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"O que está na sua mente, mais cedo ou mais tarde, estará em suas mãos."
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Jaemin se aproximou do irmão e lhe tomou a mão, chamando a sua atenção. Todos os outros príncipes já haviam subido para seus aposentos, apenas Donghyuck estava paralisado no lugar.
— O que há com você? — indagou em um tom baixo.
— Jaeminie, terei que dividir o quarto com Mark! — exclamou em um sussurro.
— Não vejo o porque de estar assim, meu irmão. — sorriu. — A alguns minutos atrás você mesmo me disse que o príncipe do fogo era dono de uma beleza estonteante.
— Eu não disse isso. — o menor franziu o cenho.
— Não com essas palavras. — o loiro deu de ombros. — Ouça, vai ficar tudo bem. Você é bem mais forte do que eu por sinal, saberá como lidar com ele. — segurou o rostinho quente do irmão mais velho. — Tudo bem?
— Sim. — revirou os olhos afastando as mãos do loiro.
Jaemin tinha aquela alma de mãe grudenta que fazia Donghyuck querer socar o irmão.
— Ótimo. — Jaemin deu as costas e seguiu até as escadas.
Bom, Donghyuck tinha que ser corajoso. O príncipe não parecia ser tão azedo quanto o rei do fogo. Aquele homem sim era assustador, com o olhar afiado que lhe cortava a alma.
ℒℴνℯ
Mark adentrou o cômodo que havia sobrado. Estava no segundo andar, o corredor era comprido mas a maioria dos quartos estavam trancados. Segundo o fauno, os outros andares também estavam e ele não soube dizer o motivo.
Deixou suas malas no chão, ao lado da cama que ficava perto da janela. A vista era muito bonita, levava direto para o campo florido que ficava atrás do castelo. Adiante, havia uma floresta que parecia ser bastante extensa.
— O quarto é bem menor do que imaginei. — ouviu a voz soar logo atrás de si.
Se virou e encontrou o príncipe do ar, segurando suas malas. Pelo modo como ele apertava a alça da bolsa, Mark percebeu que estava nervoso.
— Os mais novos pegaram o maior quarto do castelo. — ditou.
— Ah, eu...eu não estou reclamando. — viu o moreno se mexer e antes que ele ousasse se aproximar, Mark lhe deu as costas e voltou a observar o lado de fora pela janela.
Donghyuck entendeu na hora que o príncipe pedia silêncio. Apenas abaixou a cabeça e caminhou até a outra cama. Deixou as malas ao lado e se sentou.
Acabou soltando um suspiro e olhou ao redor. O quarto era muito bonito, não esperava que realmente fosse um quarto para um príncipe. Ou para os príncipes.
— O que você acha que vai acontecer durante esses dias? — questionou enquanto abria a primeira mala.
Mark fechou os olhos por um minuto, a voz de seu pai ecoava em sua cabeça. As palavras que lhe foram ditas ainda eram frescas.
Não são seus amigos.
Não me decepcione.
— Escute, nós não somos amigos. — se virou para encontrar os olhos do príncipe do ar que estavam um pouco maiores que o normal. — E nunca seremos, então não tente puxar assunto ou algo do tipo. Esse lado é o seu...— apontou para onde Donghyuck estava. — E esse é o meu. — apontou para a sua parte. — E ponto.
— Ah...— a fala do mais jovem se esvaiou, ele mal conseguia reagir com a bronca.
Mark suspirou e saiu do cômodo deixando o moreno sozinho, ainda paralisado.
ℒℴνℯ
Renjun pulou na cama assim que entrou no quarto. Logo em seguida, Jeno também entrou com as malas em mãos.
— Essa é a maior cama. — o moreno comentou chamando a atenção do príncipe da água.
— Sim...? — Renjun ergueu a sobrancelha.
— Você é pequeno, não precisa dormir em uma cama desse tamanho. Deixe-a para mim, será mais confortável. — deixou as malas no chão.
— Ah, sim. Você tem razão, me perdoe. Pode ficar com a cama. — se sentou vendo um sorriso começar a brotar no rosto do príncipe da terra.
— Sério? — deu um passo a frente.
— Mas é claro que não! — Renjun franziu o cenho. — Eu cheguei primeiro!
— E?! A cama é o dobro do seu tamanho! Vamos lá, Renjun! — Jeno se aproximou e segurou os braços do pálido.
— Ei! Não toque em mim, seu brutamontes! — gritou com o moreno que riu de si.
Jeno não precisou fazer nenhum esforço para tirar o príncipe da água da cama. Bastou um puxão para que ele já estivesse em pé.
— Como ousa?! — Renjun conseguiu se soltar do aperto e começou a bater no peito do maior que agora segurava sua cintura.
