Entrei dentro da linda casa me deparando com uma mesa a luz de velas, e o dono da resistência elegantemente vestido de um terno preto.
-perfeito. - meus olhos se revezaram entre a mesa e o dono dela.
-não preciso dizer o óbvio a você... - aproximou-se. - mas, você está linda, amor.
-digo o mesmo. - sorri.
Levou-me até uma cadeira. nos sentamos um perto do outro sem quebrar o contato visual. Jantamos, bebemos vinho, e até dançamos juntos já que ele também gostava de jazz... sinceramente, cada dia que se passava eu me impressionava mais com enzo. ele è um homem tão engraçado, charmoso, e sabe conversar.
-então, você gosta de viajar? - dei uma gargalhada.
-se não fosse ficar preso todos aqueles anos, pode ter certeza que eu já teria conhecido todos os países que existem. - colocou sua mão em minha nuca.
-ainda da tempo. - analisei seu corpo.
-prefiro fazer uma viagem rápida. - puxou meu corpo de encontro ao seu fazendo-nos ficar colados. - pro meu quarto.
Tive vontade de sorrir, mas o que eu realmente fiz foi beijar sua boca com tanta pressa parecendo que eu estava sem beijar por séculos! E ele respondeu a altura. Isso me deixou confortável por saber que tudo era recíproco.
~
Acordei sentindo um braço me apertando levemente, e quando olhei para o lado me deparei com lorenzo dormindo feito um anjo, só parecia mesmo, porquê na cama ele è um demônio. Dos piores, e eu claramente adorei seu outro lado. Tirei sua mão com cuidado para não acordar ele que dormia profundamente, então, em velocidade vesti minha roupa querendo sair de fininho.
-vai fugir de mim? - sua voz rouca fez minha alma sair e voltar ao meu corpo em menos de dois segundos.
-não queria te acordar, amor. - sorri sem graça olhando para ele que já estava parado em minha frente totalmente nu, e o engraçado è que ele não parecia ter um mínimo de vergonha na cara.
-vou acreditar. - me deu um selinho demorado. - eu sei que você não quer compromisso e nem vou forçar você a fazer algo que não queira, mas, quero que saiba que vou estar aqui.
-obrigada. - por impulso lhe dei um abraço super apertado.
Voltei para minha casa temporária querendo apenas relaxar um pouco durante o dia, só que não possível porquê senti algo atrás de mim assim que pus os pés na mansão.
-noite longa. - lá estava o dono da voz, com a cara emburrada e um copo de uísque em mãos.
-bebendo essa hora? - me aproximei pegando seu copo e bebendo o resto de uísque que tinha nele, pelo menos não iria desperdiçar bebida. - não são horas para você tá bebendo.
-não tenho horas para beber, aliás, passei a noite aqui nessa sala. - ficou poucos centímetros do meu corpo. - te esperando chegar.
Meu coração se acelerou. eu tentava falar algo só que era quase impossível, e sua feição magoada me deixava ainda mais tensa do que deveria.
-não faz isso. - passei a mãos por meu cabelo.
-não fazer o que?
-só para! - fui rude virando-me de costa para o híbrido, contudo, infelizmente, ele apareceu em minha frente.
-laura... - olhou em meus olhos respirando pesado. - não me deixa.
-você que me deixou. - desviei meu olhar do dele.
-nunca... - colocou sua mão em minha nuca. - nunca vou te deixar.
-preciso ir. - tirei sua mão de perto de mim indo em direção a escada. - mas, vai se banhar primeiro, colocar um roupa confortável, e tentar dormir porquê você tá péssimo.
Lhe dei um sorrisinho de lado ainda subindo as escadas com rapidez. Não adiantava, eu sempre iria me preocupar com o bem estar desse maldito híbrido de olhos azuis que me fascinam a todo momento, que me deixam totalmente confusa sobre meus sentimentos.
~Alguns dias depois...
Minha amiga loira estava maluca por causa da sua festa aqui no quartel. as vezes eu pensava que rebekah era de outro mundo, pois ela tem mil anos de idade mas age como uma garotinha de quinze.
