tempestade, e o medo que eu sentia era um medo diferente.

— Eric! Isso é ótimo!

Suspiro ao lembrar de Ben caminhando na minha direção no meio de todo o vento, a chuva e os raios.

— E qual a diferença entre aquele momento e os outros em que você sente medo de perder o controle? — Enrique pergunta.

— Benjamim Díaz. Ele e o medo de que eu estava sentindo de perdê-lo.

Enrique sorri para mim: — Eric, é isso. Você está aprendendo a controlar isso.

— E esse garoto? — Tamara pergunta.

— Ele é uma bela memória, mas nada mais que isso — digo, tentando esconder o pesar na voz e penso que talvez tenha funcionado, pois ninguém fala nada por um instante.

— Eric, eu sei que não fomos seus melhores amigos nem fomos sinceros com você desde o começo, — ameaço interrompê-la, mas Tamara continua: — mas agora isso já aconteceu e já tenho a noção clara dos problemas de uma mentira mal contada... — Ela pausa por um instante e depois segura minha mão: — Por que você está fazendo isso?

— Estou fazendo isso porque preciso...

— Eric e esse tal de Ben?

Suspiro e digo um o quê estranho.

— Eric, há semanas eu fiz a proposta estúpida de casamento a você e, apesar de tudo, eu estava fazendo isso por mim, para tentar de alguma forma ficar mais próximo da Tam. Mas no final das contas, era por mim que eu fazia isso. — Enrique diz.

— Talvez seja o momento de você fazer algo por você, Eric — Tamara completa.

— Gente, o Ben não nasceu para isso e não acho justo arrastá-lo para isso aqui. Ele não merece. Fico pensando, óbvio, que eu queria ficar com ele, ser feliz com ele e vê-lo sempre, mas não posso fazer isso com ele. — Digo e, agora, realmente acredito nisso; uma voz absurdamente alta me compele a correr atrás de Ben, mas os sussurros da razão sabem que isso não é meu melhor caminho.

— Eric...

— Tam, de verdade, eu o vi observando as montanhas com um brilho no olhar como eu nunca tinha visto antes, eu conheci sua família, eles são incríveis e se amam, eu o vi cuidado de seu irmãozinho mais novo, e foi a coisa mais linda que já vi na vida, eu o vi feliz. Talvez eu nunca tenha visto alguém tão feliz antes. — Balanço a cabeça tentando afastar essas lembranças, tentando fazer com que elas não influenciem meu julgamento das coisas — Você já viu alguém realmente feliz aqui? — Eles não respondem. — Ele definitivamente não merece isso aqui.

— Eric, nós não estamos falando sobre "isso aqui", mas sobre você. O que você merece?

Sorrio, um sorriso triste.

— Eu sempre achei que os poderes de meu pai fossem minha maldição, mas agora percebo que a maldição em si é ser um Lluv. Mas eu sou um Lluv, isso é fato. Agora, não posso arrastar Ben para isso.

Ficamos em silêncio. Tamara chega perto de mim e apoio meu rosto em seu ombro. Enrique sorri e se aproxima de nós.

— Não sei, talvez eu apenas esteja com ciúmes, Mi Amor — Ele diz e se senta do meu lado vazio, deitando seu rosto no meu ombro e ficamos assim, os três.

— Obrigado! Por tudo!

— Ninguém mexe com nosso príncipe!

Sorrio.

— Sério, obrigado! Mas acho que chegou a hora de eu assumir meu papel de príncipe herdeiro de verdade.

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