𝗧𝗛𝗘 𝗖𝗢𝗡𝗧𝗥𝗔𝗖𝗧│𝙽𝚘�...

Per worldurreax

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˖ ࣪ ꒷⁩ ࣪˖ ⌕𓂃❛ Noah Urrea fanfiction¡! ❪ em andamento ❫ ⋆૪ ִֶָ ࣪𖥻 ▸The̲ c𐐫𝗻᤻tr𝗮᤻ct... Més

𝙲𝚊𝚜𝚝
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'sexy teacher( adaptação)
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⌕ 𝗖𝗔𝗦𝗧 ⁝ 𝟮° 𝗧𝗘𝗠𝗣𝗢𝗥𝗔𝗗𝗔
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RED DRESS - new adaptation
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Read my lips - adaptação
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my stripper - noah urrea
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Per worldurreax

Estou no meu escritório, vendo alguns e-mails e respondendo algumas mensagens pelo notebook. Quando de repente meu celular toca. Não prestei atenção no número que chamava, apenas atendi a ligação e levei meu celular até o ouvido.

─── Alô? ─── falei mantendo a atenção na tela do notebook.

─── Bom dia, Urrea. ─── ouvi aquela maldita voz modificada, impossível de se saber quem é. ─── Como vai?

Parei o quê estava fazendo e comecei a gravar a ligação.

─── Você. Vai me dizer quem está por trás dessa ligação, pra eu poder te encontrar e socar a sua cara? Ou vamos continuar com essa palhaçada?

─── Você não gosta de uma palhaçada? ─── eu ri negando com a cabeça. ─── Me responde uma coisa. Já foi ao circo Noah?

─── No qual você trabalha, não.

─── Adorei seu senso de humor. Bom, vamos ao que interessa. ─── ouvi ele/ela coçar a garganta. ─── Você acha que está tudo bem, certo?

─── O quê quer dizer com Isso?

─── Você anda com a sua bonequinha para lá e para cá, sai na rua como se nada tivesse acontecido. ─── ouvi uma pequena risada do outro lado da linha.

─── Vá direto ao ponto. ─── me levantei da cadeira.

─── Eu só liguei para dizer que eu amei o estilo da sua esposa, ela tem um bom gosto. ─── franzi meu cenho confuso enquanto andava de um lado para o outro. ─── Ela gosta de usar calça jeans, né? Rasgada ainda por cima, puro estilo. ─── parei de andar e fechei os olhos comprimindo os lábios.

Lembrei do dia em que eu e S/n fomos caminhar pela praça, ela usava calça Jeans naquela noite. Depois desse dia eu permiti com que ela saísse mais vezes, desde que eu estivesse com ela.

─── Não vai dizer nada?

─── O quê você quer de mim? ─── questionei.

─── A sua morte. ─── eu ri com sua fala.

─── Então vai continuar tentando.

─── Não vou precisar tentar muito, logo eu acabarei com você. Primeiro tocando no seu ponto mais fraco. Basta um estalar de dedos para que a sua pedra preciosa esteja em minhas mãos. E então, irá temer a mim.

─── Não pense em encostar em um fio de cabelo da minha esposa.

─── Eu encostar na sua menina? nunca! ─── seu tom foi irônico. ─── Tenho pessoas que fazem o trabalho sujo pra mim, assim como você. ─── cerrei o punho sentindo um ódio enorme me invadir. ─── Eu não vou te deixar em paz. Vou te aterrorizar, e você vai desejar nunca ter nascido quando eu acabar com a sua linda esposa.

─── Eu vou descobrir quem está por trás dessa ligação. E quando eu descobrir, o único que vai estar se sentindo aterrorizado, vai ser você.

─── Se divirta tentando, e enquanto você monta o quebra cabeça, eu me divirto observando a sua mulher.

A ligação foi desligada e eu senti diversas sensações me invadirem, ódio, raiva, e entre elas medo.

Eu não posso correr riscos quando se trata dela. Eu fui a porra de um idiota em ter deixado ela sair naquele dia. E daí que eu estava com ela? Me recordo de diversas ocasiões em que eu estava com ela e mesmo assim, S/n ficou em perigo.

─── Bom dia. ─── S/n disse sorridente ao me ver entrar no quarto.

─── Bom dia querida. ─── a olhei e percebi que estava arrumada, tão cedo. ─── Já tomou banho?

─── Sim, acordei cedo e resolvi me arrumar. ─── eu assenti me aproximando dela. ─── Vou sair. ─── eu ri negando com a cabeça.

─── O quê você disse? ─── ela me olhou. ─── S/n, nós já conversamos.

─── Uma conversa acontece quando duas pessoas trocam opiniões e pontos de vista, na nossa conversa só a sua opinião importou.

─── Não é só a minha opinião que importa, mas eu estou certo e você sabe disso, linda. ─── expliquei e ela suspirou.

─── Noah, você sabe como é passar semanas trancada nessa casa? É sufocante, eu quero sair, quero... ─── interrompi.

─── Você sabe o que realmente é sufocante? ─── ela se calou para poder me ouvir falar. ─── Quase perder a pessoa que ama. ─── s/n abaixou seu olhar e eu suspirei me afastando dela. ─── Tantas coisas aconteceram. Você saiu daquele lugar, depois ficou semanas em um hospital, voltou para casa e mal conseguia andar sozinha. Caiu da escada por uma armação e... ─── meus lábios tremeram durante a conversa. ─── E agora tem que ficar em casa, segura.

