The Donor - Português (Camren)

By TraducaoCamren2

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A filha de Camila quer saber quem é seu "pai". Como Camila poderia explicar que foi um doador de esperma e co... More

Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Parte 5
Parte 6
Parte 7
Parte 8
Parte 10
Parte 11
Parte 12
Parte 13
Parte 14
Parte 15
Parte 16
Parte 17
Parte 18
Parte 19
Parte 20
Parte 21
Parte 22
Parte 23
Parte 24
Parte 25
Parte 26
Parte 27
Parte 28
Parte 29
Capítulo 29.5
Capítulo Final
Epílogo

Parte 9

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By TraducaoCamren2

Boa noite, como vocês estão? Espero que bem.
Demorei, mas estou aqui. Eu tinha a tradução completa dessa fica e acabei perdendo, fiquei tão frustrada que acabei dando um tempo nas traduções, principalmente a de The Donor. Mas não posso descontar em vocês que querem ler essa história, não é mesmo?
Me seguem lá no Twitter: @TraducaoCamren
Boa leitura :)
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Você pensaria que eu ficaria brava com um zumbido incessante me acordando estupidamente cedo em um fim de semana, mas quando eu gemi no travesseiro e sou atingida pelo cheiro de Lauren, e me lembro do braço que ela envolvia ao redor do meu cintura, nada poderia tirar o sorriso do meu rosto.

Memórias da noite passada vieram à tona para mim (embora não seja como se tivessem desaparecido, considerando que eu sonhei com isso a noite toda).

Lembro-me de como ela me fez sentir tão desejada. Lembro-me da expressão em seu rosto quando estava exposta a ela pela primeira vez. Lembro-me de como ela me tocou, o quanto ela gostou. E então me lembro de como tudo depois aconteceu naturalmente para nós: escovar os dentes juntas, ir para a cama e Lauren me tomando em seus braços. Ainda meio sonolenta, eu sorria no travesseiro de Lauren.

Mas ela ainda não tinha desligado a porra do alarme.

— Lauren. — eu empurrei meu cotovelo em seu braço, tentando acordar a mulher de seu sono. — Lauren. — eu grunhi um pouco mais alto.

— Hm? — ela respondeu sonolenta, afundando ainda mais o rosto no meu pescoço. Fui dormir aninhada em seu peito e acordei com ela me acariciando de novo, como naquela manhã que Dinah nos pegou, seu corpo apertado contra o meu e um braço possessivamente enrolado em volta da minha cintura.

— Alarme.

— Hm?

— Lauren. Desligue o seu maldito alarme.

— Sim, senhora. — Lauren virou-se ligeiramente e esticou a mão para desligar a fonte do meu aborrecimento, a posição fazendo com que sua pélvis se projetasse para fora das minhas costas; sua dureza matinal se tornando mais proeminente. Não demorou muito para ela desligar o alarme e voltar a deitar ao meu lado, não envolvendo mais seus braços ao meu redor, em vez disso, esfregava os olhos com cansaço.

Eu não me resisti ao fato de que eu já sentia falta do seu calor, da sua proximidade e dos seus braços firmemente em volta de mim, e me virei para ela, deitando de lado.

— Por que seu alarme tocou no final de semana? — perguntei, ainda irritada por ter sido acordada tão cedo. Ela parou de esfregar os olhos e se virou para deitar de frente para mim também. — Você não tem trabalho, não é?

— Às vezes o meu chefe me arrasta no fim de semana, mas não hoje. Hoje tenho planos diferentes. — ela explicou com apreensão.

— Mas é tão cedo.

— Camz, são 9 da manhã. A gente dormiu até tarde.

— O quê? Você só pode estar brincando. Eu moro com duas crianças e ainda consigo dormir até mais tarde do que isso nos fins de semana. — expliquei, tentando ignorar o fato de como as nossas pernas estavam entrelaçadas, sua coxa estava muito perto do meu centro nu – e seu pênis não muito longe...

— Bom, essa é provavelmente a última vez que eu vou acordar tarde, então é melhor você se acostumar!

— Acostuma? Você está insinuando que passar a noite juntas será uma ocorrência normal? — provoquei, sorrindo para ela enquanto as suas bochechas ficam vermelhas. Meu sorriso, no entanto, sumiu rapidamente quando ela começou a atacar os meus quadris com seus dedos, provavelmente se lembrando da noite passada o quanto eu era sensível. Eu sou sensível em outros lugares também, mas ela convenientemente se esqueceu disso...

