A BATALHA FINAL

By Passaro12vermelho

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☡LIVRO III☡ - Amor? - Ele diz com a voz fria - O que o amor deu a você além de cicatrizes? - Me deu esperança... More

PRÓLOGO
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV

CAPÍTULO IV

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By Passaro12vermelho

Os dias eram longos e torturante, cada dia que se passava eu perdia mais a fé e a esperança me tornando uma pessoa fria, não sentia nada, absolutamente nada.

Minha rotina era simples: acordava às cinco da manhã, fazia o café da manhã para todos, depois que todos comiam Arlen me autorizava a preparar algo para comer, depois que todos saiam para "trabalhar" eu limpava toda a casa, cuidava do jardim, tirava a poeira e guardava o que estava fora do lugar, logo após preparo o almoço e quando eles chegam me entregam as coisas sujas para que eu lave e deixe para Aurean afiar e polir, quando todos terminam de comer Arlen trás um prato para mim e geralmente fica me observando comer em silêncio e sem fazer nenhuma pergunta.

- Não vou fugir seu imbecil. - digo enquanto como um pedaço da coxa de frango.

Ele permaneceu em silêncio me observando.

- Se vai ficar aqui pelo menos fale algo, vou ficar maluca se continuar sem falar com ninguém.

- Você pode falar com quem você quiser e quando você quiser. É você que se priva disso. - ele diz com uma voz felina e mortal.

- O que pretende fazer exatamente comigo? - digo colocando o prato de lado em uma pedra, o barulho do rio era o único som que ouvi por um longo tempo.

- Eu tenho um lugar para você na guilda...

- Não. - o interrompo, ele mão fica nada feliz.

- A sua vaga nunca será preenchida, saiba disso princesa. - ele brinca com a água.

- Quero que me leve de volta para Milo. - digo em alto e bom tom, ela não esboça nenhuma expressa apenad diz com um tom de voz casual.

- Eu lhe fiz um favor ao tira-la daquele inferno e você ainda quer voltar para lá?

- Sim, eu quero. Eu quero voltar para o meu noivo, para meus amigos, para minha casa. - digo com a voz embargada.

- Celestia e Athanasi tudo bem, mas Ronan? - ele arregala os belos olhos cor de carmim - Ele é um monstro, um lobo em pele de cordeiro.

- Não... você não o conhece como eu conheço.

- Você que não o conhece. Onde ele estava na tempestade do navio? Como aquele colar foi parar no seu quarto? Como ele ganhou aquela cicatriz? Pense Talia, pense. Você não é estúpida, pense. - eu não queria aceitar o meu raciocínio, seu tom de voz se suaviza - Eu sei que é difícil, eu sei que dói, mas quero que saiba que se você quiser eu o mato por você.

- Não. - digo baixinho - Ele pode até ter me traído, mas eu ainda o amo.

Ele abre a boca para falar mas Aurean surge as margens do rio chamando a nós dois. Eu preferia ter ficado no rio pois não estava preparada para o que eu veria.

Um elfo ajoelhado, todo ensangüentado, espancado e mutilado, mas fiquei feliz por não ter vomitado. Arlen já chegou socando o rosto do elfo enquanto ele gritava de dor e os outros assassinos apenas assistiam sem fazer absolutamente nada além de sentar e assistir. Olhei para Caliandra que sustentava um olhar apático e frio e um sorriso perverso nos lábios, Arlen continuava a bater no elfo enquanto Aurean curava os ferimentos para abri-los novamente mais tarde.

- Piedade. Piedade. Piedade. Piedade. - o elfo pedia sem parar, mas piedade não era algo que eles possuíam.

- Quantos antes não imploraram isso também a você? - Arlen diz com a voz tão dura quanto pedra.

Os olhos cor de âmbar do elfo tremeram de temor ao ouvir as palavras dele, e eu me estremeci também, como alguém consegue ser tão frio e insensível.

- Tranquem esse filho da mãe no quarto e o deixem por três dias sem comida nem água e nem mesmo limpem seus ferimentos. - Arlen diz se levantando e limpando as mãos em sua blusa, Aurean levanta o elfo bruscamente e ficou parado olhando para mim.