─── Por mais quanto tempo? ─── questionou calmamente. ─── Eu quero viver a minha vida, Noah.

─── Você não viveria a porra da sua vida se eu não tivesse te encontrado naquele inferno! ─── exclamei um pouco alterado, e ela me encarou surpresa com meu tom de voz. Era a primeira vez que eu gritava com ela. ─── Desculpa, amor. ─── falei em um tom mais calmo. ─── Eu só...

─── Ok, eu acho melhor você tomar um banho, e esfriar a cabeça. ─── neguei com a cabeça me aproximando. ─── Eu vou ajudar a Rosa no almoço.

─── Amor. ─── segurei seu braço quando ela se virou. ─── Me desculpa, por favor. Eu não queria gritar com você.

─── Você acordou a pouco tempo, já está estressado. Nós não vamos conversar agora. ─── seu tom foi calmo. ─── Entendeu?

(...)

Almoçamos em silêncio, nenhuma palavra foi dita durante a refeição. S/n terminou de comer e subiu para o quarto, então eu aproveitei para ir até ela para que pudéssemos conversar.

─── Podemos conversar agora? ─── questionei ao entrar no quarto e trancar a porta.

─── Devemos. ─── ela disse cruzando os braços e ficando de frente para mim. ─── Venho evitando essa conversa à semanas porque sei que você odeia falar sobre isso. ─── ela suspirou. ─── Estamos falando de mim Noah, de como eu quero viver a minha vida. ─── abaixei meu olhar enquanto esperava ela terminar de falar. ─── E acredite eu entendo você querer me proteger, mas já faz semanas que estou sendo impedida de viver a minha própria vida.

─── Você corre riscos, já te expliquei isso. ─── falei calmamente evitando contato visual.

─── Não me disse tudo que esconde no pacote não é? ─── finalemnte a olhei, e não disse nada. ─── Tem tanta coisa que eu ainda não sei.

─── Mas vai saber, e eu te prometo que vai. ─── me aproximei dela.

─── Acho que já passou da hora de você me contar, não acha?

─── Não, eu não quero contar ainda. ─── ela assentiu. ─── Vamos focar no que está acontecendo agora.

─── Ok. ─── ela começou a caminhar de um lado para o outro.

─── Você quer sair, e eu sei que deve ser uma merda ficar em casa sendo vigiada. Sei o quanto é ruim ficar aqui durante semanas, não se esqueça que eu mesmo te fiz companhia enquanto tudo esse caos estava acontecendo.

─── Mas você saía para trabalhar Noah, nem isso eu posso fazer, porque você não permite. Mas saiba que essa decisão só pode e deve ser tomada por mim.

─── Essa é uma decisão que precisamos tomar juntos. ─── afirmei. ─── Eu sou seu marido, e você é a minha mulher. ─── passei a língua entre os lábios. ─── Você sair e correr perigo, vai me atingir de alguma forma também.

─── Nós já saímos antes, quando eu estava pior. Você me contou sobre o dia em que me levou a praça, e então nós dois fizemos um piquenique e dêmos comida aos pombos.

─── Mas isso foi antes de você ser jogada escada abaixo.

─── Isso não faz sentindo. Ficando aqui estarei correndo risco com as pessoas que trabalham nesta casa, e lá fora também, então que diferença faz? ─── ela suspirou. ─── Você vai estar comigo.

─── Sim, você tem razão. ─── concordei. ─── Eu vou estar com você.

─── Então não precisa ter esse cuidado todo. ─── ela se aproximou. ─── Você está traumatizado e acredite eu também tenho medo. Mas do que vai adiantar não enfrentá-los?

Olhei no fundo de seus olhos, e enxerguei o quanto ela realmente queria aquilo. No lugar dela eu também odiaria ficar preso em casa.

Eu a amo e não posso perdê-la, mas amo demais para não deixá-la curtir a sua própria vida.

Olhei para os anéis em meu dedo, observei um específico, o do sol que ela havia me dado de presente. Depois olhei para o da lua em seu dedo e comprimi meus lábios colocando o olhar em minha menina.

─── Você é a minha lua. ─── afirmei sentindo meus olhos marejarem. ─── Eu não posso perder a minha lua, entendeu?

─── Ei neném. ─── ela passou as mãos por meu rosto e impediu com que minhas lágrimas caíssem. ─── Estou aqui, com você. Tá bom? ─── Eu assenti controlando minhas malditas emoções. Eu odiava chorar

─── Pra onde você quer ir? ─── questionei mais calmo, me sentando na cama e vi ela abrir um sorriso esperançoso.

─── Shopping. ─── ela respondeu e eu suspirei.

─── Promete não sair de perto de mim?

─── Prometo, Noah. ─── ela sorriu se aproximando de mim e sentando em meu colo, com uma perna sua de cada lado.

─── Eu não quero correr o risco de perder você entende? ─── coloquei uma mecha de cabelo sua atrás da orelha dela. ─── Nunca tive essa preocupação com alguém antes. ─── ela sorriu fofa. ─── Você significa muito pra mim, e te perder não é uma opção.

─── Entendo, e você não vai me perder. ─── eu sorri de lado. ─── Agora podemos ir?

─── Vamos.

(...)

Estacionei o carro e vi ela retirar o cinto de segurança, e então em seguida S/n olhou para nossas mãos que estavam entrelaçadas desde o momento em que entramos nesse carro.