Não demorou muito para ela me soltar, mas foi aí que me encontrei sentada em sua barriga, inclinando-me sobre ela e recuperando o fôlego. Depois de me defender, me encontrei em cima dela, prendendo seus braços no travesseiro de cada lado de sua cabeça. Não passou pela minha cabeça que ela fosse claramente muito mais forte do que eu, mas de alguma forma eu estava agora em cima dela.

Sentei-me firmemente na barriga de Lauren e não fiz qualquer tentativa de me mover, em vez disso, observava como ela estava bonita. Seus olhos verdes estavam mais suaves e mais claros, seja de felicidade ou cansaço, seu cabelo escuro estava espalhado sobre o travesseiro e sua pele pálida estava brilhando com o sol da manhã que atravessa as cortinas. Ela fez um movimento para afrouxar o aperto que eu ainda tinha em seus braços e continuou com nossos dedos entrelaçados e os descansando contra a cama.

Olhei em direção às nossas mãos, onde ela estava acariciando suavemente as costas da minha mão. Por alguns momentos, apenas aproveitei como essa situação se tornou íntima e quase natural. Segurar a mão dela parecia normal – a faísca quando nos tocamos não desapareceu – mas parecia normal, como se sempre tivéssemos que fazer isso, ou como se sempre fizéssemos isso.

Eu logo voltei a olhar para Lauren e descobri que ela não estava olhando para mim como antes, seus olhos estão fixos em outro lugar.

E foi quando me lembrei pela segunda vez esta manhã que eu não estava usando calcinha.

Os olhos de Lauren estavam fixos no meu centro nu, revelado a ela porque minha camisa tinha subido, minha bunda em sua barriga e minhas coxas ligeiramente em cima do seu peito. Superei o constrangimento e a insegurança que primeiro tomou conta de mim e apenas me concentrei no desejo irresistível que era evidente em seu olhar. Desejo e luxúria, além da curiosidade, que foram a sua abordagem na noite passada e agora era quase a mesma coisa.

— Você está bem, Lauren? — tirei a mulher de seu devaneio e ela olhou nos meus, parecendo um filhote de cachorro que tinha caído da mudança, arregalou os olhos de medo por eu ter percebido o que ela estava fazendo.

Ela pigarreou.

— Sim, claro. Erm, eu estou com muita fome, então talvez devêssemos descer e comer um pouco?

Eu poderia fazer uma piada sobre essa mesma frase.

— Sim, eu também estou com fome. — sai de cima dela devagar de propósito para dar a ela uma visão melhor da minha área exposta. Quando ela pigarreou outra vez, eu soube que fiz exatamente isso. — Vamos então — eu disse, enquanto colocava calça leg que encontrei no chão ao lado de sua cama. Ela sentou e se alongou da maneira mais fofa, parecendo um bebê dinossauro em seu gemido.

— Vai na frente e eu te encontro na cozinha. — ela disse e eu a encarei confusa. — Eu só preciso usar o banheiro. — respondeu com um sorriso tenso.

— Vá em frente, eu não me importo de esperar aqui, — eu disse dando de ombros.

— Erm, não, Camz. É só descer e eu chego em um segundo.

— Por que é um problema se eu esperar aqui? Há algo de errado?

Ah...

— Ah... — olhei automaticamente para a sua região escondida. — Você ainda está... — eu apontei para a área de Lauren.

— O que quer dizer “ainda”? Você sentiu? — seu nervosismo fazendo com que suas perguntas saíssem apressadas.

— Lauren, estávamos dormindo abraçadas. — eu disse simplesmente.

— Ah. — ela olhou inquieta para suas mãos. — Bom, desculpa por você ter sentido isso. — sua voz tipicamente rouca agora estava cheia de tristeza. Sentei-me na cama ao lado dela e segurei o seu rosto em minhas mãos.

— Por favor, não fique triste ou envergonhada. É perfeitamente natural e eu te prometo, eu estava bem com isso. — Lauren balançou a cabeça, não acreditando nas palavras que eu estava dizendo a ela. — Sinceramente, Lauren. Eu aceito tudo de você. Mesmo se você ficar com tesão pela manhã.

E foi aí que ela soltou a risada que eu estava esperando.

— Oh Deus, por favor, cale a boca — Lauren cai de costas na cama com as mãos no rosto, envergonhada, mas rindo do meu comentário.

