Corte De Névoa E Vidro

By Shayury_Darling

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Jade Archeron, a mais nova dentre as três irmãs Archeron, a sonhadora cheia de vida e alegria, tem sua vida m... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40

Capítulo 9

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By Shayury_Darling

Jade

Uma das rainhas deixou a metade do livro dos sopros.

O que me faz crer que pelo menos ela não é tão vadia como as irmãs.

Eu peguei os legumes na cozinha, e os pus em tábuas de carne, entregando facas aos dois illyrianos, visto que Feyre estava treinando lá fora com Rhysand, naquela neve fria.

Eles me encararam.

— Tão achando que sou empregada de vocês é? Vão me ajudar a fazer o almoço sim, direitos iguais nessa merda. -falei.

— Nós não dissemos nada. -disse Cassian.

— Acho bom não dizerem mesmo. -falei.

Eles lavaram as mãos quando madei e foram cortando os tomates.

— Vai se cortar... -Azriel me emcarou de relance.

Visto que eu estava com uma faca muito afiada.

Eu arqueei uma sobrancelha, e sem ao menos olhar para a tábua e as cenouras eu as piquei em cubos, sem quebrar o olhar com o encantador de sombras.

— O que dizia? -questionei docemente.

— Deixe pra lá. -sacudiu a cabeça, um olhar incrédulo.

Eu o encarei convencida, girando a faca em minha mão, e então, cortando as cebolas.

Cassian observou o meu movimento rápido com a faca enquanto ele cortava com cuidado os tomates.

— Como você sendo a mais nova, conhece o manejo de uma lâmina? E sabe forjar armas como aquela? E lutar? -ele questionou.

Eu pisquei.

— Aprendi. -dei de ombros.

— Com quem?

— Ninguém. -respondi.

Eu peguei a tábua, a levando até a panela, então com a faca empurrei os legumes cortados para dentro.

— Eu aprendi algumas coisas da caça...

— Com Feyre. -disseram.

— Não. —neguei— eu via os caçadores fazendo, então aprendi e ensinei a Feyre como se fazia, e então ela aprendeu a caçar.

— Então você ensinou ela? -ele ergueu as sobrancelhas em surpresa.

Eu assenti.

— Ela não contou a vocês? Estranho, ela é fofoqueira. -falei.

Eu cortei os queijos, os jogando na panela em seguida.

Cassian e Azriel jogaram os tomates.

— Está fazendo alguma magia aí dentro? -ele encarou a panela que eu mexia.

— Estou cozinhando carne e olhos de feéricos e humanos. -falei.

Eles arregalaram os olhos e eu gargalhei.

— É carne de boi, acharam mesmo que era de humanos e feéricos? -gargalhei outra vez.

Eles suspiraram aliviados.

— Vai saber? Você é doida. -disse Cassian.

— Faz parte. -falei.

Cassian se ergueu e caminhou para fora, alegando ir fazer a vistoria.

Mas eu sabia que a vistoria significava importunar Nestha.

Eu cantarolou baixinho, pegando os temperos.

Eu analisei o mestre espião e caminhei com as mãos nas costas, um olhar brilhante e avaliador.

— Tentando jogar seus charmes  em mim? Lady Jade. -ele questionou baixo.

Eu sorri.

— Não preciso recorrer a eles, encantador. -ronronei.

Ele estremeceu levemente e me encarou.

Me fiz de inocente e pus a quantidade de temperos necessários na panela.

Sentindo o bom cheiro deles vir, aguçando o meu olfato.

Eu suspirei satisfeita e comecei a mexer na panela.

— Esse lugar que vocês falam... Velaris, como ela é? -questionei.

Ele me encarou.

— É a cidade mais linda de todas, a cidade de luz estelar, lá, as pessoas às vezes trocam o dia pela noite, apenas para apreciar as estrelas, porque lá, a noite é a mais bela de todas, é a cidade dos sonhos. -ele disse.

— Deve ser linda. -comentei, pondo um pouco de sal na comida.

— Talvez algum dia eu a leve, ou sua irmã a arraste para lá, é o sonho de Feyre fazer isso desde que te viu. -ele disse.

Eu o encarei de relance.

— Talvez. -falei.

Minha mão delizou de forma errada e o fogo a tocou.

Eu soltei um pequeno grito, me afastando de imediato do fogão, xingando baixo.

Azriel se ergueu como um raio, disparando em minha direção.