Então, para um balada na mansão, optei por um vestido colado em meu corpo que ficava na metade da coxa, ele era preto, tomara que caia, deixava bastante visível minhas curvas, e esse era meu maior propósito.
-vulgar. - rebekah falou assim que colocou seus olhos em mim.
Senti o olhar de klaus queimando cada lugarzinho que ele conhecia muito bem, só que não dei a menor importância, eu estava de boa com enzo, nada sério, porém, construindo algo que poderia evoluir mais na frente.
-velha. - retruquei a loira que fez uma careta.
-nessas horas sinto saudades de quando mulheres usavam vestidos até o pés. - aurora me fitou com um pouco de desdém em seu tom.
-oh, deus. - revirei meus olhos. - pode usar um, se quiser posso ir em meu quarto pegar uma roupa de freira que comprei no brechó. - arqueei a sobrancelha recebendo como resposta um passo ameaçador.
-como ousa? - rosnou.
-não tenho medo de você, aurora. - tentei ao máximo controlar minha raiva para não deixar visível a cor de meus olhos e ela descobrir o que eu realmente sou.
-parem! - klaus interferiu.
Minha vontade era de voar no pescoço dela e deixar minha marca, uma mordida de lobisomem, só que graças aos céus eu fui presenteada com um homem muito lindo que chegou chamando toda minha atenção, e, obviamente, dos demais.
-perfeita... - falou puxando minha cintura de encontro ao seu corpo. - como sempre.
-até que você sabe se arrumar. - dei um sorriso bobo para o moreno que não parava de me analisar atraindo olhares indesejados de um certo híbrido que podia escutar rosnando.
-vamos pegar um drink? - murmurou no meu ouvido.
-claro! - virei meu olhar para meus amigos fazendo a egípcia por ter que sair de perto deles, só que era necessário porquê meu outro amigo havia chegado e não podia deixá-lo sozinho já que quem chamou foi eu. - já volto. - olhei para o híbrido.
-não se dê o trabalho. - revirei meus olhos tentando conter minhas emoções a flor da pele. Klaus realmente não tinha limite, sempre conseguia me deixar sem jeito na frente de lorenzo com esses ciúmes desnecessário.
Puxei pela mão do britânico o levando até o bar, e de lá ficamos por longo tempo bebendo, conversando, tudo que sempre fazemos quando estamos juntos. Mas o ruim de toda história era que o loiro não parava de me olhar por um segundo, mesmo com sua esposa ao lado.
-acho que eu vou indo. - falou colocando seu corpo de uísque em cima do balcão.
-não, por favor, enzo. - segurei seu braço.
-eu estou aqui com você, e você tá lá naquele híbrido, enquanto ele tá com a mulher dele. - debochou. - não quero ser segunda opção.
Saiu furioso me deixando sozinha e com a consciência pesada por ter agido dessa maneira com alguém que sempre me trata tão bem, mas do que o próprio klaus. as vezes acho que sou culpada por minha infelicidade. Passei todo tempo no bar, virando incontáveis copos de uísque puro, hoje eu queria esquecer até meu próprio nome, mesmo sendo um pouco difícil por ser vampira.
-Laura?! - escutei uma voz, e rapidamente virei meu olhar vendo um homem de cabelos castanhos claros, olhos esverdeados, alto, bonito, e meu lado controladora sumiu no mesmo instante.
-desculpe, eu te conheço? - perguntei analisando seu corpo minuciosamente sem nenhuma vergonha na cara.
-sou o cara do pântano, o que você ajudou daquele dia quando nosso alfa morreu. - sentou-se ao meu lado.
-oh, sim... - fiquei corada. - me lembro de você, como poderia me esquecer de um rostinho desse?
-obrigada... - sorriu sem graça. - eu acho.
Essa era minha hora, a hora de praticar minhas aulas de teatros. Levantei-me de cadeira com dificuldade e quando pus meus pés no chão levei uma queda quase que tacando a cabeça no piso se não fosse o cuidadoso rapaz que segurou meu corpo com a maior delicadeza do mundo.
