π‹πˆπ“π“π‹π„ π†πˆπ‘π‹ | ʙᴇɴ Κ™...

By dearvenus__S2

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βπš…πš’πšœπš•πšžπš–πš‹πš›πšŠπš› 𝚊𝚜 πšœπš˜πš–πš‹πš›πšŠπšœ 𝚍𝚎 πš’πš–πšŠπšπšŽπš—πšœ πšŒπš˜πš–πš˜ 𝚜𝚎 𝚎𝚜𝚝𝚊𝚜 πšπš˜πšœπšœπšŽπš– πš›πšŽπšŠπš’... More

❝playlist❞
00| prΓ³logo
01| first
02| one night
03 | good at goodbyes
04 | crazy
05 | i'm care
06 | beach
07 | find me
08 | surprise
09 | protect you
10 | job offer
11 | liberty
12 | england
13 | joke
14 | friends
15 | dinner
16 | true
17 | sunday
18 | office hour
19 | academic
20 | prom
22 | jealous
23 | makeup sex
24 | wine and stumbles
25 | lunch and call
26 | just a kiss
27 | picnic
28 | in luv
29 | canada
30 | parents in law
31 | brazil
32 | british traditions
33 | transfer
34 | wedding
35 | end
36 | epΓ­logo

21 | brazilian

830 112 301
By dearvenus__S2

₪°🌻°₪

𝕻𝖗𝖎𝖒𝖊𝖎𝖗𝖔 𝖆𝖒𝖎𝖌𝖔


- Oi, meu amor, vamos entrar? - pergunta Júnior, abraçando a sua amiga brasileira.

- Espere um instante. 

Ao dizer isso, outra pessoa entra no pequeno café com paredes escuras, localizado abaixo de um longo loteamento de apartamentos de luxo. Era Ben Barnes.

- Ele veio comigo. - levemente constrangida, ela o avisa.

- Claro que veio. - um riso frustrado e cínico surge entre os lábios do interiorano. O famoso aproxima-se.

- Prazer, Júnior, eu sou Ben Barnes, mas já deve me conhecer. - oferece a mão. Os dois cumprimentam-se. - Diga-me, o que faz do outro lado do oceano? Não me diga que veio atrás da minha princesa. - o mais velho cerra os olhos em direção ao estrangeiro.

- Não, senhor, apenas convidei minha linda amiga para uma conversa, será que posso? - retruca.

Sentindo a tensão na atmosfera formada entre os dois homens juntamente a si, S/N força uma tosse rápida e pede para que todos entrem e sentem-se em alguma confortável mesa. O pedido rapidamente é feito e resta apenas o silêncio constrangedor.

- Então... - ela solta. - Que surpresa mais agradável, não achei que veria ninguém do Brasil tão cedo. 

- Eu adoraria dizer que vim passar esses dias contigo, aproveitaríamos muito. - segurando uma das mãos da dama, carinhosamente. Barnes, sentado ao lado de S/N e à frente de Júnior, arregala os olhos em atenção. Desajeitadamente, ela retira suas mãos da mesa e as esfrega na calça jeans que vestira.

- Que frio, não? - disfarça.

- Deixe-me te aquecer. - Barnes, em resposta e provocação, enrola a menina com o sobretudo bege que vestira. Logo, ela o empurra levemente, desvencilhando-se.

A menina estava atordoada  com a maneira que os dois estavam a agir, no entanto, não deixaria a imaturidade masculina atrapalhá-la de entender o que Júnior estava a fazer por ali.

- Diga-me de uma vez, Júnior, o que está fazendo em Londres depois de tudo? E a sua faculdade? - ele ri.

- Eu juro que não sei como, mas uma empresa inglesa ofereceu estágio para a minha universidade na área de engenharia e arquitetura e, obviamente, eu concorri. Não sei se seu pai ajudou da forma dele, se é que me entende, para que eu fosse o escolhido e ficasse de olho em você, sinceramente, desculpe falar, mas o seu pai é louco. 

- Eu não duvidaria. Só não sei se ele tem tanto poder assim, ele é prefeito de uma cidade minúscula.

