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By GabsDutra

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π‚π€ππˆπ“π”π‹πŽ 𝐄𝐗𝐓𝐑𝐀
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SMALL HEATH

Inquietação é o estado de desassossego que impede o repouso. O medo é a sensação que proporciona um estado de alerta e receio. Amara conhecia bem a definição dos dois sentimentos que a afligia. Naquela casa, cujo a escuridão ia muito além da madrugada fria, às duas sensações atiçavam a mulher a perambular sem sono pelos cômodos. Antes que o sol nascesse, Amara e Thomas partiram da mansão de Warwickshire, chegando a Small Heath pela madrugada. Ada partira para o hotel que estava hospedada, alegando que os encontrariam ao amanhecer e avisaria aos demais Shelby sobre uma reunião no antigo covil do clã.

Aquele Natal seria mais vermelho do que esperado. Amara culpava-se por não ter dado a atenção que deveria aos novos empregados. Agora se encontrava mais uma vez tendo que se esconder de um homem ao qual ela deveria ter matado há meses. A casa que estava abrigada era pequena, geminada com outras. A sala de estar era de longe o cômodo mais espaçoso e com móveis rústicos, Thomas vivia ali antes de se casar. Amara deslizou pelo único corredor que a levava para uma cozinha apertada. A esquerda viu uma porta, onde provavelmente daria ao quintal com uma vista nada privilegiada. Ela voltou para a sala novamente, subindo as escadas que dava para o segundo andar. Entre as três portas, Amie entrou na que a levaria para o quarto.

Thomas estava dormindo ou fingia isso, ao seu lado, Anúbis repousava com a cabeça sobre a barriga do dono. Amara deu passos na ponta dos pés, aproximando-se da janela. Ainda estava escuro, sendo possível ver poucas estrelas brilhando no céu e a singela luz da lua por detrás de nuvens pesadas. Small Heath repousava em um sono pesado e até mesmo as fábricas não soltavam suas densas fumaças por longas chaminés. Recordou-se dos relatos de Thomas e do que ele vivera horas antes de sair de casa. A armadilha, o assassinato, muita desgraça em poucas horas. Amara pôde ver sutilmente o próprio reflexo no vidro da janela, não parecia ser ela. Não. A Amara refleti estava longe de ser a mesma mulher do início do ano. Um gosto amargo subiu para a boca, era sangue, ela mordera a própria língua e nem percebera.

Enjoada com o gosto, ela o engoliu pesadamente. Empurrou um pouco a janela, permitindo que o vento frio tocasse a pele suada. Amara se debruçou contra o peitoril e ergueu o rosto para o céu novamente. Tudo teria que ser diferente agora, ela mesmo dissera que a melhor defesa era o ataque, então seria assim. Mancini receberia um ataque dos Shelby quando menos esperasse. Um leve indício de movimento no céu chamou sua atenção. Amara fechou os olhos e desejou que tudo se resolvesse rápido. Ela queria voltar para casa. Quando abriu os olhos, viu uma claridade corta o céu.

Ela recuou um passo, atordoada. Uma onda de tontura a dominou instantemente fazendo-a cair sentada sobre a cama. Anúbis despertou em um salto, procurando o colo da dona para tranquilizá-la com o que fosse possível. Amara fechou os olhos e empurrou a sensação para longe. Abriu os olhos outra vez, vendo outros escuros e curiosos a encararem.

— Eu estou bem. — Murmurou ao acariciar o topo da cabeça do cão.

— Amie... — Thomas a chamou.

Amara encontrou os olhos de Thomas em meio a pouca luz. Se uniu a ele por baixo dos lençóis segundos depois. Ao repousar a cabeça sobre o peito do marido, ouviu o coração acelerado, mas o dele não era o único que se encontrava naquele estado.

— Me diga que vamos ficar bem. — Ela pediu. Thomas passou o braço em volta da mulher, abraçando-a de modo apertado, trazendo-a ainda mais para perto.

— Nós vamos ficar. — Thomas encarou o teto de madeira. — Enquanto tivermos um ao outro, ficaremos bem.