— Vou descer e invadir a sua cozinha. Você pode... enquanto eu... — apontei em direção a sua área e, em seguida, a porta, sugerindo que eu iria sair para que ela pudesse fazer o que for preciso. Ela percebeu e rapidamente se sentou com os olhos arregalados e nervosos para se defender.

— Não, não, não, eu só preciso tomar um banho frio. Eu não vou fazer... isso. Eu não faço isso. Eu só preciso de um banho, pode me esperar lá embaixo? Invada a minha cozinha o quanto quiser.

Eu sorri para Lauren enquanto andava em direção à porta.

— Se é o que você diz, Lo. Até mais.

— Não, Camila. Eu não... — ela tentou se defender com uma voz mais alta enquanto eu saía do quarto. Demorei pelo corredor tempo suficiente para ouvi-la dizer: — Eu não faço isso. — em um tom derrotado para si mesma.

[...]

— Preciso te deixar em casa ou na casa da sua mãe? — estávamos de volta no carro agora e Lauren está me levando de volta para casa para ver Emelia, minha mãe iria deixá-la em casa em uma hora ou algo assim.

Lauren desceu para a cozinha cerca de 15 minutos depois com outra roupa e seu cabelo amarrado, ainda molhado do banho. Comecei a fazer panquecas com os ingredientes que havia encontrado na cozinha e ela me ajudou a prepará-los logo em seguida; permitindo-me comer o primeiro enquanto continuava com o resto.

Não tínhamos conversado sobre essa manhã. Ou sobre a noite anterior. Em vez disso, começamos uma conversa natural sobre Emelia, trabalho e as panquecas que estavam deliciosas. Mas isso não me incomodou. Eu não queria falar sobre nenhuma das situações porque, por um lado, eu não senti que precisávamos fazer isso, e pelo outro, a última coisa que eu queria era fazê-la se sentir desconfortável agora que estava tão relaxada.

Depois do banho, ela me deu outra camisa para vestir com as calças legging que eu já tinha roubado e começamos a volta para minha casa. Ao contrário da noite passada, não houve qualquer tensão ou nervosismo, foi apenas preenchido com conversas estúpidas e a risada adorável de Lauren de vez em quando.

— O que você e Emelia vão fazer hoje?

— Não temos nada planejado, então provavelmente nada demais. Talvez iremos ao parque. Por quê? — olhei para Lauren e observei como ela ficava bonita quando estava concentrada; entrando na minha rua.

— Bem, eu meio que tenho essa viagem planejada para nós três. Nada programado, então pode ser quando você quiser, mas o tempo está ótimo, não muito quente, então espero que Emelia fique bem no carro. Então, se você não estiver ocupada, eu realmente gostaria de levar vocês duas para sair hoje. — ela sugeriu, esperançosa.

— Isso é muito gentil da sua parte, Lauren. Claro. Eu nem preciso perguntar a ela porque eu sei o quanto ela ficará feliz em passar o dia com você. — ela sorriu timidamente enquanto parava o carro do lado de fora do meu apartamento.

— Excelente! Bem, eu tenho que encontrar alguém agora, mas estarei pronta em cerca de uma hora. Me mande uma mensagem quando Emelia estiver em casa e eu irei buscar vocês duas, ok? — eu concordei com a cabeça empolgada, já ansiosa para passar o dia com Emelia e Lauren.

Eu não dei um beijo de despedida.

Mas eu realmente gostaria de ter feito isso.

[...]

— Mama! — Emelia desceu correndo os degraus da nossa porta da frente e se lançou nos braços de Lauren, que estava parada ao lado de seu carro esperando por nós.

— Ei, garota linda. Você gostou da sua noite na casa da vovó? — Lauren perguntou a nossa filha, segurando a criança estava no seu quadril. As duas sempre pareciam tão felizes apenas por estarem uma com a outra e era essa ternura simples que torna o relacionamento entre elas tão especial.

Não demorou muito para que Lauren carregasse nossa filha para o banco de trás do carro, colocando a menina com segurança em sua cadeirinha e, em seguida, me pedindo para verificar se ela tinha feito isso corretamente. Estava perfeito, como eu suspeitava e o orgulho em seu rosto era algo admirável. Lauren e eu então sentamos nos bancos da frente e eu me virei para ela e depois para Emelia, ambas irradiando entusiasmo e felicidade.