- Te garanto, ele tem. - ao afirmar, S/N engole seco.

- Então, Júnior, você veio parar justamente em Londres para fazer um estágio de faculdade? - com olhar desconfiado, Benjamin interroga. O outro respira fundo, demonstrando-se cansado de tantas suspeitas direcionadas à sua pessoa. 

- Eu não tenho culpa do destino querer-me perto de S/N, não é mesmo? - enquanto o brasileiro arqueia uma sobrancelha em desafio, Benjamin bufa.

A conversa, apesar de contar com várias implicações, fluíra bem, os dois tinham muito papo para por em dia, visto que não se falavam desde a latina pisara em terras britânicas. Barnes não sentia-se confortável com toda aquela situação, após a briga do dia anterior, S/N tentara ao máximo distanciá-lo, não estava com sentimental para mais discussões, principalmente agora, que seu amigo chegara ao novo país.

- Quando você irá embora? - a interiorana pergunta ao Júnior.

- Apenas daqui três semanas, ficarei tempo suficiente para que visitemos muitas coisas juntos. - ele responde, enquanto sorri singelamente.

- Puts... - bufa Barnes.

- O que houve, Ben? - a menina o questiona, tentando ignorar a possibilidade de sua reclamação advir da fala do outro latino.

- Eu esqueci de algo muito importante. - os olhos dos dois que o acompanhavam o interrogam, curiosos. - Eu tenho um livro para ler, quinhentas páginas em cinco dias, sobre uma produção em que irei atuar daqui pouquíssimo tempo.

- Você não me contou sobre isso. 

- É um favor para um... Amigo. Não achei que se incomodaria. 

- Não, claro que não estou incomodada, estou apenas surpresa. Fico feliz que vá trabalhar em algo além da série, irei adorar vê-lo em ação. - os dois sorriem admirados, no entanto, a cena apaixonada não agrada os olhos do novato na cidade, que bate na parede ao lado dele, na saída do lindo e pequeno café ao qual passaram a manhã. - Desculpe. - constrangida. - Júnior, passe lá em casa à noite, moramos nesse prédio, no apartamento 304. 

- "Moramos"? - por um milímetro, os olhos do latino não saltam da órbita. Apesar dela perceber o erro que cometera, uma hora, ou outra, ele saberia.

- O lugar que eu aluguei não existia e eu, simplesmente, não queria mais problemas com os meus pais. Ben salvou-me. Longa história.

- Eu poderia ter ajudado. - Júnior a responde.

- Mas não ajudou. O que importa é o bem dela, e ela está bem comigo. - Ben retruca, a levando para o elevador privado do prédio rústico. 

- Nos vemos mais tarde, S/N, estava com saudades. Foi um prazer te conhecer, Barnes. 

- Digo o mesmo.

Os dois contratados da Netflix adentram o prédio sem grandes palavras, sobem em seu elevador e voltam para seu lar, no entanto, o clima ao redor dos mesmos era gélido e receoso, desde a noite passada, não estavam em bons lençóis.

- O que está havendo contigo, Barnes? - a porta é trancada e os dois estão a cinco passos de distância.

- Comigo? Por que parece que o universo quer te manter distante de mim e, de alguma forma, parece que estás concordando com isso? - suas mãos gesticulavam mais que o normal, ele estava nervoso.

- Essa é a primeira vez que te vejo agir de forma tão... Infantil. - ela diz, decepcionada.

- Infantil? Acha mesmo que pode me falar sobre maturidade? - seu tom sarcástico piora o humor da mulher.

- Sim, posso, por que não poderia? Porque sou mais nova? Porque só tenho dezenove anos, enquanto você fará quarenta daqui alguns meses? Exatamente por isso você deveria rever as suas atitudes e pensar quem aqui poderia, se houvesse desculpas, agir de forma tão tola como está agindo. - ele respira fundo ao receber palavras tão duras. O britânico senta-se no sofá, alisando os cabelos em tensão.

- Eu não acredito que estamos discutindo por causa daquele moleque. 

