Nota da autora:
Geeente, eu pulei um capítulo, perdão, fui pro 26 e esqueci de publicar o 25, então aqui está cap 25 e 26 publicados, me desculpem.
Eu preciso sentar e focar nessa fic, tá mt fraca, mas ela tem potencial pra ser algo legal.
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A casa de Vince era enorme, ao ponto de ser exagerada. Beatriz tinha uma família muito rica e não era surpresa o porque tinha atitudes tão mimadas, tinha tudo o que queria, e se não tivesse, seu pai dava um jeito de tomar para ela.
-Você acha que devo usar meu cabelo preso ou solto?- Beatriz se arrumava no quarto para o aniversário de sua madrasta que iria ocorrer essa noite, eu estava na varanda olhando a equipe de festa montando tudo para o evento.
-Tanto faz!- eu encarava a paisagem através da janela.
-Você tem razão, eu fico bonita dos dois jeitos.
Suspirei alto. Aquela noite ia ser um inferno. Não por conta da madrasta que era a única pessoa que eu realmente gostava naquela família, sempre me tratava bem. Mas por ter que fingir que gosto de estar em festas de magnatas como os amigos de Vince.
Eu só pensava no meu pai, em coma, sozinho naquele leito de hospital, era cruel demais.
Eu estava admirando o pôr do sol no jardim enquanto tudo isso passava em minha cabeça, de repente as lembranças do meu encontro com a Mia se manifestaram. Aquele dia com certeza foi um dos mais felizes que eu havia tido em muito tempo.
Ela deixava as coisas tão leves, me fazia esquecer de todos os problemas. Me peguei sorrindo ao lembrar dela.
-Estou bonita?- Beatriz interrompeu meu pensamento.
-Sim- eu disse já saindo do quarto, não queria ficar muito tempo na companhia dela, aquela história de noivado estava me tirando do sério. Mas eu estava juntando o dinheiro para pagar as duas dívidas milionárias do hospital que Vince tinha jogado para mim.
Para melhorar tudo, ele queria fechar a empresa de móveis do meu pai, ele odiava tudo o que não era dele, era um homem invejoso, raso e mau caráter. Mas um dia eu iria dar o troco.
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A mansão já estava cheia de gente rica, era mais uma daquelas festas chatas em que discutiam negócios. Mesmo que fosse o aniversário de sua esposa, Vince não perderia a chance de se vender por ai.
Beatriz vinha caminhando em minha direção.
-Essa festa vai ser o máximo- ela deu 3 palminhas de felicidade.
-Com certeza- eu disse sem animação nenhuma na voz.
-Eu trouxe champanhe para nós- ela me entregou a taça- Comemorarmos o nosso namoro.
Beatriz veio para brindar com a taça, mas eu já estava bebendo a minha.
-Não me leve a mal Bia, mas eu não estou me sentindo muito bem hoje.
Ela tentou me beijar na boca e eu virei levemente o meu rosto para que ela acertasse a bochecha.
-Nanjoom... Eu quero o seu toque- ela pegou a minha mão livre e levou até a cintura dela.
Eu só sentia raiva.
Bem na hora Vince se aproximou.
-Que bom que estão se dando bem, seu pai ia gostar disso, Namjoon.
-Não ouse falar do meu pai.- eu avancei em direção a ele.
Vince deu um sorriso sádico antes de dar um gole em sua bebida.
-Espero que sua irmã não apronte nenhuma, eu disse a ela que essa era uma festa de família, para vir discreta.- ele disse para Beatriz.
-Você tem uma irmã?-perguntei surpreso.
-Ela é filha da Soon-un, não é minha irmã de sangue, nem fomos criadas juntas. Ela é totalmente oposto de mim.
Que alívio.
-Ela e aquela amiga dela chegaram- Vince saiu para o meio da multidão e eu voltei a beber.
-Vamos lá para o centro, papai quer fazer um discurso- Beatriz me arrastou entre a multidão para o palco que havia no centro do pátio. Vince já discursava alegremente como um político que tenta ganhar voto antes da eleição.
-O noivado da minha filha Beatriz!- anunciou animado- Suba aqui Namjoon.
Eu sentia meu sangue ferver com aquelas palavras, ele disse que esperaria mais um tempo, mas é claro que a palavra dele não valia de nada, me forçaria a casar com a filha dele por simples capricho de ambos.
Eu estava com tanto ódio.
-A minha irmã tem algumas palavras para dizer já que ela vai ser minha madrinha- Beatriz falou sorrindo, ela estava animada demais, o que me deixava um pouco enjoado.
A platéia se abriu formando um simples corredor humano, todos aplaudiam sorridentes, sem a menor ideia do que acontecia naquele momento. Lá no final estava ela, Mia.
Eu senti como se meu mundo estivesse desabando, meu coração estava tão acelerado que fazia as coisas ao redor passarem em câmera lenta.
Eu não estava acreditando no que eu estava vendo, será que eu tinha bebido demais?
Ela veio andando até o palco, seus olhos fixos em mim, eu podia ver seu maxilar tensionado, ela estava segurando o choro, eu nunca me odiei tanto por fazer ela se sentir daquele jeito.
Era o meu pior pesadelo.
Vince e Beatriz sorriam como se fosse o dia mais feliz da vida deles, acho que fazer com que outros se sintam miseráveis era o passatempo preferido de ambos.
Mia me olhava tão profundamente, que eu me perguntava se ela conseguia ler a minha confusão mental naquele momento.
-Um brinde a todos nós! Parabéns aos noivos.- Mia disse com um tom sério, ergueu a taça de vinho, e me deu um olhar carregado de raiva.
Eu não a culpo, aliás, ela é a vítima disso tudo.
Mia saiu rapidamente dali e meu impulso foi ir atrás, mas Vince agarrou o meu braço.
-Nem pense nisso ou eu mando puxar os aparelhos do seu pai e ele estará morto.
Mia desapareceu com sua amiga e eu fiquei parado, sem poder fazer nada, apenas desejando que tudo aquilo fosse só um terrível pesadelo.