A Sucessora do Fogo [A Editar]

بواسطة BiancaSSC

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Onde os elementos não são o que conhecemos mas sim o que somos. Depois do trágico acidente que leva os pais e... المزيد

Nota de Autora
«Prólogo»
«Capítulo 1»
«Capitulo 2»
«Capitulo 3»
«Capitulo 4»
«Capitulo 5»
«Capitulo 6»
«Capitulo 7»
«Capitulo 8»
«Capitulo 9»
«Capitulo 10»
«Capitulo 11»
«Capitulo 12»
«Capitulo 13»
«Capitulo 15»
«Capitulo 16»
«Capitulo 17»
Capitulo 18
PEDIDO DA AUTORA
Capitulo 19
Capitulo 20
Capitulo 21
Capitulo 22
Capitulo 23
Capitulo 24
Capítulo 25

«Capitulo 14»

5.2K 413 15
بواسطة BiancaSSC

Quando por fim chegaram às grandes portas de madeira da sala de reuniões, pararam à frente delas por alguns momentos para se prepararem, mentalmente, para o interrogatório que não seria nada fácil para nenhum dos dois.

- Pronta?- perguntou Kyle apertando-lhe a mão em sinal de apoio.

Viviana só pode assentir com a cabeça à pergunta dele. Na verdade não estava com medo, estava mais receosa do que propriamente assustada. Embora soubesse que seria difícil o que se seguiria, não era mais fácil mentalizar-se, ter que voltar a lembrar-se daqueles momentos aterrorizantes que constantemente atreviam-se a rodopiar nos seus pensamentos e conta-los em voz alta parecia que os faziam demasiados reais outra vez. Além disso ela também sabia que assim que contasse tudo o que tinha acontecido, teriam que pensar no que fazer para impedir os planos daqueles que os raptaram. O problema era que ela não fazia ideia de quais seriam esses planos.

Kyle também não estava mais preparado do que ela, e para ele seria mais difícil depois do que eles lhe tinham feito, mas mesmo assim o medo dentro dele não o impediu de avisar que estavam ali antes de entrarem na sala juntos.

- Vejo que já acordaram.- disse Amanda levantando-se da sua cadeira e indicando as duas cadeiras vazias na mesa.- Sentem-se, por favor. Estão melhores?

Viviana e Kyle avançaram juntos para as cadeiras e só separaram as mãos para cada um puder se sentar, mas assim que se sentaram Viviana não pode evitar segurar na mão de Kyle que estava em cima da mesa. Ele não se pareceu importar já que tirou a mão debaixo da dela só para a colocar por cima e apertá-la dando um sorriso para a Viviana.

Quando Viviana se virou para a frente deu de caras com os olhos azuis quase translúcidos do Harry que a fitava cuidadosamente, ela lembrou-se de quando Harry dissera que um dos seus dons como Sucessor do Ar era conseguir ver a cor das almas das pessoas e a partir da cor descobrir o que a pessoa estava a sentir. Viviana não duvidava que a sua alma devia estar cheia de cores o que a tornava confusa, ela própria não sabia realmente como se estava a sentir. Sentia-se feliz por como a sua relação com Kyle estava a evoluir, sentia-se aliviada por terem ambos conseguido fugir daquele sítio horrível, sentia-se com raiva das pessoas que lhes tinham feito mal, sentia-se com medo que algo daquele género voltasse a acontecer... sentia demasiadas coisas para conseguir relaxar.

- Devemos chamar a Camila?- perguntou Amanda.

- Eu não quero que ela oiça o que eles me fizeram.- disse Kyle com um olhar sério.- Ela já sofreu demasiado.

- Podemos chamá-la depois?- perguntou Viviana.- Eu preciso de falar com ela.

- Claro. Mas ela vai acabar por saber o que se passou contigo, Kyle.- disse Amanda fitando-o.- De certeza que não a queres chamar agora?