Amara se prendeu naquelas palavras, acreditando que se as repetisse constantemente como um mantra, isso realmente aconteceria. Minutos depois, ambos adormeceram em um sono pesado livre de sonhos ou pesadelos.

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Era quase deprimente erguer os olhos para o céu e encontrar o cinza fúnebre. Infelizmente, aqueles que viviam em Birmingham estavam fadados a isso. A umidade fazia com que odores duvidosos exalassem pelos becos e ruas, e a fuligem das fábricas se misturasse com a leve garoa. Carros de luxo abriam caminho na rua movimentada, chamando atenção daqueles mais curiosos. Eram os Shelby, chegando em comboio em seu próprio reino. Amara sentiu uma sensação estranha, próxima do acolhimento e poder. Contudo, algo estava errado, faltava um carro naquele comboio.

— Eles chegaram! — Amara avisou a Thomas. — Mas não vejo o carro do Arthur.

— Ele mora longe, talvez chegue mais tarde. — Thomas abaixou o jornal que lia.

Amara se afastou da janela quando Polly colocou os pés para fora do próprio carro, seguido por Michael e Krishna. Em alguns meses o relacionamento do Gray com a Kapoor havia se tornado sólido e Amara esperava que Michael não decepcionasse a amiga em nada. Algumas batidas fizeram com que Thomas desce passos para a porta, se deparando com um semblante duro ao qual já estava acostumado. Polly uniu as mãos e frente ao corpo, ainda parada entre a porta e a rua.

— Não trago boas notícias. — Ela disse. Amara surgiu logo atrás de Thomas, com um semblante cansado. — Arthur e Linda foram atacados antes de virem para cá. Arthur está no hospital.

— Por Deus. — Amara levou a mão para a boca. Thomas fechou os lábios em uma linha dura brevemente.

— Viram quem fez isso? Como ele está? — Thomas segurou o ombro da tia.

— Ele está bem, apesar de tudo, os tiros pegaram apenas de raspão. Arthur matou o atirador antes que o pior acontecesse, talvez receba alta. — Ela falou, mas não menos aliviada. — Acredito que devam estar se sentindo péssimos, aliás, é uma briga pessoal de vocês que caiu sobre a família.

— E é por isso que chamei todos. — Thomas passou por Amara.

Polly entrou em casa, seguida por Michael e Krishna, um riso leve foi trocado entre as amigas. Amara não se sentia menos ansiosa ao lado dela, aliás, a indiana estava sendo envolvida nos negócios sujos da família, um risco que qualquer novo membro passaria um dia. Ariana fizera bem ao escolher não se envolver com aquilo. Amara até invejava o psicológico intacto da médica, mas sentia falta dela naquela ocasião.

— Precisamos ficar juntos, Tia Polly. — Foi Ada que disse ao passar pela porta. Tirou o chapéu que usava, indo diretamente até Amara. — Vamos ficar bem, sempre ficamos. — Falou ao abraçar a cunhada.

— Um dos nossos foi atacado... — Michael pronunciou. Krishna se mantinha em silêncio, esperando a hora certa para falar o que queria.

— E não vai ser o último se não nos unirmos. — Amara se afastou de Ada. Vasculhou entre os rostos conhecidos, faltava alguém. — Onde está John?

— Estou aqui. — John entrou, abrindo caminho entre Krishna e Michael. — Deixando minha paz interiorana para esse inferno chamado família Shelby.

— É bom te ver também, John. — Amara falou com um meio sorriso.

— Bem, estamos aqui, prontos para saber o que vai ser agora. — Ada puxou uma cadeira e sentou-se.

— Arthur foi atacado porque eu matei um dos espiões de Mancini. — Thomas falou.

— Mancini? Ele não estava morto? — John desviou o olhar de Thomas para Amara. Estava surpreso.

— Nunca encontraram o corpo dele. — Amara apertou o ombro. — Thomas recebeu uma ameaça e ele me disse que isso aconteceria.

— Isso o quê? — Polly perguntou de forma amarga.

