Anahí levantou do sofá encarando o relógio.
- Está na hora!
- Todos sabem o que tem que ser feito, vamos. - a delegada respondeu.
Marichello: Que Deus proteja todos vocês filha. - abraçou Anahí.
Any: Ele vai tomar conta da gente sim mãe... Não vai acontecer nada. - respondeu a abraçando.
Angelique correu sentindo as pernas fraquejarem e os pulmões queimarem, se escondeu atrás de uma árvore e cobriu a boca com a mão tapando um soluço.
Leonardo: ANGELIQUE! - gritou a assustando. - É melhor você aparecer ou vai se arrepender, eu to avisando.
Angelique se encolheu na árvore com medo que ele a encontrasse e com mais medo ainda do que ele poderia fazer com ela.
- Por favor! Por favor! - suplicou a Deus. - Que ele não me encontre, por favor. - sussurrou.
Leonardo: Desgraçada, eu te mato quando te encontrar. - gritou.
Angelique fechou os olhos e se encolheu, se Leonardo a encontrasse ela estava perdida.
A polícia parou o carro na divisa com a estrada de terra e asfalto.
- A gente se separa aqui. - a delegada avisou. - Uma equipe já seguiu pela mata até o local onde Leonardo irá se encontrar com vocês... Ele vai pensar que estarão sozinhos, mas será flagrado e preso.
Poncho: Tem certeza que essa é boa ideia.
Ucker: Eu acho arriscado demais.
Dulce: A gente não tem escolha. - respondeu.
Any: Angelique não pode morrer por nossa culpa.
- Os rastreadores caso haja necessidade de localizarmos vocês. - entregou dois estojos. - Prendam dentro da meia de vocês.
As duas assentiram e fizeram como orientado.
- O carro onde vocês duas vão é blindado, qualquer coisa se houver uma necessidade de fuga terão mais chances, mas estaremos por perto prontos para o reforço entenderam?
As duas assentiram determinadas.
Poncho: Não dá pra um policial ir com elas?
- Ele vai, dentro do porta-malas em um fundo falso. - respondeu a delegada e sorriu.
Anahí e Dulce sorriram mais aliviadas não estariam sozinhas afinal.
- Boa sorte a vocês duas. - respondeu e um rapaz se aproximou. - Ele irá acompanha-las.
Any: Oi! - forçou um sorriso.
O policial assentiu.
- Vamos? - e foi na direção do carro, o porta malas se abriu com um sensor e ele se escondeu dentro dele.
Anahí se aproximou de Alfonso e o abraçou.
- Vai dar tudo certo meu amor.
Poncho: Que Derrick me perdoe, mas eu seria capaz de matar aquele desgraçado se ele fizer mais alguma coisa contra você ou minha irmã.
Any: Ele não vai fazer nada... A gente vai prender ele. - assegurou.
Alfonso assentiu tentando ser confiante como os outros e puxou o rosto de Anahí pra perto beijando-a.
Ucker: Pelo amor de Deus se cuida. - acariciou seu rosto.
Dulce: Pode deixar você não vai se livrar de mim tão fácil. - sorriu piscando pra ele.
Chris: Por favor, quando virem a Angelique digam à ela que estou aqui e tudo vai ficar bem.
As duas assentiram.
Any: Pode deixar. - forçou um sorriso e deu as costas.
Dulce a seguiu e as duasentraram no carro, Any no volante.
- Pronta pra pegar esse desgraçado?
Dulce assentiu a raiva estampada em seu rosto. Anahí ligou o carro e acelerou, tentou não olhar pra trás, mas foi impossível.
Angelique ficou de pé e saiu de trás das árvores aos poucos e ainda com medo. Rezou para que Leonardo não aparecesse.
- Achou que ia escapar de mim? - seu braço a agarrou.
Angelique gritou e Leonardo a prensou contra a parede.
- Eu devia te matar pelo que acabou de fazer sua puta.
Angell: Por favor, me deixa ir embora eu to implorando.
Leonardo: Você vai embora, mas só depois de me fazer aquele favorzinho, agora entra na porra do carro e nem pense em tentar escapar.
Angelique enxugou o rosto, o braço dele a segurava com força e a arma apontada em sua cintura só a apavorava ainda mais. Ele a jogou dentro do carro e ligou o mesmo travando as portas.
- Se você saltar de novo, eu mato você. - ameaçou. - ESCUTOU?!
Angell: Sim! - soluçou e enxugou o rosto.
Leonardo: Ótimo. - ligou o carro e saiu acelerando.
