Cheguei no apartamento e assim que abri a porta Lionel veio me receber. Assim que sai do café recebi uma mensagem de Alfonso avisando que iria demorar tanto pra chegar que me pediu para não esperá-lo pra jantar. Então era bom chegar em casa e ter Lionel pra me receber.
- Oi garotão. - sorri me abaixando e acariciei sua cabeça.
Lionel lambeu minha mão me fazendo sorrir e fiquei em pé indo pra cozinha. Encarei aquele espaço enorme e suspirei perdendo a vontade de cozinhar apenas pra mim. Fui até o interfone e pedi à Miguel que trouxesse um lanche com fritas e refri. O silêncio daquele apartamento era quase opressivo não fosse pela respiração curta e rápida de meu cachorro.
- Entendi mais um dos motivos de Alfonso ter trazido você pra cá. - suspirei acariciando sua cabeça.
Subi pro quarto, tomei um banho, coloquei um vestidinho confortável e fui pra sala. Lá liguei meu notebook e comecei a fuçar na internet e ver umas coisas pra editora. Num estalo comecei a pesquisar sobre gravidez, talvez ajudasse saber algumas coisas já que minha mãe e Angell esperavam bebês.
Fiquei tão distraída absorta no assunto que só notei o barulho da campainha depois dela tocar várias vezes.
- Oi Miguel desculpa! - sorri sem graça ao abrir a porta.
- Esta tudo bem? - ele perguntou preocupado.
- Sim, só estava distraída... Trouxe meu lanche? - sorri faminta.
Ele assentiu me entregando a embalagem.
- Quer que eu fique com a senhorita?
- Ah não precisa, tenho um pastor alemão policial pra me proteger agora. - brinquei.
Miguel sorriu assentindo e pediu licença indo na direção do elevador. Acenei antes das portas se fecharem e entrei de novo no apartamento.
Fechei as páginas da internet, liguei a t.v. e comecei a assistir um filme enquanto comia. Lionel como sempre e como todo cachorro ficou em cima de mim. Não resisti e como sempre dei alguns pedaços do lanche e até da batata pra ele. Quando acabei de comer fiquei deitada no sofá acariciando o pelo de Lionel. Agradeci Alfonso mais uma vez por ter trazido Lionel pra me fazer companhia.
Conferi o relógio quando cheguei ao prédio, suspirei ao ver que passavam das 23 horas. Miguel me cumprimentou e veio na minha direção quando me viu.
- Como esta minha noiva? - perguntei me referindo à Any assim, pois era o que ela seria muito em breve.
- Tudo bem senhor. - Miguel assentiu não estranhando o modo como me referi à ela. - Ela não saiu do apartamento, pediu um lanche pelo telefone, mas o pedido foi entregue aqui e eu levei pra ela pessoalmente.
- Muito obrigado Miguel, você ta dispensado por hoje.
Miguel assentiu com um sorriso discreto e deu as costas.
Quando entrei no apartamento Lionel ergueu a cabeça e senti um aperto no peito ao ver Anahí dormindo com a t.v. ligada. A mão esquerda dela pendia pra fora do sofá próxima da cabeça de Lionel. Entendi que ela havia pegado no sono enquanto assistia t.v.
Sem fazer barulho peguei a embalagem do lanche que Anahí havia deixado no chão e chamei Lionel. Prontamente o cachorro se levantou e foi comigo até a cozinha, lá ele entrou dentro de sua casinha e eu fechei o portãozinho improvisado deixando-o perto ali.
- Boa noite garotão. - sorri acenando pra ele e voltei pra sala.
Anahí ainda dormia quando cheguei na sala, peguei a mão dela que estava suspensa e coloquei sobre sua barriga em seguida a beijei.
Acordei com beijos suaves sobre a minha mão e descendo pra minha barriga.
- Poncho! - sussurrei e sorri quando ele me olhou.
- Me perdoa por ter demorado meu amor. - ele sussurrou beijando minha mão várias vezes.
Acariciei seu cabelo com um sorriso nos lábios e ele segurou minha mão e beijou, em seguida continuou descendo os beijos pela minha perna. Não consegui conter um suspiro e fechei os olhos.
