Aquele Garoto

By autorasue_

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[CONCLUÍDA +16] Liz Jones é uma garota de 17 anos que está passando por uma adolescência um pouco conturbada... More

Capítulo 01 e Aviso
Capítulo 02
Capitulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capitulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capitulo 19
Capitulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Epílogo
Agradecimentos
Especial de Natal

Capítulo Especial

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By autorasue_

Thomas Beaumont

   Pela quarta vez no ano estamos nos mudando, eu particularmente não gosto mais disso, visto que todas as vezes sempre é pra um lugar longe. Antes eu achava isso um máximo, conhecer novos lugares, pessoas e novas culturas, mas agora eu acho uma tremenda chatice e bastante cansativo.

  Queria ter ficado em Nova York ou até mesmo ter ficado em Londres com a minha avó. Vivemos trocando de casa e isso de um certo modo é um tedio, perdi as contas de quantas vezes eu já troquei de casa, morei em Londres, Canadá, Suíça, Noruega e estávamos em Nova York, agora estávamos indo para uma cidade que eu nunca vi falar, já tinha me acostumado com a nossa antiga casa e agora tenho que acostumar com casa nova, bairro novo, pessoas novas e escola nova.

  Eu estou ficando cansado de ficar mudando de casa, país e bairro o tempo todo, tive que deixar tudo pra trás inclusive os meus amigos.

   Encosto a cabeça no ombro da mamãe, estou com sono e cansado de ficar sentado e também exausto dessa viagem, além de está exausto a minha febre não ajuda e nem a dor de cabeça.

   Ontem eu vim pra cá sem eles saberem, queria saber onde eu iria morar, mas quando estava voltando para Nova York uma chuva muito forte me pegou e como não estava de carro e sim de moto, nem levei capa protetora fiquei todo molhado e agora estou gripado.

   Além de ter pegado aquela chuva toda quase atropelei duas pessoas que estavam perto da praça, espero que não tenha machucado ninguém já que estava em alta velocidade.

  Pelo que eu conseguir observar que é um lugar bastante tranquilo, totalmente diferente de Nova York.

— Como está se sentindo filho? A febre passou? — a mamãe perguntou colocando a mão na minha testa.

—  Estou sim. — menti, eu estou péssimo quero dormir. —  aliás, não tinha necessidade de me fazer usar máscara. Estou ficando sufocado.

— Às vezes você exagera. — disse o papai, deixando o notebook de lado e nos encarando.

— Não é exagero, mas sim proteção. — sorriu pra mim e passou as mãos nos meus cabelos, fazendo com que o papai bufasse.

— Quando tempo vamos ficar nesse hotel? — pergunto mudando completamente o assunto.

—  Até a reforma da nossa casa ficar pronta, é um bom tempo para fazer negócios com o Shaun e o Daniel. —  torço para que o Shaun ou o Daniel não tenha uma filha da minha idade se não o papai vai querer me jogar pra cima da menina, como já fez outras vezes.

  Levantei a manga do moletom porque mesmo com o ar condicionado eu comecei a suar, deve ser efeito daqueles remédios que a mamãe me deu, quando o papai olhou as minhas tatuagem a sua feição mudou completamente.

Droga!

— Cubra as tatuagens, Thomas. —  bufei e nem liguei. — quero que me olhe quando eu estiver falando! — gritou e a mamãe fitou o meu pai e me abraçou, ela sempre faz isso quando o tempo fecha. — É por isso que seu filho é mimado desse jeito.

— "Seu filho?" Ele é seu filho também ou acha que eu fiz ele com dedo? — sorri e o papai já estava ficando vermelho.

  Sempre as minhas tatuagens são motivos de brigas, por conta de um padrão daquele maldito escritório tenho que sempre manter as minhas tatuagens escondidas, seja pelo terno ou por maquiagem, só achei que isso não ia dar esse rebuliço todo.

   Às vezes eu esqueço de cobrir ou esqueço de tirar a maquiagem e sempre ele briga, nada fica do agradado dele e nada que eu faço é suficientemente para deixá-lo orgulhoso.