─── Neném, você tem que soltar a minha mão para que eu saia do carro. ─── ela disse calmamente e eu suspirei soltando sua mão e saindo do carro.

Após fechar a porta e ver que ela já havia saído do carro também, peguei novamente em sua mão e a vi sorrir para mim.

Caminhávamos pelo shopping enquanto eu segurava sua mão. Olhei para todos os lados, a procura de algum tipo de ameaça, já a minha esposa apenas presta atenção nas vitrines das lojas.

─── Vamos tomar sorvete? ─── Ela perguntou apontando com a cabeça para uma sorveteria.

─── Claro. ─── eu assenti e começamos a caminhar até lá enquanto isso eu continuava varrendo o shopping com meus olhos.

─── Você pode parar de olhar para todos os cantos desse shopping? ─── ela riu. ─── Está parecendo um fugitivo.

─── Estou? ─── ela assentiu. ─── Foi mal.

─── Tranquilo. ─── ela sorriu.

Compramos o sorvete e começamos a comer enquanto estávamos na mesa. Olhei para trás por um instante ao ouvir um alvoroço na entrada de uma loja e vi que um homem discutia com o segurança por algum motivo ridículo.

Aquilo havia me prendido por alguns minutos, tanto que quando percebi que estava focado demais voltei minha atenção a S/n

─── Eu acho que aquele... ─── me virei para frente e não vi minha esposa, há apenas seu sorvete sobre a mesa. ─── S/n? ─── me levantei imediatamente procurando ela com o olhar pelo local. ─── Droga.

Passei meu olhar por todos os cantos daquele local e não a vi em lugar nenhum. Foi aí que senti meu peito doer e estalei meus dedos tentando afastar meu nervosismo.

Caminhei até os funcionários da sorveteria e eles disseram que não haviam visto nada. Meu nervosismo atacou novamente.

─── S/n! ─── gritei e vi algumas pessoas me olharem confusas. ─── Não, não, não. ─── resmunguei baixo. ─── Por favor, não. ─── eu disse após pensar o pior.

Eu não deveria ter deixado. Não deveria ter permitido. Foi um erro, um grande erro. Ela corria riscos e eu sabia disso, estava em perigo e eu tinha noção disso, mas deixei com que isso acontecesse.

Em meio ao desespero senti alguém tocar meu ombro, e quando me virei, uma sensação boa percorreu meu corpo.

─── Oi. Eu tinha ido... ─── A interrompi com um abraço.

─── Porra, amor. ─── a apertei em meus braços. ─── Não faz isso nunca mais. ─── senti um aperto de alívio em meu peito.

─── Desculpa, eu te falei, mas acho que você não ouviu, então precisei ir rápido.

─── Eu te falei pra não sair de perto de mim. ─── desfiz o abraço e a olhei. ─── Porra, você não me escuta?

─── Não queria te deixar preocupado, eu só precisei ir até o banheiro quando vi um homem chamando uma garotinha para o banheiro masculino. ─── prestei atenção no que ela dizia. ─── Eu tive que impedir que ela fosse até ele. Quando a peguei fingi ser a mãe dela e então ele se afastou sem dizer nada.

─── Ela está bem?

─── Sim, eu procurei pela mãe dela, e então demorei um pouco, porém a achei. Ela me agradeceu e foi quando eu lembrei que havia demorado um pouco e você estaria preocupado. ─── ela suspirou. ─── Me desculpe por isso.

─── Não importa mais. ─── coloquei uma de minhas mãos em seu rosto e acariciei. ─── Você está bem, e aquela garotinha também. É isso que importa.

─── Não queria te causar preocupação, eu errei, mas realmente senti um aperto no peito ao perceber que aquele homem talvez não fosse o pai dela.

─── Tudo bem, amor. Só não faz novamente. Não sai de perto de mim por nada, nada mesmo. ─── entrelacei nossas mãos. ─── Se quiser ir ao banheiro diz, me avisa. Você tem que estar no meu campo de visão, ok?

─── Ok. ─── beijei seus lábios calmamente.

Eu não me perdoaria se algo realmente tivesse acontecido com ela.

(...)

Nos passamos o tarde inteira no shopping, e eu fui obrigado não só a comprar tudo o quê ela queria, mas também a tentar convencer ao moço dos brinquedos que ela poderia sim entrar na piscina de bolinhas. Depois de muito esforço - pra falar a verdade, dinheiro - ele deixou, e caso não deixasse, eu resolveria de outro jeito.

Foi tão angustiante estar andando por aí com ela, sentindo medo de a qualquer momento algo ruim acontecer. Mas também foi satisfatório ver o sorriso em seu rosto durante o passeio

─── Amor, eu vou precisar sair agora tá legal? ─── beijei sua bochecha e vi ela fazer uma careta.

─── Posso saber pra onde o mocinho vai?

─── Não, não pode. ─── eu disse e vi ela ficar indignada.

─── Então você não vai. ─── Eu arregalei os olhos. ─── O quê foi? Acha que é só você que pode dizer quem pode ou não sair dessa casa, é?

─── Sua espertinha. ─── eu ri.

─── Se você não me disser, fica de castigo.

─── E que castigo seria esse?

─── Sem beijo, por um mês. ─── eu gargalhei e vi ela ficar séria. ─── Não estou brincando, Noah Jacob Urrea. ─── Disse pausadamente o eu nome.