Se eu voltar, então será toda sua família que eu irei matar. — Amara repetiu as palavras de Andrea. Era como se ele estivesse ali, como um espírito obsessor. — Ele tentou atingir o Thomas com os explosivos e colocou um espião em nossa casa. Depois foi o Arthur. Ele tem uma extensa lista, então devemos tomar cuidado, qualquer um pode ser o próximo alvo.

— Que ótimo. — John revirou os olhos.

— É por isso que digo que temos que enfrentá-lo. — Amara aumentou o tom de voz. — Arthur e Thomas sobreviveram, mas o próximo pode não ter a mesma sorte. E eu... Nunca me perdoaria se perdesse alguém dessa família por algo que eu mesma deveria ter acabado quando tive a chance.

Silêncio. Foi assim que a família Shelby permaneceu depois das palavras de Amara.

— Mancini deve ter outros homens espalhados por Birmingham. — Thomas se aproximou de Amara, mas a atenção ainda estava presa nos demais. — Ele não vai parar até nossa família inteira morrer. A guerra dele não é mais com a Amara, mas com os Shelby, não esqueçam que por causa desse desgraçado, nosso pai está morto.

— Olho por olho. — Amara murmurou. — Vamos agir assim, exatamente como a gente dele faz. Se ele fere um dos nossos, matamos dois do dele.

— Você está se ouvindo, mulher? — John levantou-se da cadeira, exasperado. Amara ergueu o rosto para o cunhado. — Eu não quero deixar meus filhos órfãos, tenho certeza de que nem a Ada ou a Linda que ainda não pariu o filho do Arthur.

— Se não fizermos isso, então eles ficarão, John! — Amara aumentou o tom de voz. — O alvo será Mancini, temos que bolar um bom plano e precisamos de ajuda. Um próximo ataque está próximo e precisamos eliminar o máximo de homens que pudermos.

— Que tipo de ajuda? — Michael perguntou.

— Aliados. — Amara disse de modo firme. Encarou o marido, mas logo desviou o olhar para os outros. — Os Peaky Blinders podem dar conta da nossa proteção, mas ainda precisamos de mais.

— Conhecemos todo mundo. Temos um exército à nossa disposição, mas precisamos mais do que temos. — Thomas uniu as mãos em frente ao corpo.

— Eu... — A voz de Krishna cortou o diálogo dos Shelby. Em questão de segundos ela passará a se tornar foco de tudo. — Conheço uma pessoa que pode nos ajudar. Ela não recusará um chamado se for bem recompensada.

Ela? — Amara ergueu uma sobrancelha. De uma hora para outra, as coisas pareciam ter ficado mais interessantes na indiana.

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Esse era o momento em que a polícia pouco estaria se importando com problemas que iriam além da grande greve. Pôr os pés para fora de casa era desafiar o inimigo para uma guerra sangrenta e fria. Amara podia sentir que o tempo corria conforme uma silenciosa batalha era formada. Antes que Thomas saísse com John em busca da nova aliada dessa guerra, deixou ordens para que todos os soldados dos Peaky Blinders entrassem em formação. Um arsenal de armas, bem guardados pelo Tio Charlie, havia sido distribuído para homens que garantiriam a segurança dos Shelby.

Amara sabia como Andrea agia. Ele não era tão sutil, agia por impulso e adorava se tornar o centro das atenções. Com um plano em mente, ela pediu para que os Shelby se esforçassem para atuarem bem, precisavam convencer aos inimigos que Arthur Shelby realmente havia morrido durante o confronto. Andrea deveria acreditar que estava acabando com um Shelby de cada vez e que com o clã mais fraco, atacasse novamente. O enterro deveria ser um local aberto e distante, e ela cuidou para que a notícia ruim corresse rápido pelo bairro. Encarar Linda não foi agradável para Amara. A barriga grande dava sinais de que faltavam poucos meses para a mulher ganhar um bebê. Amie imaginou o que ela sentiu quando viu um homem armado a atacar no meio da estrada.