- Não, Benjamin, não estamos discutindo por causa daquele moleque, estamos discutindo porque, simplesmente do nada, você começou a agir como se tivéssemos algo e, pior, como se não confiasse em mim. Não está óbvio que eu não tenho olhos para mais ninguém? Desde que trans... - ela trava e respira fundo. Enfim, retoma a fala. - Desde que ficamos, no Brasil, eu não consigo me imaginar com mais ninguém, você é o artista dos sonhos de muitas pessoas, mas sou eu que posso te ter todas as noites, acha mesmo que eu conseguiria te deixar? Te deixar por um amigo seu que estou conhecendo agora e que, ainda mais, é apaixonado de uma forma linda pela namorada de três anos? Ou quem sabe eu te deixaria pelo lindo "garoto" brasileiro, filho de um parceiro político do meu pai, que já disse que era afim de mim e eu dispensei, afinal eu estou apaixonada por você.

Sem dar brechas para que o homem a responda, ela cerra o punho, tensiona a mandíbula e caminha para o seu quarto, até que uma mão a segura, era ele, agora levantado, a puxando para si. Seus corpos se chocam e seus rostos encaixam-se perfeitamente um ao outro. Como o homem vitruviano de Leonardo Da Vinci, juntos, eles eram a representação perfeita. Mesmo que sentimentos negativos crescessem no coração de um sobre o outro, nada era realmente nutrido, afinal, eles estavam envolvidos demais para desapegarem por uma simples discussão ciumenta.

- S/N, perdoe-me, eu sei que estou sendo imaturo, infantil, tolo, como quiser chamar, mas tudo é porque eu tenho medo. Eu tenho medo de te perder. O Freddy pode ter a namorada dele que, por sinal, é maravilhosa, mas ele é jovem, ele é bonito, vocês tiveram uma amizade tão repentina, agora, eu reconheço que foi idiotice minha, mas com o Júnior... Uau, vê-lo pessoalmente piorou muito a minha situação. Eu sei que sou um homem bonito, tenho fama, dinheiro, mas eu não tenho uma coisa que ele tem: Juventude. Ele tem o quê? Vinte e dois, vinte e três anos? Ele é do seu país, do seu ciclo de vida no Brasil, aposto que seu pai adoraria ver-te com ele. Puta merda... Eu tenho medo, não de ser insuficiente, mas de não ser o ideal. Ideal para você. - os olhos da menina recaem com pena sobre o homem, suas sobrancelhas demonstram a tristeza que a assolou. Em uma reação corporal, ela abraça-o fortemente, encaixando seu rosto em seu ombro.

- Eu nunca achei que um homem como você ficaria inseguro sobre uma menina como eu, bobinho. Todos somos um pouco inseguro, confesso que fico nervosa ao saber que você tem vinte anos a mais de experiência na vida e, muitas vezes, pego-me pensando se, na verdade, você não está apenas brincando com os meus sentimentos em um jogo sádico e machista. - em uma risada nervosa, ele aconchega-se mais e mais no abraço da jovem. - Olha, não se preocupe, OK? Eu disse aquilo, mas... - é interrompida.

- "Aquilo"? - finalmente, separam-se para encarar um ao outro.

- Sim, aquilo de ter sentimentos mais... Profundos. - ela diz, desviando dos olhos castanhos escuros do outro.

- Eu não entendi. - utilizando-se de sua arte, ele indaga.

- Barnes, não me faça repetir, você sabe. Eu só não quero que se sinta pressionado a dizer que gosta de mim também. - ao acabar sua frase, uma risada alta e estrondosa ocupa todo o espaço da sala de estar.

- Sua tola, você não entendeu ainda? Depois de tudo que eu fiz? Depois de tanta imaturidade, como você mesma disse? - ele a agarra para um simplório selar de lábios. - Minha princesa, eu sou apaixonado por ti, completamente, enlouquecidamente. Eu nunca agi de forma tão descontrolada com qualquer outro envolvimento. Foi você, apenas você, quem me fizera sentir o que senti em um único momento, quem me fizera hesitar tanto e, hoje, estar morando sob o mesmo teto. Foi você, é você e sempre será você. Eu só queria que levasse a sério, ao menos uma vez, tudo que vos digo.