Anahí dobrou a esquina e Dulce olhou pra trás aflita, a sensação era de que estavam sozinhas por mais que não fosse bem assim.
- Fica calma Dulce.
Dulce: É que só de pensar que a gente vai ficar cara a cara com aquele desgraçado. - suspirou retorcendo as mãos.
Anahí segurou a mão dela com força.
- Vai dar tudo certo.
Dulce assentiu pedindo a Deus que a amiga tivesse razão e em poucas horas ela pudesse rever todos de novo.
Leonardo estacionou o carro e puxou Angelique pra fora. Seus braços envolveram sua cintura e ele apontou a arma pra cabeça dela.
- Agora você fica quietinha que vai acabar tudo bem.
Angell: O que vai fazer?
Leonardo: Vai descobrir jaja. - sorriu com malícia.
Um carro se aproximou e Angelique sentiu o pânico crescer dentro dela ao ver que Anahí e Dulce se aproximavam.
Dulce: Angelique! - o respiração ficou suspensa ao ver a amiga.
Any: Calma Dulce. - respondeu.
Leonardo sorriu de forma doentia quando Anahí estacionou o carro e desceu junto com Dulce.
- Oi meninas!
Angelique se mexeu inquieta tentando se soltar, mas Leonardo a segurou com mais força.
Dulce: Angelique como você ta?
Angell: Bem. - respondeu chorando.
Any: Solta ela já estamos aqui. - respondeu tentando manter-se firme.
Leonardo: Antes vamos dar uma volta... Nós três. - sorriu e beijou o rosto de Angelique.
Any: Não!
Dulce: Não era esse o combinado... Viemos pra ficar no lugar da Angelique.
Leonardo: E vocês vão ficar, eu só não disse em que momento. - sorriu. - Agora entrem no carro ou eu mato ela. - gritou. - ANDA! - gritou.
Any: Solta ela primeiro. - pediu.
Leonardo: Só depois que entrarem no carro, anda logo.
Passos em volta foram ouvidos no momento em que o porta mala foi acionado e aberto.
- Mãos para o alto Leonardo o senhor está preso, abaixe sua arma e solte a refém. - o policial saiu de dentro do carro.
Leonardo encarou os policiais a volta e olhou com ódio as duas garotas na sua frente.
- Eu devia matar vocês duas.
- Leonardo você não tem escolha abaixa a arma. - respondeu a delegada.
Leonardo apontou a arma pra cabeça de Angelique e se aproximou da porta do carro.
- Se alguém se mexer eu mato ela.
- Leonardo você ta cercado não faz uma besteira. - a delegada alertou.
Leonardo: Cala a sua boca você não sabe de nada. - respondeu. - Liga o carro pra mim, anda. - apontou a arma pra cabeça de Angelique.
Angelique entrou no carro e fez o que Leonardo mandou, os olhos dele vasculhando os rostos a volta.
- Isso agora sai do carro.
Any: Leonardo, por favor solta minha amiga. - implorou.
Leonardo derrubou Angelique no chão e entrou no carro acelerando o mesmo.
O policial escondeu Anahí e Dulce atrás do carro blindado e foi pra perto de Angelique em estado de choque.
- Calma vai ficar tudo bem.
Leonardo passou com o carro na frente dos policiais não se importando em atropelar algum e se embrenhou pela trilha que dava na mata.
- Atrás dele! - a delegada ordenou.
Um carro se aproximou e antes que pudesse estacionar Alfonso, Christopher e Christian desceram. Angelique correu até o namorado e o abraçou com força.
- Calma meu amor, ta tudo bem, você ta bem.
Angell: Eu fiquei com tanto medo, não é o Leonardo que conhecemos ele enlouqueceu. - respondeu desesperada.
Alfonso: Ele fez alguma coisa com você?
Angell: Não, mas eu achei que morreria. - respondeu aos prantos.
Chris: Vai ficar tudo bem meu amor.
Derrick chegou naquele momento com Maite.
- Cadê o Leonardo?
Dulce: Ele fugiu. - respondeu enxugando o rosto.
Derrick: Angelique! - a encarou aliviado e a abraçou com força. - Me perdoa.
Angell: A culpa não é sua. - enxugou o rosto.
Derrick: Eu devia ter tentado fazer alguma coisa por ele. - respondeu amargurado.
Dulce: Você tentou, ele é quem nunca valorizou. - respondeu com tristeza.
Maite: Dulce tem razão, a educação dele era dever dos seus pais não sua. - acariciou seu ombro.
Derrick: Eu só quero que a polícia o encontre e esse pesadelo acabe de uma vez. - suspirou.
Any: E seus pais?