─── Eu vou, resolver algumas coisas do meu trabalho, neném. ─── a abracei por trás.

─── Você ainda não me disse o local.

─── Na empresa, vida. ─── respondi enquanto beijava seu pescoço. ─── Você deixa?

─── Desde que volte antes das nove horas da noite.

─── Volto sim. ─── eu sorri. ─── Te amo muito tá? ─── falei baixinho a olhando através do espelho.

─── Eu também amo você. ─── ela sussurrou.

(...)

─── Tá legal, cadê esse desgraçado? ─── questionei me referindo ao Ryan.

Estamos em um galpão muito distante da cidade, no qual Ryan passo os últimos dias, sendo torturado pelos garotos, já que eu não poderia estar presente para realizar o trabalho.

Caminhei pelo galpão e vi de longe Ryan sentado em uma cadeira, com seus braços amarrados para trás. Sua cabeça está baixa, e seu corpo completamente maltratado.

─── Ele não disse absolutamente nada. ─── informa Lamar.

─── Ah, mas pra mim ele vai dizer alguma coisa. ─── me aproximei de Ryan e vi ele colocar seu olhar em mim. ─── Como vai Ryan? ─── ele não disse nada. ─── Não seja tímido, sabe que sou seu amigo.

─── Amigo? ─── ele soltou uma pequena risada nasal. ─── Você sabe que eu te odeio com todas as minhas forças. O quê está esperando? Acabe de uma vez comigo.

─── E te poupar do sofrimento? ─── foi a minha vez de rir. ─── De jeito nenhum.

─── Você tem medo do que a minha família é capaz de fazer, caso você faça o que tanto quer.

─── Sua família? ─── eu ri com o garotos o quê deixou Ryan confuso. ─── Você não tem mais a sua família ao seu lado, Keefe.

─── Do que você está falando? ─── ele riu e eu sorri o olhando até que sua expressão ficou séria. ─── O quê você fez?

─── Sua família tem um grande poder, mas vocês se esqueceu de que a minha também. Para que uma guerra não acontecesse entre nossas famílias, um acordo foi feito. Ao invés de correr o risco de perder uma batalha, eles resolveram sacrificar um dos seus filhos.

─── Você está blefando.

─── Não eu não estou, eu nunca blefo. ─── eu sorri maldosamente. ─── Krystian. ─── chamei.

─── Aqui está, chefe. ─── me entregou o celular de Ryan.

─── Vamos fazer uma ligação pra linda família do nosso querido Ryan. E então, descobriremos se alguém aqui está blefando.

Procurei na lista de contatos o número do pai de Ryan, e então esperei com que ele atendesse. Logo em alguns segundos a ligação de voz foi atendida.

─── Alô? ─── ouvi a voz do senhor Keefe.

─── Olá, senhor Keefe? Aqui é Noah Urrea. Estou ligando do celular do seu filho Ryan, pois o mesmo não consegue acreditar que está em tal situação. Ele está aqui na minha frente, o senhor gostaria de explicar a situação do seu filho?

─── Olá Ryan. ─── o pai disse.

─── Que porra é essa de acordo pai?

─── É verdade. Ou você achou que eu arriscaria a minha vida e a vida dos seus irmãos por você? A nossa família estava em jogo.

─── Você está brincadeira não é? ─── questionou Ryan um tanto indignado. ─── E aquele negócio de que ninguém é deixado para trás? Eu faço parte da família também, porra.

─── Não mais, Ryan. ─── o loiro parecia incrédulo com tudo aquilo. ─── Você armou algo contra uma família que era nossa aliada, não tínhamos problema algum com eles até você fazer essa merda. No que estava pensando? Matar a mulher do cara? Você está praticamente pedindo para morrer!

─── Eu fiz isso por todos nós.

─── Você não decide pela família, Ryan. Agiu pelas minhas costas!

─── Alguém tinha que fazer alguma coisa!

─── Não grita com o seu papai Ryan, não recebeu educação não? ─── brinquei e vi Ryan me olhar com sangue nos olhos.

─── Pai.

─── Eu sinto muito Ryan, mas você não me deu outra escolha. Não posso correr o risco de perder tudo o que conquistamos, por uma merda que você fez.

─── Filho! ─── uma voz feminina gritou do outro lado da linha. ─── Ryan, por favor, eles não vão te matar se você colaborar com eles.

─── Mãe. ─── Ryan comprimiu os lábios.

─── Por que você fez isso Ryan? ─── A voz da mãe era dolorosa. ─── Eu não posso perder o meu filho! Não posso!

─── Nós vamos desligar. ─── O pai de Ryan disse.

─── Agradeço por me ajudar a esclarecer as coisas para o seu filho. Tenham uma ótima noite. ─── encerrei a ligação e encarei Ryan. ─── Vai abrir a boca ou eu vou ter que te forçar a fazer isso?

─── Você quer saber o motivo de eu te odiar tanto? ─── ele me encarou. ─── Você sempre me maltratou. Me tratou como um merda. Eu sempre fui inútil pra você, só servia pra fazer o seu trabalho sujo.

─── Oh meu Deus! ─── exclamei fingindo dó. ─── Você queria ser o meu amiguinho Ryan? ─── coloquei a mão no peito. ─── Por que não disse logo? Eu teria o convidado para tomar um chá, enquanto você ainda tinha chances de se redimir.

