O Sítio

By andre_s_silva

80.6K 5K 1.7K

Série literária de mistério e terror inspirado no Sítio do Picapau Amarelo, de Monteiro Lobato. Pedrinho é um... More

1x01 - Férias Fora de Época
1x02 - Lúcia
1x03 - Sonhos Inquietos
1x04 - As Plantas Mortas
1x05 - O Esconderijo
1x06 - Dois Primos
1x07 - A Procissão Negra
1x08 - Monstros
1x10 - A Marca de Carvão
1x11 - O Peão (Parte I)
1x11 - O Peão (Parte II)
1x12 - Montes Calmos (Parte I)
1x12 - Montes Calmos (Parte II)
1x13 - Pedro (Parte I)
1x13 - Pedro (Parte II)
1x14 - Massacre no Engenho Oliveira
1x15 - A Promessa (Parte I)
1x15 - A Promessa (Parte II)
1x16 - Lembrança Partida
1x17 - Comida de Porco
1x18 - Afogados (Parte I)
1x18 - Afogados (Parte II)
1x19 - A Curva Impossível (Parte I)
1x19 - A Curva Impossível (Parte II)
1x19 - A Curva Impossível (Parte III)
1x20 - O Véu
1x21 - Benta (Parte I)
*NOTA AOS LEITORES*
1x21 - Benta (Parte II)
1x21 - Benta (Parte III)
1x21 - Benta (Parte IV)
1x21 - Benta (Parte V)
1x21 - Benta (Parte VI)
1x21 - Benta (Parte VII)
1x22 - A Semente (Parte I)
1x22 - A Semente (Parte II)
1x22 - A Semente (Parte III)
1x22 - A Semente (Parte IV)
1x23 - Um Novo Lar
Se você gostou de "O Sítio"...

1x09 - Emília

1.7K 119 84
By andre_s_silva

Pedrinho ofereceu-se para carregar o balde de legumes e seguiu os passos de Narizinho até o estábulo. Assim que entraram, os seis cavalos e as quatro éguas do sítio agitaram-se, relinchando de dentro de suas baias.

- Eles estão nervosos. - disse Pedrinho, abaixando o balde.

- O Barnabé disse que estão assim desde de manhã cedo. - disse Narizinho. - Falou pra eu ter cuidado.

Narizinho encostou Emília na entrada do estábulo e dirigiu-se até o balde, pegando alguns legumes e distribuindo-os pelos alimentadores dos cavalos. Os animais se limitaram a cheirar o alimento, recuando em seguida para o fundo das baias.

- É melhor ter cuidado mesmo. - ratificou Pedrinho, de olhos fixos em Emília. A presença da boneca ali o angustiava. - Então... não ia perguntar pra Emília? Sobre ontem?

Narizinho inclinou a cabeça na direção de Emília, enquanto estendia uma cenoura contra o focinho de uma das éguas. Esta apenas relinchou e recuou, arredia.

- Ela não quer falar com você por perto. - disse por fim Narizinho, seguindo para a próxima baia.

- Mas eu nem consigo escutar o que ela diz! - retrucou o garoto.

- Mesmo assim. - disse Narizinho, tentando fazer com que o cavalo comesse a cenoura. - Olha, eles não querem comer.

Desistindo da tarefa, Narizinho bufou, frustrada, e atirou a cenoura de volta para o balde.

Observando a agitação dos cavalos, Pedrinho percebeu como seus grandes olhos negros pareciam voltar-se diretamente para Emília. Na verdade, era mais que uma simples impressão; Pedrinho sabia que a boneca era a fonte da inquietação dos animais, pois era também a sua. Mesmo de costas para Emília, sentia seus pequeninos olhos sobre si, e sobre Narizinho.

“Você disse que ia ficar tudo bem!”... se aquilo era verdade, então o que ocorrera na mata e no cafezal, o segredo que Dona Benta escondera em seu diário, a misteriosa voz que ouvira em sua primeira noite, tudo girava em torno dela. Emília seria, ela própria, a origem de todos os mistérios que pareciam pairar sobre o Sítio do Picapau Amarelo.