-ain... - choraminguei. - acho que não consigo me mover.
-você ta bebada demais. - deu impulso fazendo-me agarrar sua nuca.
-preciso que me leve até meu quarto, porquê se depender de mim não vou conseguir chegar lá nunca.
Ele ficou receoso no começo só que depois de muita insistência me levou, e graças a Deus, não atraímos olhares de ninguém. Tudo foi uma cena minha para poder tê-lo essa noite, eu estava com raiva, com muito ódio de mim mesma, e nada melhor que descontar na cama com um desconhecido, assim pouparia de me explicar no dia seguinte.
-por favor, fique. - falei manhosa.
-não posso, você tá um pouco... alterada.
-não estou.
E sem permissão pulei em seu pescoço beijando sua boca com toda minha fúria. a verdade é que eu queria mordê-lo, sugar seu sangue não deixando restar nenhuma gota, só que eu precisava me controlar e apenas me satisfazer com esse corpinho a noite inteira me enchendo de prazer até gozar e mandá-lo embora.
Sinto um braço na minha cintura com firmeza, meus olhos automaticamente encontram um rosto incomum do qual eu não estava acostumada. Com um pouco de dificuldade fui me lembrando da noite passada; a briga com enzo, minhas rodadas de uísque, meu teatro fingindo sentir dor, e a noite maluca que tive com esse homem. Pulei da cama fazendo-o acordar na mesma hora por causa do impacto.
-você... - sacudi seu corpo. - precisa ir embora agora.
-mas tá cedo. - resmungou sonolento.
-se klaus te pegar no meu quarto ele vai arrancar teu pescoço fora e depois o meu por tá com um desconhecido na casa dele. - senti-me na cama com a mão na cabeça.
-meu deus. - agora foi sua vez de pular da cama com o medo visível em seus olhos. - ele vai me matar.
-cala boca. - ordenei. Com minha audição de vampira pude escutar vozes lá em baixa, então presumi que a família estava em casa, infelizmente. - vou fazer um feitiço em você para ficar invisível por algum tempo até você conseguir sair da mansão, ok?
-você literalmente vai realizar meu sonho de ser invisível. - disse animado me fazendo revirar os olhos e soltar um sorriso fraco.
Sem nenhum esforço fiz o feitiço e ele ficou invisível, então o mandei me seguir para não errar o caminho ou tropeçar em algo, pois, os mikaelson são bastante inteligente e provavelmente notariam a presença desse menino. Descemos as escadas com ele atrás de mim, e lá estava klaus e rebekah conversando sobre qualquer coisa que não me interessou no momento. Mas, suas atenção foi voltada para mim quando o maldito diego tropeçou em algo e acabou esbarrando em mim fazendo-me quase que cair no chão se não fosse o corrimão da escada.
-hey... - falei me levantando do degrau com dificuldade por causa do impacto.
-você tá bem? - rebekah sorriu.
-ótima. - falei alto para o lobo me escutar, e então continuei meu caminho até a porta do quartel onde desfiz o feitiço assim que pus meus pés do lado de fora.
-wow... - praticamente gritou. - isso foi tão legal, adoro adrenalinas.
-para com isso! - apontei meu dedo em seu rosto. - por pouco você quase foi morto por um psicopata.
-eu sei, mas não deixa de ser legal. - sorriu.
-tchau, diego. - respirei fundo virando-me de costa ao menino que apenas sorriu de lado seguindo seu caminho para qualquer lugar longe da mansão, o que, agradeci mentalmente.
-tá melhor? - Klaus perguntou.
-acho que foi a bebida. - sentei-me no sofá.
-sei bem como tá se sentindo. - falou divertido.
Olhei em seus olhos azuis que brilhavam intensamente em minha direção.
-preciso ir, tenho uma bagunça para organizar. - bufei.
Sem esperar resposta alguma, subi as escadas indo direto para o banho. Eu tinha que conversar com enzo, tentar me acertar com aquele homem que tava em minha cabeça todos os segundos.
*votemmm!!!