- Pegue a chave porra. - Arregalo os olhos e corro para pegar o molho de chaves com as mãos trêmulas e calejadas.

Ele me leva até o quarto de maçaneta marrom e eu demoro um pouco para destrancar e conseguir empurrar a porta, é nada mais nada menos que um cômodo vazio, empoeirado e manchado de sangue sem nenhuma ventilação.

- Entra aí. - ele empurra o elfo para dentro com força.

O elfo permanece em silêncio e claramente assustado.

- Pode trancar. - Aurean me diz, mesmo trêmula eu tranco a porta e me afasto lentamente e em silêncio da porta mantendo a cabeça baixa e não olhando diretamente para ele - Você está bem?

Apenas concordo com a cabeça discretamente.

- Olhe para mim. - obedeci em silêncio, é fácil desafiar Arlen mas eu nunca sonharia em desafiar Aurean.

Ao olhar para ele senti uma dor forte no coração, ele se parece tanto com Ronan, Celestia e Athanasi, ele chegou mais perto do meu rosto e seu hálito gélido beijou meu rosto.

- Você está trêmula. - ele diz com uma voz acolhedora - Está com medo?

Concordo unicamente com a cabeça.

- Não precisa ficar assustada - Sua voz é estranhamente acolhedora o que acabou me fazendo chorar - Não chore.

Ele fez algo para o qual eu não estava preparada, ele me abraçou... ele me abraçou, um abraço longo e demorado.

- Está melhor agora? - concordo novamente com a cabeça em seu peito - Ótimo. Agora não abra a porta e vai ficar tudo bem.

- Vocês vão matá-lo?- luto contra as lágrimas.

- Sim, mas ele merece. - ele sussura em seus cabelos.

- Ninguém merece morrer, por mais cruel que essa pessoa seja.

- Admiro isso em você Talia, você tem compaixão isso é algo com o que eu apenas sonho. - olho fundo em seus olhos, seus olhos azuis claro brilharam quando ele se inclinou e me beijou.

Fechei os olhos e deixei aquela sensação percorrer em meu corpo, cada movimento de sua língua fazia com que meu corpo recebesse choques elétricos que me deixaram a mercer dele. Sua língua percorreu minha boca com desejo puro e carnal enquanto sua mão percorria minhas costas e a outra segurava meus cabelos em um rabo de cavalo que ele fazia questão de dar longos puxões.

Ele para de repente, eu estava ofegante e por incrível que pareça eu não sentia mais medo, nem dele nem de Arlen, ele se afastou e eu me escorei na porta e observei ele sair.

E naquele momento senti que teria que fazer algo pelo bem desse lugar escuro e nojento segurei a chave e abri a porta, o elfo me olhou assustado e com medo. Me ajoelhei ao seu lado e falei com uma voz suave.

- Eu vou te tirar daqui.

- Não posso sair, eles vão me matar muito pior se eu fugir. - ele diz tremendo.

- Não vão, siga pela floresta por um caminho chamado ilha das bruxas brancas lá você vai chegar a um rio, siga o rio até Cadaman.

- Se sabe tanto sobre isso, por que não fugiu?

- Porque eu não posso. - eu só não posso... - Quer fugir?

- Sim, por favor. - ele me pediu.


                           《♤》

- Onde ele está? - Arlen berrou.

- Ele fugiu Arlen. - Caliandra diz.

- Como? - Arlen esbravejou novamente.

- Alguém abriu a porta. - Kota disse.

Arlen massageou as têmporas com os dedos indicadores.

- Eu dei instruções claras não dei? - ele gritou.

- Não podia deixa-lo morrer. - Gritei de volta.

- Você sabe quem ele é? - fiquei em silêncio - Aquele canalha é um sanguinário, ele mata por prazer. E mata crianças, arranca seus corações e os coloca em um pote como um troféu.

- Arlen se acalme. - Aurean pede.

- Vá pro inferno Aurean. - ele grita e depois se volta para mim - Você vai ajudar a capturar ele outra vez.

Eu estava com tanto ódio daquele elfo, como ele ousava matar pobres crianças?

- Ajudarei e melhor ainda, eu mesma irei matá-lo. - digo e um sorriso malicioso se abre no rosto de Arlen.

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