— Vou logo avisando a vocês duas agora que é uma viagem bem longa — Lauren disse enquanto começa a dirigir — Se alguma de vocês quiser parar, usar o banheiro ou algo assim, é só me avisar. Também tem comida e bebida naquele cesto. — apontou para uma grande caixa no banco de trás.

Sem surpresa, tanto eu quanto Emelia estávamos perfeitamente bem com que seja uma longa jornada e passar o dia todo com a mulher de olhos verdes.

— Mama? Você tem uma música melhor? — nossa filha perguntou do banco de trás, me fazendo rir de como ela se aproximava de sua mãe.

— Com é, mocinha? Mas essa música é ótima. Sua mãe também gosta, ela me disse! — o tom infantil de Lauren me fez rir ainda mais. Estávamos dirigindo por cerca de 40 minutos e "Continuum" de John Mayer estava tocando suavemente no fundo de nossa conversa. Lauren estava certa, eu amava essa música e o álbum era um dos meus favoritos, mas Emelia parecia pensar o contrário.

— Não, ela não gosta, mamãe odeia. Ela quer que você coloque outra coisa!

— Oh, ela quer mesmo? — Lauren questionou comicamente, olhando para nossa filha em seu espelho retrovisor.

— Mhm. — essa criança era irreal.

— Vá em frente então, Camz. Coloque outra coisa por causa do quanto você odeia essa música. — o tom juvenil de Lauren fez Emelia rir em triunfo, a mulher de olhos verdes agora sorria para si mesma por provocar essa reação em nossa filha. Eu me inclinei para frente e pressiono o botão '2', mudando para outro CD que ela já tinha no aparelho.

A música tribal enche o ambiente do carro e imediatamente reconheço que é ‘Ciclo da Vida’ de O Rei Leão.

O Rei Leão

Disney.

Lauren tinha um CD da Disney.

— Lauren, por que você tem um CD da Disney? — virei-me para ela confusa, Lauren e Emelia já parecendo igualmente felizes com a nova música.

— Eu posso ter feito uma playlist...

— Você fez uma playlist?

— Sim. Ou duas. — como ela conseguia ficar mais fofa? Lauren olhou para mim brevemente e me deu um sorriso bonito e cheio de dentes. Sim, ela consegue ficar mais fofa. — Você pode pegar uma água para mim, por favor?

Estiquei-me para trás, para pegar a água no cesto, e uma bebida para Emelia. Lauren murmurou um pequeno obrigado quando eu entregava a ela antes de dar alguns goles e devolver para eu também beber.

“Agora vou é me mandar”

A música que reconheci de Oliver e Sua Turma começou a tocar no carro, uma pequena mudança de ritmo de “Ciclo da Vida”, e eu tive dificuldade para manter a água na boca enquanto eu ria da aleatoriedade de sua playlist. Lauren olhou para mim já rindo e bateu palmas em diversão quando viu a água derramando dos meus lábios, ameaçando jorrar para fora da minha boca.

Eventualmente, me acalmei o suficiente para engolir a água.

— Lauren, existe algum tema para esta playlist?

— Sim, Disney! Achei que tivéssemos esclarecido isso?

— Oh Deus.

— Oh, o Esperto!

Emelia gargalhou ao reconhecer o nome do cachorro do filme. Eu me virei para olhá-la e ela parou de rir e agora está se movendo em sua cadeirinha, dançando ao som da música. Quando eu percebi que ela estava distraída com a música e os carros que passam por nós na rodovia, eu me virei para Lauren.

— Lia está se divertindo.

— É? — Lauren me perguntou — Nós nem chegamos ainda! — ela me disse rindo. — Mas fico feliz. Você não acha que ela está se sentindo mal, não é?

— Ela está muito distraída para pensar sobre isso. Normalmente eu teria que encostar agora, mas ela não parece estar pensando. — olhei para nossa filha, vendo que ela ainda estava em seu próprio mundinho.

— Fico feliz — ela olhou para mim sorrindo, seus olhos brilhando de felicidade. — Tem sanduíches, frutas, salgadinhos e outras coisas na sacola. Você quer parar para almoçar ou vocês estão bem em comer no carro?

— Se você não se importa em sujar os assentos do carro, então vamos comer aqui. Isso economiza tempo e paradas. — eu propus e ela assentiu com a cabeça. Peguei um sanduíche no cesto que obviamente tinha sido feito para Emelia, manteiga de amendoim e geleia sem a casca, assim como uma pequena caixa de frutas fatiadas.