Pedrinho precisava saber.

E ali, em plena luz do dia, talvez fosse a única hora em que se sentia corajoso o bastante para fazê-lo.

- Narizinho... - começou ele. - Por que saiu sozinha ontem à noite? Você sabia o que tava acontecendo na mata?

Narizinho nada respondeu, continuando a despejar a comida dos cavalos nos alimentadouros. Mesmo assim, Pedrinho percebeu, pela olhadela que a menina deu para sua boneca, que ela o havia escutado.

- Foi a Emília que te mandou ir lá, não foi?

- Ela não manda em mim, ninguém manda! - exclamou Narizinho. Em seguida, calou-se, como se uma voz inaudível a tivesse interrompido. - Ah, uma hora ele vai ter que saber!

Pedrinho não teve dúvidas de que ela se dirigia à Emília.

- A Emília não mandou que eu fosse lá, ela pediu. - disse Narizinho, retornando com o balde vazio para a entrada do estábulo.

- Pra quê? - indagou Pedrinho.

- Ela disse que eu precisava ver uma coisa. - Narizinho tomava Emília outra vez em seus braços.

- Mas ela não sabia o que tinha lá?! Aquelas pessoas... aquela coisa..

- Claro que a gente sabia. - respondeu Narizinho. - Eu disse pra ela que podia ser arriscado, que no meu sonho eu corria pela mata, mas sempre acabava sendo pega por eles.

- E o que ela respondeu? - perguntou Pedrinho, hesitante.

- Ela disse que eu não precisava ter medo, porque eles não podiam me machucar. Ela disse que ia ficar tudo bem.

- Então ela mentiu!

- Mentiu nada! Acabou tudo bem, não foi?!

- Mas foi por pouco! - retrucou Pedrinho. - Se não fosse pelo Barnabé aparecer, aquele monstro tinha pêgo a gente!

- Só porque você corre que nem mulherzinha. - a menina empinou o nariz.

Pedrinho teve vontade de esganá-la, mas sempre fora muito bem ensinado por sua mãe de que apenas garotos covardes batiam em meninas. Com isso em mente, ele respirou fundo e perguntou:

- Mas o que a Emília queria que você visse, afinal?

Narizinho deu de ombros.

- Você não sabe? - perguntou Pedrinho, surpreso.

- Não.

- Ela não te disse?

- Não.

- Como assim?!

- Não disse, ué. - Narizinho falava com naturalidade. - Ela não me conta tuuudo, nem eu conto tudo pra ela.

- Mas não são amigas?

- Claro que somos. Mas mesmo amigas têm segredos.

- Então ela pede pra você correr pra mata no meio da noite, mas não fala por que, porque era um segredo? - o tom de Pedrinho era de extrema desconfiança.

- Mais ou menos. Tem coisas que a Emília não me conta, ela prefere que eu veja. - disse Narizinho, afagando os cabelos vermelho-e-amarelo da boneca. - Ela diz que se só me contar eu nunca vou saber se é verdade, mas se eu ver, então vou ter certeza.

Pedrinho até achou que aquilo fazia sentido, o que não serviu para diminuir suas suspeitas nem um pouco. Sua vontade era de dizer, com todas as palavras, que Emília era perigosa, e que eles deveriam se afastar dela o quanto pudessem. Sabia, contudo, que se o fizesse provavelmente só iria deixar Narizinho com raiva, e isso não os ajudaria em nada.

Por fim, e medindo com precisão cada palavra que usaria, Pedrinho perguntou:

- Como foi que vocês se conheceram?

- Eu e Emília?

Pedrinho balançou a cabeça. Aquela era uma pergunta-chave para a solução do mistério. Afinal, se Emília era mesmo a “nova amiga” que Dona Benta fizera quando criança, então já perambulava pelo sítio havia, pelo menos, oitenta anos.