As mãos hábeis de Alfonso puxaram minha calcinha e sorri mordendo os lábios quando ele me encarou cheio de malícia e a jogou no chão. Mordi meu lábio inferior quando sem tirar os olhos dos meus, Alfonso afastou minhas pernas , pousando meu pé esquerdo no chão.
Alfonso ergueu meu vestido e fechei os olhos cheia de expectativas. Senti seus lábios quentes tocarem minha intimidade e gemi me inclinando na direção dele, tocando apenas a ponta do pé esquerdo no chão.
Alfonso segurou minhas pernas mantendo-as afastadas e tocou toda minha intimidade com sua língua, gemi jogando a cabeça pra trás e o quadril na direção dele.
- Depois de um dia insuportável de trabalho não tem nada melhor do que chegar em casa e encontrar você.
Mordi o lábio inferior sem deixar de encará-lo e agarrei o sofá com força quando ele voltou a me provocar, sua língua explorando delicadamente toda minha intimidade e focando no meu clitóris.
- Ah... Poncho! - gemi prestes a gozar.
Alfonso parou o que estava fazendo e senti um vazio quando ele se afastou. Vazio que só durou alguns segundos até Alfonso se aproximar e me beijar ao mesmo tempo em que me penetrou.
Mordi seu lábio inferior e arranhei suas costas enquanto ele investia contra mim.
- Ah como eu precisava disso Any. - gemeu mordiscando meu ouvido.
Puxei o rosto de Alfonso pra mim e o beijei. Minha língua invadiu seus lábios deliciosos e senti suas mãos apertarem meus seios e descerem pra minha intimidade. Alfonso se afastou e mordeu meu pescoço.
- Gostosa!
- Gostoso! - devolvi prestes a gozar.
Alfonso meteu em mim com vontade e gozou me fazendo gozar com ele. Ofegante ele desmontou e se enroscou ao meu lado no sofá. Me abraçou com força e eu encaixei a cabeça na curva do seu pescoço.
Demorou alguns segundos pra nossa respiração voltar ao normal.
- Vamos pra cama meu amor?
Resmunguei com preguiça o abraçando com força. Alfonso riu e pulou pra fora do sofá.
- Vem minha preguiçosa mais linda. - me puxou pela mão.
Resmunguei fazendo bico e fiquei de pé, Alfonso me pegou no colo antes que eu tivesse tempo de falar algo. Sorri encostando a cabeça no peito dele e subimos.
Alfonso me colocou direto na cama e me cobriu. Fechei os olhos quando ele me abraçou por trás beijando meus cabelos. Eu estava quase pegando no sono quando ele me chamou.
- Any!
- Hum? - sorri acariciando os pelos do seu braço e me virei ficando de frente para ele.
- Amor eu sei que não é uma boa hora pra tocar nesse assunto, mas eu tava pensando e...
Encarei Alfonso esperando ele continuar.
- Você pretende contar a verdade sobre o seu pai pra sua mãe?
Mordi o lábio e abaixei a cabeça, eu não tinha uma resposta praquela pergunta.
- Não sei! - suspirei. - Tenho medo da reação dela e do efeito que isso pode causar nos bebês.
- Eu não to te cobrando nada viu? - ele ergueu meu rosto. - Só fiquei curioso.
- Eu sei... Mas acho que prefiro esperar. - respondi com máximo de sinceridade possível.
- Tudo bem. - ele assentiu me beijando. - Vamos deixar isso pra lá e dormir. - suspirou me abraçando.
- Ta tudo bem na empresa? - perguntei fechando os olhos.
- Uhum, só muito trabalho pelos próximos dias. - ele beijou minha testa. - Agora durma meu amor.
Sorri beijando o peito nu dele e fechei os olhos apagando em poucos instantes.
O assunto do meu pai havia me deixado inquieta no início da manhã e isso fez com que eu levantasse primeiro que Alfonso. Não foi difícil escapar da nossa cama já que ele estava exausto e dormia profundamente.
Lionel me recebeu com alegria quando abri o portãozinho que Alfonso comprara pra ele e deixei ele entrar na cozinha.
- Oi, bom dia! - sorri me abaixando e acariciando seu pelo.