— Obrigada por preparar o almoço para mim, mama. — nossa filha gritou para Lauren que agora estava cantando junto com algo de Mulan.

— De nada, princesa.

Eu também peguei um pouco de comida para Lauren e eu, segurando um sanduíche na frente dela para ela conseguir comer enquanto dirigia. Me virei para me alimentar e, em seguida, alimentar Lauren, nós duas garantindo que Emelia estava comendo também, o que era claro que estava porque Lauren que tinha feito para ela, afinal.

Terminamos nosso almoço quando uma nova música irrompe no carro – “Somente o Necessário” de Mogli, o Menino Lobo.
A risada de Emelia se intensificou quando Lauren começou a cantar:

“Eu uso o necessário, somente o necessário. O extraordinário é demais, eu digo necessário, somente o necessário, por isso é que essa vida eu vivo em paz…”

Nós três não conseguimos conter nossa risada neste momento, Lauren parecendo um pouco envergonhada, mas no final das contas ela não se importou, especialmente se isso deixasse sua filha tão feliz quanto. Emelia e eu nos juntamos com a música e Lauren aumentou o volume, nós três cantando tão alto que se o carro parasse no trânsito, outros carros provavelmente seriam capazes de nos ouvir.

A cantoria continuou quando "Vejo Uma Porta Abrir" de Frozen tocou e Lauren e eu imediatamente assumimos as posições de Hans e Anna respectivamente, e cantamos um dueto completo com a música, Emelia batendo palmas e rindo em suas duas mães.

Depois da nossa apresentação, vi que já estávamos fora da rodovia e ela saiu da estrada principal e entrou em uma área mais isolada. Olhei para o relógio digital e vi que estávamos dirigindo há quase 3 horas e Emelia não reclamou nenhuma vez; Lauren mantendo-a entretida sem esforço durante todo o percurso.

Lauren dirigiu o carro até uma pequena colina e entrou em um estacionamento vazio. Realmente não havia nenhuma estrutura de construção ao redor, apenas uma grande placa de entrada que levava a algum tipo de fazenda e uma área de floresta. Mas havia pessoas andando por lá, todos uniformizados, carregando várias coisas. Lauren dirigiu pelo estacionamento e finalmente parou em uma área gramada e se virou para mim com um grande sorriso.

— Você pode deixar o que quiser no carro, ninguém por aqui vai roubar nada. — Lauren rapidamente saiu do carro e deu a volta pela frente, abrindo a porta para mim e depois indo para a de Emelia. Ela tirou nossa filha da cadeirinha do carro e a colocou no chão ao nosso lado. — Estão prontas? — ela trancou o carro e se virou para nós duas.

— Lauren, onde diabos nós estamos? Emelia, não repita essa palavra. — eu disse rapidamente antes que ela tentasse. Lauren me deu aquela risada adorável de novo que até fez Emelia sorrir antes de explicar.

— É um local de resgate de animais. Mas para leões, tigres e grandes felinos e essas coisas. É uma espécie de negócio da minha família. Bem, da minha irmã. Ela é a proprietária agora. — Uau.

— Uau! — Emelia tirou a palavra da minha boca. — Isso é tão legal! Eu quero ver. — e nossa filha começou a correr em direção à área da floresta, deixando Lauren e eu rindo. Nós não a seguimos imediatamente porque ela não era tão rápida e sua corridinha era francamente uma das coisas mais fofas. Lauren deu alguns passos largos em direção a ela e a pegou em seus braços.

— Ei, mocinha! Não pense em fugir de nós. Queremos ver os tigres também, ok?

— Tudo bem, mama. Mamãe, vamos! — Emelia me ordenou por cima do ombro de Lauren. Caminhamos por cerca de 5 minutos pela área arborizada e Lauren nos contou sobre o local e o que acontece aqui.

Basicamente era como uma reserva para proteger os animais de qualquer perigo. Ou eles foram resgatados da violência em cativeiro ou estavam muito doentes ou muito fracos para viver na natureza no momento. Eles os ajudavam, os medicavam e os mandavam de volta à natureza. Lauren nos explicou como ela vinha aqui desde criança porque sua família fundou o lugar e sempre havia alguém de sua família que o administrava – como a sua irmã atualmente.