— Merda, merda. -murmurei baixinho, sentindo a pele doer.

— Você está ferida. -ele disse, mais para si mesmo do que para mim.

— É só uma queimadura, foi o fogo. -falei.

Ele estremeceu, encarando as chamas do fogão por segundos longos, como se o fogo lhe trouxesse más lembranças.

— Vamos cuidar disso. -falou.

— Não é necessá...

— Vamos cuidar disso. -ele repetiu, me puxando até a pia.

Eu bufei ao ser contrariada, ele ligou a torneira e lavou minha mão embaixo da água fria. Esfregando com cuidado no ferimento.

Então arregalei os olhos, vendo a maquiagem ir junto na água, o espião encarou então uma tatuagem em minha mão, arabescos negros que a enfeitavam, e desciam nela.

— O que é isso? -questionou.

— Nada. -puxei minha mão para mim.

Ele me encarou, então, desligou a torneira.

Ele pegou uma pasta de ervas, menta e hortelã, pondo onde eu havia me queimado.

Ele encarou novamente a tatuagem.

— Com quem fez um acordo? Lady Jade. -ele me encarou nos olhos.

— Ninguém. -falei.

Ele me encarou sério e eu não me mostrei abalar por aquele olhar, nada me atingiria, nada.

— Isso não é da sua conta, espião, então, sugiro que não se meta e não abra o bico sobre isso pra ninguém. -falei.

— Ou o que? Vai me matar? -ele questionou.

— Não sei, nunca matei um espião antes, como será que seria? -questionei.

— Acordos são perigosos. -ele disse.

— Por que se importa? -questionei.

Eu caminhei com um pano de prato em minha mão, então, sinto ser puxada pela cintura em um movimento firme.

Eu arregalei os olhos, me chocando contra o corpo firme do espião, coberto por sua armadura negra.

— Pelo o mesmo motivo que matei aquele infeliz. —ele encarou— você.

— Gosta de charadas? Azriel. -controlei minha respiração.

— Gosto de desafios. —ele me encarou nos olhos— e você é sem qualquer dúvida, o desafio mais interessante em quinhentos anos.

Sua respiração quente, com hálito de hortelã beijou meu rosto.

Eu o encarei nos olhos.

— Quem cederá primeiro neste jogo? Bela rosa. -ele questionou.

— Você com toda a certeza. -respondi convicta.

— E por que acha isso?

— Porque como eu disse, não preciso recorrer a charmes, e em poucos segundos sem eu fazer nada, você me trouxe para si. -o encarei.

Ele me soltou, xingando baixo.

— Feiticeira. -ele disse.

Eu assenti.

— Sim, espião, e você está enfeitiçado, só não quer admitir. -falei.

Ele me encarou e eu sorri felina.

— Caiu na minha rede, peixinho. —ronronei, enquanto saía— decidiu fazer sombra no canteiro de rosas, e agora, está encantado pela rosa vermelha.

E eu sumi.

Eu caminhei até meu quarto, maquiando minha mão, escondendo aquela tatuagem.

Nunca devem saber.

Eu caminhei até o Jardim, vendo que estava perfeito, Elain cuida bem dele, apesar de agora estar em uma ridícula fase de luto por aquele miserável do Graysen.

Eu encarei uma roseira, a qual as rosas estavam fechadas e murchas, tristes.

— Oh meu bem, o que aconteceu? -me aproximei.

O vestido azul cobalto farfalhando.

Eu rocei meu dedo na mesma.

Está morrendo.

Eu estalei a língua, então dei uma pequena corridinha até um balde de alumínio, pondo água no mesmo.

Eu caminhei até a roseira.

— Se abram e fiquem belas. —despejei água em seu jarro— tristeza não combina com este Jardim.

Falei.

Eu acariciei a rosa, e então suspirei, me erguendo, ajeitando a saia do vestido.

Eu fitei o céu, o Sol que brilhava.

— Façam minhas meninas ficarem alegres de novo. -cantarolei.

Um fetiche de luz do sol disparou até o jarro, eu baixei o olhar e pisquei.

As rosas estavam abertas, em um belo tom de vermelho intenso, bonitas e alegres de novo.

Eu sorri de lado para aquele pequeno milagre.

— Isso, nunca murchem, jamais.

*Até o próximo capítulo ☄️ deixem seu comentário e seu voto pfvr ☄️*.

Referência tatuagem da Jade ^

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