  Passei as mãos pela gola do moletom procurando pelos os óculos escuros, mas eles não estavam devo ter jogado dentro da mochila, uso ele quando estou com muita olheiras e nem maquiagem resolve.

— Agora precisamos entrar.

  O papai desceu e logo em seguida a mamãe foi junto, respiro fundo, aquela máscara está me deixando ainda mais agoniado, já não basta o meu nariz ficar entupido. Eles tiraram as malas que estavam no carro, eu estou sem força pra levantar, o meu corpo está mole, só quero ficar deitado.

  A mamãe ficou parada esperando que eu descesse, balanço a cabeça em sinal de que iria ficar no carro por mais alguns minutos ou até o meu corpo ter forças pra levantar. Isso de uma certa forma é frustrante.

— Você vem, Thomas? — ouço a voz do papai entrando no carro novamente.

— Podem ir, vou depois de vocês.

  Ele assente e assim que fechou a porta, tiro a máscara finalmente respirando direito, mas se eu não sair agora não irei sair daqui tão cedo e por causa dos remédios vou acabar dormindo aqui e as únicas forças que eu tenho vão desaparecer a qualquer momento. Pego a mochila que estava no banco e saio do carro.

  Ver o hotel ao vivo e as cores me deixou de queixo caído, é ainda maior e impressionante do que a foto que o Shaun e Daniel mostraram pra nós, ajeitei a alça da mochila, mas através dos vidros eu pude ver que o papai e a mamãe já estavam indo em direção a recepção.

   Tentei andar o mais rápido que pude, mas a grandeza desse hotel me deixou impressionado, pelo menos aqui poderei esquecer que vivo sob pressão, esquecer da empresa, talvez poderei viver como um adolescente da minha idade, por alguns dias ou algumas horas.

  Assim que me aproximei deles, encostei a cabeça no ombro da mamãe quase caindo em cima dela, a mamãe meio que virou um travesseiro, fico me encostando nela quase toda hora.

— Boa tarde, reservas nos nomes de Nicholas Beaumont e Thomas Beaumont — o papai disse.

  Assim que tirei a cabeça do ombro da mamãe, mirei na minha frente uma garota, apresentava ter uns 17 anos, seus cabelos castanhos claros e ondulados estavam soltos. Tentei não ficar olhando diretamente pra a garota, para não deixá-la desconfortável, mas era meio impossível não ficar olhando.

  Tentei ver o seu rosto, mas ela estava de cabeça baixa e também tentei ler o seu nome no crachá, mas eu tenho uma péssima visão e também não conseguir ver. Ela mexia rapidamente no computador e ela parecia está nervosa, as suas mãos tremiam quando pegou os cartões dos quartos e ela respirava profundamente, provavelmente deu ser o primeiro dia, já que está tão nervosa assim.

   Enquanto eu olhava discretamente a menina a minha frente à Juliana apareceu do nada e quando a garota iria entregar os cartões a Juliana segurou a mão dela, eu tinha escutado uma conversa da Juliana com o meu pai e o Daniel, pelo que eu entendi ela fica encarregada pela administração do hotel quando o Shaun e o Daniel não estão presentes.

— Sr.Beaumont é uma grande honra receber o senhor e a sua família no nosso hotel... — enquanto a Juliana falava sobre como estava honrada por nos receber no hotel, eu nem prestei a atenção porque quero ir dormir e ela fica enrolando.

  A menina levantou a cabeça me deixando ver o seu rosto, era tão lindo, seus olhos eram tão castanhos que parecia o próprio mel, seus lábios eram rosados e finos, as sobrancelhas finas se franziram quando a mamãe se aproximou do papai e encarando a Juliana com um olhar mortal, pense numa mulher ciumenta com esse velho ranzinza.

  Os lábios da garota se transformaram em um lindo sorriso, caramba que sorriso bonito, mordi o lábio inferior e baixei a cabeça, ainda bem que estou de máscaras, assim ela não percebe o quanto aquele sorriso me deixou com borboletas no estômago. Coloquei as mãos na cintura e o meu pai a fitou, assim como ele faz comigo quando está estressado ou quando nada sai como esperado.