Linda possuía um olhar amargo e afiado, capaz de machucar Amara mesmo estando a metros de distância. Amie não a culpava, era tolerável saber que por causa dela, uma pessoa quase morreu sem ter nenhum envolvimento naquela confusão. Estar nessa situação só reforçava o que tudo deveria ter um fim, mas Amara não saberia dizer o quanto poderia suportar tudo aquilo. Desviando o olhar de Linda, Amie encarou Ada entre os jovens Finn e Isaiah. Polly estava mais distante, abraçada a Michael. Com o rosto virado em outra direção, ela avistou Thomas chegar com John e Krishna, que estavam com semblantes pesados. Àquela altura, Amara só orava para que a aliada realmente aceitasse fazer parte dessa guerra.

Thomas deu um passo largo até a esposa. Era doloroso para ele ver os olhos verdes sem o brilho alegre de antes. Amara apertou os lábios quando recebeu um olhar piedoso do marido, não gostava quando sentiam pena dela. Thomas apertou levemente o queixo da mulher, como um sinal de que tudo daria certo. O Shelby se virou para a família, ninguém ali parecia querer fazer aquilo, nem ele. No entanto, era necessário.

— O Arthur ia querer assim. — Thomas aumentou o tom de voz. — Do pó ao pó. — Se aproximou de uma tora de madeira, o calor do fogo quase o aqueceu. — A verdade é que já morremos todos juntos. O Arthur, eu, John, Freddie, Jeremiah...

Amara sentiu vento frio tocar a pele em locais em que o vestido preto e esvoaçante não tocava. Desviou rapidamente o olhar para Krishna que agora abraçava Michael. John se juntou ao lado de Linda. Polly cruzou os braços e murmurou algo para si mesmo. Amara deixou de encarar os familiares para fitar somente no marido e no que ele dizia.

— Ficamos sozinhos naquele lugar, sem nenhuma munição. — Thomas engoliu em seco ao fazer uma pausa. — Esperamos a cavalaria prussiana vir e acabar conosco. Então cantamos no meio do inverno sombrio e fomos poupados. Foi aí que vimos que tudo que viesse depois disso seria lucro. Deus me poupou naquela noite e eu passei a ver tudo a minha volta de outra forma. — Suspirou. — Eu quis crescer na vida, mas isso começou a me matar novamente. Então eu me apaixonei à primeira vista. — Amara puxou os lábios em um riso leve quando Thomas a encarou diretamente. — E mudei novamente, dessa vez por amor, comecei a ter outra visão do que realmente merecia. 

Thomas se virou para a caravana, atirando a tora de madeira para a carroça vazia. O fogo subiu alto, mas, além disso, disparos ecoaram do lado sul, vindo de uma construção abandonada. O murmúrio cresceu alto entre os membros do clã. Thomas deu passos largos para a esposa. Amara estava certa quando disse que Mancini tentaria algo novamente e não se preocupava em ser um lugar público.

— Não fiquem assustados, os tiros vêm dos nossos. — Thomas tranquilizou a família.

— Então temos aliados? — Amara perguntou ao marido. Thomas acenou. 

— E agora, qual a próxima ordem? — Polly perguntou. Outro disparo veio alto, assustando Amara. Pássaros gralharam no céu, gorando aqueles que sobrevoavam.

— Eu consegui a ajuda que Krishna recomendou. — Thomas encarou os semblantes abatidos da família. — Eu já a conhecia, mas não é como se ela fosse nos ajudar de graça...

— É isso, foda com nossas vidas! — Linda deu passos carrancudos. — Isso era a porra do sinal, uma armadilha. Vocês dois estão sempre nos usando. — Thomas prendeu a respiração quando Linda o encarou de perto. — Meu marido quase foi morto por causa dela. — Apontou para Amara, que engoliu em seco. — E ainda conseguiram me arrastar para cá com essa encenação ridícula e ficar na mira de um alvo.

— Você não correu nenhum perigo, Linda. — Thomas soou paciente. Linda, por outro lado, estava vermelha, enquanto segurava a imensa barriga com uma mão.