─── Não vai conseguir nada me mantendo preso aqui.

─── Veremos. Começa a falar Ryan. Quem, quando, e como.

─── Quem o quê? Quem me pediu pra matar a vadia da sua esposa? ─── meu sangue ferveu de raiva e atingi seu rosto com meu punho cerrado.

─── Você lava a sua boca com sabão antes de falar da minha mulher. ─── falei seriamente. ─── Você vai me dizer quem te incentivou, quem ordenou. Você é fraco demais para começar isso sozinho.

─── Eu não sei. ─── eu gargalhei.

─── Você ouviram isso meninos? Ele não sabe! ─── exclamei ironicamente. ─── Você não pode mentir para um mentiroso, Ryan. E não pode de maneira alguma esconder mais nada de mim, não quando sua situação é essa. ─── peguei fortemente em seu queixo. ─── Desembucha.

─── Eu já disse que não sei! ─── exclamou e em seguida atingi seu rosto com um golpe.

─── Eu estou perdendo a minha paciência Ryan! ─── exclamei jogando o celular dele no chão. ─── Me fala tudo o que você sabe. Caso contrário, eu acabo de vez com a sua vida. Mas se escolher morrer, saiba que sua morte vai ser lenta e muito dolorosa.

─── Eu só recebia ordens.

─── De quem?

─── Eu não sei. ─── minha raiva subiu a cabeça, peguei a arma na cintura de Lamar e apontei para Ryan. ─── Eu juro que não faço ideia de quem seja. Ele fala comigo usando um modificador de voz.

─── Como sabe que é um homem?

─── O jeito de falar, e os pronomes.

─── Olha só, ele prestou atenção sobre pronomes nas aulas de português. ─── brincou Krystian.

─── Quando começou?

─── Pouco tempo depois de vocês se casarem. Ele me fez uma ligação, e me ofereceu muito dinheiro, disse que iria te tirar do meu caminho.

─── Você é tão iludido, Ryan. ─── Eu ri. ─── Ele terá que lutar muito pra me derrubar. ─── afirmei sorrindo. ─── Continue.

─── Eu recebia mensagens de texto, e as vezes ligações. Que me diziam onde estar, o quê fazer e quando fazer.

─── Cite ordens que recebeu.

─── São muitas. Provavelmente não irei lembrar de todas.

─── Você faz um esforço. ─── encostei a arma no seu queixo. ─── Não é?

─── A mulher da boate. ─── franzi meu cenho tentando lembrar. ─── Me pediram para contratar alguma garota, e que quando vocês estivessem na boate, ela fizesse todo aquela atuação. Dizendo que já tinham outras mulheres com quem você tivesse feito contrato.

Me lembrei daquele dia. Eu sabia que tinha sido uma armação, e pensei que Simon estivesse envolvido.

Flashback on- Capítulo 47

─── Olha só quem temos aqui, Noah Jacob Urrea! ─── Um loira se aproximou dando um escândalo. ─── Quanto tempo Urrea. ─── ela sorriu para mim.

─── Eu te conheço? ─── franzi o cenho confuso olhando para a garota.

─── Vai fingir que não lembra de mim só porque tá com esposa nova?

─── Tirem ela daqui.─── ordenei sabendo que ela era apenas uma mulher bêbada.

─── Essa é ela? ─── a loira observou minha menina de cima a baixo.─── Coitada, só mais uma da sua lista não é Urrea? O que aconteceu com a última?

─── Do que ela está falando Noah? ─── S/n me encarou confusa.

─── Então ela não sabe? ─── a loira riu. ─── Deixa eu te explicar lindinha, caso não saiba, você não é a primeira garota a assinar um contrato com ele.

─── Como? ─── S/n encarou a mulher incrédula com sua palavras.

─── Ownn, ela acha que é especial, você está apenas sendo usada, pra depois ser jogada fora.

─── Tirem essa louca daqui agora!─── exclamei novamente e meus seguranças obedeceram.

─── Vai me dizer que ele não te levou pra uma ilha linda e maravilhosa? E lá vocês transaram várias vezes, ele fez de tudo pra te convencer a aceitar ir pra cama com ele, te conquistou e tudo mais não foi?

Eu estava surpreso, como essa mulher sabe disso? Ela obviamente está mentindo para deixar minha garota mal.

─── Você... ─── S/n foi interrompida pela garota.

─── E ele também te levou pra casa da vovó não foi?

Eu estava surpresa com tanta informação que ela sabia. Olhei para minha esposa e vi seus olhos marejarem. Droga.

─── Pois é, você não é a primeira, me lembro da última vez que transamos Urrea, você usou tantos brinquedos...

─── Eu não te conheço garota, agora tirem ela daqui.─── disse já impaciente.

─── Me soltem! ─── ela se debateu nos braços dos seguranças. ─── Saiba que você está sendo usada S/n, ele vai te usar como brinquedinho sexual, e daqui a pouco vai estar te usando para transportar as drogas dele. Agora me diz, ele também te chama de princesa?

Vi o quão mal aquilo havia feito a minha mulher. Algumas pessoas olhavam para ela e percebi sua decepção.

─── S/n.─── toquei seu ombro preocupado.

─── Me solta. ─── ela saiu de perto de mim e correu até a saída.

─── S/n volte já aqui! ─── gritei, já era tarde demais. Ela não me deu ouvidos.

