Rᴇɢɪᴅᴏꜱ ᴅᴏ Cᴀᴏꜱ

By jiminu95

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A profecia diz que assim que os sete príncipes de Avalon completarem dezoito anos, a Mãe Divina retornará a p... More

Prólogo
2. O fogo que queima
3. Os Príncipes
4. Elemento Água
5. Elemento Ar
6. Elemento Terra
7. Elemento Fogo
8. Animais de Estimação
9. O trio
10. Juventude
11. Calor
12. Integridade
13. Desprezo
14. O combate
Epílogo

1. O Castelo de Avalon

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By jiminu95

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"Somos faces sagradas de nossos pais."

━━━━╗✹╔━━━

A garotinha sorriu quando, finalmente, conseguiu acertar o alvo desejado. O treinamento de arco e flecha se tornava cada vez mais árduo e complicado para todas as crianças que preenchiam a sala. E o motivo disso, era pelo simples fato de ter aqueles dois homens tão bonitos e ao mesmo tempo tão perfeccionistas como professores.

— Muito bem. — Jaemin elogiou, com o seu costumeiro sorriso gentil. — Você está se saindo muito bem, querida.

A menina sorriu ainda mais e saiu saltitando ao encontro das amigas para se gabar do elogiu que receberá.

Jaemin riu ao ver a cena, passando os dedos finos entre os fios loiros para organizar o topete, uma mania que possuía. Desviou sua atenção para o irmão mais velho que ajudava uma das alunas a mirar melhor o arco em seu objetivo.

Por mais que ele tentasse ser o mais gentil, Donghyuck conseguia ser bem mais paciente que si. E isso, Jaemin admirava muito no irmão.

— Vossa alteza? — uma voz doce soou pelos ouvidos do príncipe do ar, que desviou sua atenção para a moça de feição angelical. — Vossa majestade, a rainha, deseja sua presença e a do príncipe Donghyuck no jardim.

— Oh, sim. — voltou a observar o irmão que já se aproximava. — Nós já estamos indo.

ℒℴνℯ

Antes de abrir a porta, o príncipe mais velho ajeitou os fios castanhos e encarou os olhos verdes do irmão. Jaemin concordou com a cabeça, indicando que a porta já poderia ser aberta.

O jardim extenso fora revelado, juntamente com a paisagem de céu azul com algumas nuvens brancas. O vento bagunçou o que em um momento foi o topete de Jaemin, já os castanhos de Donghyuck apenas foram para trás, revelando a testa lisa.

Avistou sua mãe, sentada à mesa com uma delicada xícara de chá na mão. A mulher observava a paisagem divina, enquanto seus fios castanhos e curtos eram bagunçados. Elisa era conhecida como uma das rainhas mais bonitas de toda Avalon, depois de Isadora, a rainha do fogo.

— Somos ar. — sua voz baixa e gentil fora levada até os ouvidos dos rapazes pelo vento forte. — Somos a sabedoria, o pensamento. Já fomos nomeados como Céu, o primeiro filho da Mãe Divina.

A mulher se virou para observar os filhos, ambos possuem uma beleza invejável e um coração tão gentil. Mas será que era gentil o suficiente?

— Mãe? — Donghyuck lhe chamou a atenção, o que a fez sorrir.

Era o seu filho mais velho, utilizava da sabedoria para ensinar os mais novos. Puxou do pai a pele bronzeada e os olhos redondos. Já os lábios cheios e os cabelos lisos fora de si que veio. Tão esperto, com uma astúcia enorme.

Jaemin já possuía um pouco mais de si, o rosto fino, a pele pálida, os olhos pequenos. Um garoto amoroso, atencioso e muito educado.

Eram seus dois tesouros, e a rainha temia muito perde-los.

— O que aconteceu? — Jaemin questionou, demonstrando sua preocupação.

— Aproximem-se. — Elisa chamou, vendo seus filhos hesitarem um pouco mas logo se juntaram consigo à mesa. — Conhecem a profecia, certo?

— Sim, senhora. — ambos responderam juntos.

Elisa suspirou e voltou a observar a paisagem. O castelo do reino do ar ficava sob as nuvens, no céu, onde mais ventava. O vento sussurrava em seus ouvidos, dizendo que já era a hora.

— Daqui a dois dias, o príncipe mais novo da terra completará seu décimo oitavo aniversário. — disse, ainda observando as nuvens se movimentarem.

Ambos os garotos permaneceram em silêncio, atentos a mãe. O momento finalmente havia chegado, suas mãos suavam de ansiedade.

— Recebemos uma carta de um fauno, um guardião da Natureza, ele deseja a presença de vocês no castelo de Avalon para um tipo de teste. — voltou a observar os filhos, que agora pareciam confusos. — Será por um mês.

— Apenas nós dois? — Jaemin indagou.

— Não, serão todos os sete. — Elisa suspirou. — Vocês passarão a morar com os filhos da água, da terra e do fogo por um mês inteiro até que a Mãe Divina venha em terra.