— Quando meu filho nasce, vamos embora para longe. — Os olhos da mulher arderam. Amara deu um passo até ela, mas Thomas ergueu uma mão para que a esposa parasse.

— Somos uma família e eu estou tentando proteger todos aqui. — Disse Thomas, usando o tom de voz mais severo. — Quando tentam matar um dos nossos, matamos dois deles, você deveria saber. Agora se quiser ir embora, eu não impedirei, mas não deixarei que meu irmão corra qualquer risco por teimosia sua. O mínimo que deve fazer é ficar em casa e não colocar a vida do meu sobrinho ou a sua em perigo.

— Deveria ter pensado nisso antes desse inferno começar. — Linda cuspiu as palavras.

A mulher saiu em passos carrancudos. Amara a seguiu mesmo sob o protesto do olhar do marido. Alcançou a grávida a alguns metros, puxando-a pelo braço.

— Ficar longe disso está fora de questão. — Amara falou. Linda sentiu o sangue ferver. — Se fugir será pior, colocará todos em perigo. Agora é melhor cooperar e não terminar de foder com nossas vidas.

— Foder com vidas? — Ela sorriu com escárnio. — É sua culpa, sua guerra, seus problemas!

— Que agora, infelizmente, se tornou o problema da família toda! — Amara sentiu a face queimar. — Se você se afasta é capaz de ser sequestrada e até morta. Você não pensa no seu filho?

— O que você sabe sobre ser mãe? Nunca conseguiu dar um filho para o seu marido. — Linda deu um passo até a outra.

Amara recuou um passo como se tivesse sido atingida por tiros. Os olhos arderam à medida que o nó na garganta apertava. No entanto, não choraria, e aquela fraqueza não iria ser mais usada contra ela. A Shelby se recusava a ser reduzida por algo que não tinha culpa, embora fosse muito fácil julga-la por aquilo. Suas mãos fecharam em um punho. Ela socaria Linda se pudesse, mas controlou-se a fim de não causa mais confusão. Respirando fundo Amara voltou a falar, usando um tom mais severo e autoritário.

— Vai para casa, cuide do seu marido e não abra portas para estranhos. — Amara abaixou o tom de voz, ainda soando firme. — Talvez não se lembre agora, mas eu sei como é perder um filho ou pessoas que amo.

Linda apertou os dentes. Talvez tivesse usado palavras duras ao se sentir na beira de um colapso nervoso. Toda aquela situação contribuía para isso.

— O único jeito dos Shelby saírem disso é em uma nuvem de fumaça, igual ao velório falso do meu marido. — Linda falou.

— Não esqueça que agora você é uma Shelby também, Linda. — Amara disse, antes de deixar a mulher e voltar para Thomas.

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Krishna ainda se lembrava de tudo que passou antes de chegar a Inglaterra. Foi duro ter que se acostumar e aprender outro idioma, mas quando a necessidade bate à porta, a primeira coisa que se deve fazer é aceitar o que vier. Conseguir um emprego decente naquela cidade não era tão fácil quanto deveria ser. Ravi, seu irmão gêmeo com quem ela fugira de um pai abusivo e controlador, conseguira um emprego em uma fábrica de sapatos, no entanto, Krishna sabia que o pouco que receberia não daria para o sustento dos dois.

Perambular por Londres durante a noite serviu para que a indiana esbarrasse em uma latina audaciosa. Elisa tinha um bar peculiar dos outros, onde moças serviam homens das mais diversas formas. Era nítido que a recém-chegada não se deitaria com ninguém e manteria sua honra intacta, e só a perderia para o homem certo. Ela não estava à venda, embora precisasse de dinheiro. De alguma forma, Elisa Romero se enxergou na garota de voz doce e olhos expressivos. Ambas eram estrangeiras e mulheres, enfrentando não só o machismo estrutural, mas como a xenofobia vinda dos europeus. 