Flashback off

Ela pensou que estava sendo usada por mim, quando na verdade era única pra mim. Apenas ela.

Eu estava com uma enorme raiva dentro de mim, mas queria ouvir o resto das coisas que Ryan havia feito.

─── Continua. ─── falei firme pressionando o revólver no seu pescoço. ─── Fala porra! O quê mais você fez?

─── Contratei um ex presidiário para te matar naquela festa. ─── travei meu maxilar lembrando daquele maldito dia. ─── Só que não ocorreu como o esperado.

Flashback on- capítulo 53

── Estou com fome. ─── ela disse fazendo-me sorrir, ela sempre está com fome.

─── Vamos comer alguma...

Fui interrompido por um alvoroço no salão da festa, procurei os garotos com o olhar e não achei.

A única coisa que eu vi foi um desconhecido por mim com um revólver na mão, se aproximando.

Não demorou muito para que ele apontasse a arma para mim e atirasse. Fechei meus olhos esperando tiro e senti o corpo de S/n me abraçar forte.

A bala não atingiu a mim, S/n havia entrado em minha frente, e agora está sangrando em meus braços.

Droga S/n.

Peguei S/n antes que ela caísse no chão, e vi Josh pular em cima do homem que disparou a bala, retirando a arma de sua mão.

─── Segurem ele! ─── gritei.

Coloquei meu olhar em minha esposa que está em meus braços sangrando sem parar, seus olhos ainda estão abertos e ela parecia desesperada.

Eu estava tentando manter a calma, não fiz nada além de estancar o sangue no local do tiro.

─── N-noah. ─── ouvi sua voz fraca e embargada me chamar seguida de um gemido de dor.

─── Oi, eu estou aqui. ─── tirei um pouco do seu cabelo de seu rosto.─── Fique calma.

─── Ok... ─── ela assentiu com lágrimas nos olhos e gemeu novamente de dor. ─── Ok...

─── Irá ficar tudo bem, olhe pra mim, e não feche os olhos. ─── ela assentiu devagar.─── Chamem a porra de uma ambulância!

Flashback off

Só de lembrar o quão angustiante e preocupante foi vê-la em uma cama de hospital, me dá uma vontade enorme de socar a cara de Ryan.

Assim fiz. Atingi seu rosto com vários socos fortes, descontando toda a minha raiva.

─── Eu poderia ter perdido ela! ─── continuei a lhe atingir fortemente sem dó e piedade. ─── Filho da puta!

─── Noah, calma. ─── falou Lamar e eu ignorei totalmente continuando a bater naquele desgraçado.

─── Ela poderia não estar mais comigo, Lamar! A minha menina poderia ter morrido!

─── Mas ela não morreu. Você tem que parar se bater nele, nós precisamos saber o resto da verdade.

Suspirei parando e encarando o rosto machucado de Ryan. Por mais que eu esteja com um ódio enorme, preciso dele vivo para saber a verdade.

─── Prossiga seu idiota. ─── vi ele cuspir sangue e depois me olhar.

─── Você deveria ter morrido naquele dia, mas ela estragou tudo. Então, fui ordenado a tirar ela do caminho, primeiro. ─── me segurei para não voltar a lhe bater com força. ─── E então coloquei uma bomba no carro dela. Só não contava que sua esposa seria idiota o suficiente para emprestar o carro para os malditos pais.

─── Idiota? Você está chamando a minha esposa de idiota? Não é um bom momento pra você se expressar em relação a minha mulher, Ryan. Os únicos idiotas aqui somos você e eu. Você, que tentou tirar o meu bem mais precioso de mim, e eu que fui um idiota por não desconfiar de você. ─── falei sério. ─── Continua.

─── Fizemos você pensar que tudo isso não passava de uma tentativa de vingança do Simon. Para que não desconfiasse de nenhum de nós.

─── E o sequestro?

─── Não tivemos nada a ver com o sequestro. O ponto chave seria o porão. Eu tinha ordens para acabar de uma vez com a sua esposa, e encontrei o porão como solução. Esperei o momento certo, que foi a briga de vocês. Vi o quanto aquilo me seria bom para mim e como eu havia recebido ordens, eu deveria fazer ela pensar que você fosse o culpado de eu tê-la levado para lá. "Ordens do senhor Urrea." Eu não deixei rastros, apaguei as filmagens, fiz de tudo para deixar vocês loucos.

─── Desgraçado! ─── soltei ele da cadeira e o joguei no chão. ─── Como você pode falar tudo isso sem gaguejar? Você é um filho da puta!

─── Noah!

─── Saiam daqui! Todos vocês! ─── eles me olharam. ─── Isso foi uma ordem, porra!

─── Quer que a gente faça o quê? ─── pergunta Krystian.

─── Protejam a minha garota enquanto eu estiver aqui. Só façam isso, nada mais que isso.

Eles assentiram saindo do galpão, e logo ficamos apenas eu e Ryan sozinhos nessa lugar. Eu estava conta tanta raiva, tanto ódio. Eu precisava descontar tudo isso que eu sentia nele, no principal culpado por tudo isso.

─── Eu vou te matar! ─── subi em cima de Ryan que estava sobre o chão e comecei a atingir seu rosto com toda a minha força. ─── Você não poderia ter feito isso. Não tem o menor direito de fazer a minha menina sofrer daquele jeito! ─── com o sangue fervendo em minhas veias, eu o agredi sem dó e piedade. ─── Ela é minha, e o que é meu não pode ser tirado de mim, nunca!