  Ele tem um olhar tão ameaçador e intimidador que deixa qualquer um com medo, até mesmo eu, e olha que eu já enfrentei ele várias vezes. A única pessoa que ele não lança esse olhar é pra mamãe, ainda bem porque a mamãe iria voar no pescoço dele como já fez uma vez.

— Mocinha, você está com algum problema? — perguntou encarando-a, eu também encarei ela, queria ouvir o som da sua voz.

  O seu rosto rapidamente ficou pálido, na verdade branco, todo aquele bronzeado de suas bochechas tinha sumido, ela ficou parecendo um papel de tão branca, acho que ficou sem jeito pela forma como o eu e papai a encarou, não julgo, eu também ficaria.

— Não senhor, eu estou ótima. —  respondeu. A sua voz era doce, como imaginei. Ela ainda estava nervosa e engoliu em seco, ainda olhando para o papai.

— Ótimo.

   Até tentei prestar atenção em alguma coisa que ela falava, mas a minha atenção ia para a recepcionista que parecia está ficando entediada com esse discurso todo da Juliana, não era só ela, eu também já estava e também tonto com tantas informações.

  Fiz uma tosse falsa, bem, era para ser, mas acabei tossindo de verdade. A Juliana se afastou da bancada e deixou a menina fazer o trabalho dela, ela pegou os cartões que estavam perto do teclado e entregou para o papai, as suas mãos ainda tremiam muito.

— Tenham uma ótima hospedagem e sejam bem vindos. — disse, pego o cartão do meu quarto das mãos do papai e coloco no bolso da calça.

— Obrigada... É....Obrigada, Liz Jones. — a mamãe sorriu e eu agradeço por ter enxergado o nome dela, porque eu não consegui ver.

Liz Jones, então esse é o nome dela, um nome bonito por sinal.

  Caminhamos em direção ao elevador, enquanto o papai ia de braços cruzados com a mamãe, eu fiquei pra trás, queria tirar a máscara o quando antes pra mim respirar direito e o meu nariz estava coçando porque também queria espirrar.

  Parei no meio do caminho e virei para trás em direção a bancada e observando, na verdade eu estava decorando cada detalhe da Liz pra não esquecer. Assim que os seus olhos se encontraram com os meus, senti uma sensação estranha, o meu coração acelerou, meu corpo ficou gelado e engoli em seco. Ela ficou sem jeito e virou o rosto para a frente.

  Sorri pela forma como virou rapidamente, coloquei as mãos no moletom e caminhei em direção ao elevador, talvez essa decisão de vim pra cá foi umas das melhores decisões que o meu pai tomou em toda a vida dele.

  Ajeito a mochila e entro no elevador, me encosto na mamãe e tiro a máscara recebendo um olhar ameaçador por ter feito isso, finalmente conseguindo respirar, ignorei completamente os sermões da mamãe e fitei o meu reflexo no espelho do elevador.

—  Liz Jones. — repeti mentalmente para não esquecer e balancei a cabeça sorrindo.

Eu me encontro assim:

Oieee meus amores, quanto tempo hein?
Meu Deus eu estava com tantas saudades dessa história, Thomas tem o meu coração e ele sabe disso kskskskk❤
Gostaram da surpresa??

Então, eu queria agradecer a todos por terem tirado um tempinho do dia corrido para dar uma oportunidade de conhecer os meus personagens e a história. Muito obrigada pelos 10K e pelos 11k que bateu em menos de alguns minutos atrás!❤

Me perdoem pelos erros ortográficos, aconteceu tudo tão rápido que eu nem tive tempo de revisar o capítulo direito ksksksk.

Não esqueçam de deixar as estrelinhas e até a próxima!❤
Aaa leiam Com amor, Aaron e Um Natal Para Recordar, são minhas outras obras que também estão disponíveis aqui no Wattpad. :)

Conheça minha outra obra:

• Cartas da Cinderela

Muito obrigada e se cuidem! Gratidão!❤

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