— Olhe para você, os príncipes do mar são tão delicados! — Jeno brincou vendo o rostinho de Renjun tomar uma coloração vermelha.
— Eu vou te mostrar quem é delicado. — o baixinho rosnou.
Suas mãos, de repente, começaram a criar bolhas de água. Logo depois, as jogou no rosto do príncipe da terra que cambaleou para trás por causa da água em seus olhos. O resultado foi: Jeno tropeçando nos próprios pés, caindo no chão e puxando Renjun junto.
— Olha o que você fez! Eu estou todo molhado! — o príncipe resmungou cuspindo água.
— Bem feito! — Renjun gargalhou.
— Ah...Vocês dois estão bem? — se assustaram quando ouviram a voz do terceiro príncipe com quem dividiriam o cômodo soar.
— S-Sim...— Renjun desviou a sua atenção para Jaemin, que estava na porta com a sobrancelha erguida. — Nós estamos bem.
Voltou a encarar Jeno notando que ainda estava em cima dele, no chão, com o maior ainda segurando a sua cintura e os rostos a poucos centímetros um do outro.
Se apressou para levantar de forma desajeitada e com o rosto fervendo. Seria um longo mês...
ℒℴνℯ
— Já vou logo avisando...— Chenle ditou para o príncipe da terra enquanto tirava suas vestimentas da mala. — Eu costumo falar bastante, e falo ainda mais quando estou dormindo!
Jisung suspirou, também arrumava as malas. Ter que lidar com uma outra pessoa, que não fosse o seu irmão mandão, era bastante estressante para si. Havia uma guerra em sua cabeça, vencer a sua timidez era o objetivo.
— Ei, Jisung! É verdade que vocês só comem plantas? — o loirinho se sentou na cama do príncipe da terra, encarando o rosto corado.
— N-Não...— desviou o olhar para suas roupas.
— E é verdade que vocês são descendentes de gigantes e ciclopes? — os olhinhos do pálido brilharam.
— Talvez. — deu de ombros. — Acho que sim.
— Oh! E você já viu um pessoalmente?! — Chenle indagou animado.
Jisung o encarou, ele realmente parecia interessado naquilo. Corou quando viu que o encarava demais, sua boquinha formava um biquinho adorável e seus olhos brilhavam como estrelas no céu.
— Não...— respondeu, voltando a sua atenção para as roupas. — Nunca vi.
— Você gostaria de ver um? Eu adoraria conhecer um gigante! Eu perguntaria a ele se ele levanta os pés para pegar frutas das maiores árvores de Avalon! Ou se já escalou as várias montanhas e...
Chenle continuou falando e Jisung apenas sorriu ouvindo-o atentamente e respondendo suas perguntas com frases pequenas.
Com o tempo ele ia pegando o jeito.
ℒℴνℯ
Todos estavam reunidos na sala de jantar, aguardando ansiosamente a última refeição do dia.
Fora uma longa tarde, tiveram que organizar todas as suas coisas pois no dia seguinte teriam sua primeira aula com o fauno.
Falando nele, o professor adentrou o local com um carrinho cheio de bandejas com tampas. Mesmo sem saber o que era, a barriga dos príncipes já estavam começando a roncar apenas pelo cheiro.
— Aqui está. — o fauno colocou as bandejas na mesa e se sentou na ponta. — Antes de começar gostaria de fazer uma reza, agradecendo a Deusa pela refeição. — passou os olhos por cada um até sorrir para Jisung que corou. — Meu jovem príncipe da terra, gostaria de fazer as honras?
O rapaz tímido travou no lugar, o irmão vendo que o mais novo estava morrendo por dentro, lhe lançou uma cotovelada na costela fazendo-o pular do assento.
Jisung encarou Chenle, que estava na sua frente, e engoliu seco. O príncipe da água lhe lançou um 'joinha' e sorriu para si mandando forças para o rapaz.
— C-claro...— respirou fundo e fechou os olhos. — Mãe Divina, criadora do universo, agradecemos pelo dia de hoje, pelo alimento e pela vida. Abençoe essa refeição e a todos que estão presentes, pela glória de Avalon.
— Pela glória de Avalon. — todos repetiram juntos.
— Muito obrigado, Jisung. — o professor sorriu. — Já podem comer.
Os príncipes agradeceram e apreciaram o banquete em silêncio. O fauno ficou um tempo quieto observando cada um, tinha certeza de que não seria nada difícil lidar com os sete príncipes.
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Como eu já terminei de escrever a fic, vai sair att todo dia às 20h00, oka?
Eu amo o fato de que todo mundo tirou conclusões sobre a personalidade um do outro e no final, os delicados são bravos e os que deveriam ser bravos são doidinhos
Até lá ♡