- Ah.. já faz um tempinho que a gente se conheceu. - disse Narizinho com uma afetação, tentando imitar (sem sucesso) o jeito como uma mulher falaria de uma amizade de infância. - Ela foi um presente pra mim, assim que eu cheguei aqui.

- Um presente de quem? - insistiu Pedrinho.

Narizinho fez uma cara desconfiada, que logo deu lugar a uma risadinha sapeca.

- A Emília não quer que eu te conte.

- Mas não disse que ela não manda em você? - questionou Pedrinho, em tom de desafio.

- Tá bom, tá bom, foi Tia'Nastácia! Pronto, satisfeito?! - berrou Narizinho, dando-lhe as costas e batendo pés para fora do estábulo.

A resposta surpreendeu e assustou Pedrinho. Por um lado, aquela revelação ajudava a explicar o porquê da boneca tentar atrair Narizinho para a mata, onde Dona Benta dissera que congregavam os trabalhadores do sítio. Por outro, tornava o mistério acerca da boneca ainda mais denso.

Pedrinho pegou o balde que Narizinho havia largado no chão e correu atrás da respondona. Ainda tinha muito mais perguntas para ela.

- Espera! - gritou Pedrinho, alcançando-a. - Como foi isso? Por que a Tia'Nastácia ia te dar um presente assim, sem mais nem menos?

- Porque eu sou legal e toooodo mundo gosta de mim.

- Tô falando sério.

- Eu também. Todo mundo gosta de mim. - disse Narizinho, com certo ar de deboche. A curiosidade de Pedrinho parecia estar divertindo-a bastante. Agarrada à Emília, ela praticamente saltitava de volta para a Casa Grande.

- Como pode estar tão contente? - indagou Pedrinho, revoltado. - Quase que o monstro pega a gente ontem.

- Deveria ter pego você. - respondeu Narizinho, mostrando a língua. - Seu chato!

Pedrinho teve a certeza de que aquilo não iria levar a lugar nenhum. Quem sabe conseguisse descobrir algo com alguém menos bobo que Narizinho. Olhou nos arredores à procura de Barnabé, mas ainda não havia sinal do peão.

- Onde você viu o Barnabé? - perguntou.

- Lá perto da estrada de terra. - respondeu Narizinho. - Acho que estava indo visitar a Tia'Nastácia.

Em vista dos últimos acontecimentos, Pedrinho estranhou o momento daquela visita. Até porque não lembrava de ter visto Barnabé passar suas manhãs de qualquer outra forma senão cuidando dos porcos, das vacas ou dos cavalos, desde o começo de sua estadia no sítio.

- Isso tem muito tempo?

Narizinho fez que sim com a cabeça.

- Por que quer tanto falar com o Barnabé?

- Por nada. - mentiu Pedrinho.

- Se quiser eu dou o recado. - disse Narizinho. - Daqui a pouco eu vou pra casa da tia.

Na mesma hora, o frio toque do medo envolveu o coração de Pedrinho. Subitamente, os passeios que Narizinho fazia rotineiramente até a casa de Tia'Nastácia adquiriam uma preocupante conotação. Pedrinho teve vontade de dizer para ela que achava aquilo uma má ideia, quem sabe contar o que Dona Benta havia lhe dito sobre a procissão negra, mas achou melhor ter cuidado ao revelar suas suspeitas.

Especialmente pelo fato de Emília estar bem ali.

- Eu vou com você. - disse ele ao invés.

- Tem certeza? - perguntou Narizinho, desconfiada. - Não tem medo de levar uma bronca?

- Vamos logo. - insistiu Pedrinho. - Antes que fique muito tarde.

Mas a verdade é que ele temia, agora mais do que nunca, retornar a casa de Tia'Nastácia. Não tinha nada a ver com o risco de levar uma bronca depois. Narizinho podia não se dar conta do perigo que parecia rondá-los, e de como tudo se relacionava diretamente com Emília, mas ele sim. E estava decidido a não deixar que nenhum mal se abatesse sobre sua amiga. Precisava ser corajoso.

Era o que sua mãe esperaria dele.