Derrick: Estão vindo pra cá... Não sei como a coisa vai ficar quando minha mãe chegar. - suspirou.
Leonardo derrapou e o carro quase capotou na terra. Desesperado ele se viu cercado por árvores. Não dava pra seguir com o carro, teria que ser a pé. Quando desceu ele viu os policiais se aproximando e correu.
- Vocês não vão me pegar!.. Vocês não vão me pegar. - repetiu ensandecido.
A delegada encarou o grupo e respondeu olhando especialmente para Derrick.
- Seu irmão optou por uma fuga a pé, sabe se ele tem experiência em andar na mata?
Derrick: Não, ele nunca gostou de meio de mato. - respondeu amargurado.
- Ótimo, pelo menos assim ele não vai conseguir ir longe demais.
Anahí abraçou Alfonso e torceu para que Leonardo fosse preso e pagasse pelo que estava fazendo.
- Ele está indo na direção de uma ponte, dá pra cortar caminho pelo asfalto, vamos encontra-lo do outro lado e ai ele não vai ter como fugir... Vamos. - encarou os três policiais que estavam com ela.
Leonardo ofegou vendo que começava a escurecer, se não sumisse logo das vistas da polícia e encontrasse a cidade a situação ficaria mais crítica e ele não ia conseguir sair de lá até a manhã seguinte. Sorriu aliviado quando viu a ponte, sabia que depois dela logo encontraria o caminho pra estrada de asfalto.
Quando estava na metade do caminho, a delegada surgiu com três policiais apontando uma arma pra ele, os outros atrás dela.
- Parado Leonardo.
Leonardo deu as costas e viu os policiais subindo. Desesperou-se.
- Você não tem por onde escapar, renda-se. - avisou.
Leonardo: Nunca! - respondeu e passou as pernas pro outro da ponte.
- Não faça isso Leonardo, essa ponte é alta depois, você vai fazer uma loucura se atirando daí.
Leonardo: Pois se vocês se aproximarem, eu juro que me jogo daqui.
Derrick: Por favor, me deixem tentar falar com ele. - pediu e passou pelos policiais. - Leonardo não faz besteira você vai matar nossa mãe de remorso.
Leonardo: Ela é outra traidora que contou onde eu estava. - respondeu furioso.
A delegada se aproximou tentando acalmá-lo.
- Se você se entregar podemos fazer um acordo, você é réu primário, se colaborar...
Leonardo: Ta de lorota pra cima de mim, pensa que eu não sou idiota? Mais um passo e eu me jogo daqui. - ameaçou.
Maite: Por favor, façam alguma coisa não deixem ele fazer besteira. - suplicou encarando os policiais.
A delegada fez sinal aos homens que aos poucos se aproximaram.
- Fiquem ai ou eu juro que me jogo.
Anahí se enfiou na frente dos policiais.
- Leonardo não faz uma besteira dessas, não acaba ainda mais com a sua vida.
Leonardo: Você falando isso pra mim? Depois do que eu te fiz? - perguntou pasmo.
Dulce: A gente esquece o que você fez, perdoamos você, mas não faz uma loucura dessa. - respondeu parando ao lado de Anahí.
Leonardo: E de que vai me adiantar o perdão de vocês dentro da cadeia? Não me vale de nada ser perdoado, mas perder a liberdade.
Any: Você procurou isso agora arque com as consequências.
Um carro estacionou e Derrick olhou pra trás assustado.
- Mãe? Pai?
Renata: Meu filho, cadê meu filho.
- Por favor, senhora não atrapalhe a operação.
Renata: Eu preciso falar com m eu filho.
Derrick: Como você veio parar aqui?
Renata: Cala a boca você eu quero falar com meu filho. - esbravejou.
Maite suspirou e segurou a mão de Derrick com força como se para apoiá-lo. Gustavo encarou o filho e apertou seu ombro como que pedindo desculpas.
Renata: Filha pelo amor de Deus sai dai, vamos pra casa.
Leonardo: Que casa mãe? Não ta vendo que eles querem me levar preso?
Renata: Eu não vou deixar eu prometo... Vamos pra casa amor. - suplicou o olhando.
Leonardo encarou a mãe, depois encarou os policiais. Ele sabia que não iria pra casa e sim para a cadeia e isso ele nunca concordaria.
- Foi mal mãe, queria ser careta como o Derrick. - a olhou pesaroso e soltou as mãos.
Todos olharam a cena horrorizados, o corpo de Leonardo despencou da ponte e caiu no rio lá embaixo.
Renata: NÃO! - gritou indo até a ponte. - FILHO! - berrou chorando.