Tratado sobre Tempestades e o...

By Noveletter_

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Autora: Isabelle Morais Morena e Aleksey não pensaram duas vezes antes de aceitarem participar antecipadament... More

Conheça os Personagens!
Guia de Leitura
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11 - Fim da Temporada
Disponível em e-book!

Capítulo 5

99 13 11
By Noveletter_

Aviso: Essa obra de ficção contém situações de abuso e tortura psicológica, menção a violência física, sintomas relacionados a depressão e ansiedade.

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Morena sentiu a boca seca enquanto tentava retomar o controle da sua magia, ciente de que estava encalhada na segunda seção, provavelmente a mais atrasada entre todos os concorrentes, e que suas chances de se titular naquele ano diminuíam exponencialmente a cada minuto que perdia. No entanto, não havia o que fazer além de esperar – se estivesse certa, Aleksey apareceria a qualquer instante, e ela conseguiria prosseguir com a prova.

Ainda sentia os vestígios da energia pungente do feitiço que Hadassa fizera para atravessar a seção sem ajuda de outro ser vivo, a magia dela se recolhendo em repulsa por aquela vibração que reconhecia como perigosa. Enquanto o resíduo não se dissipasse, não poderia fazer muita coisa.

Havia uma história sobre isso, contada pelas suas tias em noites estreladas nas semanas de verão que passara com a família do pai quando era pequena, e era parte do segredo da magia que corria em Tantalum. Duas irmãs, um rei ambicioso e uma guerra, uma história complexa que, como grande parte das histórias bashari que lhe contavam, desaparecera de sua mente no momento em que pisara de volta em Argon. Só lhe restava uma vaga memória, e uma cautela de origem confusa.

Levou uma mão ao lado direito do tórax, onde sua tatuagem latejava, quente, incômoda. Morena torceu internamente para que Ivan não tivesse sentido nada – seria complicado demais explicar para ele o que estava acontecendo e, ao contrário de Aleksey, ele nunca fizera muitas perguntas sobre as peculiaridades da magia dela. Se tivesse sorte, ele formularia uma teoria sozinho e ela não precisaria nem negar nem confirmar nada para o marido.

As hastes ao seu redor vibraram e Morena se levantou, apoiando-se em uma delas. Aleksey não demoraria muito tempo para chegar até lá se seguisse a espiral enquanto testava as saliências do chão para entender o que a prova queria dele, fazendo-as cantar. Logo os sons desconexos começaram a se encaixar e, em alguns minutos, Aleksey atravessava a porta que Morena não conseguira abrir.

— O que você está fazendo aqui? — ele perguntou imediatamente, levantando as mãos em posição de defesa.

— Você sabe mesmo fazer as pessoas se sentirem acolhidas, Lyosha — ironizou ela, reclinada contra a haste, os braços cruzados. — Como assim, o que estou fazendo aqui? Estou te esperando, claro.

— Ah, não. É uma ilusão, não é? Eu não tenho paciência nem tempo para lidar com isso. Xô. Desapareça. — Ele fez um gesto com a mão e Morena riu.

— Eu não sou uma ilusão e se fosse, não ia desaparecer só porque você mandou! — Ela fingiu ultraje. — Não é assim que funciona.

Aleksey olhou para ela novamente, franzindo a testa em concentração, e se aproximou, encostando um dedo na ponta de seu nariz para se certificar de que ela era real. Morena mordeu o lábio inferior para não gargalhar, porque só pioraria a situação. O toque de Aleksey era morno, os dedos ainda reluzindo com a magia recém-utilizada. Por um breve instante, seus olhares se encontraram, e Aleksey rapidamente desviou.

— É você mesmo — falou ele, com certo alívio, as bochechas coradas. Depois, voltou a ficar tenso. — Eu disse que não precisava da sua ajuda.