Os dois retornaram o balde para Néia e partiram sem que ninguém percebesse. Não ia demorar até que Dona Benta os chamasse para o almoço, então precisaram apertar o passo. Escapuliram da trilha para o milharal e seguiram através dele, sempre atentos ao menor sinal das plantas mortas que indicavam estarem se aproximando do Visconde de Sabugosa.

Pedrinho continuava sem entender como algo tão idiota podia aterrorizar Narizinho daquela forma, ao passo que a garota parecia ter superado, sem qualquer trauma, o encontro com a coisa-de-uma-perna-só. Foi quando teve uma ideia que poderia ajudar a explicar o estranho comportamento de Narizinho.

- Já tinha sonhado com aquilo, não tinha? - perguntou.

- Com o quê?

- Aquilo que a gente viu ontem. - disse Pedrinho, enxugando o suor da testa. Era sempre quente em meio aos pés de milho, mesmo em uma manhã fresca de primavera como aquela.

- Sonhei.

- E por que não me disse nada?

- Você não perguntou. - respondeu Narizinho, casualmente. - Você nunca mais quis saber dos meus sonhos.

- Achei que tivesse sido só daquela vez. - replicou Pedrinho.

- Eu sonho quase todos os dias.

- Sonhos como o que me contou?

Narizinho balançou a cabeça.

- É que da outra vez você ficou tão assustada.. - disse Pedrinho, intrigado.

- Agora já me acostumei. - respondeu ela, dando de ombros. - Não me assusto mais.

- A... coisa aparece sempre nos seus sonhos?

- Às vezes. - disse Narizinho, cheirando os cabelos de Emília. - Às vezes não. As pessoas de preto aparecem sempre. O Visconde também.

Houve um instante de silêncio entre os dois. A menção ao Visconde de Sabugosa pareceu deixar Narizinho ainda mais alerta aos seus arredores. O ar foi preenchido pelo ruído dos pés-de-milho sendo empurrados de lado.

- E com o quê mais você sonha? - perguntou então Pedrinho.

- Ontem, e anteontem... e antes de anteontem, eu sonhei com fogo.

- Fogo?

- Eu não conseguia ver o fogo. - esclareceu Narizinho. - Mas eu sentia o cheiro da fumaça, e tava muito, muito quente. E tinha um túnel também.

- Um túnel desses que passa carro?

- Não sei. - disse Narizinho. - Nunca vi isso.

- Era um túnel grande? - Pedrinho reformulava sua pergunta.

- Não, era bem pequeno. Eu mal conseguia ficar em pé dentro. Tava bem abafado lá dentro. Minhas pernas doíam muito, meus braços também.

- Por causa do fogo?

- Não. - respondeu Narizinho. - Acho que não. Mas tinha alguém lá comigo.

- Quem?

- Não sei quem. Tava muito escuro. Mas tinha alguém lá, segurando minha mão.

Sem perceber, Narizinho deu uma olhadela para as mãos de Pedrinho. Os dois lembraram, ao mesmo tempo, do breve momento do dia anterior em que haviam dado as mãos, na entrada da Casa Grande.

Embaraçados, viraram cada um pro seu lado. Pedrinho enfiou as mãos nos bolsos do macacão, ao que Narizinho afundava o rosto nos cabelos de Emília. Felizmente para os dois o restante da caminhada foi bastante breve, e logo se viram saindo do milharal e tomando a trilha que contornava o morro e seguia até a vila da senzala.

O lugar estava ainda mais vazio do que da primeira e única vez que Pedrinho estivera ali. À frente da senzala, dois meninos, na mesma faixa de idade dele e de Narizinho, chutavam uma bola esfarrapada de borracha um para o outro. Um terceiro, ainda menor, assistia a partida, batendo um graveto contra um pedaço de barro. Além dos três, Pedrinho só avistou uma senhora, de pele ainda mais negra que a dos meninos, transportando com dificuldade um jarro cheio de água até um dos casebres que rodeavam a senzala.