ℒℴνℯ

O reino do fogo, antigo Outro Mundo, sempre fora o mais temido de todos os reinos. Cheio de lavas, prisões, demônios e dragões. Era do que Calcifer gostava, seu reino era perfeito e não tinha o que reclamar.

— Onde está meu filho? — indagou assim que viu um de seus serviçais no salão.

— Deve estar lá fora, meu senhor. — abaixou o olhar, evitando encarar as orbes vermelhas do homem.

— Certo, se o ver diga que estou lá embaixo resolvendo alguns assuntos e assim que possível o levarei até Avalon. — ditou enquanto olhava ao redor, ainda procurando o garoto.

— Sim, mestre. — o serviçal voltou a seus afazeres, enquanto o rei se retirava do local.

Saiu do castelo e caminhou até a comprida ponte onde o levaria até as prisões do Outro Mundo. O rio de lava fervente borbulhava logo abaixo dos seus pés, iluminando seu rosto marcado. Passou pelos guardas e adentrou a enorme construção de pedras negras. Como os mundos foram oficialmente separados pelos elementos ninguém mais era preso ali, fazendo restar apenas uma única pessoa.

Caminhou até os fundos do local até avistar uma pequena porta de ferro. A abriu sem cerimônia encontrando uma gigante cela oca de pedra.

— Querido. — ouviu a voz rouca da mulher que estava de joelhos no meio do local, suas mãos acorrentadas e os cabelos compridos cobrindo seu rosto. — Finalmente veio me trazer a notícia?

— Sim, minha senhora. Ela está vindo.

ℒℴνℯ

— Mestre?! — o rapaz de cabelos loiros e pele pálida fez com que uma pequena chama saísse da ponta de seus dedos, iluminando o local onde estava. — Mestre, onde você está?!

E mais uma vez aquela cena humilhante se repetia. Estava atrás do príncipe pelo simples fato de que o mesmo havia desaparecido a algumas horas, e o rei já estava ficando aborrecido de tanto o esperar.

E como o príncipe tinha uma enorme confiança no garotinho loiro de olhos azuis, Calcifer ordenou que fosse atrás do filho na esperança que o mesmo voltasse com o serviçal.

— Mestre! — chamou mais uma vez.

Estava dentro de uma das várias cavernas que existia no reino do fogo, seus pés já doíam de tanto andar, fora sua barriga que roncava sem parar. Havia pulado o almoço para terminar de arrumar as malas do príncipe, já que o mais velho havia saído com a desculpa de que iria se despedir dos outros serviçais, uma ova! Todos disseram que o príncipe nem havia passado por eles!

— Mestre, por favor! Apareça! — resmungou batendo os pés no chão. — Eu estou cansado-

Sua voz falhou quando sentiu um vento forte bater em suas costas. Mas não havia sido um vento, e sim uma respiração. Se virou devagar e com calma até encontrar o enorme dragão de escamas vermelhas e olhos amarelos o encarando.

— A-ah...essa não. — prendeu a respiração quando viu o peito do dragão começar a inchar e ficar vermelho.

Ele irá cuspir fogo!

O dragão abriu a boca e as chamas começaram a sair de sua garganta, mas antes que pudesse ter qualquer reação um vulto correu em sua direção e o empurrou para longe. Os corpos rolaram pelo chão e enfim pararam do outro lado da caverna.

— M-Mestre! — o garoto loiro arregalou os olhos assim que viu o príncipe em cima de si.

— Basil! Eu disse para nunca entrar em cavernas desconhecidas! Podem ser tocas de dragões! — o mais velho brigou vendo o loirinho corar.

— M-Mas...— o pálido desviou o olhar para o lado encontrando a fera que se aproximava. — Mestre!

O príncipe se levantou rapidamente e esticou a mão. Logo o dragão parou no lugar e abaixou a cabeça.

— Não se preocupe, eu estava treinando ele. — acariciou o focinho do animal desviando o olhar para o serviçal. — Ele só estranhou você, mas agora não irá atacar mais.

— Minha Mãe Divina, mestre o que tem na cabeça?! — Basil se levantou, limpando suas vestimentas douradas. — Seu pai está a horas te aguardando, precisa se arrumar para ir até Avalon!

— Ah, é mesmo...— o rapaz sorriu se aproximando do loiro. — Eu tinha me esquecido.

— Como se esqueceu de sua profecia? — o baixinho se emburrou.

— Minha profecia? Ah, Basil. Meu doce e inocente Basil. — tocou o rostinho corado do menor. — Você é tão tolo quanto o meu pai. — o loiro arregalou os olhos. — Essa profecia não é minha, eu não serei o coroado. E também, não me importo com isso. Apenas quero viver a minha vida em paz fazendo as coisas que eu gosto.

— Mas Mark! Ah, quer dizer...Mestre, você é tão bondoso quanto aqueles príncipes tediosos! — o maior gargalhou vendo o baixinho cruzar os braços.

— Só você pensa assim, meu querido amigo. — Mark se afastou e voltou a fazer carinho no dragão. — Apenas você.

━━━━╗✹╔━━━━

Parabéns pro nosso Markinhos ♡

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