— Ei Lauren, — todos nós olhamos para um homem da nossa idade usando um chapéu de cowboy e segurando grandes baldes de água. — Sejam todas bem-vindas! — ele ofereceu a Emelia e eu um grande sorriso antes de continuar andando, nós três o cumprimentando também.

— Esse é James. Ele está trabalhando aqui há cerca de um ano, mas nós o conhecemos a vida toda. — Lauren nos explicou. Ela tinha colocado Emelia no chão agora e, como sempre, nossa filha estava andando entre nós e segurando nossas mãos; nossa garotinha balançando os braços em uma dança. O campo havia se aberto muito agora e o espaço era enorme. Alguns prédios também, mas todos amontoados, deixando grandes quantidades de floresta e grama para os animais.

Enquanto nós caminhávamos em direção ao que parecia ser algum tipo de recepção, uma mulher de cabelos castanhos gritou o nome de Lauren e correu para ela, envolvendo os braços firmemente ao redor do pescoço da mulher de olhos verdes.

— Oi, Tay — Lauren resmungou no pescoço da garota, soltando a mão de Emelia e envolvendo a cintura da outra mulher. Elas se soltaram e imediatamente os olhos da garota se voltaram para Emelia e eu, eu ficaria intimidada se não fosse pelo sorriso amigável estampado em seu rosto.

— Você deve ser Camila, é um prazer em conhecê-la — ela aproximou-se de mim e me deu um abraço igualmente apertado. — Eu sou Taylor, irmã da Lauren. Ela me contou muito sobre você. — a garota que agora eu conhecia como Taylor piscou para mim me deixando congelada no lugar antes de se agachar para Emelia. — E você deve ser Emelia. Eu estou muito feliz em te conhecer. — Taylor disse docemente para a sua sobrinha. Lauren olhou para mim e me ofereceu o seu famoso sorriso cheio de dentes e imediatamente acalmou qualquer nervosismo que eu tinha sobre conhecer sua irmã.

Abaixei-me para pegar Emelia no colo e Taylor também se levantou.

— Lia, diga oi para Taylor. Ela é irmã da mama e é dona desse lugar, — eu disse calmamente para minha filha que parecia um pouco nervosa por conhecer alguém novo.

— Oi, Taylor.

— Oi, Emelia. Você é muito bonita. — Emelia sorriu timidamente e enfiou o rosto no meu pescoço enquanto suas bochechas começaram a ficar vermelhas fazendo enquanto nós rimos. — Posso dizer que ela parece muito com vocês duas. — ela piscou para mim novamente, Lauren e Taylor agora rindo do meu rosto corado.

— Emelia, você quer ir ao banheiro antes que eu comece a te mostrar ao redor? — Lauren perguntou a nossa filha, a garotinha balançando a cabeça em resposta e estendendo os braços para Lauren que a colocou no chão e pegou sua mão.

— Eu vou esperar aqui com Taylor. — eu disse antes que elas começassem a caminhar para um prédio que eu presumi ser o banheiro.

— Então...

— Então... — eu repeti sem jeito.

— Lauren e Emelia parecem se dar bem. Pelo que Lauren me disse, ela adora aquela criança!

— Sim, elas realmente se dão muito bem. É muito fofo e me deixa muito feliz. Emelia a ama muito. — eu disse com um sorriso.

— Isso me deixa feliz. Lauren está tão feliz desde que conheceu vocês. Todos nós notamos a mudança nela. Não a vemos com muita frequência, mas ela liga o tempo todo e é óbvio o quão feliz vocês a fizeram.

Eu sorri mais quando ouvi de outra pessoa o quanto ela estava feliz. Eu sabia que ela estava feliz por estar com a gente, era claro pelo sorriso constante que ela tinha em seu rosto quando estava perto de nós, mas ouvir isso de alguém tão próximo quanto a sua irmã era realmente ótimo. Taylor obviamente a viu em seus momentos mais felizes e tristes e agora, ela deve estar em um dos mais felizes.

— Sim, eu posso ver como Emelia a deixa feliz.

— Não só a Emelia. Você também. Ela fala bastante sobre você!

— Sério?