─── Vocês tiraram ela de mim! Tiraram a parte mais doce da minha menina. Tiraram a inocência dela. ─── diminui os golpes conforme sentia meu corpo enfraquecer. ─── Vocês machucaram ela de todas as formas possíveis. Fizeram ela reviver o maior trauma da vida dela. ─── meus olhos estavam marejados. ─── Fizeram o meu bebê sofrer naquele maldito lugar. ─── senti lágrimas escorrem por meu rosto e parei. ─── O meu amor... ela não merecia isso.

Uma dor enorme se instalou em meu peito, essa era uma das maiores dores que senti durante a minha vida toda. Eu sentia como se meu mundo tivesse parado, e não fazia ideia do porquê eu estava sentindo tudo isso se ela está bem agora.

Chorei intensamente e sai de cima de Ryan, caminhando para né apoiar na parede.

A minha linda menina sofreu tanto. Só de imaginar outra vez o terror que ela passou naquele lugar, e o pior ainda, pensando que eu havia feito aquilo.

Eu jamais faria isso, ela deveria saber. Nunca em toda a minha vida eu faria o meu amor sofrer assim. Não sou um monstro. E eu a amo, sempre amei. E mesmo que não amasse. Nunca faria com um ser humano tão bom como ela.

─── Nós sabíamos que esse era o seu ponto fraco. ─── Ryan disse com uma voz falha.

Eu enxuguei minhas lágrimas e caminhei calmamente até ele.

─── Vão todos morrer. ─── afirmei o encarnando com ódio. ─── Um por um. E eu só vou parar quando minha mulher estiver segura.

─── Ela nunca vai estar segura, Noah. Você sabe que ao seu lado ninguém está seguro. Primeiro foi a Bonnie. Vai querer perder ela também?

─── Eu não vou perdê-la, Ryan. ─── eu sorri. ─── Vou lutar por ela até o meu último suspiro, até meu último segundo de vida.

─── Ele vai matar você. Não importa o quê aconteça. Ele disse que você não vai sair vivo dessa história, Noah.

─── É aí que você se engana. ─── eu ri. ─── Vou viver porque eu tenho uma motivação. Ela me torna forte e fraco ao mesmo tempo. Só depende da ocasião. Ela vai me tornar forte quando eu estiver fazendo o cretino por trás de tudo isso, implorar por vida.

Peguei Ryan e o coloquei outra vez na cadeira, amarrei seus braços e pernas com uma corda, fazendo um nó apertado.

─── Você vá ficar aqui, Ryan. Vai esperar o dia da sua morte chegar.

(...)

─── Onde você se meteu? ─── questionou S/n que estava deitada na cama. ─── Está atrasado, são quase dez horas da noite.

─── Perdoe seu marido. ─── ela cruzou os braços me encarando. ─── Mas eu trouxe algo pra você. ─── mostrei a ela uma sacola.

─── O que é isso? ─── entreguei a ela a sacola e vi ela abrir rapidamente.

─── Chocolate e alguns salgados.

─── Obrigada, Noah! Eu estava mesmo com fome. ─── ela sorriu. ─── Mas isso não anula o fato de você ter demorado pra chegar.

─── Eu tinha coisas muito importantes pra fazer, mas agora estou aqui com você. ─── me sentei na cama ao seu lado. ─── É isso que realmente importa não é? ─── me aproximei e beijei seus lábios. ─── Você está bem?

─── Sim, muito bem. ─── Ela abriu um chocolate e mordeu um pedaço. Depois sorriu e levou o chocolate até a minha boca, eu comi o restante e sorri para ela. ─── E você?

─── Estou muito bem também. ─── eu sorri. ─── Só um pouco cansado. Vou tomar um banho e venho ficar com você ok? ─── Ela assentiu e eu deixei um beijo calmo em seus lábios.

Fui tomar o meu banho, demorei mais do que o esperado, eu estava cansado e a água morna me fez relaxar aos poucos.

Sai do quarto e caminhei até o closet onde encontrei minha mulher apenas de lingerie, e ao me ver ali ela corou envergonhada.

─── Foi mal. ─── me virei de costas e ela riu.

─── Você pode olhar... ─── ela disse tocando meu ombro.

─── Não te incomoda?

─── Você já me viu assim antes. Por que eu iria me incomodar?

─── Você está um pouco estranha. ─── olhei em seus olhos e ela abaixou o olhar. ─── Tem algo que queira me contra, princesa?

─── Eu posso ter lembrado de mais um coisa. ─── ela disse e eu fiquei sério, me preocupou saber disso, mas ao mesmo tempo é incrível.

─── Sério? ─── ela assentiu sorridente. ─── E como foi?

─── Lembrei de um momento em que nós dois... bom...

─── O quê?

─── Estávamos em um avião. E foi um momento em que você foi pervertido. ─── eu suspirei de alívio. ─── Você é muito safado sabia? Eu ri muito quando lembrei disso. ─── Eu gargalhei.

─── Você lembro de um de nossos momentos íntimos? ─── ela assentiu colocando as mãos no rosto e eu ri. ─── Isso significa que sua memória está voltando aos poucos, isso é muito bom princesa.

─── Sim, você tem toda razão. ─── ela sorriu.

─── Me diz quando você se lembrar de mais alguma coisa tá? ─── ela assentiu.