- A senhora quer ajuda? - ofereceu ele, mas a velhinha não respondeu. A cada passo seu, mais um tanto de água caía no chão, deixando um rastro de marcas enlameadas até a porta do casebre. - Senhora?

Ela entrou com o jarro, sem lhe dar ouvidos. Enquanto isso, Narizinho foi até a porta de Tia'Nastácia e bateu três vezes. Não houve resposta. Ela insistiu, batendo com mais força.

- Vai acabar quebrando a porta. - disse Pedrinho, de olhos voltados para a quietude que pairava sobre a vila. De repente, percebeu que alguém o observava, do buraco que servia de janela para outro dos casebres. Uma menina.

- Tiaa'Nastáááácia! - gritava Narizinho, batendo mais algumas vezes. - Sou eu!

- De repente ela não está em casa. - sugeriu Pedrinho.

- Isso é estranho. - disse Narizinho. - Ela sempre está em casa.

Pedrinho afastou-se alguns passos da senzala, reconhecendo a menina na janela como sendo a mesma que havia lhe acenado nas duas vezes em que ele passara pela vila. Como das outras vezes, Pedrinho sorriu e levantou sua mão.

Desta vez, contudo, ela não lhe correspondeu, limitando-se a fechar as cortinas e desaparecer dentro do casebre. Confuso (e um pouco triste) pela reação da menina, Pedrinho deu mais um passo na direção da janela, tentando ver se ela continuava por ali.

Foi quando percebeu algo que lhe chamou a atenção, não na janela em si, mas logo abaixo, na puída parede do casebre. O reboco sobre os tijolos era precário, mas parte estava suficientemente clara e lisa para que alguém tivesse feito sobre ela um desenho com carvão.

Curioso, Pedrinho aproximou-se para ver melhor.

- Tiaaaa'Nastááááááciaa! - tentou Narizinho uma última vez, antes de recuar e cruzar os braços, frustrada.

Em seguida, dirigiu-se para a janela que havia ao lado da porta, encostando o rosto contra uma pequena rachadura que havia entre duas ripas da madeira. Perscrutou como pôde o interior da casa, mas não havia sinal de Tia'Nastácia. E para sua maior tristeza, também não havia sinal de cocadas sobre a mesa.

- Narizinho... - disse Pedrinho, de onde estava. Os olhos arregalados continuavam a fitar o desenho na parede do casebre; seu tom de voz era urgente. - A gente tem que voltar. Agora.

A marca de carvão tinha a forma de uma pessoa, como se feita por uma criança, ou alguém sem muito talento para desenhos. Um traço reto e escuro, com uns dois palmos de comprimento, representava, ao mesmo tempo, cabeça e tronco. Duas linhas menores se projetavam diagonalmente do meio da primeira, fazendo as vezes de braços. Da base do traço principal, uma reta decaía, em ângulo, até onde o reboco da parede dava lugar a seu esqueleto de tijolos.

Um único traço de carvão.

Uma perna.

- Narizinho, vamos embo..

A frase foi interrompida pela metade, no instante em que Pedrinho voltava-se para a sua amiga. Entre os dois havia surgido um corpo largo, trajado de branco e coroado por uma face serena, cujos olhos transpareciam a sabedoria de muitas décadas, embora mal se vissem as marcas do tempo em sua tez profundamente negra.

- Olá, Pedrinho. - saudou-o Anastácia.

Continue Reading

You'll Also Like

26.7K 1.6K 16
O percurso da relação de Hope Mikaelson e Lizzie Saltzman. Será que as duas conseguem confessar os seus sentimentos? Será que algum fator vai influen...
1.7K 121 15
"Ninguém vai me amar se eu não for atraente suficiente"
2.4K 126 22
Uma palavra que resuma essa historia? HOT🥵🔥 um conto cheio de reviravoltas, com assassinato, vingança e muito, muito sexo violento. Kai Yuri🥵 psi...
11.4K 1.4K 39
A chegada de Daryl Dixon à França desencadeia uma violenta cadeia de eventos que inadvertidamente coloca em perigo um jovem no centro de um crescente...