— Mhm. Normalmente as pessoas não repetiriam o que ela disse por causa da privacidade ou qualquer outra coisa, mas eu sou a irmã dela, então eu deveria deixá-la com vergonha. — eu ri de Taylor antes que ela voltasse a falar, embora quase nervosa ao ouvir aquilo. — Ela me diz o quanto você é uma ótima mãe e o quanto ama Emelia. Ela também me disse o quanto te acha bonita, mas eu não tenho permissão para dizer isso. — ela sorriu maliciosamente para mim novamente. Ah, então é um sorriso comum entre os Jauregui. — E como ela está confortável com você, o que eu realmente fico muito agradecida. É difícil para ela se sentir confortável com as pessoas, como você pode imaginar, mas sei que ela confia em você. Então, obrigada por isso. E obrigada por ser linda, essa criança é linda!

Eu ri nervosa, tentando acalmar as borboletas no meu estômago antes de mudar de assunto.

— Então há quanto tempo você trabalha aqui?

Ela riu da minha tentativa, mas me animou mesmo assim.

— Há cerca de dois anos. Nossa mãe praticamente fundou esse lugar, mas quando ela ficou doente, eu assumi o cargo.
A mãe delas estava doente?

Antes que Taylor pudesse continuar falando, Lauren e Emelia voltaram do banheiro, a mulher de olhos verdes atirando punhais em sua irmã em aviso do que ela poderia ter me contado.

— Eu te juro que você já me envergonhou o suficiente, irmãzinha.

— Ah, sim, eu fiz isso. Mas eu só falei a verdade!

— Hm. — Lauren ignorou sua irmã com uma risada e se virou para mim — Pronta para ir ver alguns filhotes de tigre?

— YAY! — Emelia gritou, tentando sair correndo, mas Lauren a pegou nos braços novamente.

— Nada de correr, mocinha. Os leões podem comer você! — Lauren fingiu dar uma mordida na barriga de Emelia, fazendo a garotinha se contorcer em seus braços, sua risada ecoando nos meus ouvidos e em Taylor.

— Tenha um bom passeio, meninas. Me avisem se vocês precisarem de alguma coisa, Lo! — Taylor voltou para a recepção principal, mas não antes de me lançar um grande sorriso mais uma vez.

Depois de mais alguns minutos de caminhada, sendo apresentada a algumas pessoas que trabalham lá e simplesmente olhando ao redor, começamos a caminhar em direção a uma grande área gramada e imediatamente comecei a surtar com os filhotes de tigre brincando uns com os outros e com alguns brinquedos.

— Fofos, não é? — Lauren disse para mim, sorrindo. Emelia correu em direção à cerca e tentou chamar alguns dos filhotes de tigre antes de Lauren nos surpreender ao abrir a cerca, encorajando Emelia e eu a seguirmos, o que fizemos sem hesitação. — É hora do almoço dessas coisas fofas e nós... — ela abaixou-se em uma geladeira ao ar livre, pegando algumas mamadeiras de leite. — Podemos alimentá-los.

— Uau, Lauren. — filhotes de tigre estavam pulando nas minhas pernas, arranhando meus sapatos e eu estava apaixonada. Eles eram as coisas mais fofas e Lauren me deu a chance de fazer algo que eu sempre quis fazer. Emelia estava tão impressionada com os filhotes quanto eu e ela tentava acariciá-los assim como fazia com cachorros, puxando rapidamente a mão para trás se um dos filhotes se aproximasse dela com a boca. — Isso é incrível. — finalmente saiu.

Lauren inclinou-se e pegou nossa filha, descansando a criança em seu quadril. Antes que eu percebesse, ela estava segurando minha mão também, me levando até um espaço da grama perto de alguns dos brinquedos. Sentamos lado a lado na grama, Emelia sentada entre as pernas de Lauren e ela nos deu uma garrafa de leite para cada uma.

Lauren nos ensinou como segurar a garrafa e antes que percebêssemos, cada uma de nós tinha um filhote de tigre tentando pegar sua comida. O menor caiu no meu colo, apoiou a cabeça na minha perna e pegou a garrafa na boca, bebendo sem problemas.

O de Emelia estava um pouco mais animado.

Lauren estava ajudando-a a segurar a garrafa, mas ele não ficava parado. Ele levava a garrafa à boca, mas tenta pular em cima de Emelia, caindo sobre as pernas dela para se aproximar da garrafa. A risada constante da criança me dizia que ela estava adorando, embora a maioria das crianças provavelmente tivessem medo.

— Camz. — Lauren chamou minha atenção e eu olhei para ela. — Você poderia alimentar esse também enquanto eu ajudo Emelia? — ela entregou a mamadeira de leite para mim, o filhote de tigre maior seguindo sua comida, e caindo em cima do outro para beber, nenhum dos dois parecia que tinham algum problema.