Por esse motivo fez uma proposta doce aos ouvidos da jovem, um emprego no bar sem ter que vender o copo, apenas bebidas. Foi assim que Krishna conseguiu um pouco mais de dinheiro trabalhando por quase um mês no pub que Elisa abrira em Londres. Tudo parecia estar dando certo para os gêmeos Kapoor, embora Ravi ainda escondesse a tosse e a gripe mal curada adquirida nos navios. Krishna perdia as horas no bar, atendendo homens e recusando ofertas indecentes, enquanto seu irmão adoecia e passava longas horas entre produtos tóxicos. 

Foi em uma noite movimentada, que ao chegar exausta no pequeno quarto alugado, não encontrou o irmão como de costume. Krishna e Ravi sempre tiveram uma ligação única, talvez se devesse ao fato de serem gêmeos e dividirem o mesmo espaço por tanto tempo. Foi após passar uma noite em claro indo em cada canto que podia, que ela recorreu à Elisa pedindo por ajuda, e soube da pior maneira que o irmão havia morrido em um leito de hospital devido a uma pneumonia e intoxicação. Krishna não teve a chance de se despedir dele como deveria. Uma parte do seu coração estava dilacerado e jamais voltaria a ser como antes.

Após ir embora da Inglaterra, Krishna jamais pensou que um dia fosse retornar para ver a antiga amiga que dera-lhe uma primeira oportunidade e a ajudou com muitas coisas. No entanto, nem todos os fantasmas dos passados mereciam ficar no passado. Ao retornar para Londres tempos mais tarde, visitou Elisa e contou todas as novidades que viveu em Boston e do novo emprego. Assim como Amara, a Romero também crescerá na vida, mesmo que ainda fizesse coisas ilícitas, não tão diferente dos Shelby. E foi com a volta de Mancini que Krishna soube que somente uma pessoa poderia ajudar Amara da forma que merecia.

Elisa Romero era a ajuda que Amara Shelby procurava.

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O odor pungente de estrume de cavalo, soldas e esgoto, invadiam a narina da mulher. Elisa Romero jamais pensou que um dia fosse pôr novamente os pés em Small Heath, principalmente agora que seus negócios estavam indo bem em Londres e Espanha. Ver Thomas Shelby suplicar por ajuda foi estranhamente excitante para a mulher. Elisa adorava quando homens conhecidos por sua marra e frieza rastejavam aos seus pés. Há muito tempo ela não cruzava caminho com os Peaky Blinders e  por esse motivo estava fazendo aquilo. Além de claro,  fechar negócios com os Shelby, Elisa estava ansiosa para finalmente conhecer Amara Shelby.

Duas mulheres abriram caminho para Romero, que sorriu ao ver Thomas e John Shelby próximo a uma fogueira na oficina do Sr. Strong. Contudo, sua atenção se prendeu à mulher que se juntou a Thomas em um abraço caloroso e um beijo rápido. Ela era bonita, mas usava roupas de velórios que Elisa achou requintadas demais para um enterro falso. Parando a alguns metros, a mulher virou-se para ela, tão curiosa quando a Romero se encontrava. Com certeza aquela era a famosa Amara Shelby, a garçonete que tirara Thomas e os irmãos do bar de Elisa e roubara para si o coração frio do cigano mais temido de Small Heath. Agora Elisa compreendia o motivo de Thomas estar disposto a salvar aquela mulher. Amara emanava uma carga fascinante mesmo sem ao menos dizer qualquer palavra. O olhar verde e afiado, era audacioso e perigoso, da forma que Elisa gostava. Amara era interessante, curiosa e quente.

— Péssimo lugar para um encontro, Shelby. — Elisa soou seca. — Acabei de sujar meus saltos novos com algo que nem quero deduzir o que é.

— Esse é um lugar seguro, Elisa. — Foi John que disse, com seu típico tom de voz presunçoso.

Elisa forçou um riso, mas nada em sua face emitia algo além de frieza e sarcasmo. Deu um passo para frente, deixando as duas outras mulheres armadas para trás. Amara ergueu uma sobrancelha com a figura tentadora. Então essa era a ajuda que Krishna falara. Elisa era uma mulher latina, exatamente como uma parte de Amara. A pele bronzeada e os cabelos escuros como a noite denunciavam isso facilmente. Ela era alta, alguns centímetros maiores que a Shelby e não parecia ter mais que trinta anos. Era uma mulher bonita e segura, exalando uma sensação de poder e perigo.