- Tenho a certeza. Embora ela saiba que eles me... torturaram... ela não precisa de saber isso ao pormenor.- disse Kyle apertando a mão da Viviana com mais força. Viviana apertou-lhe também a mão em sinal de apoio.

- Têm perguntas, não têm?- perguntou Viviana pondo-se mais direita.- Podem começar com elas. Será mais fácil assim.

- Como é que eles te levaram?- perguntou Bryan falando pela primeira vez com um tom sério tomando obviamente a liderança daquela interrogatório.

Viviana engoliu em seco e começou a relatar a sua ida até à cidade, de como as pessoas ficaram com a sua presença, do grupo de pessoas que se destacava da multidão, do seu regresso pela floresta, o seu encontro com Colin e mais tarde com o amigo dele.

- Espera, espera.- riu Bryan.- Tu partiste-lhe o nariz?

- Ele queria raptar-me, tinha que fazer alguma coisa.- disse Viviana em sua defesa corando, corou ainda mais quando as gargalhadas de Kyle juntaram-se às do Bryan.- Não se riam! Tive que me defender.

- E eu não poderia estar mais orgulhoso.- disse Kyle ainda a sorrir.

- Continuando...- disse Viviana aclarando a voz.- Eles acabaram por me encontrar e o Colin disse para eu confiar nele, que ele me iria ajudar, mas antes de eu poder decidir se havia de confiar nele ou não, o amigo dele chegou e eu desmaiei. Quando acordei já estava naquele sítio.

Todos pareciam pensar em tudo o que ela tinha acabado de dizer. Até que Amanda perguntou:

- Mas como é que conseguiste sair de lá de dentro?

- Foi o Colin.- explicou Viviana começando a narrar tudo o que aconteceu até ter parado à porta de madeira onde escutou o Kyle.- Assim que o ouvi não pensei e entrei lá para dentro.

- E derrotaste-os? Sem mais nem menos?- perguntou Bryan incrédulo.- Eles devem ter dado luta. É óbvio que o teu rapto foi planeado, devia estar tudo programado. Tal como o teu, Kyle.

Kyle assentiu, já tinha chegado a essa conclusão mais cedo.

- O que é que aconteceu a seguir?- perguntou Amanda.

- Eu preferia falar quando a Camila estiver presente.- disse Viviana. Não queria estar a falar do seu poder com pessoas que nunca o tinham tido. Claro que cada um tinha o seu, mas sem ser a Camila, Viviana não conhecia ninguém que pudesse ter os seus olhos transformados em fogo enquanto criava bolas de chamas com um simples pensamento.

- Podemos chamá-la?- perguntou Amanda olhando para Kyle à espera da sua confirmação.

- Ainda não.- respondeu ele.- Eu conto-vos primeiro o que me aconteceu.

- Está bem. Quando quiseres começar.- disse Amanda voltando a encostar-se à cadeira.

Kyle respirou fundo como se estivesse a ganhar coragem, ela não sabia bem como o podia ajudar. Além do mais aquela era uma luta que tinha que ser ele a lutar, a única coisa que ela conseguia fazer era manter-se ao seu lado.

- Eu fiquei preocupado com a Viviana, por isso fui atrás dela. A meio do caminho alguém me bateu com alguma coisa na cabeça fazendo-me ficar inconsciente. Acordei quando eles me mandaram água fria.- contou Kyle com uma voz tensa.- Eu já estava preso quando recuperei os sentidos.

Kyle parou de falar por momentos e ninguém o apressou. A própria atmosfera da sala parecia pesada com o que era contado. Talvez fosse demasiado cedo para tudo aquilo ser contado. A verdade era que, embora estivessem noutro mundo, eles eram apenas uns adolescentes. Adolescentes com demasiadas más experiências.

