6. Elemento Terra

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"A terra está ligada com a materialidade, a abundância e ao crescimento. Ela nos chão, base e força."

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Donghyuck bateu na porta, mesmo que o quarto também fosse seu, antes de entrar. A abriu devagar e encontrou Mark sentado no parapeito da janela com a cabeça entre os joelhos.

Pelos movimentos que ele fazia, Donghyuck percebeu que ele estava chorando.

— Mark? — chamou de forma baixa.

Se aproximou do maior ouvindo o mesmo respirar fundo e erguer o olhar. O coração frágil de Donghyuck se despedaçou quando viu o príncipe do fogo tão vulnerável naquela forma.

— O que você quer? — ele indagou enquanto limpava o rosto.

— Vim ver se você está bem, se precisa de alguma coisa. — respondeu em um tom baixo enquanto ficava de frente para o maior.

O príncipe do fogo ficou em silêncio, observando o chão de madeira. Donghyuck ficou agoniado, ele conseguia ver a energia pesada que saia do príncipe.

— Mark...— estendeu a mão para tocar o rosto do mais velho mas a mesma fora empurrada por ele.

— Eu já disse que não somos amigos! — se exaltou. — Não tem porque você ser gentil comigo!

Donghyuck deu um passo para trás quando viu chamas nos olhos de Mark. Mas ele não desistiria, ele ajudaria o príncipe do fogo a lidar com aquilo.

— Pare de frescura! — exclamou fazendo com que o outro arregalasse os olhos. — Eu sou conhecido por ser bem insistente, então não vá pensando que eu simplesmente vou sair correndo porque o príncipe idiota do reino do fogo está bravinho e não sabe lidar com os próprios sentimentos!

Mark ficou calado, encarando a feição determinada do príncipe do ar. A iluminação do fim da tarde refletia no rosto de Donghyuck, fazendo com que a sua pele bronzeada brilhasse. Os olhos castanhos o encaravam de cima, como se mostrasse que o príncipe tinha poder o suficiente para acabar com a tristeza de Mark.

E ele tinha mesmo.

— Vamos lá, Mark. — o menor sorriu. — Não venha dar uma de durão comigo. — se aproximou novamente. — Estou cansado de ser ignorado por você.

O príncipe do fogo desfez a pose vulnerável e desviou o olhar para o lado de fora.

— Me perdoe. — sussurrou.

— Tudo bem. — Donghyuck se juntou a ele no parapeito, também observando o lado de fora.

Ficaram um tempo assim, até que a noite chegasse e a única iluminação do lugar fosse a Lua cheia. Mark sorriu quando encarou o garoto de pele morena, que cochilava encolhidinho na janela.

Saiu do parapeito e caminhou até a sua cama, dali puxou a manta grossa e vermelha que veio acompanhada do diário que caiu no chão. Ignorou por um momento, apenas para cobrir Donghyuck. Voltou até o local e pegou o diário pesado.

Rᴇɢɪᴅᴏꜱ ᴅᴏ Cᴀᴏꜱ Where stories live. Discover now