— Você é Amara Shelby, si?

— E você é Elisa Romero, tenho impressão de que já a conheço. — Amara inclinou levemente o rosto. Buscou no fundo da mente de conhecia aquele rosto bem-feito e cabelos escuros. Arthur, era claro. Amara recordou-se de Elisa na festa de soltura do Arthur, há alguns anos.

— Se não conhecesse eu ficaria bem chateada, cariño. — Elisa levou as mãos para o bolso quando o frio a atingiu. Então desviou o olhar para Thomas. — Minhas garotas e eu fizemos o serviço que pediu. Pegamos dois peixes grandes. Eu já disse que odeio italianos?

— Agora você é mercenária? Não trabalha mais com putas, Elisa? — John bebeu um gole do que havia no cantil.

— É mais divertido servir cabeças de homens em bandejas, querido. — Ela sorriu de forma maldosa. Amara reprimiu um sorriso quando John se engasgou com a bebida. — Onde está meu querido Arthur? Não o vejo há tanto tempo, na verdade, não vejo a família Shelby há muito tempo e foi uma baita surpresa vê-los junto com uma antiga amiga.

— Foi uma surpresa para todos. — Thomas murmurou. 

Elisa vasculhou com o olhar cada canto do ferro-velho. Era de seu conhecimento que Arthur se casará há algum tempo com uma fanática religiosa. Romero tentou não levar para o pessoal, ela e Arthur jamais dariam certo além das aventuras quentes vividas sobre a cama ou mesas. O Shelby mais velho precisava de uma esposa para o pôr no caminho certo, e Elisa só poderia oferecer mais perigo e não estava tão disposta a mudar de lado por amor.

— Elisa... — Amara deu passos para frente, enfrentando os olhos escuros e pertinazes. — Krishna disse que poderia nos ajudar. Foi por esse motivo que Thomas buscou sua ajuda.

— E estou aqui, ouvindo atentamente tudo que tem a dizer. — Elisa deu outro passo para frente.

Agora a única coisa que as dividiam era uma fogueira. Romero ergueu o queixo, admirando-se silenciosamente pelos olhos que Amara tinha, que estavam tão claros que chegavam a um tom semelhante a oliva.

— Precisamos da sua ajuda, do seu exército para lutar contra um inimigo. — Amara era segura. Elisa gostava disso. — Você matou dois peixes, mas o cardume ainda é maior, precisamos eliminá-los até chegar no alvo principal.

Dios mio. — Elisa estava surpresa e sorriu com vontade. — Thomas Shelby, acho que estou enamorada por sua esposa. Gosto de matar homens, sinto que faz bem para meu cabelo e pele.

Thomas jogou o cigarro no chão e deu passos para frente. Começava a ficar irritado com a audácia de Elisa. 

— Então você vai nos ajudar? — Amara ergueu uma sobrancelha. Elisa mordeu os lábios pintados de vermelho-escuro como sangue. — Puedes decir tu valor.

— Então fala espanhol? — Elisa perguntou.

— Espanhol, inglês ou qualquer idioma que preferir. — Amara arriscou um riso de lado. — Além de americana, também tenho sangue cubano e cigano.

— Elisa e eu fizemos um acordo. — Thomas interrompeu as mulheres, dando um fim ao charme que a traficante de armas insistia em lançar para a esposa.

— Se bem me recordo, eu disse que iria pensar em seu caso, Thomas Shelby. — Elisa deu um passo para frente. — Eu quero um pagamento digno, além de um prédio muito bom no centro de Londres, sei que pode me dar. Preciso aumentar meus negócios e você comprando tudo que vê não tem me ajudado. Também estou tendo dificuldade para mover meus brinquedos pelo canal, as fiscalizações têm me arrancado o sono, então preciso de uma ordem para que meus barcos passem livremente, e sei que você e sua esposa tem influência no conselho de Birmingham e podem me conseguir uma autorização facilmente.