Lauren parecia ter domado a excitação do outro filhote, ajudando Emelia a alimentá-lo adequadamente enquanto estava sentado na frente dela. Assim que Emelia finalmente pegou o jeito, Lauren pegou seu celular do bolso e começou a tirar fotos nossas. Nós três alimentando os filhotes, sorrindo e rindo. Olhei para o celular dela logo antes de vê-la enviando as fotos para alguém, mas não vi quem era.

— Ei, Gerard voltou! — Lauren disse animada antes de se levantar rapidamente, — Voltarei em um segundo. — e ela caminhou até a área ao lado, destrancando-a quando chegou lá.

Emelia e eu ficamos com os filhotes de tigre em nossas pernas, mas olhamos para Lauren que parecia estar sozinha.

Até que um grande tigre correu em sua direção.

Bom, não era tão grande assim. Maior que os filhotes, mas não muito.

Lauren começou a se afastar com o tigre maior que estava com ela, esfregando o rosto e conversando com ele muito feliz. Não demorou muito por sua interação tornar-se um pouco mais agressiva e ela começou a brincar mais pesado com o tigre. Gerard pulando sobre ela e Lauren, empurrando-o

— Uau. — olhei para Emelia que acabara de expressar sua surpresa e ela nem sequer prestava mais atenção aos filhotes que agora estavam dormindo em seu colo, ela estava assistindo Lauren que parecia estar em seu elemento. Ela estava rindo e fingindo uma rosnando de tigre, empurrando-o a cada vez, porém domesticando quando se tornou mais agressiva.

Vi Taylor caminhando até Lauren, rindo das palhaçadas de sua irmã, mas juntando-se na briga de brincadeira com Gerard antes de outro treinador chamar para alimentá-lo, deixando Lauren e Taylor sozinhas. Lauren começou a parecer um pouco angustiada com o que estava conversando com Taylor, mas quando ela olhou para Emelia e eu, ela sorriu e era um sorriso genuíno, nossa filha e eu espelhamos o mesmo sorriso de volta para ela.

— Então, Gerard, hein? Você não me contou sobre o homem em sua vida? — eu pisquei para Lauren ao meu lado. Nós estávamos caminhando de volta para a área de recepção agora, Emelia e Taylor andando na frente de nós. Lauren me apresentou ao tigre em questão, mas não Emelia porque ele era um pouco grande demais para ela, nossa menina tinha ficado com James e Taylor. Ele tentou brincar de luta comigo também, mas Lauren sempre ficou na minha frente, me protegendo das grandes patas do tigre toda vez. Ela também nos deu uma turnê ao redor do rancho, mostrando-nos a grande área onde fica os leões, até nos aproximando de um. Ela tinha entrado na área cercada e trouxe um leão adulto para a cerca onde Emelia e eu fomos capazes de tirar fotos com ele. Aparentemente, seus balanços de humor têm estado muito ruins, já que ele ficou doente e estranhos não estavam autorizados a entrar com ele.

Sem perceber, nós passamos duas horas no rancho e Lauren decidiu que era melhor nós partimos porque tinha outra coisa em mente antes de irmos para casa.

Mas primeiro ela queria que voltássemos para a área de recepção para mostrar algo para Emelia.

— Mhm, ele é um grande homem. Um pouco bruto, mas nada que eu não possa controlar. — Lauren piscou para mim de volta. — Ele esteve aqui desde que nasceu. Eu era sua companheira de brincadeira desde o começo. Ele é cego de um olho, ficando cego no outro, mas por agora não é tão ruim. Ele acabou de voltar de uma operação para ajudá-lo. Não sabemos os resultados por um tempo.

— Aww, eu sinto muito por ouvir isso. — peguei sua mão direita e me inclinei para o lado dela, beijando seu ombro e esfregando seu braço. Ainda assim, Lauren e eu não questionamos nosso comportamento uma com a outra. Em momentos como esse, parecia que estávamos juntas e realmente parecia certo. Outras vezes, estávamos mais distantes. Como quando Emelia podia nos ver. Não havia uma explicação, mas não precisávamos. Parecia que nós duas estávamos felizes fazendo o que parecia certo no momento, sem pensar no que poderia acontecer e como nos comportaríamos então.

Vivendo no agora, não vivendo em hipóteses.

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