- Eu tento, juro que tento...

- Mas...?

- Mas, assim como você, eu tenho medo. - os dois respiram fundo, juntos.

- Vamos fazer um trato? - ela assente. - Eu não irei te pressionar, não por agora, mas, em algum momento, iremos ter essa conversa e eu quero sinceridade. - novamente, ela diz sim com a cabeça. - Venha aqui, minha princesa, você é incrível, perdoe-me por tantos erros em tão pouco tempo. - em um último gesto de cumplicidade, eles abraçam-se, tornando seus corpos um só.

_______________________
₪°🌻°₪

A campainha toca, era Júnior, ele havia acertado de primeira a qual apartamento iria. Segurando uma bolsa cheia de bugigangas, ele adentra ao apartamento refinado do ator londrino.

- Belo apartamento, senhor Barnes. - apesar do tom simpático, sua frase continha certa acidez.

- Obrigado, garoto. - Benjamin o responde, surgindo da aberta cozinha americana decorada em tons frios.

A menina faz um gesto simples para que entre, pegando seu casaco e o pendurando.

- O que tem aí dentro? - ela pergunta sorrindo, tentando pegar a sacola branca das mãos do amigo.

- Calma, calma. - ele ri, sentando-se confortavelmente no sofá perfeitamente acolchoado.

Ao bisbilhotar na sacola, ela percebe que são coisas trazidas do Brasil, coisas que, provavelmente, ele trouxera para ela. Uma coisa a chama atenção por completo. Uma revista de Barnes, uma típica revista adolescente com o ator de Darkling exposto de sua forma mais modelável.

- Eu não acredito que trouxe isso para mim. - ela diz, arrancando os papéis da bolsa. 

Enquanto folheia a fina revista teen, as feições de S/N mudam constantemente, seja para sorrisos ou espantos, suas expressões eram exageradas e divertidas, ao menos para Júnior.

- Dei-me isso aqui, eu quero saber o que você tanto olha. - entre risadas e soluços, Júnior pega a revista de volta. 

Ele gargalha por minutos seguidos, chegando a chorar, o que chama atenção do homem que havia sumido entre as dobras do apartamento. 

- Isso sou eu? - assim, a revista é arrancada das mãos de Júnior mais uma vez. - Que merda fizeram com a minha barba? - caminhando para longe, enquanto os brasileiros andam logo atrás, tentando ver mais do que havia exposto nas páginas.

- No Brasil, quando temos uma barba tão falhada assim, usamos uma coisa chamada "Minoxidil", vende aqui? - Jr. caçoa. Um olhar fuzilante é direcionado a ele.

- Meu amor, não olhe para isso, olhe aqui, eles estão elogiando sua atuação e tem um quizz para saber se as meninas são team Darklina ou Malina. - diz S/N, tentando acalmar o mais velho.

- "Meu amor", hm? - o intérprete de Aleksander vira-se para a menina, largando a revista aos braços do brasileiro ao lado dos dois. Um sorriso insinuante surge em seus lábios, enquanto a garota cora, segurando-se para não soltar seu riso de constrangimento.

- Eu acho melhor eu ir andando. - Júnior, percebendo o clima, logo pede para retirar-se, no entanto, assim que dá alguns passos para trás, o braço de sua amiga o agarra.

- Você acabou de chegar. - ela diz, com seu sorriso mais forçado. Ele ri.

- Um homem sabe a hora de ir e sabe a hora de voltar. - supõe Barnes. - Foi realmente um prazer te conhecer, Júnior, espero que conversemos melhor algum outro dia. - estendendo a mão, agora, em respeito. Os dois assentem e despedem-se sem mais palavras.

Sem entender o clima que agora ambientava, S/N congela, olhando estranhamente para aquela situação. 

- Que porra foi essa? 

- Coisa de homem, você não entenderia.

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