— Achei que fosse uma mulher de palavra. — Thomas soou amargo.

— Eu sou, querido. — Ela fingiu estar ofendida. — Mas quando se trata de fazer negócios com os Shelby, o preço sobe. Eu vi o potencial dos atiradores e não foi fácil matá-los. — Elisa tinha uma lábia macia e agia como uma cobra prestes a dar o bote. Amara não sabia se deveria confiar ou não nela, embora sentisse que parte das insinuações da Romero eram puras provocações para infernizar Thomas. — Não vou arriscar perder algumas das minhas garotas matando um italiano.

— Algumas coisas estão fora de questão. — Thomas uniu os lábios em uma linha dura. Elisa bufou.

— Então vamos tirar na moeda, é assim que você faz, não é? — Ela sorriu de lado. Amara encarou Thomas, suplicando com o olhar para que o marido cedesse. — Se der cara, você me dará tudo que eu pedi, no entanto... — Elisa abriu um sorriso iluminado. — Se der coroa, quero sair com sua esposa e não cobro mais nada.

— O quê?! — Thomas e Amara falaram juntos. Surpresos. John que se mantinha quieto, abafou o sorriso com uma mão.

— Você sabe que eu sempre gostei de apreciar chás femininos, Tom. — Falou baixo e rouco. — E então?

Thomas se moveu, inquieto. Passou a mão pelo rosto, sentindo o calor finalmente o aquecer de fora para dentro. Amara, por outro lado, ainda assimilava tudo que ouvira, deduziu que aquilo era uma brincadeira de mal gosto vindo de Elisa, mas ela parecia bem segura do que queria.

— Elisa, embora soe tentador sair com você, eu sou uma mulher casada...

E bem-casada. — John murmurou logo atrás. No fundo, ele estava se divertindo com aquilo.

— Vamos aceitar tudo que impôs e ainda pedimos que participe da nossa ceia de Natal como um ato simbólico e de amizade da parte dos Shelby. — Amara se afastou de Thomas, que parecia estar em um estado quase catatônico. Elisa se aproximou.

— Amara, eu sabia que iria gostar de você. — Jogou uma mecha de cabelo escuro para trás. — Gosto de encontrar mulheres como você, acho que vamos nos dar muito bem juntas. Então temos um acordo, em nome dos negócios. — Estendeu a mão para selarem o pacto.

— Em nome dos negócios. — Amara apertou a mão dela. Então a puxou para mais perto, sussurrando as palavras. — Mas eu adoraria tomar um chá com você.

— Uísque, sí? — Romero ergueu uma sobrancelha. Amara fez um breve sinal com a cabeça.

Elisa sorriu satisfeita. Amara se afastou dela, indo até Thomas. Perto o suficiente do marido, o encarou profundamente. Na melhor das hipóteses, o olhar de Thomas assemelhava-se a confusão e raiva. Amara não debateu com o que era certo ou não a ser feito naquele momento. Elisa Romero havia sido solicitada e cumprindo muito bem com a primeira missão, ela era a prova que seria muito útil nessa guerra contra Andrea Mancini.

Nova personagem no ar galera, mas antes que perguntem: ELISA ROMERO não é uma personagem original minha, ela pertece a Giu [ booksxiulia ] e tem sua própria historia no universo dela em Peaky Blinder — QUE NÃO SEGUE O RACIOCÍNIO/PLOT/ IDEIA DE DOBRA NO TEMPO, MAS A AMARA APARECE NA FIC DELA, lá é outra trama. Enfim, esse é um crossover muito louco com minha best e aposto que vocês vão adorar a Elisa, aliás, vão lá ler "He's not as cool as me" a fic é ótima e a Elisa é muito patroa. 

Fiquem com essa manip maravilhosa que fiz em cima desse pôster que achei no Pinterest. (Infelizmente algumas edits postada ao longo dos caps não irão para o capítulo de grafic que será liberado na conclusão da fanfic, fazer yuke, séria muito spoiler tbm rs)

Capitulo postado dia (20/03/2022), não revisado.

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