Lionel ficou andando atrás de mim enquanto preparava o café da manhã.
- Você é muito esperto sabia? Se acostumou a esse apartamento primeiro que eu. - sorri.
Meu cachorro ficou sentado no chão me encarando e prestando atenção, sorri jogando um beijo pra ele.
- Assim vou ficar com ciúmes!
Me virei no susto e sorri perdendo o fôlego. Alfonso estava encostado no batente da porta, com os braços cruzados, o peito nu usando apenas uma calça de moletom que caia em seu quadril de um jeito incrivelmente sexy.
- Não precisa ter ciúmes do Lionel. - sorri e joguei um beijo pra ele também.
Alfonso fez uma cena fingindo que o beijo havia acertado seu peito com força suficiente para quase derrubá-lo. Eu ri e ele sorriu se aproximando sorrateiramente do jeito que só ele sabia fazer e deixava minhas pernas bambas.
- Sabe queria tirar uma dúvida com você. - ele estreitou as sobrancelhas e me abraçou.
- Qual?! - envolvi os braços em torno do pescoço dele e ficando na ponta dos pés o beijei.
- O que a Angelique queria com você ontem? - fiquei séria. - Achei ela muito misteriosa no telefone.
- Ah! - suspirei mordendo o lábio inferior e soltando seu pescoço. - Nada demais. - forcei um sorriso.
- Está mentindo. - ele segurou meu rosto e me encarou sério.
- Não estou não... Ela me convidou pra ser madrinha, assim como Chris te convidou pra ser padrinho, a partir de agora vamos passar mais tempo juntas é só isso. - dei de ombros tentando fazer a melhor cara de paisagem possível.
- Ta faltando alguma coisa nessa história Any. - ele estreitou os olhos.
- Não ta faltando nada, deixa de ser curioso. - sorri dando as costas pra ele.
- Já sei é aniversário do Chris e ela pediu sua ajuda pra bolar alguma surpresa acertei? - ele sorriu se gabando.
- É acertou, mas não sei de nada e se soubesse não te diria. - joguei o guardanapo nele que acabou rindo.
- Você sabe que eu posso beijar você até perder os sentidos e me contar tudo né? - ele me abraçou por trás beijando meu pescoço, automaticamente fechei meus olhos mostrando o quanto ele estava certo.
- Pode ser, mas você está atrasado e não vai poder me distrair agora. - consegui resistir me soltando dele. - Então por favor, senhor Herrera acomode-se e tome o seu café. - fui rápida o bastante pra beijá-lo de surpresa e me afastar antes que ele reagisse.
- Ok, futura senhora Herrera! - ele sorriu piscando pra mim e sentou atrás da bancada.
O encarei sentindo meu rosto pegar fogo e meu coração bater acelerado. Não foi preciso ele verbalizar, pois o pedido de casamento estava ali estampado em seu rosto quando me chamou de futura senhora Herrera.
Na hora do almoço já na editora desci as escadas correndo, pois o elevador tinha travado. A pressa era porque Angelique me esperava no estacionamento e eu estava atrasada.
- Any! - Dulce me chamou.
- Oi! - me virei pra ela ofegando.
- Aonde vai com tanta pressa?
- Ajudar Angelique a escolher o bolo, os noivinhos e os doces da festa, na verdade to atrasada. - forcei um sorriso pedindo desculpas.
- A gente tem que marcar de sair qualquer dia viu? Eu você, Mai e até a Angelique.
- Ok a gente combina, agora preciso ir, tchau. - acenei e corri.
Entrei no carro de Angelique e desmontei no banco.
- Desculpa a demora!
- Tudo bem? - Angelique me encarou.
- Uhum, podemos ir! - assenti respirando fundo.
Chegamos na loja e me surpreendi ao ver que estávamos em uma das melhores senão a melhor loja que cuidava dos doces e dos bolos das festas de casamento.
- Senhorita Angelique?! - Angell assentiu. - Sou Natalie, estava lhe aguardando, sou a responsável por lhe mostrar as melhores opções que temos aqui. - sorriu.
- Obrigada, essa é a Any minha amiga e madrinha que vai me ajudar. - Angell sorriu apontando pra mim.