— Eu não estou aqui pra te ajudar, presta atenção. Se eu comecei no fogo e você não me encontrou em nenhum dos outros elementos, esse obviamente é meu segundo. — Ela levantou uma das mãos, contando nos dedos. — E, pelas minhas contas, seu terceiro. Pra que eu ia te ajudar se você claramente está na minha frente?

— Por que você ainda está aqui então? — Ele cruzou os braços, movendo o peso de uma perna para a outra.

Era um gesto sutil, mas que falava muito vindo de Aleksey. Com certeza a perna dele estava incomodando, mas ele nunca iria admitir. Não para ela, pelo menos.

— Você se lembra da prova de titulação de Alquimistas? — Morena falou, evitando olhar para as coxas grossas de Aleksey por tempo demais. — A última etapa dela, mais especificamente.

— A que a gente teve que fazer amarrado um no outro enquanto tentava equilibrar a nossa magia para construir uma ponte e atravessar um fosso que só a deusa sabe o que tinha no fundo? Como eu iria esquecer disso?

— A boa notícia é que dessa vez não precisamos ficar amarrados, nem tem um fosso embaixo da gente! — Ela exclamou, abrindo um sorriso.

— Você tá brincando.

— Você pode testar se quiser. Nem eu nem você temos para onde ir se você não colaborar, então fique à vontade. — Ela deu de ombros e voltou a se recostar languidamente na haste.

O desafio daquela seção até era simples, depois que ela a compreendeu: o som era um dos subdomínios do Metal, e o caminho espiral em que estavam era um instrumento musical mágico gigante. As hastes de metal formavam um labirinto com uma sequência de portões que se abriam com uma combinação específica de notas, que eram acionadas com a frequência correta de magia, na velocidade correta, no lugar correto. Se fosse só a magia, seria fácil, mas assim como eram necessárias duas mãos para tocar a maior parte dos instrumentos, ali eram necessários dois pares de pés para acionar a parte mecânica. Morena havia identificado pelo menos dois tipos de movimentos que precisavam ser feitos: os que abriam e fechavam portas, e os que as mantinham abertas. Ela não havia conseguido manter mais de duas portas abertas ao mesmo tempo, muito menos portas adjacentes. Suspeitava que seria necessário dar a volta na espiral inteira para abrir um caminho e atravessar para a prova da água.

Aleksey testou alguns botões no meio, conseguindo abrir só a porta por onde tinha acabado de passar. Desapareceu por ela por alguns minutos e Morena sentou-se no chão, abraçando as próprias pernas, encostando a testa nos joelhos, sua magia um pouco mais calma. Ainda estava na mesma posição quando o rapaz retornou, com uma mão na cintura e uma expressão de quem estava prestes a começar uma guerra.

— Vem cá, se precisam de duas pessoas, como é que a Hadassa passou? — Aleksey questionou e Morena virou o rosto em sua direção, com um sorriso. — Porque eu tenho certeza de que Nara não chegou aqui antes de você.

— Você se esqueceu de dois detalhes — respondeu ela, levantando a cabeça e cruzando as pernas.

Não era burro, o seu amigo, e ele olhou para o outro lado do círculo, para a pilha de pedras completamente destoante do resto do cenário da prova que se amontoava no extremo oposto de onde ela estava sentada. Aleksey se aproximou dos restos do Golem de Hadassa e encostou em uma das pedras, sentindo a magia diferente que aquelas criaturas dissipavam depois que eram desfeitas. Seu sorriso se abriu lentamente enquanto juntava os pontos e, por fim, ele soltou uma gargalhada.

— Eu sempre me esqueço que ela consegue fazer esse tipo de coisa. — Aleksey pareceu se divertir, retornando para perto de Morena.

— Que é exatamente o que a gente quer que aconteça, então... — Morena deu de ombros, seu coração se acelerando subitamente.

— E eu também esqueço o que acontece com você — acrescentou Aleksey e estendeu a mão para ajudá-la a se levantar. Ela aceitou de bom grado, se apoiando no ombro dele.