- Já não tinha camisola e sempre que eu me recusava a responder a uma pergunta faziam-me um corte. Até que eu não respondi à terceira vez e a partir daí eles iam aumentando o número de cortes.- contou Kyle mantendo a voz firme.- Eles perguntaram-me sobre a Viviana. Quando é que ela tinha chegado, onde ela tinha estado escondida, sobre os seus poderes. Eu não lhes contei nada, recusava-me a faze-lo.

Ninguém duvidou da palavra dele, mas parecia que ele próprio estava a duvidar de si mesmo. Como se sentisse que eram necessário eles acreditarem nele.

- Foi só sobre ela?- perguntou Amanda com um certo tremor na voz.- Perguntaram-te mais alguma coisa?

- Eu quase fiquei inconsciente um par de vezes, mas eles faziam com que eu recuperasse depressa para continuar com o interrogatório. Uma dessas vezes, eu não percebi muito bem, mas acho que estavam a falar de uma Lydia.- explicou Kyle.

Por momentos todos ficaram em silêncio. Enquanto aquele nome não significava nada, nem para a Viviana nem para o Kyle, parecia significar alguma coisa para os outros. E era algo não muito bom pela maneira como o ar de repente ficou ainda mais pesado.

- Vamos chamar a Camila.- decidiu Amanda pondo-se de pé e fazendo sinal para um dos guardas partir.- Kyle, eu lamento imenso, mas a tua avó precisa de ouvir isso.

Kyle assentiu com a cabeça, Viviana apertou-lhe a mão e sorriu-lhe.

- Estás bem?- perguntou ela.

- Ei de ficar melhor quando isto acabar.- respondeu ele beijando-lhe a teste docemente.

- Está quase a acabar.- sussurrou ela em resposta junto ao seu ouvido. Quando ela se aproximou viu uma marca no pescoço dele.- Kyle. O que é isto que tens no pescoço?- perguntou ela tocando levemente com as pontas dos dedos na marca. Assim que o fez, a marca começou a brilhar, como as chamas que a Viviana tinha no rosto.

Viviana ofegou surpreendida chamando a atenção das restantes pessoas. Bryan e Amanda levantaram-se de repente e correram à volta da mesa até junto do lugar do Kyle enquanto Harry simplesmente pôs-se de pé de boca aberta. Durante todo o tempo que ali tinha estado, Viviana nunca tinha visto tal coisa: o Harry surpreendido.

- O que é que se passa?- perguntou Camila, que devia ter entrado em algum momento, aparecendo ao lado da Amanda.- Oh Kyle...

- Alguém me pode dizer o que se passa?- perguntou ele inquieto.

- Eu... Eu não sei... Desculpa Kyle! Não sei como fiz isto.- murmurou Viviana confusa e um pouco assustada.- É como se eu te tivesse passado parte da minha marca de Sucessora... É culpa minha? Isto vai lhe fazer mal?!- perguntou ela a Camila que continuava debruçada sobre o pescoço do neto a observar com atenção aquelas finas linhas brilhantes.

- Claro que a culpa não é tua. Não podes controlar isto Viviana- disse Camila aproximando-se mais da marca no pescoço do neto.- Quando é que isto aconteceu?- preguntou ela fitando o Kyle que simplesmente encolheu os ombros.

- Hoje de manhã cedo pareceu-me ver alguma coisa, mas quando me aproximei a marca desapareceu.- explicou Kyle virando o pescoço tentando ver a marca, uma coisa impossível.

- Ela brilhou.- disse a Viviana.- Quando lhe toquei ela brilhou.

- Calma Viviana. Isto não é uma coisa má. É na verdade uma coisa boa, muito boa. Um milagre.- disse Amanda com os olhos a brilhar de fascinação.

- Mas alguém é capaz de me explicar o que se passa?- perguntou Kyle ainda confuso com toda aquela agitação.

- Kyle, tu és um Guardião.- disse a Camila com puro orgulho na voz enquanto colocava as mãos nos ombros do neto e sorria como uma adolescente.

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