- Ok, o que querem ver primeiro?! - Natalie sorriu.
- Os bolos e os noivinhos. - Angelique sorriu animada.
- Ok, por aqui. - Natalie nos guiou.
Eu fiquei na minha enquanto Angelique e Natalie conversavam, enquanto estavam distraída comecei a encarar as milhões de escolhas que haviam ali. Fiquei pensando em como deve ser difícil entrar numa loja assim e escolher.
No meio de tantas opções de bolos, docinhos e noivinhos me lembrei do pedido de casamento de Alfonso naquela praia e de todas as vezes em que ele retornou a fazer o pedido, incluindo o que fizera naquela mesma manhã. Suspirei acariciando um casal de noivinhos abraçados e se beijando.
Eu não tinha dúvidas de que amava Alfonso. Agora que estávamos morando juntos praticamente como casados e depois de ter lhe contado a verdade e ele me aceitar mesmo assim meu amor por ele cresceu ainda mais.
“Então do que eu tenho tanto medo?“, me perguntei encarando os diferente tipos de bolo. Se fosse por Alfonso seria eu a escolher todas aquelas coisas para a minha festa de casamento, eu não seria a madrinha ajudando a noiva e sim a noiva.
- Tudo bem ai Any?! - Angelique se aproximou me assustando.
- Aham! - mordi o lábio e acenei com a cabeça. - É tudo tão lindo e delicado que fica até difícil escolher um.
- Pois é. - sorri.
- Você viu os noivinhos, separei três modelos, você me ajuda a escolher? - me arrastou pela mão.
- Ta! - assenti. - Angell você vai mesmo fazer mesmo aquela surpresa pro Chris semana que vem?
- Uhum, já decidi e seja o que Deus quiser. - sorriu. - Por que ta me perguntando isso? Você não contou pro Poncho né?
- Não eu nunca faria isso. - neguei. - É que falando em aniversários, coincidentemente semana que vem é meu aniversário de namoro e do Poncho, não parece, mas já vai fazer 05 meses que nos conhecemos. - sorri sentindo meu rosto esquentar ao lembrar daquela festa quando ficamos nos encarando e do climão que rolou minutos depois dentro do carro dele.
- É verdade né? Poxa passou rápido... Gosto de datas assim, Chris e eu sempre fazemos algo. - Angelique sorriu.
- Eu e Alfonso não costumamos comemorar, acho que nem precisamos, mas... Eu queria fazer uma surpresa pra ele dessa vez, acho que você me inspirou quando falou de fazer uma surpresa pro Chris contando da gravidez no aniversário dele. - sorri sem jeito.
- Ah é? E já pensou que surpresa quer fazer pro Poncho? Posso te ajudar em algo, porque ele é muito desconfiado, perspicaz, você vai ter trabalho se quiser surpreendê-lo.
- Eu teria trabalho mesmo se não soubesse o que ele quer... Mas eu sei de uma coisa que ele deseja bastante e... Por sorte só eu posso dar. - mordi um lábio e Angelique me encarou sem entender. - Um sim! - expliquei.
- Sim?! - ela estreitou as sobrancelhas não me entendendo e então ficou de boca aberta ao se dar conta do que eu estava falando. - Você ta falando do pedido de casamento que ele te fez?
- Uhum... Acha uma boa ideia se eu dar essa resposta no nosso aniversário de namoro?!
- É perfeito, como você disse é algo que Alfonso quer e muito e só você vai poder dar isso à ele. E de quebra você ainda vai surpreendê-lo e mata-lo de felicidade. - Angelique sorriu empolgada. - To 100% de acordo, podemos até ver algumas coisas de casamento pra você. - se animou.
- Não... Acho que prefiro organizar o casamento com calma, não dê essa ideia pro Alfonso ou ele pode querer se casar no mesmo dia que você e Chris e ai eu vou...
- Surtar é eu sei. - ela sorriu.
- Não só isso, mas é seu dia e do Chris, eu prefiro ser só a madrinha por enquanto. - sorri.
- Tudo bem combinado assim você será minha madrinha primeiro e eu a sua depois. - ela sorriu.
- E até semana que vem você guarda meu segredo e eu o seu. - pisquei pra ela.