— O que é exatamente o que os bashari querem que aconteça, então... — Ela deu de ombros novamente, com um sorriso, e ele riu mais uma vez.

— Você sabe que isso não ajuda em nada com os boatos de que você é um demônio de fogo, né? — ele falou, segurando-a pela cintura, e os dois sorriram de forma cúmplice.

— Se alguém que estuda na Azote ainda acredita nas histórias absurdas que as babushki contam sobre como foi uma guerra dos demônios de fogo contra os demônios de terra que gerou o deserto em Tantalum, a pessoa deveria ser expulsa imediatamente.

Aleksey gargalhou mais uma vez, de forma límpida e clara, e Morena encostou a cabeça no ombro dele. Ela gostava tanto de ouvi-lo rir, gostava tanto de vê-lo feliz. Era um som cada vez mais difícil de ouvir, principalmente quando estavam só os dois.

— Você está bem? — Aleksey levantou o rosto dela usando dois dedos embaixo do seu queixo, sem conseguir esconder seu sorriso. — Eu não acredito que Hadassa fez isso com você, nunca achei que ela fosse capaz. Ela subiu demais no meu conceito agora.

Morena sorriu, sentindo orgulho de Hadassa. Era necessária muita habilidade para fazer algo desengonçado como um Golem fazer os movimentos elegantes que aquela prova exigia e só isso seria o suficiente para Morena dar o título de Extraordinária para Hadassa. Mesmo que a tivesse prejudicado, ela não se importava. A excelência de alguém de Mièdz era excelência dela, a excelência de um deles era a excelência de todo o seu povo.

— Eu vou escolher ignorar a alegria que você está sentindo por alguém ter me sacaneado de propósito pelo bem da nossa amizade — falou Morena com falso ultraje e Aleksey gargalhou novamente, apertando-a mais contra si num pedido de desculpas tão falso quanto a ofensa que ela fingia sentir. — E eu estou melhorando, a energia do Golem está se dissipando. Mas quanto mais rápido sairmos daqui, melhor.

Quanto antes passassem por aquela seção da prova, mais rápido Aleksey iria poder voltar a repousar também. Merda, ela era uma idiota, se apoiando em Aleksey daquela forma. Ela se afastou um pouco e diminuiu o peso que fazia contra ele.

— Como você está?

Todo o humor sumiu do rosto de Aleksey quando percebeu o olhar discreto que ela lançara na direção de sua perna. Ele a largou e respondeu rispidamente:

— Está excelente.

Morena se afastou, cruzando os braços novamente, e os dois pareceram se lembrar de que nos momentos antes de entrarem na prova, estavam irritados um com o outro. Ficaram em um silêncio desconfortável por alguns instantes e se fosse para um deles falar, teria que ser Aleksey, que era o responsável pelo desconforto. Morena não fizera absolutamente nada de errado em se preocupar com ele, e não deixaria as coisas mais fáceis só porque ele estava de birra.

— E Nara? — Ele finalmente quebrou o silêncio, mas sequer estava olhando em sua direção.

— O que tem ela?

— O que tem ela, Morena? — Aleksey devolveu a pergunta. — Ela não consegue fazer um Golem, nem tem mais uma pessoa para atravessar a prova com ela.

— Ah, é só ela chamar uma rusalka.

— É o quê? — Ele se virou para Morena com os olhos arregalados e ela gargalhou.

— É brincadeira.

— Ha, ha. Muito engraçado.

— Rusalki nem pode ficar longe da água, Lyosha, deixa de ser bobo.

— Isso quer dizer que ela consegue invocar rusalki?

— Não importa. — Ela fez um gesto com a mão e a expressão dele se empertigou. — O que importa é isso: se fosse você e ela aqui, vocês iriam esperar por mim?

— Claro que não — respondeu ele sem nem titubear, cruzando os braços. — Ia ser até bom para te dar uma lição e fazer você deixar de ser convencida.

Morena sorriu.

— E se Nara tivesse chegado antes de você, você acha que eu esperaria por você?