Caminhamos até o banheiro e escovamos o dentes juntos. Estávamos agora no closet, S/n passa um hidrante em sua pele e eu apenas arrumo a bagunça que o Lucky havia feito.

─── Praga. ─── resmunguei. ─── Comeu um dos meus sapatos.

─── Ele só estava se divertindo. ─── ela disse me abraçando por trás. ─── Ele é só um neném, pega leve com ele.

─── Eu tento ensinar a ele o que pode ou não fazer, mas ele não colabora. ─── falei após terminar de arrumar meus sapatos.

─── Ele vai aprender algum dia. ─── ela me apertou em seus braços e passou as mãos pelo meu peitoral acariciando. ─── Eu te amo, Noah.

─── Eu te amo mais. ─── falei me virando para ela e levando uma das minhas mãos até seu rosto, distribuindo um carinho.

S/n sorriu e aproximou nossos lábios, e então iniciou um beijo calmo e doce, me permitindo sentir a maciez de seus lábios. Segurei em sua cintura e puxei seu corpo para perto do meu.

Sua mão pousou em minha nuca deixando o beijo mais intenso e quente. Mal percebi quando ela me guiou até a nossa cama, e parou o beijo me olhando nos olhos. Senti sua respiração próxima e novamente ela uniu nossos lábios em um beijo quente e desesperador.

Lentamente ela nos deitou na cama, ficando por cima de mim. De repente eu não sentia mais nada. Eu estava nervoso e isso era estranho.

─── Amor... ─── murmurei enquanto sentia seus lábios em meu pescoço.

Ela me olhou e então sorriu, mas não percebeu que eu estava chamando sua atenção. Então ela prosseguiu, até que senti suas mãos em minha calça, droga ela quer isso.

─── Amor, eu acho que...

─── Eu quero isso, Noah. ─── Ela disse. ─── Quero você, amor.

Ela me chamou de amor, e isso me fez querer sorrir, mas não eu não estava bem com isso.

─── S/n, por favor pare. ─── Eu pedi e foi quando ela entendeu e se afastou.

─── O quê houve?

─── Você realmente quer isso? ─── ela suspirou.

─── Sim, eu quero. E quero muito. ─── ela colocou sua mão em meu rosto e acariciou. ─── Isso pode aprofundar mais a nossa relação, podemos criar uma intimidade maior. Voltaremos a ser o mesmo casal de antes e...

─── Não. ─── eu ri. ─── Nós nunca voltaremos a ser o mesmo casal de antes S/n. ─── A tirei do meu colo calmamente. ─── Você não consegue compreender que tudo mudou? Você não precisa tentar fazer com que tudo volte ao normal.

─── Eu só quero que tudo volte ao normal, quero ficar perto de você. ─── ela disse calmamente. ─── Está sendo tão difícil me acostumar com tudo isso, mas eu quero que tudo fique bem, quero que a minha vida volte a ser como era antes. Não quero ficar parada enquanto espero minhas memórias voltarem.

─── Exatamente! ─── eu exclamei. ─── Suas memórias não voltaram!

─── Você não precisa me lembrar disso, Noah. Eu só queria... ─── ela suspirou abaixando o olhar. ─── Melhorar a nossa relação.

─── Com sexo? ─── Eu ri.

─── Não Noah. ─── ela franziu o cenho e negou com a cabeça. ─── Com amor.

─── Eu não estou preparado. ─── comprimi os lábios.

─── Eu entendo, tá? ─── ela pegou em minha mão e entrelaçou na sua. ─── Você só não precisa me chutar assim. É só conversar comigo.

─── Eu sei disso. ─── suspirei acariciando sua mão.

─── Não precisamos fazer isso. ─── ela sorriu tentando me tranquilizar. ─── Eu só achei que talvez fosse um bom momento já que nós estávamos indo tão bem.

─── É difícil pra mim. Você mal se lembra dos momentos que tivemos juntos. ─── levei minha mão até seu rosto e acariciei enquanto sorria olhando em seus belos olhos. ─── Eu não quero de maneira alguma te machucar, muito menos fazer com que você sinta que estou te usando.

─── Eu jamais pensaria isso, Noah.

─── Você voltou pra mim, eu preciso de mais tempo para me acostumar. Tenho medo de que não seja a mesma coisa quando acontecer. E se você não sentir mais as sensações que eu te causava? E se você não se sentir bem?

─── Eu vou me sentir bem, amor. Eu sempre me sinto bem com você, Noah.

─── Amor, desculpa. ─── falei baixinho. ─── Eu não consigo fazer isso ainda, entende? Não se trata apenas de sexo, agora.

─── Eu te entendo, ok? ─── Ela deixou um beijo calmo em meus lábios.

Eu não sei, mas algo me impede de levá-la para cama e fazer o que ela tanto deseja. Não me sinto preparado. Sinto que posso estar usando ela.

Perdoem os erros, não revisei esse capítulo, qualquer coisa eu arrumo depois;)

Quem aí está morrendo a espera de um hot??

Quando ela lembrar de TUDO, só EU pra juntar esse casal novamente✋

A pergunta que não quer calar, quem é que está infernizando a vida desse casal???

Qual o apelido que vocês mais gostam??? Eu: minha menina. Juro gente não dá, eu me derreto todinha!

Vão dar uma olhada nas minhas outras histórias!<3

Clica na estrelinha aí, pleasee🤍

Continua llegint

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