Ele deu uma gargalhada.

— Óbvio que não.

— Então por que temos que esperar por ela?

— Algumas pessoas diriam que é o moralmente correto a se fazer.

Foi a vez de Morena gargalhar.

Moralmente correto? — zombou, em tom de deboche. — Você começou a frequentar os sermões da Irmã Anastasia agora para me vir com essa? Qual vai ser a próxima desculpa, "estou tentando evitar ir para o Inferno, Morena"?

— Eu só quero me garantir de que você está ciente de que se a gente não esperar, ela vai ficar presa e não vai chegar na última etapa da prova — Aleksey bufou, frustrado.

Morena se aproximou dele novamente.

— Se for para esperar, nós nunca chegaríamos na última etapa. Essa é a última seção dela — explicou, apontando em direção ao centro da arena. — E ela vai demorar bastante para passar da seção do fogo. Tanto ela quanto Hadassa.

— É por isso que ninguém gosta de você — resmungou ele, suspirando pesadamente.

— Todo mundo gosta de mim, Aleksey — ela retrucou, com um sorriso preguiçoso. — Você só está irritado porque eu sou uma das únicas pessoas que não compra sua atuação de bom moço que se preocupa com os outros. Você sabe que comigo não precisa fingir ser nada que você não é.

— Ei, eu me preocupo com os outros. Às vezes. Se a pessoa merece. — Ele se defendeu, e esticou uma mão na direção de Morena. — Vamos começar logo essa prova ou você quer ficar discutindo enquanto elas passam na nossa frente?

Morena segurou a mão de Aleksey e ele a rodopiou num gesto largo de dança, fazendo-a parar ao seu lado. Ela não precisava explicar o padrão das notas porque era um velho conhecido dos dois – uma das músicas que era moda na corte há alguns verões, uma polka, que tinham ensaiado à exaustão nos bailes que frequentaram quando eram dois adolescentes entusiasmados. Ivan não tinha nem interesse nem coordenação motora para nenhuma dança que não fosse uma valsa, e só dançava a mais fácil delas para parecer elegante e não ser mal-educado. Para Morena, no entanto, a única coisa que tornava os bailes que participavam toleráveis era a possibilidade de gastar alguns minutos rodopiando num salão ao som de boa música. Aleksey compartilhava parcialmente de sua opinião – porque, para ele, tudo de um baile era tolerável. Era onde ele brilhava, onde fazia o que sabia fazer melhor, navegando entre os nobres fofoqueiros e guardando as informações que lhe serviriam muito bem no futuro.

Os dois sempre acabavam dançando juntos, ao ponto de praticamente conseguirem adivinhar o próximo movimento um do outro. Ivan nunca se importara em dividi-la com Aleksey, e não seria em algo que ele odiava fazer que iria começar. Ivan, inclusive, tinha dito mais de uma vez que preferia assistir aos dois cruzando o salão unidos do que tomar parte.

— Você acha que a gente precisa fazer a dança inteira? — ela perguntou, se posicionando no centro, ao lado de Aleksey. Os dois estavam olhando para a frente, no rumo onde a espiral se iniciava.

— Como assim a dança inteira? O tempo precisa ser certo, ou não vai funcionar.

— Sim, claro, mas não precisa de salto.

Aleksey olhou para ela, seus olhos parecendo pretos na penumbra.

O quê?

— Faz um tempo que a gente não dança, e é complicado fazer as coisas mais elaboradas sem treino. A gente sempre exagera quando está dançando, podemos dançar como as pessoas normais dessa vez... — Morena começou, se atrapalhando um pouco com a intensidade do olhar do seu parceiro. — E tem a sua perna...

— Pode deixar que da minha perna cuido eu — respondeu Aleksey, sua expressão séria, desviando o olhar.

Morena ficou desconcertada mais uma vez, olhou para baixo e umedeceu os lábios. Ela não devia ficar tão irritada com a relutância dele em aceitar sua ajuda e sua preocupação, mas lá estava o sentimento novamente, e ela não sabia o que fazer com ele. Aleksey apertou a mão dela, como se percebendo seu desconforto e, quando Morena levantou os olhos novamente, perguntou com um sorriso:

— Para que passar por toda essa prova se não for da forma mais extravagante possível, Masha?

Morena balançou a cabeça, com um sorriso, e voltou a olhar para a frente. Sem precisar de uma palavra, os dois começaram a se mover, com uma mesura, antes de começarem devagar com os passos largos, um ao lado do outro, Aleksey segurando sua mão direita à frente, enquanto ela se apoiava com a esquerda no ombro dele. Com os dois juntos, a música parecia fluir perfeitamente, uma nota se encaixando na outra, e o caminho acompanhava a coreografia – logo estavam girando e saltitando, as portas se abrindo pelo caminho do túnel e se mantendo abertas para passarem. Morena se lembrou como amava aquela dança. Fazia-a se lembrar de dias quentes e de gargalhadas, da textura aveludada das mangas de Veramar e do amargo das limonadas. Era impossível não rir enquanto a dançava, e a magia parecia fluir dos passos de forma natural.

— Você acha — Aleksey perguntou em algum momento perto da metade do caminho, numa das partes menos animadas da dança, o fôlego curto e ofegante —, que Hadassa e o Golem fizeram tudo isso?

Morena gargalhou antes de Aleksey a levantar no ar novamente, a perna dele tremendo visivelmente com o esforço. Ela se segurou a ele, mordendo os lábios para não comentar nada mais uma vez, para não estragar aquele momento tão bom. Aleksey posicionou sua mão nas costas de Morena para apoiá-la para mais um passo, e ela fechou os olhos um segundo, tentando se concentrar na imagem de um gigante de pedra e de sua amiga fazendo aqueles passos, em vez do calor que irradiava em todos os lugares onde Aleksey a tinha tocado. Foi a vez dela servir de apoio para Aleksey se levantar, num dos pulos que ele se divertia tanto em fazer e, quando ele pousou novamente ao seu lado, prendeu a respiração, a dor visível em seu rosto. Ela morreria se não pudesse falar nada, mas continuou quieta, a natureza circular da dança levando-os de volta para o centro, cada vez mais perto do fim.

— Lyosha — sussurrou quando voltaram a dançar juntos, a mão do rapaz na cintura, sua mão em seus ombros, seus corpos a centímetros de distância, unidos apenas pelo mais breve dos toques. — A gente vai acabar bem no meio, onde começamos.

— Sim, eu percebi — respondeu ele, franzindo a testa. — Qual o problema?

— A gente não sabe quanto tempo as portas ficam abertas depois do fim da música, então vamos ter que correr.

Aleksey ficou pálido e tenso, mas mesmo assim não desacelerou nem errou nenhum passo da dança.

Ele era bom demais naquilo. Ninguém deveria ser assim tão bom.

— Está tudo sob controle — ele tentou reassegurá-la, sem muito sucesso. — Eu consigo dar uma corridinha.

— Lyosha...

— Que foi? Eu não estou mentindo.

— Não é isso — falou ela, olhando por cima do ombro do rapaz, para onde a última porta estava se abrindo. — Só lembra de escutar seu coração.

Morena conseguia ver a confusão em seu rosto, mas não tinha tempo para explicar: as últimas notas soavam e os últimos passos os levaram de volta para o centro, onde dois caminhos opostos se abriam, uma reta atravessando toda a espiral. Os dois encontraram seus olhares uma última vez com um agradecimento silencioso antes de se soltarem e correrem cada um para um lado para seguir a prova.

Agora, era cada um por si.

Continua...

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CRÉDITOS
Autora: Isabelle Morais
Edição: Marina Orli e Val Alves
Preparação: Laura Pohl
Revisão: Lavínia Rocha
Diagramação: Val Alves
Título tipografado: Vitor Castrillo
Ilustração: Júpiter Figueiredo

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